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06/11/2022

Plano de Aula
• Granuloma Periapical
Periapicopatias • Abscesso Periapical

Doenças do Periápice • Celulite


• Osteomielite
• Osteíte Condensante
• Osteomielite com periostite proliferativa
• Osteíte Alveolar

Granuloma Periapical Granuloma Periapical


Aspectos Iniciais
Aspectos Iniciais:
• Reação defensiva a infecção bacteriana no canal radicular
Seu desenvolvimento é precedido por processo agudo inflamatório
• Podem originar-se após estabilização de abscesso periapical
Representam cerca de 75% das lesões inflamatórias periapicais
• Também podem ser um processo inicial patológico pulpar
50 % dessas lesões
• Massa de tecido de granulação crônica ou agudamente inflamado Não responde as técnicas endodônticas conservadoras

No ápice de um dente desvitalizado

Mecanismo de Formação do
Granuloma Periapical Granuloma Periapical
Características Clínicas

Neutrófilos e Fase inicial da doença inflamatória periapical:


Prostaglandinas
 Periodontite periapical aguda

• Dor pulsátil não localizada constante


Atividade osteoclástica
• Dente associado responde negativamente ao teste de sensibilidade
Estimulação de fibroblastos
Estimulação da vascularização
• Dor provocada pela oclusão ou percussão
Reabsorvem osso
circundante
Tentativa de prevenir a
• Alterações radiográficas ainda não estão presentes
disseminação
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Granuloma Periapical Granuloma Periapical


Características Radiográficas
Características Clínicas
• Geralmente é descoberta em exame radiográfico de rotina
 Após processo agudo inicial
• Imagem radiolúcida associada ao ápice de um dente
• Geralmente é assintomática
Tamanho variável
• Mas pode ocorrer uma exacerbação aguda
• Perda da lâmina dura periapical
• Dente envolvido não apresenta mobilidade ou sensibilidade
• Pode ser bem circunscrita ou mal definida
• Não responde a testes pulpares térmicos
• Pode ou não apresentar halo radiopaco

Granuloma Periapical

Características Histopatológicas

• Tecido de granulação

• Circundado por cápsula de tecido conjuntivo fibroso

• Tecido de granulação:

 Infiltrado predominante de linfócitos

 Permeado de neutrófilos, plasmócitos e histiócitos

http://patoestomatoufrgs.com.br/patologia-basica/7_patologia_periapical.php

***

** Infiltrado predominante de linfócitos


* Plasmócito
*** Tecido Conjuntivo denso https://cirugiaoraleimplantologia.tumblr.com/post/630594045078634496/la-patología-periapical-inflamatoria-se-debe-a-una
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Granuloma Periapical Abscesso Periapical


Tratamento Aspectos Iniciais

 Quando dente puder ser preservado: • Acúmulo de células inflamatórias agudas

• Tratamento endodôntico No ápice de um dente não vital.

• Acompanhar (1, 3 e 6 meses ) • Frequentemente a fonte de infecção é evidente

 Dentes sem possibilidade restauradora: ** Traumatismo


• São classificados como:
• Exodontia
 Sintomáticos
• Curetagem de todo tecido mole apical  Assintomáticos

Abscesso Periapical Abscesso Periapical


Características Clínicas Características Clínicas
• Causam dor na medida que o material purulento se acumula no
Quadro de mal estar geral pode estar associado:
interior do alvéolo
• Progressão com dor intensa • Febre

• Tumefação dos tecidos moles • Cefaleia

• O dente não responde aos testes de sensibilidade • Calafrios

Progressão da lesão

O abscesso se dissemina para o local de menor resistência Parúlide


Massa de tecido de
Abscesso Localizado granulação
(Furúnculo gengival)

A coleção purulenta perfura a tabua óssea

Canaliza através do tecido mole sobrejacente

Acumulo no tecido
conjuntivo
O material purulento pode acumular- Perfurar a superfície epitelial e
se no tecido conjuntivo sobrejacente drenar através de uma fistula intra
causando aumento de volume ou extra oral
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Abscesso Periapical Abscesso Periapical


Drenagem por via cutânea Observações importantes

A maioria dos abcessos drena pela cortical óssea vestibular.

Osso nesta região é menos espesso, portanto


oferece menos resistência

Porém...
Infecções associadas a:
• Incisivos laterais superiores e
• Raízes palatinas dos molares superiores Drenam através
• Segundo e terceiros molares inferiores da cortical lingual
Rev Odontol Bras Central 2021

Abscesso Periapical Abscesso Periapical


Perfuração da cortical óssea
Características Radiográficas
• Espessamento do ligamento periodontal apical ou,
• Imagem radiolúcida mal definida

Características Histológicas

• Infiltrado de leucócitos polimorfonucleares

Abscesso Periapical
Tratamento

 Drenagem
• Via canal radicular
• Via trato fistuloso/ tumefação (quando apresentar)

Eliminação do foco de infecção


• Tratamento endodôntico
• Exodontia
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Abscesso Periapical Celulite


Aspectos Iniciais
 Controle de Dor
Definição:
• AINEs
Disseminação aguda difusa e edemaciada de um processo
inflamatório agudo
 Antibióticos
• Em geral não é necessário (em pacientes saudáveis) Nos processos infecciosos orais:
Em abcessos bem localizados e de fácil drenagem
Ocorre quando um abscesso não encontra via de drenagem pela
• Pacientes Imunocomprometidos
superfície cutânea ou pela cavidade oral
• Evidência de disseminação
Disseminação pelos planos fáscias dos tecidos moles

Espaços
Fasciais

Espaços
Fasciais

Espaços
Fasciais Celulite
Angina de Ludwig
# Causas
• 70% dos casos são provenientes de infecção aguda de um molar inferior
• Sialoadenites submandibulares
• Lacerações orais fraturas de mandíbula

 Trombose do seio cavernoso


# Causas
• Infecção dos dentes anteriores superiores
10% das infecções bucodentárias
(Flynn, TR. 2008 - Miloro, M. 2008
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Celulite Celulite
Angina de Ludwig Angina de Ludwig
• Celulite Agressiva com rápida disseminação Características Clínicas:
• Acomete espaços sublingual, submandibular e submentoniano • Tumefação do pescoço
• Pode se estender do espaço submandibular para: • Envolvimento cervical
# Espaço faríngeo lateral • Envolvimento do espaço sublingual
# Retrofaríngeo Consequências • Elevação e aumento da região posterior = protusão da língua
Graves
# Mediastino
Comprometimento das vias aéreas

Celulite Angina de Ludwig


Angina de Ludwig

Características Clínicas

• Obstrução respiratória

• Obstrução do espaço faringiano lateral

• Febre

• Leucocitose

Celulite Angina de Ludwing

Angina de Ludwig

Características Clínicas:

• Disseminação para o espaço submandibular (pescoço de touro)

• Disfagia

• Disfonia

• Sialorreia

Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-fac., Camaragibe v.9, n.3, p. 9-14, jul./set. 2009
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Angina de Ludwing Celulite


Trombose do seio cavernoso

Características Clínicas
• Condição rara
• Aumento edemaciado periorbitário
o Envolvimento das pálpebras e da conjuntiva
o Pode envolver o espaço canino
o Causando aumento de volume na região lateral do nariz

Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.12n.3, p. 41-48, jul./set. 2012


o Pode ocorrer lacrimejamento, fotofobia e perda da visão

Celulite Anatomia do Seio Cavernoso


Trombose do seio cavernoso

Características Clínicas
• Proptose (protrusão do globo ocular)
• Ptose palpebral (queda da pálpebra)
• Equimoses
• Febre e calafrios Meningite
• Dores de cabeça Abcessos cerebrais

• Envolvimento do SNC

Trombose do seio cavernoso Celulite


Tratamento

Angina de Ludwig

• Manutenção das vias aéreas

• Incisão e drenagem

• Antibioticoterapia

• Eliminação do foco infecioso original


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Celulite Osteomielite
Tratamento
Definição
 Trombose do seio cavernoso Processo inflamatório agudo no osso (osso medular ou/e
cortical) que se estende além do sítio inicial de envolvimento
• Drenagem cirúrgica
INFECÇÃO
• Altas doses de antibióticos

• Eliminação do foco infeccioso DESTRUIÇÃO ÓSSEA SEQUESTRO ÓSSEO

SUPURAÇÃO

Osteomielite Osteomielite
Etiologia
Classificação
• Infecções odontogênicas  Osteomielite Supurativa Aguda:
• Lesões ósseas traumáticas • Rápida disseminação através dos espaços medulares do osso
sem resposta imediata suficiente para reter a infecção
Indivíduos com suscetibilidade
• Estados de imunocomprometimento  Osteomielite Supurativa Crônica
• Diabetes melitos • Ocorre quando a formação de tecido de granulação em resposta
• Anemia a infecção na tentativa de isolar a área infectada.
• Desnutrição

Osteomielite Osteomielite
 Osteomielite Supurativa Crônica
 Osteomielite Supurativa aguda
Características Clínicas
Características Clínicas
• Geralmente ocorre quando a fase aguda não é tratada
• Processo inflamatório agudo
• Menos de um mês de duração • Tumefação

• Tumefação dos tecidos moles da área afetada • Dor


• Febre • Formação de fistula
• Linfadenopatia
• Drenagem purulenta
• Leucocitose
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Osteomielite Osteomielite
 Osteomielite Supurativa aguda
 Osteomielite Supurativa Crônica
Características Radiográficas
Características Clínicas
• Podem não revelar alteração (geralmente processos agudos)
• Sequestro ósseo
• Quando apresentam imagem radiográfica:
• Perda de dentes
• Imagens radiolúcidas mal definidas e disformes
• Fratura patológica
• Esfoliação de fragmentos de osso necrótico
• Exacerbações agudas
• Sequestro ósseo

Características Histopatológicas da Osteomielite


Osteomielite  Osteomielite Supurativa Aguda

• Osso necrótico com perda de osteócitos de suas lacunas

• Reabsorção periférica

• Colonização bacteriana

• Infiltrado inflamatório agudo (leucócitos polimorfonucleares)

 Osteomielite Supurativa Crônica

• Tecido conjuntivo fibroso reacional entre as trabéculas ósseas

• Inflamação predominantemente crônica

 Osteomielite Supurativa Aguda  Osteomielite Supurativa Aguda

NEUTRÓFILOS

http://anatpat.unicamp.br/lamosso1.html
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 Osteomielite Supurativa Crônica


Osteomielite
Tratamento
 Osteomielite Supurativa Aguda
• Antibióticoterapia
• Drenagem
Por conta do tecido fibroso que
representa uma barreira para
penetração do medicamento
 Osteomielite Supurativa Crônica
• Difícil manejo medicamentoso
• Intervenção cirúrgica
• Remoção de todo material infectado

Osteomielite supurativa crônica


Osteomielite supurativa crônica

Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-fac., Camaragibe v.9, n.2, p. 9 - 16, abr./jun.2009

Osteíte Condensante Osteíte Condensante


Características Clínicas e Radiográficas Características Clínicas e Radiográficas
• Áreas de esclerose óssea associada ao ápice de dentes com pulpite
• A lesão não exibe margem radiolúcida
• Zona uniforme e localizada de radiopacidade aumentada
• Radiopacidade não está separada do ápice
• Dentes com grandes lesões cariosas
• Locais mais comuns de acometimento:
Suscetibilidade
• Dentes com restaurações coronárias profundas
• Pré molares
• Dentes com pulpite ou necrose
• Molares inferiores
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Osteíte Condensante Osteíte Condensante


Tratamento

• Resolução do foco de infecção odontogênica

• Extração
85 % das lesões regride total
ou parcialmente
• Tratamento endodôntico

• Área residual permanente após o tratamento eficaz

• Cicatriz óssea

Periostíte Proliferativa Periostíte Proliferativa


Aspectos Iniciais Características Clínicas

• Reação do periósteo a presença de inflamação • Ocorre secundariamente a infecções dos maxilares:

• Formação de fileiras de osso vital reacional subperiosteal • Cárie dentária Causa mais comum

• Paralelas umas a outras • Peridontite Apical

• Expandem a superfície de osso afetado • Fraturas

• Tendem a acometer pacientes jovens (média de 13 anos) • Infecções não odontogênicas

• Molares Pré molares

Periostíte Proliferativa Periostíte Proliferativa


Características Clínicas e Radiográficas

• Hiperplasia é mais localizada na margem inferior da mandíbula **

• Também pode envolver a cortical vestibular

• Frequentemente é unifocal

• Radiografias mostram finas laminações ósseas radiopacas

• São posicionadas paralelamente ao osso cortical.


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Periostíte Proliferativa Periostíte Proliferativa


 Características Histopatológicas

• Fileiras paralelas de osso trabecular reacional altamente celular

• Orientação perpendicular a superfície

 Tratamento e Prognóstico

• Eliminação do foco infecioso

• Debridamento e antibioticoterapia

• Alerta para infecções que não tiver foco infeccioso evidente

Periostíte Proliferativa

Ann R Coll Surg Engl 2019; 00: 1


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Extração do dente Osteíte Alveolar/Alveolite seca


Osteíte Alveolar/ (Alvéolo Seco)
Alveolite seca
(Alvéolo Seco) Características Clínicas

• Cicatrização inapropriada do alvéolo após a exodontia


Substituição por
Permite a cicatrização de osso maduro
forma satisfatória Coágulo • Desencadeado pela destruição do coágulo inicial

• Mais comum em terceiros molares inferiores impactados (30%)


Tecido de
Granulação • Osso se demonstra exposto e sensível (através da sondagem)

• Dores acentuadas e odor fétido ( dias após exodontia)


Substituição por osso
fibrilar

Osteíte Alveolar/Alveolite seca Osteíte Alveolar/Alveolite seca


(Alvéolo Seco) (Alvéolo Seco)
Conduta
Conduta
• Não é recomendada curetagem do alvéolo
• Quando o paciente retornar queixando-se de dor
• Paciente deverá ser orientado:
• Radiografar para excluir possibilidade de fragmento radicular
• Irrigação do local com auxílio de seringa
• Remover sutura
• Utilizar clorexidina ou solução salina
• Irrigar o alvéolo com solução salina
• Período de 4 a 3 semanas
• Examinar minunciosamente o alvéolo
• Prescrição de analgésicos potentes

Osteíte Alveolar/Alveolite seca Osteíte Alveolar/Alveolite seca


(Alvéolo Seco) (Alvéolo Seco)
Prevenção Grupos de risco

• Na exodontia: • Pacientes que utilizam contraceptivos orais

• Irrigar sítio cirúrgico para remoção de detritos • Fumantes

• Orientar o paciente a não “cuspir” após a cirurgia • Pacientes que exibem sinais de pericoronarite

• Não realizar bochechos durante os primeiros dias após a exodontia • Extrações traumáticas

• Histórico prévio de osteíte alveolar


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Referências
Livros
• NEVILLE, B.W. et al. Patologia Oral e Maxilofacial. 3º edição Rio de Janeiro: Elsevier 2009

Sites
• http://patoestomatoufrgs.com.br/patologia-basica/7_patologia_periapical.php
• http://anatpat.unicamp.br/lamosso1.html

Artigos
• Pereira J. S. ; Andrade Junior C. V.; E. J., Silva N. L.. Fístula cutânea odontogênica: relato de um caso
clínico após múltiplos diagnósticos errôneos. Rev Odontol Bras Central 2021; 30(89): 372-386
• Liu D., Zhang J. , Li T. , Li C., Liu X., Zheng J., Su Z., Wang X. Chronic osteomyelitis with
proliferative periostitis of the mandibular body: report of a case and review of the literature. Ann R Coll
Surg Engl. 2019 May;101(5):328-332. .2019.0021. Epub 2019 Mar 1
• Ogle O. E. Odontogenic Infections. Dent Clin North Am 2017 Apr;61(2):235-252.

Referências
Artigos
• Ribeiro A. L. R., Mendes F. R.O., de Melo M. M., Carneiro Júnior J. T., Pontes H. A. R. Tratamento da
osteomielite supurativa crônica de mandíbula em criança com curto período de hospitalização. Rev. Cir.
Traumatol. Buco-Maxilo-fac., Camaragibe v.9, n.2, p. 9 - 16, abr./jun.2009
• Osborn T. M., Assael L. A., Bell R. B., Facs. M. D., Deep Space Neck Infection: Principles of Surgical
Management. Oral Maxillofacial Surg Clin N Am 20 (2008) 353–365
• Tavares S. S. S., Tavares G. R., Cavalcanti M. O. A., Carreira P. F. S., Cavalcante J. R., de Paiva M. A. F.
Angina de Ludwig: revisão de literatura e relato de caso. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-fac.,
Camaragibe v.9, n.3, p. 9-14, jul./set. 2009.
• Azenha M.R., Lacerda S.A., Bim A. L., Caliento R., Guzman S. Celulite Facial de origem odontogênica.
Apresentação de 5 casos. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.12, n.3, p. 41-48, jul./set.
2012

Machu Picchu
Peru

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