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Tutor:
MSc Zito Ngonhamo
PEMBA
2021
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Laina Elvira Felizberto Muanga
Tutor:
MSc Zito Ngonhamo
PEMBA
2021
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Índice
1. Introdução................................................................................................................................. 4
1.1. Objectivos ............................................................................................................................. 5
1.1.1. Objectivos gerais ............................................................................................................... 5
1.1.2. Objectivos específicos ...................................................................................................... 5
1.2. Metodológia .......................................................................................................................... 5
2. Conceitualização ...................................................................................................................... 6
2.1. Carreira ................................................................................................................................. 6
2.2. Sistema de carreira................................................................................................................ 7
2.3. Função Pública ..................................................................................................................... 7
2.4. Sistema de carreira em Moçambique ................................................................................... 8
2.4.1. Princípios gerais do sistema de carreiras .......................................................................... 8
2.4.2. Organização do Sistema de Carreiras em Moçambique ................................................... 9
2.4.2.1. Estrutura das carreiras ................................................................................................. 10
2.4.2.2. Regime de carreiras ..................................................................................................... 10
2.4.2.3. Qualificadores profissionais ........................................................................................ 11
2.4.2.4. Criação, reestruturação ou extinção de carreiras ......................................................... 11
2.4.2.5. Ingresso ....................................................................................................................... 12
2.4.2.6. Promoção ..................................................................................................................... 12
2.4.2.7. Progressão ................................................................................................................... 13
2.4.2.8. Nomeação interina....................................................................................................... 14
2.4.2.9. Mudança de carreira .................................................................................................... 15
2.4.2.10. Garantia de promoção e progressão ............................................................................ 15
3. Conclusão ............................................................................................................................... 16
Bibliográfia .................................................................................................................................... 17
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1. Introdução
A prática deste processo no sector público tem dado uma grande relevância, na medida em que
serve de um acto impulsionador que motiva os funcionários e promove-os para executarem novas
actividades em prol do desenvolvimento da empresa.
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funcionário, o instrumento chave é a nomeação. E de acordo com o regulamento todo funcionário
tem o privilégio de ser enquadrado e abrangido pelas promoções e progressões.
1.1. Objectivos
1.2. Metodológia
Foi realizada uma pesquisa exploratória que, segundo Severino (2008, p. 123), “a pesquisa
exploratória busca apenas levantar informações sobre um determinado objeto, delimitando assim
um campo de trabalho, mapeando as condições de manifestação desse objeto”. Quanto aos fins, a
pesquisa se classifica como quantitativa e descritiva, que segundo Vergara (2000: 47) “expõe
características claras e bem delineadas de determinada população ou fenômeno.
Para isso envolve técnicas padronizadas e bem estruturadas de coletas de seus dados”. Quanto aos
meios, foi realizada, através de um estudo de caso, uma pesquisa de campo (survey) para coleta
de dados primários, que, segundo Vergara (2000: 47), é uma “investigação empírica realizada no
local onde ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo”. Para coleta de
dados secundários, foi feito um levantamento teórico por meio de bibliografia.
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2. Conceitualização
2.1. Carreira
De acordo com n.º 1 do artigo 3 do Decreto n.º 54/2009 de 8 de Setembro, carreira é o conjunto
hierarquizado de classes ou categorias de idêntico nível de conhecimentos e complexidade a que
os funcionários têm acesso, de acordo com o tempo de serviço e o mérito de desempenho.
Manuel London e Stephen A. Stumpf, obra citada por DUTRA (1996), definem carreira como:
A carreira hoje não é mais sinónima de um laço com a organização, mas antes algo que é
transferível, dependendo o sucesso dos indivíduos da sua capacidade de transferir competências
de uma organização para outra (KANTER, 1989). A perspectiva vigente neste momento revela
que hoje não existe na organização e no indivíduo a expectativa de uma carreira para a vida,
tendo esta alteração do conceito de carreira contribuído para o desenvolvimento de novos
modelos.
“É usada de diferentes maneiras e possuem muitas conotações. Às vezes, o seguir uma carreira”
se aplica unicamente a alguém com uma profissão ou cuja vida profissional é bem-estruturada e
implica progresso constante. No contexto de inclinações profissionais, o termo carreira quer dizer
também a maneira como a vida profissional de uma pessoa desenvolve-se ao longo do tempo e
como é vista por ela”.
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Assim, carreira não é uma sequência de experiências e trabalhos, mas sim, uma serie de etapas
que variam de acordo com as necessidades existentes na organização perante as experiências da
pessoa.
Neste âmbito, a carreira é vista como o elo de ligação entre as experiências do pessoal com os
objectivos da organização, consolidando assim os desafios do futuro.
Segundo MODESTO (2006:5), o conceito de função pública “é o conceito a que se chega por
generalização metódica e não por uma simples consulta directa ao texto constitucional”. Segue-se
que a ideia de uma separação de funções, se algum sentido possui, não pode ser aquele da simples
repartição de atribuições (FRAGA, 1973) ou tarefas e competências (CANOTILHO, 1989).
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Separação de funções é expressão que pode significar apenas o resultado final do esforço
científico de isolar os tipos ou formas de actividade jurídica do Estado.
“Expressão equivoca, que serve somente para assinalar o carácter necessariamente dogmático de
toda classificação das funções do Estado, fazendo contraponto com a separação de poderes, esta
sim designativa de percepção da especificada e da própria natureza do problema colocado pelo
tema da separação das funções permitirá desde logo estabelecer com nitidez e sem ambiguidades
o “campo de aplicação” próprio dos conceitos a serem emitidos neste trabalho”.
Em suma, a função pública trata das funções ou actividades do próprio Estado, ou seja, funções
estatais ou dos poderes públicos.
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• Desconcentração – que consiste no estabelecimento de competências para aplicação das
normas e procedimentos de movimentação e gestão do pessoal nas carreiras aos diversos
níveis, sob supervisão e controlo central;
• Equilíbrio interno – que preconiza a avaliação e classificação das ocupações com
instrumentos técnicos que proporcionem um equilíbrio técnico adequado entre os
requisitos de habitação e qualificação profissional dos funcionários e a remuneração
proporcionada;
• Equilíbrio externo – que pretende garantir que a estrutura de vencimentos seja projectada
de forma a acompanhar a tendência salarial do mercado de trabalho, apoiado em
investigações periódicas;
• Capacitação profissional – que para a evolução nas carreiras profissionais valoriza o
conhecimento formal e não formal, para manter o equilíbrio entre a remuneração e o
potencial do funcionário;
• Transparência administrativa – que defende a adopção de regras claras de modo a tanto
para as chefias como para os funcionários ser de fácil compreensão e por esse facto
garantir a movimentação regular dos funcionários nas carreiras (Idem).
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ingresso para a classe seguinte (C), no primeiro escalão, é automática ao fim de dois anos, desde
que a sua informação de serviço seja igual ou superior a regular”.
Assim, cada classe acima mencionada corresponde à uma faixa de índices salariais que indicam o
crescimento da capacidade profissional do funcionário.
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Segundo o MINISTÉRIO DA FUNÇÃO PÚBLICA, (s/d:3), as carreiras de regime especial
diferenciadas – as carreiras que têm uma ordenação própria, de acordo com a qualificação e
descrição do conteúdo funcional constante do qualificador.
Ex.: Carreiras de Magistratura Judicial e Diplomática
E para as carreiras de regime geral não diferenciadas são aquelas que se estruturam em classes e
escalões, agrupando uma série de ocupações que seguem a estrutura salarial padrão, adoptada nas
carreiras comuns e específicas, mas com vencimento base próprio diferenciado dos demais
grupos de carreiras.
Ex.: Carreiras de Instrutor e Técnico Pedagógico N1, Docente N1, Docente N3, etc.
2.4.2.5. Ingresso
Segundo o n.º 2 do artigo 9 do Decreto n.º 54/2009 de 8 de Setembro, o ingresso faz-se, em regra,
na classe E (estagiário) nas carreiras mistas e no escalão 1 das carreiras horizontais.
Para o n.º 3 do artigo 9 do Decreto n.º 54/2009 de 8 de Setembro, nas carreiras de regime
especial diferenciadas, o ingresso faz-se na categoria mais baixa da carreira. Assim, o concurso
público anunciado pela instituição, constitui o primeiro passo para o ingresso na construção da
carreira profissional.
2.4.2.6. Promoção
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Segundo o n.º 3 do artigo 10 do Decreto n.º 54/2009 de 8 de Setembro, a promoção da classe E
para a C, nas carreiras mistas, é automática, dependendo apenas da permanência de 2 anos de
serviço efectivo naquela classe e de avaliação de desempenho não inferior a regular.
De acordo com o n.º 4 do artigo 10 do Decreto n.º 54/2009 de 8 de Setembro, o disposto nos
números anteriores não prejudica a definição de regras próprias de promoção para as carreiras de
regime especial diferenciadas.
Para o n.º 5 do artigo 10 do Decreto n.º 54/2009 de 8 de Setembro, a promoção não necessita de
posse, produz efeitos a partir da data do visto do Tribunal Administrativo e exige publicação no
Boletim da República. Em suma, a promoção de carreira constitui a mudança de categoria dos
funcionários, que se reflecte nas actividades a serem desempenhadas e na remuneração.
2.4.2.7. Progressão
De acordo com o n.º 1 do artigo 11 do Decreto n.º 54/2009 de 8 de Setembro, a progressão faz-se
por mudança de escalão dentro da respectiva faixa salarial.
Para o n.º 3 do artigo 11 do Decreto n.º 54/2009 de 8 de Setembro, a progressão do escalão 1 para
o 2, nas carreiras de Classe Única, é automática, dependendo apenas da permanência de 2 anos de
serviço efectivo naquele escalão e da avaliação de desempenho não inferior a regular.
O n.º 4 do mesmo artigo defende que de acordo com a especificidade do sector, pode a Comissão
Interministerial da Função Pública aprovar critérios específicos para avaliação do potencial, sob
proposta do órgão interessado, ouvido o Órgão Director Central do Sistema Nacional de Gestão
de Recursos Humanos.
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Para o n.º 3 do artigo 11 do Decreto n.º 54/2009 de 8 de Setembro, a progressão não carece de
publicação no Boletim da República nem de posse e produz efeitos a partir da data do visto do
Tribunal Administrativo.
Para o n.º 3 do artigo 12 do Decreto n.º 54/2009 de 8 de Setembro, o tempo prestado em regime
de interinidade por período igual ou superior a um ano conta como tempo prestado na carreira,
reduzindo para um ano o tempo de permanência na classe de Estagiário (E), previsto no n.º 3 do
artigo 10 deste diploma.
Quanto ao n.º 4 do artigo 12 do Decreto n.º 54/2009 de 8 de Setembro, na nomeação interina não
há lugar à progressão ou promoção no escalão ou classe em que o funcionário está nomeado
interinamente.
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2.4.2.9. Mudança de carreira
Para o n.º 2 do artigo 13 do Decreto n.º 54/2009 de 8 de Setembro, quando o funcionário tiver
nomeação definitiva, a integração na nova carreira faz-se no escalão e classe a que corresponder
vencimento imediatamente superior ao que aufere.
Assim, todo funcionário pode mudar de carreira, desde que apresente os requisitos para tal.
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3. Conclusão
Com este facto, referencia-se neste trabalho o Sistema de Carreira da Função Pública, que é um
conjunto de programas direccionados ao desenvolvimento de carreira dos funcionários e agentes
do Estado, de modo a atenderem as necessidades do público moçambicano condignamente e com
zelo profissional.
Comparando este sistema com a realidade dos regulamentos e instrumentos usados para o seu
controlo, verifica-se que ele integra duas formas de mudanças de carreira que é a promoção e a
progressão, em que a primeira implica mudanças de posições ocupadas pelos funcionários para
outras que se consideram ser mais superiores e possuem um salário maior. A segunda é somente
para a mudança de escalão, como por exemplo, de funcionário estagiário para funcionário
efectivo.
Assim, podemos definir o termo carreira, como o conjunto de processos que visam determinar a
hierarquização das classes profissionais de uma determinada área ou sector de actividade, visando
atribuir competências ou responsabilidades na base dos conhecimentos e desempenho dos
funcionários.
Deste modo, para o caso da função pública, que assume as actividades atribuídas ao Estado,
como o maior empregador, nota-se aqui, uma enorme exigência de realização de progressões e
promoções que visam elevar o nível profissional das classes ou categorias que os funcionários
ocupam.
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Bibliográfia
DUTRA, Joel Souza. Administração de Carreira: uma proposta para repensar a gestão de pessoas.
São Paulo: Atlas, 1996..
SCHEIN, E.. Identidade profissional: como ajustar suas inclinações a suas opções de trabalho.
São Paulo: Nobel. 1993.
SILVA, Edna Lúcia da. MENEZES, Estera Muszkat. Metodologia da pesquisa e elaboração de
dissertação. 4. ed. rev. actual. – Florianópolis: UFSC. 2005.
Legislação usada:
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