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Planeamento de RH
O planeamento de RH define-se como um processo de identificação de necessidades relacionadas
com a gestão de pessoas, tendo como objetivo o alinhamento da área RH e dos respetivos colaboradores
com a estratégia da organização.
Analisar o presente de modo a enfrentar o futuro, tomando decisões que possam vir a ser alteradas
posteriormente, garantindo que o pensamento a curto prazo não prejudique a visão a longo prazo.
➢ Razões Substantivas
Otimizar os recursos e adquirir e desenvolver capacidades de trabalho, de modo a identificar possíveis
problemas.
➢ Motivos Organizacionais
Concentrar-se na comunicação de planos de modo a ganharem relevo na organização, agregando planos
de recursos humanos a planos de negócio para dominação da operação.
PRH
Planeamento Estratégico:
Planeamento de
Investimentos
Planos Operacionais
Anuais
Diferenças
No que toca à Análise da Oferta de RH, a empresa deve ter acesso a informações acerca de:
▪ Funções já desempenhadas
▪ Projetos desenvolvidos
▪ Competências e aptidões
▪ Avaliações de desempenho
▪ Perfil motivacional
▪ Objetivos de carreira
▪ Lista de possíveis promoções
▪ Formação desejada / necessária
A empresa também terá que elaborar uma previsão de necessidades, nomeadamente através de:
▪ Projeção de tendências e Modelos estatísticos
▪ Previsões departamentais
▪ Modelo do fluxo de pessoal
▪ Modelo de substituição de postos-chave
▪ Modelos integrados
▪ Descrição de funções e análise de funções são, por vezes, confundidas, seja porque contenham
elementos em comum, ou porque podem ser produzidas em simultâneo. Distinguem-se, no
entanto, pois enquanto a descrição de funções diz respeito ao que é feito (tarefas e
comportamentos), a análise diz respeito ao que é requerido na função. Atributos presumivelmente
necessários para o bom desempenho da função – identificação das exigências que determinada
função coloca aos seus ocupantes.
▪ Essas exigências são normalmente divididas em grandes grupos, havendo algum consenso no que
respeita aos seguintes: capacidades (Skills); conhecimentos (Knowledge) e aptidões (Abilities) – as
KSA. Especificamente, usam-se termos como: requisitos cognitivos (habilitações literárias mínimas,
experiência anterior, aptidões cognitivas, etc.) requisitos físicos (esforço físico necessário, acuidade
visual, destreza física, etc.); responsabilidades (supervisão de pessoas, dinheiro/ orçamento,
informação, materiais, etc.); ou condições de trabalho (caraterísticas/ condições ambientais; riscos
envolvidos, etc.).
▪ Tudo o que é necessário ser escrito para um determinado trabalho tem que ser efetivamente
escrito e não esquecido – a função de um analista é recolher informação, organizá-la e referenciá-la
para que esta possa ser utilizada pelos empregadores e empregados. Em suma, a DAF tem de ser
entendida tanto pelas chefias quer pelos colaboradores e deve contribuir para a melhoria da
comunicação nas organizações, ajudar nas mudanças que vão ocorrendo ao longo do tempo e
assim proporcionar uma melhoria na GRH. Visto que o resultado final de qualquer processo de DAF
deve ter como objetivo melhorar a gestão e a eficiência da força de trabalho existente dentro de
uma organização
Método da observação Direta – a fonte direta dos dados é o ambiente natural, sendo o instrumento
principal o analista que observa o colaborador no local de trabalho a desempenhar funções, tirando notas
sobre o que está a ocorrer.
Apesar da forte vantagem da observação visual, existem algumas desvantagens: não é apropriado para
tarefas complexa e não rotineiras; não capta o trabalho que não é observável. Pelo que deve ser
acompanhado por entrevista e discussão com o executante.
Método Misto – Combinação de dois ou mais métodos, para eliminar desvantagens e potenciar as
vantagens.
Por exemplo:
▪ Realização de entrevistas para desenvolver um conhecimento básico da função, seguido de um
questionário utilizado para obter informação de mais colaboradores.
▪ Realização de observação direta com o executante/colaborador, seguido de entrevista com a chefia
direta.
Planeamento
Preparação
OBJETIVOS DA ANÁLISE E
DESCRIÇÃO DAS FUNÇÕES
▪ Elaboração de anúncios;
▪ Perfil do colaborador;
▪ Formação;
▪ Guia para o colaborador e coordenador;
▪ Higiene e segurança no trabalho (melhorar condições de trabalho);
▪ Facilita a avaliação de desempenho.
→ Características individuais que podem ser avaliadas com fiabilidade, que tenham relação com um
desempenho eficaz numa função e numa organização quer no presente, quer no futuro.
→ Características individuais e intrínsecas (conhecimentos, capacidades, traços de personalidade,
atitudes e valores), relacionadas com um desempenho eficaz ou que produzam comportamentos
adequados numa função específica e numa organização concreta, quer no presente, quer no
futuro.
Ter competências é:
Conhecimento (saber-saber)
Habilidades (saber-fazer)
Atitudes (saber-ser)
Gestão de Competências - Valor para as organizações
→ Cria uma linguagem comum nas práticas de gestão das pessoas e faz a integração das mesmas;
→ Liga as práticas de gestão de pessoas à estratégia do negócio;
→ Promove autogestão nas práticas diárias;
→ Facilita a mudança de papel da gestão de pessoas;
→ Promove a flexibilidade no trabalho
Opinião de chefias: Têm uma visão mais detalhada sobre a estratégias da empresa e
quais as competências mais importantes para as necessidades organizacionais devem
ser combinadas com outras técnicas.
O Recrutamento
Em que consiste?
Consiste num conjunto de técnicas e procedimentos que visa atrair candidatos potencialmente
qualificados e capazes de ocupar cargos dentro da organização.
Através do processo de recrutamento, a organização informa o mercado de trabalho da existência
de oportunidades de emprego para determinadas funções.
Para que se inicie o processo de recrutamento é necessário que a organização se aperceba de que
existe uma necessidade de contratar pessoas para desempenhar funções específicas, determinando à
partida qual o perfil de competências que interessa recrutar, tendo em conta os seus objetivos estratégicos
e operacionais.
→ Quando a oferta > Procura = Excesso de ofertas de emprego por parte das
organizações para poucos candidatos.
→ Quando a oferta < Procura = Poucas ofertas de emprego por parte das organizações
para um excesso de candidatos.
Métodos de Recrutamento Externo Fontes de Recrutamento
▪ Candidaturas espontâneas
▪ Candidaturas de outros processos de R&S
▪ Anúncios (sites de emprego; Linkedin; jornais, …)
▪ Empresas de recrutamento e seleção /consultores de R&S
▪ Universidades; politécnicos
▪ Escolas profissionais
▪ Centros de emprego
▪ Associações empresariais/profissionais
▪ Referências pessoais
▪ Executive search / redes sociais (ex: Linkedin)
A Seleção
Em que consiste?
A seleção pode ser definida como a escolha da pessoa certa para as funções certas, ou, de forma
mais ampla, entre os candidatos recrutados, os mais adequados às funções e à organização, visando
manter e/ou aumentar a eficiência individual e a eficácia organizacional.
De modo a assegurar a objetividade, a seleção, do ponto de vista do seu processo, deve ser tomada
como um processo realista de comparação entre duas variáveis: os requisitos da função – organização e o
perfil das caraterísticas dos candidatos.
Tipos de Entrevista
Entrevista Individual (um entrevistador e um entrevistado)
Vantagens
▪ rapidez
▪ pouco dispendioso
▪ entrevistado menos inibido pela relação estabelecida
Desvantagens
▪ maior subjetividade (um só técnico)
Entrevista de Stress
→ Entrevistador papel hostil, provocatório procurando que o candidato perca o controlo
das emoções e ver como é o seu comportamento nessas situações.
Vantagens
▪ situação simulada - ver a capacidade do candidato em contornar os obstáculos frequentes em
determinados tipos de profissão (funções comerciais) sem perder o autodomínio
Desvantagens
▪ experiência do entrevistador
▪ tende a inibir os candidatos
Etapas da Entrevista
1.Planeamento:
▪ Recolha de informação sobre a função e perfil de competências;
▪ Revisão do CV;
▪ Tipo de informação a avaliar;
▪ Tipo de informação a transmitir;
▪ Guião da entrevista;
▪ Escolha da estrutura e tipo da entrevista.
2.Preparação:
▪ Local para receber os candidatos;
▪ O horário;
▪ O acolhimento;
▪ O material adequado.
3.Execução:
▪ Informações prestadas pelos candidatos;
▪ Comportamento do candidato;
▪ Controlo do ritmo da entrevista.
TER EM ATENÇÃO!!
Comportamentos verbais
▪ Perguntas abertas;
▪ Respostas simples.
Escuta ativa
Tirar Notas
▪ Acelerar e Desacelerar entrevista
▪ Interromper e redirecionar entrevista;
▪ Resumi a informação e desencorajar respostas longas
▪ Usar o silencio
4. Avaliação
▪ Análise e comparação entre todos os dados obtidos em cada entrevista e a sua
classificação final.
→ A avaliação do candidato será mais exata se este for avaliado em relação a cada
critério do perfil de exigências, separadamente, antes de ser atribuída uma
classificação global.
▪ Revisão dos exemplos recolhidos na entrevista
▪ Avaliação do candidato em relação a cada critério ou competência
▪ Determinar a adequação geral do candidato
▪ Preenchimento do formulário de entrevista
Testes de Conhecimentos
Gerais
▪ Cultura Geral;
▪ Conhecimentos gerais de línguas.
Conhecimentos Específicos
▪ Conhecimentos técnico-profissionais
Testes Psicológicos
→ Visam determinar, analisar e comparar as diferenças a nível da inteligência geral, das
aptidões específicas e da personalidade
▪ Testes Psicométricos
▪ Testes de personalidade
Testes Psicométricos
Testes de personalidade
Testes de Situação
→ Visam examinar o sujeito em ação, colocando-o frente a situações relacionadas com a sua vida
pessoal ou profissional. Sofrem a influência mínima das distorções do examinador.
Técnicas de Grupo - Permitir a vários candidatos reunidos em volta de uma mesa a discussão entre
eles acerca de um qualquer assunto proposto. Observar várias pessoas ao mesmo tempo e estudar as suas
reações numa situação social em que se revelam sobretudo os líderes, os mais reservados, os mais
notados, os pouco sociáveis ou inibidos.
Competências normalmente avaliadas: Influência, liderança, sensibilidade interpessoal, pertença à
equipa, comunicação oral e qualidade das intervenções.
Técnicas de Confronto - visam apreciar a estrutura social de um grupo, por meio da avaliação da
frequência de aceitação ou não aceitação entre os indivíduos que formam o grupo (estudo das relações
interpessoais. Requerer a cada indivíduo em dado grupo a escolha de uma ou mais pessoas nesse grupo
com um objetivo específico. (no final da Prova de Grupo questionar sobre quem gostariam de
trabalhar? E menos? …)
Exercícios “In Basket” - conjunto de tarefas escritas, que o candidato tem que efetuar num período
limitado. Deve ser capaz de priorizar os assuntos, decidir como devem ser tratados, por quem e quando. A
tarefa é estruturada numa série de exercícios escritos, orientados para a avaliação de competências como
gestão do tempo e estabelecimento de prioridades, capacidade de resolução de problemas ou
comunicação escrita.
Competências normalmente avaliadas: Planeamento e estabelecimento de prioridades, qualidade
da decisão tomada, interação com os outros, análise e resolução de problemas, gestão de tempo e
qualidade escrita.
▪ Macro/organizacional
Aqui é transmitido ao colaborador informação sobre a organização (história, missão, cultura
organizacional, estratégia, projetos futuros…) informações sobre direitos e deveres dos trabalhadores
(estrutura formal, regulamentos internos, horários, legislação laboral, regalias socias, …) visita à empresa.
▪ Funcional
Integração da pessoa na própria área de trabalho / visita ao Departamento/ locais mais utilizados
/…
▪ Função/Micro
Clarificação das funções de cada um, conjunto de tarefas do posto de trabalho informações sobre a
função / apresentação aos colegas
Resourcing
Perante uma “vaga”, em vez de se limitar a fazer o seu trabalho habitual, isto é, avançar com um
recrutamento, o profissional RH analisará essa necessidade e procurará a solução mais eficaz. Muitas vezes
optará por um recrutamento, mas o desafiar da situação poderá levá-lo a outras soluções como uma
alteração de processos, uma admissão a tempo parcial, uma prestação de serviço, um trabalho temporário,
etc. Como defende Dave Ulrich, os profissionais de recursos humanos deixarão de ser avaliados por aquilo
que fazem (recrutamento) mas sim pela contribuição que dão – solução encontrada.
O Employer Branding
O Employer Branding é um processo alinhado com os valores organizacionais e com os objetivos de
negócio, estruturado duma forma consistente e continuada, que comunica externamente (com forte
impacto interno) os aspetos mais relevantes da identidade da organização, i.e., o propósito organizacional,
os valores mais profundos, as suas práticas de gestão, a sua política de compensação e benefícios, etc.
Tudo isto com o objetivo de criar externamente uma imagem de first choice employer e
internamente de uma imagem de great place to work que diferenciem aquela organização em relação a
outros concorrentes e a tornem atrativa para o “target” pelo qual compete.
O conceito de employer brand foi descrito pela primeira vez por Ambler e Barrow (1996, p. 187)
como “o conjunto de benefícios funcionais, económicos e psicológicos oferecidos pelo empregador e que
garantem a identificação com a entidade empregadora.” A relação contínua entre a empresa e o
colaborador pode potenciar uma série de trocas de benefícios mútuos com impacto nos resultados de
negócios da empresa.
Para as organizações, uma marca forte e bem posicionada aumenta fortemente a capacidade de
atrair os melhores candidatos, ao mesmo tempo que reduz os custos de recrutamento e os níveis salariais
de admissão. Mas está provado que uma marca de recursos humanos forte e prestigiante também
aumenta o sentimento de pertença, o nível de retenção e nível de satisfação dos já colaboradores.
O conceito de Marca do Empregador para descrever as formas como os colaboradores, efetivos e
potenciais, interagem com a marca dessa organização e, em particular, com a imagem enquanto
empregadora, pode ser observado em sentido lato como, a gestão da imagem/identidade, a gestão de
marca e diferenciação, o marketing interno, a força de atração do empregado, a capacidade de retenção e
motivação do colaborador e a cultura da organização.
Para as pessoas, a marca traduz o pacote de benefícios funcionais, económicos e psicológicos
oferecidos pelo “emprego” e que se identificam com a entidade empregadora, i.e., traduz a proposta de
valor – Employer Value Propositon (EVP) – daquela organização.
Ética Corporativa
“A ética empresarial consiste num conjunto de normas que permitem minimizar os danos humanos
e ambientais, ao mesmo tempo que se tenta atingir um benefício económico que enriqueça o sistema no
qual a empresa se insere, sendo justo em todos os negócios com os stakeholders e corrigindo os maus
hábitos que existem nas empresas”.
As empresas éticas são vistas como mais confiáveis e dignas de confiança, o que pode aumentar a
lealdade dos clientes e a satisfação dos funcionários. Mas a forte competitividade e os altos níveis de
pressão podem fazer com que o clima organizacional de uma empresa se transforme em um cenário de
ações pouco éticas. Isso significa a multiplicação de atitudes destrutivas no ambiente corporativo.
Princípios da Ética:
▪ Honestidade
▪ Sigilo
▪ Competência
▪ Prudência
▪ Humildade
▪ Imparcialidade
Importância do Compliance
O compliance é necessário para garantir que as empresas sigam as leis e regulamentos aplicáveis à
sua atividade. Estas normas visam proteger os interesses dos stakeholders, incluindo clientes,
fornecedores, funcionários e a sociedade em geral.
A era digital trouxe uma série de novos desafios para a área de compliance, incluindo a proteção de
dados pessoais, a prevenção de fraudes e a segurança cibernética. Além disso, a globalização e a crescente
interação entre empresas e governos exigem que as empresas estejam cada vez mais atentas às normas
internacionais e aos regulamentos locais.
O compliance também pode ajudar a prevenir questões legais e regulatórias que podem prejudicar
a reputação da empresa e levar a sanções financeiras. As empresas precisam estar preparadas para lidar
com situações de não conformidade, incluindo a implementação de medidas corretivas e preventivas.
É importante destacar que ética e compliance não são conceitos opostos, mas complementares. A
ética fornece a base moral para as ações da empresa, enquanto o compliance garante que essas ações
sejam legais e regulamentadas. Ambos são essenciais para garantir que uma empresa mantenha um
comportamento responsável e ético em todas as suas atividades.
→ Para implementar a ética corporativa, é necessário que a empresa estabeleça valores éticos claros,
que sejam compartilhados por todos os funcionários e aplicados em todas as ações da empresa.
Código de conduta.
▪ O Código de Ética Profissional é uma eficiente maneira de iniciar a ética corporativa dentro da
instituição, sendo preferível estabelecer princípios básicos que sejam capazes de garantir o bem
para toda a instituição.
▪ O código deve incluir não somente princípios profissionais, mas também empresariais.
Programas de treinamento.
▪ É preciso conscientizar por qual razão a conduta ética profissional ocasiona reflexos positivos.
Incentivar a ética no local de trabalho garante a harmonia da equipe e o desenvolvimento
profissional.
▪ Isso inclui a implementação de programas de treinamento para garantir que todos os funcionários
entendam e sigam as normas éticas e regulatórias. Os treinamentos devem ser delimitados para
grupos de colaboradores, adotando a linguagem assertiva.
Monitoramento constante.
Taxa de Admissão
→ Conhecer, acompanhar a evolução e comparar interna e externamente a percentagem
desempregados que são admitidos pela empresa.
𝑛º 𝑑𝑒 𝐹𝑇𝐸𝑠 𝑎𝑑𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜
Taxa de Admissão = 𝑛º 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝐹𝑇𝐸𝑠
× 100
**FTEs = FTE é um indicador que permite que gestores visualizem com clareza o tempo de produtividade
mensal de cada colaborador.
A sua fórmula de cálculo é a seguinte:
(Número total de horas de todos os funcionários de meio período + número total de horas de todos os
funcionários de tempo integral) / período para o cálculo (2080 para o FTE anual, 173,33 para o FTE
mensal ou 8 para o FTE diário) = FTE final