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Uma acção judicial de união de facto é um processo legal pelo qual um casal que
vive junto como se casado fosse busca o reconhecimento legal dessa relação.
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Ao ingressar com uma acção judicial de união de facto, os casais podem buscar
o reconhecimento legal de sua relação, estabelecendo assim uma base para resolver
questões legais que possam surgir em caso de separação ou falecimento de um dos
parceiros.
O processo para ingressar com uma acção judicial de união de facto geralmente
envolve a apresentação de documentos e evidências que comprovem a existência e a
natureza da relação, além do comparecimento perante um juiz para assegurar o
reconhecimento legal da união.
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IMPORTÂNCIA ACÇÃO JUDICIAL DE UNIÃO DE FACTO
Além disso, a acção judicial pode proporcionar clareza e segurança jurídica para
ambas as partes, estabelecendo direitos e responsabilidades de acordo com a legislação
vigente. Dessa forma, a acção judicial de união de facto pode contribuir para um
processo de separação mais organizado e equitativo. Em muitos casos, a acção judicial
também é necessária para assegurar os direitos dos filhos do casal, incluindo a guarda e
pensão alimentícia.
1. Tempo de convivência:
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Dentre os impedimentos comuns, podem estar inclusos casamentos anteriores
não dissolvidos legalmente, parentesco proibido por lei, incapacidade legal de um dos
parceiros, entre outros. A inexistência desses impedimentos é crucial para que a união
de facto seja passível de reconhecimento judicial.
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1.Direitos previdenciários:
2. Herança e sucessão:
Outros benefícios:
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É fundamental ressaltar que os benefícios relacionados ao seguro de saúde e
outros benefícios decorrentes do reconhecimento judicial da união de facto podem
variar conforme as disposições legais específicas, as políticas das instituições e as
circunstâncias individuais de cada caso. Portanto, é recomendável buscar orientação
jurídica especializada e consultar as fontes pertinentes para compreender plenamente os
direitos e vantagens advindos desse reconhecimento.
Documentação necessária:
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A comparação entre união de facto e casamento civil envolve a análise das
diferenças legais e práticas, bem como a identificação das vantagens e desvantagens de
cada modalidade. Abordarei cada um desses aspectos de forma extensa.
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Reflectindo sobre a importância do reconhecimento judicial da união de facto, é
crucial considerar a necessidade de protecção dos direitos dos parceiros que optam por
essa modalidade de convivência. O reconhecimento judicial da união de facto pode
garantir segurança jurídica aos envolvidos, assegurando direitos sucessórios, proteção
previdenciária e definição clara de responsabilidades patrimoniais.
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Para Maria do Carmo Medina a união de facto, consiste na convivência sexual
comum entre um homem e uma mulher como se de marido e mulher se tratasse. Para
Medina, só há união de facto na relação estabelecida por comunhão de cama, mesa e
habitação (quodthorum, mensam et habitationem).Há pois que distinguir entre a união
de facto e a convivência dentro do mesmo agregado familiar de diversas pessoas que
vivem sobre o mesmo teto. É a convivência como marido e mulher que define a união
de facto como tal.
Perante uma determinada união de facto duas situações distintas podem ocorrer:
ou ela preenche os pressupostos previstos na lei ou nesse caso a união de facto é
susceptível de ser reconhecida ou não os preenche e então ela não poderá ser
reconhecida sem embargo de poder produzir determinados efeitos legais e como tal ser
atendida pela lei.
Importa ainda realçar que enquanto perdura a união de facto, ela só é susceptível
de ser reconhecida quando tal for a vontade dos dois companheiros. E isto pela razão
evidente de que ninguém contra sua vontade pode ver transformada a sua união de facto
não formalizada num acto equiparado ao casamento e produzindo os mesmo efeitos que
este. Já quando cessa a união de facto a lei veio permitir que uma vez verificada
judicialmente a posterior a existência dos pressupostos legais, este reconhecimento
venha produzir os vastos efeitos que a lei confere a dissolução do casamento.
Este é, sem dúvida o efeito mais relevante que o novo instituto passou ater no
meio social, permitindo que, o quando da rotura, a vivência anterior querida por ambos
venha produzir os efeitos e não seja ignorada pela ordem jurídica. É verdade que a
voluntariedade da união de facto se manifesta no momento em que ela inicia, permanece
durante toda sua duração e termina quando tal for querido por um só ou por ambos
companheiros.
Mas a lei também não descura a protecção dos companheiros que criarem entre
si interesses familiares comuns interlaçados relações pessoais e patrimoniais e tendo
muitas vezes filhos comuns. Os companheiros de união de facto podem em qualquer
momento fazer cessar a vida em comum sem necessidade de recorrer a qualquer decisão
judicial dando tratar-se de uma relação familiar consensual que também não necessitou
de qualquer formalismo no seu início.
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A coabitação marital cujo conteúdo jurídico já foi definido pressupõe a
comunhão de cama e mesa e a habitação coma criação de laços de interdependência
afectiva social económica entre companheiros.
A união de facto revela-se como tal e ainda perante terceiros, pois consiste numa
realidade perceptível no meio social onde se insere.
Exige ainda a lei que a união de facto seja exclusiva, o que implica que ela seja
singular de um único homem com uma única mulher. Tal reflecte a situação do
principio da monogamia que é fundamental ao instituto do casamento e consequente ao
instituto da união de facto reconhecida.
A união de facto revela-se como tal e ainda perante terceiros, pois consiste numa
realidade perceptível no meio social onde se insere. Se houver uma relação de
amantíssimo sem coabitação comum não se configura a união de facto.
Exige ainda a lei que a união de facto seja exclusiva, o que implica que ela seja
singular de um único homem com uma única mulher. Tal reflecte a situação do
principio da monogamia que é fundamental ao instituto do casamento e consequente te
ao instituto da união de facto reconhecida.
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O que é importante realçar em conta é que para que se opere a reconhecimento
da união de facto, não é imprescindível que durante toda sua vigência se configure os
pressupostos legais de reconhecimentos relativos a capacidade matrimonial ao mútuo
consenso e a singularidade.
Tem que ser feito em processo específico que determine e reconhecem que a
união de facto existiu durante determinado lapso de tempo e que cessou ale de se
pronunciar sobre a verificação dos pressupostos legais mencionados no artigo 113º nº1
do código da família.
a) Legitimidade da Acção:
1-Em caso de morte: Tem legitimidade para prepositura da acção o companheiro sobre
vivo ou seu representante legal quando ele for incapaz ou os herdeiros do companheiros
falecido - artigo 123ºalíneas a e b código da família.
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2-caso de rutura: A acção pode ser proposta por qualquer dos companheiros da união de
facto, ou pelo respectivo representante legal no caso de incapacidade. Artigo 123º alínea
a código da família.
O princípio da segurança das relações jurídicas e que faz com que seja indicado
um prazo para o exercício deste direito findo o qual cessa o direito a exercício. O prazo
de dois anos e contando a partir do fim da união pelo que se ela findou por morte de um
dos companheiros, é essa a data relevante.
O conselho de família devera ser constituído por dois membros escolhidos entre
familiares de homem e dois da mulher- artigo 17º nº 2código de família. É
imprescindível ouvir o conselho da família, porque são eles que confirmam ou não a
existência e permanência da união de facto.
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Reconhecimento por Mútuo Acordo.
Efeitos do reconhecimento.
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A constituição de uma nova união de facto por parte do companheiro que tenha direitos
de alimentos faz cessar este direito, artigo 263º.O reconhecimento de união de facto
dissolvida por morte ou por rotura esta sujeita a registo, devendo o tribunal comunicar
oficiosamente a conservatória do registo civil da área da ultima residência comum dos
companheiros da união de facto aplicando por remissão no disposto no artigo 120º
código da família e 101º do código do registo civil.
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CONCLUSÃO
A união de facto tem ganho nas últimas décadas uma importância assinalável no
panorama conjugal angolana, assumindo-se, cada vez mais, como uma verdadeira
alternativa à forma tradicional de constituição de família. O reconhecimento judicial da
união de facto representa um avanço significativo nesse sentido, promovendo a
segurança jurídica, o fortalecimento dos laços familiares e o bem-estar dos envolvidos.
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Bibliografias
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