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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distancia

O Papel da Gestão Participativa

Estudante: Mariza João Pedro Candua

Código: 708206658

Curso: Administração Pública

Disciplina: Governação Participativa

Ano: 3º Ano

Quelimane

Julho

2022

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

O Papel da Gestão Participativa

Tutor: Américo Simango

Quelimane

Julho

2022

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 Capa 0.5
 Indice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução objectivos 1.0
 Metodologia adequada
ao objecto
do trabalho 2.0
 Articulação e domínio
do discurso
académico
(expressão escrita cuidada,
coerência/coesão
2.0
textual)

 Revisão bibliográfica


Conteúdo Análise e discussão nacional e internacionais
relevantes na área
de estudo 2.0

 Exploração dos


dados 2.0
Conclusão  Contributos teóricos e
práticos 2.0
 Paginação, tipo e
tamanho de letras,
Aspectos gerais Formatação paragrafo, espaçamento 1.0
entre linhas

Referȇncias Normas APA 6ᵃ  Rigor e coerência das


Bibliográficas edição em citações e citações/referências 4.0
bibliografia bibliográficas

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Folha de Recomendações

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Indice
1. Introdução............................................................................................................................ 6

1.1 Objectivos ............................................................................................................................. 6

1.1.1 Geral .................................................................................................................................. 6

1.1.2 Específicos ......................................................................................................................... 6

1.2 Metodologia .......................................................................................................................... 6

2. O Papel da Gestão Participativa ............................................................................................. 7

2.1 Conceito sobre Gestão Participativa ..................................................................................... 7

2.2 Diferença da Gestão Participativa e os outros tipos de gestão ............................................. 7

2.3 Funcionamento da Gestão Participativa ............................................................................... 8

2.4 Implementação da Gestão Participativa ............................................................................... 8

2.5 Principais benefícios da Gestão Participativa ....................................................................... 9

2.6 Comprometimento e Alinhamento ....................................................................................... 9

2.7 Redução de Custos e Optimização de Recursos ................................................................... 9

2.8 Assertividade e Inovação .................................................................................................... 10

2.9 Gestão Participativa caso concreto da Escola Secundária de Sangariveira ........................ 10

3.1 Descrição da Infra-Estrutura............................................................................................... 10

3.2 Acompanhamento pedagógico, disciplinar e de ausências na Escola Secundária de ......... 12

3.3 Reforço ao longo do ano letivo........................................................................................... 12

3.4 Planejamento Pré-Conselho................................................................................................ 13

3.5 Discussões e Encaminhamentos baseados em Evidências ................................................. 13

3.6 Acções pensadas coletivamente.......................................................................................... 13

3.7 Feedback aos Avaliados e seus Responsáveis .................................................................... 13

4. Conclusão ............................................................................................................................. 14

Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 15

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1. Introdução

O presente trabalho da cadeira de Governação Participativa tem como tema o Papel da


Gestão Participativa, com este tema são abordados diversos conteúdos na óptica de diferentes
autores, em torno desses conteúdos temos a descrição de um caso concreto que se vive na
Escola Secundária de Sangariveira onde a autora se encontra exercendo suas funções. A
gestão participativa é um estilo de liderança fundamentado em sólidos atributos,
como colaboração, confiança e liberdade. Os profissionais se sentem como parte de um
projeto e actuam no sentido de impulsioná-lo. Todos ganham a disposição de dividir suas
ideias, estudar prováveis obstáculos, desenvolver soluções inovadoras, entre outros.

A actual tendência na administração de empresas é a substituição de um modelo rígido


e convencional por outro mais aceite, aberto e flexível. O compartilhamento de experiências
entre os profissionais, tanto os líderes quanto os funcionários, é considerado mais relevante
que manter uma hierarquia rigorosa, que coloca cada colaborador em um lugar rigidamente
determinado. Assim sendo, um modelo mais flexível, que interpreta que cada profissional é
um agente fundamental para o crescimento da organização, é valioso para uma administração
mais participativa, enxuta, lucrativa e inteligente. É justamente isso que o líder da nova
geração precisa.

1.1 Objectivos

1.1.1 Geral

 Descrever o Papel da Gestão Participativa.

1.1.2 Específicos

 Conceituar a Gestão Participativa;


 Diferenciar a Gestão Participativa dos outros tipos de gestão;
 Apontar um caso concreto da implementação da Gestão Participativa.

1.2 Metodologia

Na realização deste trabalho foram usados manuais digitais e não digitais e foram
feitas pesquisas na internet sobre o Papel da Gestão Participativa, pesquisas essas que
contribuíram para o desenvolvimento do trabalho. Salienta-se que para as referências
bibliográficas e citações foi usada a Norma APA 6ª Edição.

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2. O Papel da Gestão Participativa

2.1 Conceito sobre Gestão Participativa

A gestão participativa: é um modelo administrativo que valoriza a participação de


todos nos processos de administração, nos processos estratégicos e até na tomada de decisões
de uma empresa. O modelo de gestão participativa é um estilo de liderança fundamentado em
sólidos atributos, como colaboração, confiança e liberdade. Os profissionais se sentem como
parte de um projeto e actuam no sentido de impulsioná-lo. Todos estão dispostos a dividir
suas ideias, estudar prováveis obstáculos, desenvolver soluções inovadoras, entre outros
(Filho, 2007).

Esse modelo de gestão suaviza a hierarquização e faz os cargos perderem força


enquanto representativos de poder, ele é recomendado para estimular a troca de experiências e
de informações. A finalidade dessa modalidade não é segmentar e dominar, mas sim incluir e
aglutinar. (Idem)

2.2 Diferença da Gestão Participativa e os outros tipos de gestão

No mundo corporativo, há muitas modalidades de gestão, sendo que a participativa se


destaca pela sua maior flexibilidade e abertura a inovações. Em geral, as outras seguem um
padrão mais rígido, no qual a comunicação é quase unilateral e parte do todo para a base,
sempre moldando ordens que devem ser cumpridas. (Ibidem)

Mesmo assim, vale deixar claro que elas também ainda são válidas e oferecem suas
vantagens. Entre os outros tipos de gestão, podemos citar:

 Gestão de pessoas: destinada especificamente a gerenciar os recursos humanos


(pessoal) de uma empresa;
 Gestão de desempenho: cuja finalidade é avaliar o desempenho individual e coletivo
da equipe, mensurando a produtividade e a eficiência;
 Gestão à vista: permite que os funcionários tenham fácil acesso aos principais itens
de controle por meio de elementos visuais (quadros, TVs, murais);
 Gestão por resultados: a prioridade é atingir resultados efetivos em um prazo
específico;
 Gestão por competência: profundamente ligada ao conhecimento e às habilidades
dos funcionários.

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2.3 Funcionamento da Gestão Participativa

Para ser colocada em prática, a gestão participativa precisa começar pela


descentralização da liderança e pela motivação para que haja a máxima cooperação entre os
profissionais que trabalham em um projeto. A soma das vivências e a discussão equilibrada
dos conhecimentos são uma forma excelente de catalisar as decisões mais produtivas.
(Arretche, 1996).

Mas, antes, é importante que sejam implantados processos de gestão participativa. É


válido realçar as dimensões que formam o modelo e que o tornam viável na empresa:

 Estrutural: sugere a necessidade de reavaliar padrões de cargos e hierarquias,


concedendo mais liberdade de acção entre os profissionais e fomentando as
oportunidades de decisão e de opinião;
 De resultados: revela a importância de organizar e analisar dados que sejam
confiáveis, que estimulem um debate produtivo entre os membros da equipe e
fundamentem posteriores decisões;
 Comportamental: indica as posturas de liderança que devem receber prioridade
durante e depois do trabalho de transição, tornando válida a experiência de
participação e desenvolvendo novos comportamentos nos profissionais.

Além disso, para uma aplicação ainda mais prática, é importante tornar os processos
internos e as decisões mais coletivos e transparentes. Implantada e alimentada, a gestão
participativa ultrapassa a própria empresa e alcança o mercado, influenciando de forma
positiva o relacionamento entre fornecedores, clientes e outros interessados. (Idem)

2.4 Implementação da Gestão Participativa

Para implementar a gestão participativa de forma integral na instituição de maneira a


otimizar, as actividades, seguem algumas dicas na sequência:

 Conversar abertamente sobre gestão e hierarquias: É importante se saber como a


equipe se comporta perante modalidades diferentes de gestão. Logo, se investiga o
perfil dela e se verifica se o modelo de participação se adequa bem à empresa como
um todo.
 Sugerir novas experiências com a equipe: No início o processo participativo,
também é relevante, todos os profissionais devem ser envolvidos nas mudanças. Por

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isso é necessário disponibilizar novas oportunidades e estimular a interatividade,
compartilhando as experiências e a conexão produtiva.
 Monitorar a evolução dos processos: Para validar a recepção das formas gerenciais e
a receptividade de cada funcionário às novas propostas, é necessário realizar um
acompanhamento de perto, tanto individual quanto do grupo. Compreendendo as
principais motivações e resistências. Esse conhecimento contribui para deixar o
modelo mais lapidado e para conquistar melhores resultados (Weffort, 1995).
 Compartilhar e celebrar os resultados positivos: Por pequena que seja, cada
conquista deve ser comemorada e terá um significado. Reunindo toda a equipe e
sempre parabenizando as iniciativas produtivas. Do mesmo modo, considerar que, a
partir de erros, sempre é possível aprender mais.

A gestão participativa necessita de diálogo e requer o contínuo desenvolvimento da


equipe. A colaboração e a confiança são indispensáveis para que esse modelo administrativo
realmente funcione.

2.5 Principais benefícios da Gestão Participativa

Lembrando-se que uma administração colaborativa ajuda muito mais na gestão da


agência em tempos de crise que a gestão tradicional, a qual não se abre para as inovações e
opiniões dos funcionários.

2.6 Comprometimento e Alinhamento

Uma equipe engajada está mais propensa a se alinhar aos objectivos corporativos e a
oferecer resultados mais produtivos e mais satisfatórios. Com essa modalidade de gestão, o
gestor empodera os funcionários, conferindo autonomia à aqueles em quem confia. Na
prática, a mensagem é motivadora, pois qualquer profissional tem capacidade para contribuir
de forma que os resultados colectivos sejam alcançados e até superem as expectativas (Paro,
1997).

2.7 Redução de Custos e Optimização de Recursos

O poder está muito mais relacionado à responsabilidade que à hierarquia. Se existe a


descentralização da autoridade, os profissionais se sentem no dever de tomar as decisões mais
acertadas. Se todos estão cientes dos recursos disponíveis e trabalham no sentido de otimizá-

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los, produzindo mais e gastando menos, o desempenho aumenta e as despesas caem.
(Arretche, 1996).

2.8 Assertividade e Inovação

Compartilhar experiências é importante na tomada de decisões. Assim, todos vão


trabalhar buscando alcançar um objetivo comum: o desenvolvimento da empresa. A gestão
participativa estimula essa interatividade, promovendo inovações à medida que melhora a
eficácia das decisões empresariais. Portanto, um dos principais erros de gestão em agências é
manter-se atrelado a modelos convencionais que não oferecem novas oportunidades diante de
um mercado competitivo e moderno. A gestão participativa rompe com essas limitações,
oferecendo novas possibilidades à empresa (Luck, 2007).

2.9 Gestão Participativa caso concreto da Escola Secundária de Sangariveira

A escola Secundária de Sangariveira, torna uma evidência para este modelo de gestão
por um motivo marcante sendo portanto uma instituição por onde a autora deste trabalho se
encontra exercendo suas actividades, a mesma vendo que o tema em destaque se enquadra de
forma lógica na forma sobre como as actividades desta instituição se realizam, de igual modo
observou que diante o que se explica sobre o conceito da Gestão Participativa, o
funcionamento e a maneira sobre como ela é implementada em uma instituição observou que
tudo que se descreve sobre a Gestão Participativa é o mesmo no que se observa acontecendo
na escola, neste caso a autora notou que esta instituição se encontra configurada pela Gestão
Participativa.

3.1 Descrição da Infra-Estrutura

 Localização

A Escola Secundária Geral de Sangariveira, localiza-se no Segundo bairro, na unidade


de Sangariveira, a sensivelmente 7Km do centro da cidade de Quelimane.

 Descrição

A designação Sangariveira derivou do nome de um português, chamado São Carlos de


Oliveira que residia naquele posto administrativo. Hoje é o segundo posto administrativo
urbano da cidade de Quelimane.

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A Escola Secundaria Geral de Sangariveira abriu as suas portas no ano lectivo 2012 no
dia 23 de Janeiro como resposta do governo da província e do distrito dada necessidade de
largar a rede escolar devido ao aumento da população estudantil crescente procura do ensino
secundário deste nível no distrito, o governo viu a necessidade de priorizar a abertura desta
escola neste local.

Diante as dificuldades vividas no decorrer do tempo o sector pedagógico optou em


implementar uma gestão participativa no que deu em um rendimento positivo em termos de
aproveitamento pedagógico que resultou em 64,7% fruto de muito esforço por parte de
docentes e discentes, bem como os pais e encarregados de Educação.

Organigrama da Escola

Fonte: Direcção Pedagógica da Escola Secundária de Sangariveira

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Tal como se observa no organigrama acima descrito, verifica-se que a organização
segue uma certa hierarquia havendo uma interrelação entre diferentes sectores sendo que o
trabalho de cada sector favorece o sucesso do outro, e todos juntos fazem o processo de
ensino e aprendizagem mais significativo. Salienta-se que apesar de não existir o poder de ser
enquadrado ainda participam no processo de ensino e aprendizagem os pais encarregados de
educação, visto que a aprendizagem não esta simplesmente centrada no recinto escolar, isto é,
os alunos não apreende somente na escola, também em casa eles aprendem.

Apesar desta hierarquia as actividades da Escola Secundária de Sangariveira, são


realizadas de forma conjunta dentre os envolvidos nessas actividades temos os alunos,
professores, direcção da Escola, pais e encarregados da Educação, cada um destes
desempenhando funções específicas nesta organização mas sempre na luta para o mesmo fim
de garantir o processo de ensino e aprendizagem mais participativo sobre tudo mais
significativo.

3.2 Acompanhamento pedagógico, disciplinar e de ausências na Escola Secundária de


Sangariveira

O acompanhamento pedagógico dos alunos pelos professores e pela gestão da escola


inicia no primeiro dia de aula de diversas formas. Existe uma pasta que acompanha cada
turma com a chamada e uma ficha de registro de cada aluno. Nesta pasta, os professores
registram a chamada diária (cada professor possui a sua chamada individual oficial também) e
podem também registrar eventos que acontecem com os alunos relacionadas às regras de
convivência e as atividades escolares. Com este registro, a gestão da escola consegue verificar
aqueles alunos que estão faltando muito às aulas ou que possuem muitas ocorrências de
indisciplina para entrar em contato com as famílias. E, assim, tomar as providências cabíveis
em cada caso ao longo do ano letivo.

3.3 Reforço ao longo do ano letivo

Também acontecem encontros da coordenação com os professores para identificar os


alunos que precisam de reforço escolar. Estes alunos, uma vez sinalizados pelo professor e
encaminhados para o reforço, são monitorados pela gestão da escola na sua frequência e
desempenho. Os professores são orientados a oferecer recuperação preventiva no decorrer das
aulas e a avisar quando algum aluno está em débito com alguma avaliação.

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3.4 Planejamento Pré-Conselho

Um cronograma pré-conselho de classe é enviado para os professores lembrando das


datas da reunião e das entregas de notas, pareceres e dados de frequência que são entregues
um dia antes do conselho. O encontro do conselho de classe é realizado com a participação
dos professores da turma, professores de apoio e a gestão.

3.5 Discussões e Encaminhamentos baseados em Evidências

Cada aluno é analisado individualmente, mas não se utiliza o tempo do conselho para
reunir dados, porque todos já estão lançados. Regista-se o desempenho do aluno na Acta do
Conselho e na pauta geral. Já que existem arquivos compartilhados, todos os professores
podem registrar na ficha do aluno o que disseram de relevante, no momento em que estão
falando. O coordenador registra em acta também os encaminhamentos que deverão ser
realizados e quem os realizará.

3.6 Acções pensadas coletivamente

Quando um aluno não está com o desempenho adequado, o professor da disciplina


apresenta o aluno, explica as acções já realizadas e sugere outras acções a realizar ainda.
Neste momento, se o professor da disciplina não está encontrando alternativas, os outros
participantes são ouvidos para sugestões e encaminhamentos.

3.7 Feedback aos Avaliados e seus Responsáveis

Depois do conselho e antes da entrega de avaliações para as famílias, a gestão da


escola dá um retorno para a turma junto com a professora regente e conversa individualmente
com os alunos apontados. O desempenho dos alunos sempre é presentado aos pais e
encarregados de educação num sábado pela manhã e orienta-se que os alunos estejam
presentes com seus pais. Nesta altura o professor dita o aproveitamento e os pontos negativos
e positivos de cada aluno, por sua vez a gestão da escola aproveita este dia para conversar
com os alunos que apresentam dificuldades no desenvolvimento. Nesta altura são abertas as
reivindicações por parte dos alunos. Depois disso, o ciclo começa de novo com as reuniões
com professores. Contudo, para garantir uma gestão participativa a Escola Secundária de
Sangariveira realiza conselhos participativos e pré-conselhos.

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4. Conclusão

Chegado ao fim da realização do trabalho é facto considerar que, as organizações que


adotam posturas participativas ou colaborativas em suas estratégias de gestão alcançam a
flexibilização do vértice organizacional, o envolvimento coletivo de seu quadro humano, a
oportunidade de conhecerem os verdadeiros gargalos gerenciais, a eficiência e eficácia e a
remodelagem preliminar para se transformarem em organizações de aprendizagem. Há ainda
um grande lapso entre organizações tradicionais e organizações de aprendizagem que se torna
explícito na ausência de práticas inovadoras e criativas de gestão. A proposta de organizações
de aprendizagem se sustenta, basicamente, na capacidade de empreender, inovar e criar
formas e métodos de gestão mais flexíveis e agregadores sob as óticas gerenciais e humanas.

Nessa perspectiva a maioria das organizações ainda necessitam aprimorar suas formas
de observação contextual e superar desafios estratégicos para o alcance da aprendizagem
organizacional, tais como a quebra de antigos paradigmas tradicionais, a verticalização da
estrutura organizacional, a exclusão digital, a cultura introspectiva e exclusiva que sufoca a
participação das pessoas em processos decisórios e transformacionais e, sobretudo, superar o
medo do novo. Finalmente, cabe ressaltar que o processo transformacional sempre está
atrelado a mudanças e essas, por sua vez, causam receios, angústias, repúdios e medos que
precisam ser vencidos para que as organizações possam se tornar por exemplo como
verdadeiros organismos com DNA próprio.

Em outras palavras, as organizações precisam enxergar e compreender que o caminho


da aproximação e humanização pela via da participação é um processo migratório vital para o
sucesso e permanência no mercado contemporâneo, o mercado da informação e do
conhecimento. Muitas vezes, para não se dizer todas, o conhecimento está dentro da própria
organização, mais especificamente nas pessoas que as compõem, e esse patrimônio intelectual
demanda uma exploração sadia em busca de uma contínua e construtiva aprendizagem
organizacional.

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Referências Bibliográficas

Arretche, M. T. S, (1996). O mito da descentralização: maior democratização e eficiência


das políticas públicas? Revista Brasileira de Ciências Sociais, n. 31, p.1-27.

Filho, José Garcia Leal (2007). Gestão Estratégica Participativa: teoria e prática para
criação de organizações que aprendem (2ª ed.). Revisada e atualizada. Curitiba: Editora
Juruá.

Luck, Heloisa (2007). Gestão Educacional: uma questão paradigmática (3ª ed.). Petrópolis,
RJ: Vozes, Série Cadernos de Gestão.

Paro, Vitor Henrique (1997). Gestão democrática da escola pública. (3ª ed.). Série: educação
em ação São Paulo: Ática.

Santos, Alda de N. C. dos (2008). A Gestão Participativa na Escola Pública: estudo sobre a
visão de gestores escolares do Município Pólo de Castanhal – Pará. Dissertação
(Mestrado em Gestão e Desenvolvimento Regional). Universidade de Taubaté. Programa
de PósGraduação em Administração. Taubaté.

Weffort, F (1995). Escola, participação e representação formal. Petrópolis: Vozes.

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