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ESCLEROSE MÚLTIPLA

Juliana Sayuri Maia Hirose – R2 Clínica Médica


João Santos Lima Almendra – R2 Clínica Médica
DEFINIÇÃO E EPIDEMIOLOGIA
› Esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune desmielinizante, de
caráter geralmente progressivo e confinado ao sistema nervoso central
(substância branca).

› Mais comum em mulheres brancas (2:1), faixa etária entre 20-40 anos
e mais prevalente em países do hemisfério Norte

› Segunda principal causa de incapacidade neurológica em indivíduos


jovens!
FATORES DE RISCO
› Infecções virais (Epstein Barr)
› Baixa exposição solar e níveis reduzidos de vitamina D
› Tabagismo
› Obesidade
› Exposição a solventes orgânicos
QUADRO CLÍNICO
› Fadiga (fraqueza ou cansaço)
› Motoras: paresia (mono ou hemiparesia)
› Sensitivas: parestesias, nevralgia do trigêmeo
› Visuais: neurite óptica (dor ocular associada à BAV), diplopia
(oftalmoplegia internuclear)
› Ataxia
› Incontinência urinária/fecal
› Cognitivas (memória, lentificação do pensamento
ou déficits de atenção)
› Humor: ansiedade, depressão
FORMAS CLÍNICAS DA EM
(1) Remitente-recorrente (EMRR):
- Aproximadamente 85% dos casos
- Caracterizada pela ocorrência de surtos e melhora após instituição do
tratamento (ou espontaneamente)
- Geralmente ocorre recuperação completa e ausência de sequelas
FORMAS CLÍNICAS DA EM
(2) Secundária Progressiva (EMSP):
- Ocorre após aproximadamente 10-15 anos de evolução da doença
- Nesta fase não há recuperação completa dos surtos e as sequelas são
cumulativas

(3) Primária Progressiva (EMPP):


- Acomete aproximadamente 10% dos pacientes
- Neste caso há piora gradativa e cumulativa das sequelas
DIAGNÓSTICO: CRITÉRIOS DE MCDONALD (2017)
Os critérios para diagnóstico de EM incluem dados clínicos (história
clínica e exame neurológicos) e exames complementares (RM,
líquido cefalorraquidiano e potenciais evocados), após exclusão de
outros diagnósticos alternativos.

Os critérios de McDonald baseiam-se no princípio de que as


lesões no SNC devem apresentar disseminação no tempo e espaço*.

*Uma ou mais lesões hiperintensas em T2 em pelo menos 2 dos 4 locais considerados característicos da EM
(periventricular, cortical/justacortical, infratentorial e medula espinhal).
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA – SEQUÊNCIA T2
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA – SEQUÊNCIA FLAIR

Sinal dos “dedos de


Dawson”
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA – T1 PÓS CONTRASTE

Esclerose Múltipla Glioblastoma


LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO (LCR)

› Elevação de imunoglobulina G (IgG) – valor de referência 0,3-3,0 mg/dl


› Presença de bandas oligoclonais
› Índice de IgG > ou igual a 0,7 favorece o diagnóstico
PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS

› Neuromielite óptica (doença de Devic)


› Encefalomielite disseminada aguda
› LES
› Síndrome de Sjögren
› Neurosarcoidose
TRATAMENTO: FORMA REMITENTE-RECORRENTE

› SURTO:
- Metilprednisolona (pulsoterapia)
- Plasmaférese
- Imunoglobulina humana em altas doses

› MANUTENÇÃO:
- Primeira linha:
a) Imunomoduladores: IFN Beta 1b, IFN Beta 1 a, Acetato de Glatiramer
b) Imunossupressores: Azatioprina 50-400 mg/dia

- Segunda linha: Natalizumab e Fingolimode (imunomoduladores)


OBRIGADA!

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