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HOSPITAL GERAL DE LUANDA

TEMA: DIABETES GESTACIONAL

DOCENTE: DRA NOÉMIA DOS SANTOS- MED. ESPECIALISTA EM GINECOLOGIA E


OBSTETRÍCIA

DISCENTES: ESTUDANTES DO UPRA DO 5º ANO

LUANDA, AOS 04 DE MAIO DE 2023


SUMÁRIO
 INTRODUÇÃO
 CLASSIFICAÇÃO
 QUADRO CLÍNICO
 FACTORES DE RISCO
 DIAGNÓSTICO
 TRATAMENTO
 COMPLICAÇÕES
 PREVENÇÃO
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
INTRODUÇÃO
 A gravidez saudável acompanha-se de estímulos hiperglicémicos que visam á
protecção do feto de estados de hipoglicémia.
 As hormonas lactogénio placentários e o cortisol são responsáveis pela aceleração
da glicogenólise, mobilizando glicogénio hepático materno quando os níveis
glicémicos caem.
 É Importante destacar que mulheres que são diabéticas e engravidam não são
consideradas portadoras de diabetes gestacional, uma vez que essa condição é
considerada uma complicação específica da gravidez.
 Embora a tendência seja de que a doença desapareça após o parto, mulheres que
apresentam a alteração precisam manter cuidados e acompanhamento médico
especializado mesmo após o nascimento do recém-nascido, pois são consideradas
pacientes com risco potencial para o desenvolvimento de diabetes tipo 2.
CLASSIFICAÇÃO
 SEGUNDO GABBE PARA DIABETES NA GESTAÇÃO

TIPO I Diagnóstico na gravidez , controle com dieta e ausência da


Vasculopatia materna.

TIPO II Diagnóstico em qualquer momento com controle através de


insulina e ausência de Vasculopatia.

TIPO III Diagnóstico em qualquer momento, controle com insulina e


presença de Vasculopatia em qualquer órgão alvo materno.
SEGUNDO A ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE DIABETES( 2009) E OMS (2006).

 Diabetes Tipo 1: Destruição das células Beta levando a destruição completa


de Insulina.
 Diabetes Tipo 2: Defeito progressivo na secrecção de Insulina associada á resistência
á insulina subjacente.
 Diabetes Gestacional- Alterações da tolerância a glucose.
 Outros Tipos Específicos: - Defeitos genéticos da função da célula- Beta.
- Defeitos genéticos da acção da insulin.
- Doenças do pâncreas exócrino.
-Induzida por drogas ou produtos químicos.
QUADRO CLÍNICO

 POLIÚRIA
 POLIFAGIA E CANSAÇO FÁCIL
 POLIDIPSIA
FACTORES DE RISCO
• Idade materna avançada;
• Ganho de peso excessivo durante a gestação;
• Sobrepeso ou obesidade;
• Síndrome dos Ovários Policísticos;
• Histórico familiar de diabetes em parentes de 1º grau;
• Hipertensão arterial sistêmica na gestação;
• Gestação múltipla.
• Baixa Estatura (< 1, 50 m).
DIAGNÓSTICO
Período Exames e Interpretação
Primeira consulta de pré-natal Glicemia de jejum na primeira consulta de
pré-natal. Dois valores de jejum acima de
126 mg/dl* serão determinantes de diabetes
gestacional (diagnóstico obtido na gravidez).
24ª a 26ª semanas gestacionais Teste de glicemia pós 50g de dextrosol, via
oral. Valores acima de 140 mg/dl* são
suspeitos e indicativos de confirmação
diagnóstica através da curva de tolerância a
glicose (sensibilidade 80%). Valores acima
de 185mg%* são diagnósticos e não
necessitam confirmação com a curva de
tolerância a glicose.
Diagnóstico através da curva de tolerância a Curva de tolerância a glicose com 100
glicose gramas de dextrosol e dosagens com jejum,
60 minutos, 102 minutos e 180 minutos,
antes de intervenções alimentares na dieta da
paciente.
• Jejum…………………………. 95 mg%
TRATAMENTO
 Avaliação obstétrica de 2-3 semanas até as 36 semanas com bom controle
glicémico.
 Tratamento Medicamentoso:
 Sulfonilureia -Glibendamicina (Daonil)- Hipoglicemiante oral
Dose inicial 2,5 mg pela manhã Até 20 mg/dia.
 Biguanidas- Metformina: diminui produção hepática de glicose.
Dose inicial 500 mg/dl Até 2500 mg.
 Inibidores de glicosidase ( acarbose) - Retarda a absorção de carbohidratos.
Dose inicial 50 mg/dl Até 300 mg/dl.

 Insulinas – Suplementos para célula pancreática.


 Tratamento Obstétrico:

Avaliação quinzenal das 28 semanas até as 32 semanas e semanalmente até ao parto.

Interrupção da gestação:
 Menos de 36 Semanas- Corticoterapia antenatal com infusão contínua de
insulina por bomba.
 Mais de 36 e 38 Semanas completas- Amniocentese para determinar maturidade
do pulmão fetal.
 38 - 39 Semanas- Interrupção electiva da gestação por indução do parto ou
cesariana ( avaliar risco de distócia se peso fetal maior que 4.000 g)
COMPLICAÇÕES

 Insuficiência renal
 Retinopatias
 Tireoidite concomitante ( Diabetes tipo 1)
 Morte fetal intra uterina
PREVENÇÃO

 Exercícios físicos
 Dieta adequada ( hipolipidica e hipoproteica)
 Controle do peso ( 20% do peso pré-gravídico)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

1. American Diabets Association, Standards of medical care, v. 33, p.S11-s61, 2010.


2. Feig, D.S. et al. Transfer of gyburide and gipzide into breast milk. Diabetes Care,
v. 28, n.8, p. 1851-1855, 2005.
3. Guia de bolso de Obstetrícia / António Carlos Vieira Cabral et al- Cap.15-São
Paulo, Brasil. Ed. Atheneu, 2010.
4. Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Protocolo assistencial de diabetes melito:
manejo de hipoglicemia. Porto Alegre, 2003.
5. https:// bedmed.com.br/tratamentos/diabetes-gestacional.
6. Rotinas em Obstetrícia/ Fernando Freitas, Sérgio H. Martins- Costa, José Geraldo
Lopes Ramos, José António Magalhães e Colaboradores. Cap.36 pág.567-586, 6ª
ed- Porto Alegre, Brasil Artmed, 2011.

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