Você está na página 1de 10

INSTRUMENTO PARTICULAR DE PROMESSA DE

COMPRA E VENDA DE BEM IMÓVEL E OUTRAS


AVENÇAS.

Pelo presente INSTRUMENTO PARTICULAR DE PROMESSA DE COMPRA E


VENDA DE BEM IMÓVEL, as partes adiante nomeadas e qualificadas, têm entre si justo e
acordado, mediante cláusulas e condições que, de modo recíproco, outorgam, estipulam e
aceitam, o seguinte:

1- CLÁUSULA PRIMEIRA: AS PARTES


1.1 - OUTORGANTE PROMITENTE VENDEDORA: Como OUTORGANTE
PROMITENTE VENDEDORA, doravante simplesmente designada VENDEDORA, PAIVA
GOMES & CIA LTDA., com sede na Rua João da Estivas, 1797, Barro Vermelho, Natal,
Estado do Rio Grande do Norte, inscrita no CNPJ sob nº 04.392.903/0001-16 e com Inscrição
Estadual sob o nº 20.072483-5, representada por seus sócios RICARDO WAGNER DA SILVA
PAIVA , brasileiro, casado, engenheiro civil, portador do documento de identidade nº 668.364 –
SSP/RN e inscrito no CPF/MF sob nº 481.593.874-15, residente e domiciliado em Natal, Estado
do Rio Grande do Norte e FÁBIO GOMES DE ARAÚJO, brasileiro, solteiro, economista,
portador do documento de identidade nº 897.737 – SSP/RN e inscrito no CPF/MF sob nº
565.640.584-20, residente e domiciliado em Natal, Estado do Rio Grande do Norte;
1.2- OUTORGADO PROMISSÁRIO COMPRADOR: Como OUTORGADO
PROMISSÁRIO COMPRADOR, doravante simplesmente designado COMPRADOR, o Sr.
_______________________, brasileiro, _________, _________, portador da Carteira de
Identidade No. _________ SSP/RN, CPF/MF No. ____________, e sua esposa
__________________________, brasileira, médica, portadora da carteira de identidade Nº
____________ e CPF/MF Nº ________________, residente e domiciliado na Cidade de Natal,
na Rua ____________________, Nº ______, Aptº _____, Candelária;

2 -CLÁUSULA SEGUNDA : O EMPREENDIMENTO E O IMÓVEL PROMETIDO À


VENDA
2.1 - IDENTIFICAÇÃO: A OUTORGANTE PROMITENTE VENDEDORA
construirá o Condomínio Residencial Atalanta, com as características descritas em seu
memorial descritivo, na esquinadas Ruas João da sEstivas, Luís Amídio e Ângelo Roselli, em
Barro Vermelho, nesta cidade de Natal/RN; que será construido em terreno foreiro municipal,
com 2.461,77m², de propriedade da VENDEDORA, conforme carta de aforamento nº 21.076,
datada de 14 de maio de 2001, expedida pela SEMURB - Secretaria de Meio Ambiente e
Urbanismo, da prefeitura Municipal de Natal, em virtude da reunião das cartas de nº 21007 e
21011, incorporação de área, arquivado no Registro de Imóveis da 1º Zona, Registro de Geral
-livro 2, letra” P”, pasta 104, sob a matricula de nº 27.962.

2.2 - O EMPREENDIMENTO: Sobre os terrenos acima descritos e caracterizados, a


VENDEDORA se obriga a construir, com observância das normas contidas na Lei No. 4.591,
de 16.12.64, um edifício em concreto armado, com destinação para a instalação de um
"Edifício Residencial", com unidades autônomas e partes comuns que comporão infra-
estruturas de natureza residencial, obedecendo a projeto elaborado às expensas da própria
VENDEDORA e com uma área de construção de aproximadamente 6.931,17 m², composto de
01 (hum) pavimento pilotis, 01 (hum) pavimento térreo com mezanino, 15 (quinze) pavimentos
superiores e superpostos, cada um com 03 (três) unidades autônomas residenciais, totalizando
45 (quarenta cinco) unidades, cada unidade com direito a 02(duas) vagas de garagem.

1
O Térreo terá ligação com mezanino através de escadas e elevadores, que darão acesso aos
pavimentos superiores, será utilizado com garagem coletiva coberta, salão de festas com dois
banheiros e copa, administração, recepção, sala de gerador, sala de GLP, guarita, quadra de
esportes, sala de ginastica, piscina adulto/infantil, com apoio de sauna, banheiros, copa, deck
e churrasqueira.
O Mezanino contará com halls social e de serviço, garagem coletiva descoberta, banheiro de
serviço, copa de serviço, refeitório de serviço, quarto de zelador.
Os Pavimentos Tipo serão compostos de três apartamentos, todos com quatro dormitórios,
sendo um suite, 2 quartos, e dependencia de emprega, sala para dois ambientes, varanda,
jarreiras, banheiro socia, cozinha, hall, cozinha, área de serviço e banheiro de serviço.
Os Apartamentos estarão todos voltados para a nascente (lado da sombra), sendo dois
laterais, do tipo A e um central do tipo B, com áreas privativas assim especificadas como sendo
do tipo A, no 1º pavimento de 93.34 m², 2º e 3º pavimentos 94,78 m² e do 4º ao 15º pavimentos
de 98,35 m², e do tipo B do 1º ao 15º com 100,81 m².

2.3 - PROJETO E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS: A construção obedecerá ao


projeto geral aprovado pelo Instituto de Planejamento Urbano de Natal, Prefeitura Municipal de
Natal e às especificações técnicas, os quais ficam fazendo parte integrante e complementar deste
instrumento e que o COMPRADOR declara ser de seu inteiro conhecimento e aprovação, na
conformidade com o Memorial Descritivo e demais documentos referentes ao empreendimento,
exigidos pelo Art. 32 da Lei n.º 4.591 de 16/12/64, arquivados no Cartório de Registro de
Imóveis.
2.3.1- ALTERAÇÕES NO PROJETO: Ficam ressalvadas eventuais alterações no projeto
arquitetônico que venham a ser impostas e/ou que venham a resultar do cálculo e execução
estrutural e/ou das instalações do prédio, por razões de ordem técnica ou por exigência de órgãos
públicos ou concessionárias, bem como as diferenças não superiores a 5% (cinco por cento) das
dimensões constantes no projeto aprovado, que resultem da execução da obra;
2.4 - SUBCONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS: A VENDEDORA poderá contratar
subempreiteiras sob sua inteira responsabilidade;
2.5 - DO REGIME DA CONSTRUÇÃO: A construção objeto do presente contrato
será executada pelo regime de empreitada, reajustado o valor do poder aquisitivo da moeda,
sendo todo o material e mão-de-obra de exclusiva responsabilidade da VENDEDORA, não
respondendo o COMPRADOR perante os fornecedores ou terceiros, nem assumindo qualquer
responsabilidade por multas, salários ou acidentes decorrentes da construção ou por ocasião dela,
bem como encargos sociais e trabalhistas;
2.6 - DISPONIBILIDADE: Declara a VENDEDORA que nenhum encargo ou
responsabilidade grava o bem descrito e caracterizado nas cláusulas anteriores, quer seja judicial
ou extrajudicial, hipotecas, servidões, arrestos, sequestros, foro, litispendência, estando quite
com todos os impostos e taxas, até a presente data.

3- CLÁUSULA TERCEIRA: A UNIDADE HABITACIONAL NEGOCIADA,


SEU PREÇO E CONDIÇÕES DE PAGAMENTO
3.1 - A UNIDADE HABITACIONAL NEGOCIADA: Por assim obrigar-se a
construir o edifício acima mencionado e caracterizado, a VENDEDORA compromete-se a
vender ao COMPRADOR a unidade n.º _____ (_____________), do tipo ___, situada no __º
(________________) pavimento, com área privativa de _____ m2 (__________ metros
quadrados).
3.2 - O PREÇO: O preço e forma de pagamento da unidade objeto do presente
contrato, sua fração ideal de terreno e demais acessões, conforme descrito nesta Cláusula, estão
discriminados no Anexo I, parte integrante deste contrato, devidamente assinado pelas partes.
Todos os pagamentos serão efetuados pelo COMPRADOR no escritório da VENDEDORA, ou

2
através de botela bancaria, ou ainda em outro endereço indicado pela mesma,
independentemente de qualquer notificação, e assim, a falta de aviso para pagamento não
isenta o COMPRADOR de juros moratórios, multas e correções contratuais. Poderá ainda, a
VENDEDORA, optar por cobrança bancária.
3.3 - OS JUROS: Sobre todas as parcelas mensais e semestrais, constantes no Anexo I
mencionado no item anterior, incidirão juros na base de 1% (hum por cento) ao mês, pela Tabela
PRICE, devidos a partir da conclusão da obra e consequente entrega da unidade autônoma ao
COMPRADOR, de conformidade com os termos da CLÁUSULA QUINTA deste instrumento.
3.4 - O REAJUSTE MONETÁRIO DAS PARCELAS: As parcelas de Contrato, as
semestrais, as mensais e a da entrega das chaves, indicadas no Anexo I deste instrumento, ficam
desde logo submetidas a reajuste monetário, cuja aplicação será feita a cada período de 12 (doze)
meses e 01 (hum) dia, a contar desta data, ou seja, no dia seguinte ao do vencimento das 12a.
(décima segunda), 24a. (vigésima quarta), 36a. (trigésima sexta), 48a. (quadragésima oitava)
prestações acima referidas e assim por diante, ou em periodicidade inferior que venha a ser
permitida, e também no final do contrato, de acordo com a variação acumulada do INCC (Índice
Nacional do Custo da Construção) da Fundação Getúlio Vargas, adotando-se como base de
cálculo do reajuste monetário, o INCC integral relativo ao mês anterior ao mês de assinatura
deste contrato e o INCC integral referente ao mês anterior do efetivo pagamento da obrigação
reajustada a cargo do COMPRADOR, ficando, ainda, convencionado o disposto nos ítens
seguintes:
3.4.1 - O reajuste monetário será sempre calculado sobre o valor da parcela e será
recebido pela VENDEDORA através de letra de câmbio ou de recibo de igual valor, ficando a
VENDEDORA desde já autorizada pelo COMPRADOR a sacar a mencionada letra de câmbio;
3.4.2 - No caso de, a qualquer tempo, o ordenamento jurídico nacional ou decisão
judicial reduzir a periodicidade admitida para reajuste monetário das obrigações pecuniárias,
atualmente limitadas ao período mínimo de 01 (hum) ano, nos termos do artigo 2o. da Medida
Provisória No. 1.171/95, as parcelas do preço passarão a ser, imediata e automaticamente,
reajustadas na periodicidade mínima que vier a ser permitida, observado, porém e sempre, o
critério de reajuste monetário agora convencionado, assumindo o COMPRADOR, desde agora, a
obrigação de pagar imediatamente a diferença apurada entre o valor nominal da prestação e o seu
valor reajustado a cada periodicidade mínima de reajuste monetário admitida;
3.4.3 - Na hipótese de, ao invés de periodicidade anual, ser restabelecido o princípio de
suspensão do reajuste monetário das parcelas pelo prazo de 01 (hum) ano, como previa o artigo
13 da Lei No. 8.880/94, as partes desde logo convencionam que o reajuste monetário das
parcelas do preço ora pactuadas terão, automaticamente, o reajuste monetário suspenso pelo
prazo de 01 (hum) ano, findo o qual passarão a ser reajustadas mensalmente, pelo mesmo critério
e índice ora pactuados;
3.4.4 - No caso de não ser divulgado o INCC até a data do vencimento ou do efetivo
pagamento de qualquer parcela, será usado para tal fim o último INCC disponível,
procedendo-se ao correspondente acerto, para mais ou para menos, quando o mesmo for
conhecido, cobrável imediatamente a diferença pela VENDEDORA, como dívida líquida, certa e
exigível;
3.4.5 - Deixando o índice escolhido (INCC) de ser apurado ou caso venha a ser extinto,
de maneira a impossibilitar o conhecimento da variação do custo da construção civil, o reajuste
monetário ora pactuado continuará a operar sempre a cada 12 (doze) meses e um dia, ou em
periodicidade inferior que vier a ser admitida pela legislação ou por decisão judicial, e
também ao final do contrato, mediante a aplicação, como indexadores substitutos,
automaticamente, em caráter sucessivo, pela ordem de nomeação, pelo CUB (Custo Monetário
Básico) do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Pernambuco; pelo IGP-M (Índice
Geral de Preços de Mercado) da Fundação Getúlio Vargas; pelo IPCA-E (Índice Nacional de

3
Preços ao Consumidor Amplo) do IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística); pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da FIPE (Fundação Instituto de
Pesquisas Econômicas) da Universidade de São Paulo, apurado para a terceira
quadrissemana; ou, na falta de qualquer desses índices, por qualquer critério ou índice que
reflita a variação do custo da construção civil, sendo que esse reajuste monetário será sempre
devido à VENDEDORA, quaisquer que sejam as circunstâncias, sob pena de caracterizar
enriquecimento sem causa do devedor (COMPRADOR) em detrimento da credora
(VENDEDORA), ensejando indenização em valor compatível, acrescida de juros de 1% (hum
por cento), calculados sobre o valor da indenização devida, reajustada monetariamente, eis
que a VENDEDORA, em hipótese alguma, assume os riscos que possam decorrer de
variações ou de futuras alterações na conjuntura econômica nacional brasileira;
3.4.6 - A diferença apurada entre o quantum aposto como valor nominal em cada uma
das notas promissórias emitidas pelo COMPRADOR e o valor resultante do reajustamento ou
atualização monetária incidente sobre as parcelas reajustáveis na data do seu pagamento, serão
quitadas contra recibo, constituindo essa diferença decorrente do reajustamento ou atualização
monetária, juntamente com o valor nominal de cada título promissório, obrigação indivisível,
insuscetível, portanto, de pagamento por parte ou separadamente, de tal maneira que a
VENDEDORA somente aceitará o resgate da nota promissória, com o concomitante pagamento
da referida diferença, que constitui também obrigação líquida e certa, incontestável, prontamente
exigível a partir do correspondente vencimento.
3.5 - O REAJUSTE DO SALDO DEVEDOR: O saldo devedor do preço existente
nesta data fica igualmente submetido ao reajuste monetário, pelo mesmo critério e índices ora
pactuados, mas a aplicação do reajustamento monetário, nesse caso, como já anteriormente
referido, somente será feito ao final do contrato, para apurar se houve resíduo entre o valor das
prestações pagas e o saldo devedor monetariamente corrigido a contar de hoje, abatidos os
pagamentos, também atualizados pelo mesmo critério, que tiverem sido efetuados no período, de
modo que a eventual diferença constatada a maior será exigida do COMPRADOR no dia
seguinte ao vencimento da última prestação do preço, como dívida líquida e certa;
3.6 - DA MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO
MEDIANTE REVISÃO DO CONTRATO: As partes contratantes, no pleno uso da liberdade
contratual que lhes assegura o ordenamento jurídico do país, declaram e reconhecem que o
preço estabelecido, assim como o critério, o índice escolhido e a periodicidade de reajuste
monetário ajustados para pagamento das parcelas e do saldo devedor, foram pactuados num
ambiente econômico que pressupõe a declarada estabilidade da economia nacional, inclusive e
especialmente no que concerne aos insumos utilizados na indústria da construção civil, tudo no
contexto da reforma em curso, por força do Programa de Estabilização e do novo Sistema
Monetário Nacional, de que trata a Lei No. 8.880/94 (por conversão legislativa da Medida
Provisória No. 434/94 e reedições de No. 457/94 e 482/94), assim como na Lei No. 9069/95 (por
conversão legislativa da Medida Provisória No. 542/94 e reedições, de No. 566/94, 596/94,
635/94, 681/94, 731/94, 785/94, 851/95, 911/95, 953/95, 978/95, 1.004/95 e 1.027/95), eis
porque, se não ocorrer a efetiva estabilidade de preços preconizada, será necessário revisar o
preço ora pactuado para o imóvel objeto deste negócio jurídico, objetivando restabelecer o
necessário equilíbrio econômico-financeiro do presente contrato, de modo a evitar o
empobrecimento sem causa de uma parte em favor do enriquecimento injusto da outra, para o
que se fará anualmente, após 12 (doze) meses de vigência deste contrato, a revisão do valor das
obrigações pecuniárias vencidas no período, pagas ou não, para apurar qualquer
eventual diferença entre o valor nominal das parcelas e o valor dessas mesmas
prestações monetariamente reajustadas, desde o mês anterior ao mês de assinatura deste contrato
e até o mês anterior ao mês da revisão, pela variação acumulada no período do indexador
contratual escolhido (INCC); as diferenças assim apuradas, em cada parcela, serão consolidadas
ao final do período anual, e pagas pelo COMPRADOR de uma só vez, a cada 12 (doze) meses e

4
um dia, a contar da data deste contrato, o mesmo aplicando-se, no final do contrato, ao saldo
devedor;
3.6.1 - Na hipótese de admitida periodicidade inferior à prevista na legislação vigente
nesta data para o reajustamento das prestações, por disposição legal ou judicial, as partes
contratantes concordam, desde já e em caráter irrevogável e irretratável, que o reajustamento
passará, automaticamente, a ser feito na menor periodicidade admitida, aplicando-se também à
revisão, no caso de deixar de ser apurado ou vier a ser extinto o índice escolhido, as mesmas
regras de substituição automática estabelecidas no item 3.4.5, deste instrumento;
3.6.2 - Até a data em que se verificar o restabelecimento do equilíbrio econômico-
financeiro contratual, pelo pagamento integral das diferenças apuradas nos termos deste
instrumento, fica assegurado à VENDEDORA o direito de suspender o cumprimento de todas as
suas obrigações derivadas deste contrato, inclusive quanto à entrega do apartamento, quando
concluída a sua construção, sem, com isso, incorrer em qualquer penalidade, ônus ou riscos, até
que obtenha a satisfação de seu crédito;
3.6.3 - A VENDEDORA e o COMPRADOR pactuam regras de reajuste monetário e de
revisão porque reconhecem e, por isso, se obrigam expressamente ao seguinte: a) que a
construção civil vem agindo, inclusive no empreendimento imobiliário cujo apartamento é objeto
deste negócio jurídico, sem inclusão nos preços de qualquer expectativa inflacionária; b) que este
contrato, nos termos do inciso XXXVI do artigo 5o., da Constituição Federal, é um ato
jurídico perfeito, representando sua vontade, que não poderá ser prejudicado por lei ou por
decisão futura; c) que o equilíbrio econômico e financeiro contratual é condição essencial do
negócio ajustado, para que não haja locupletação de uma parte `a custa de outra.
3.7 - AMORTIZAÇÕES EXTRAORDINÁRIAS OU LIQUIDAÇÃO
ANTECIPADA: O COMPRADOR poderá realizar, em qualquer mês, amortização
extraordinária de parcela(s) do preço, ou ainda, a liquidação antecipada do saldo devedor, desde
que as prestações e o referido saldo devedor sejam reajustados monetariamente, revistos e
atualizados, segundo os critérios convencionados neste instrumento, até a data da amortização ou
liquidação, e observados, ainda, as seguintes estipulações: a) as amortizações extraordinárias
incidirão sempre das últimas para as primeiras parcelas vincendas; b) o COMPRADOR pagará,
juntamente com o valor reajustado para o mês em que se efetivar amortização extraordinária ou
liquidação antecipada, o valor relativo à variação pro rata temporis die do INCC entre o primeiro
dia do mês e o dia do mês que fizer o pagamento, aplicando-se, quando não for conhecida essa
variação, para efeito de cálculo, o último INCC disponível; c) às amortizações extraordinárias e
às liquidações antecipadas aplicam-se igualmente as regras revisionais convencionadas neste
contrato;
3.7.1 - A amortização extraordinária de parcela(s) do preço ou, ainda, a liquidação
antecipada do saldo devedor, mesmo se feita mais de uma vez, não implicará novação ou
modificação da forma de reajuste monetário ou quanto à maneira de pagamento.
3.8 - O ATRASO NO PAGAMENTO DAS PARCELAS: O pagamento de qualquer
das parcelas do preço da unidade habitacional após seu respectivo vencimento, implicará na
multa de 10% (dez por cento) sobre o seu valor atualizado e na incidência de juros moratórios na
base de 1% (hum por cento) ao mês e/ou fração.
3.8.1 - O recebimento pela VENDEDORA de qualquer parcela em atraso, o que só
poderá ser feito com os acréscimos previstos no ítem anterior (3.8), constituirá mera liberalidade
da VENDEDORA, não podendo ser considerado, por isso mesmo, novação, alteração,
transferência ou reiteração do presente instrumento;
3.8.2 - Ocorrendo o atraso de 03 (três) prestações, será o COMPRADOR notificado com
o prazo de 10 (dez) dias para a purgação da mora, com o pagamento das prestações devidas,
acrescidas de multa de 10% (dez por cento) sobre o seu valor atualizado, mais juros de mora na

5
base de 1% (hum por cento) ao mês e/ou fração, sob pena de rescisão, de pleno direito, do
contrato firmado.
3.9 - O REAJUSTAMENTO MONETÁRIO DAS PARCELAS APÓS A
ENTREGA DA UNIDADE : Após a entrega da unidade autônoma ao COMPRADOR, na forma
estabelecida na CLÁUSULA QUINTA deste instrumento, o reajustamento das parcelas mensais
e semestrais, passará a observar a variação acumulada pelo ÍNDICE GERAL DE PREÇOS -
IGP, adotando-se para a sua apuração a mesma base de cálculo mencionada no item 3.4 deste
contrato.

4- CLÁUSULA QUARTA: PRAZO DE EXECUÇÃO DO EMPREENDIMENTO


4.1- O prazo para a execução da obra e consequente entrega da unidade habitacional
objeto do presente instrumento será de 30 (trinta ) meses, contados a partir da data de 01
de Março de 2002, data do início da edificação, admitida uma tolerância de 180 (cento e
oitenta) dias, pelo que o prazo máximo será de 36 (trinta e seis) meses, salvo motivo de força
maior ou caso fortuito, na forma do artigo 1.058, do Código Civil, hipótese em que o prazo
ficará automaticamente prorrogado por igual tempo ao da interrupção, entendendo-se como tal,
a título meramente exemplificativo: a) greves parciais ou gerais; b) suspensão ou falta de
transportes; c) falta de materiais na praça ou de mão-de-obra especializada; d) chuvas
prolongadas que impeçam ou dificultem etapas importantes da obra; d) eventual embargo da
obra, não resultante de incúria ou erro da VENDEDORA; f) demora na execução dos serviços
que são próprios de empresas concessionárias de serviços públicos; g) demora na concessão
do "HABITE-SE" e outras autorizações legais, por motivos que não dependam da
VENDEDORA; h) reformas econômicas ou outros atos governamentais que interfiram no setor
da construção civil; i) atrasos no pagamento das prestações, por parte de 30% (trinta por cento)
dos compradores de unidades do edifício; j) enfim, todo e qualquer fato ou evento que se
enquadre no elenco da força maior ou do caso fortuito;
4.2- Fica pactuado que a VENDEDORA poderá concluir a obra a qualquer tempo antes do
prazo fixado no item 4.1. deste instrumento, entregando então a unidade habitacional ao
COMPRADOR.

5- CLÁUSULA QUINTA: A ENTREGA DA UNIDADE AUTÔNOMA


5.1 - O COMPRADOR será imitido na posse direta da unidade autônoma
compromissada com a entrega das respectivas chaves e mediante “TERMO DE ENTREGA”
firmado pelas partes contratantes, desde que hajam sido, até essa ocasião, fiel e integralmente
cumpridas todas as obrigações contraídas perante a VENDEDORA, nos prazos e pelos modos
pactuados neste instrumento e, especialmente, satisfeitas as condições previstas no ítem seguinte;
5.2 - Na hipótese em que o COMPRADOR não atender, no prazo máximo de 10 (dez)
dias, a convocação da VENDEDORA para vistoria e recebimento de sua unidade autônoma e
áreas comuns da edificação, serão os mesmos considerados, para todos os efeitos legais,
como tendo sido vistoriados, entregues e recebidos pelo COMPRADOR, caso em que as
chaves serão consideradas entregues para efeito do previsto no ítem anterior;
5.3 - A iniciativa da escritura definitiva de compra e venda da unidade autônoma será
do COMPRADOR, que só poderá pleiteá-la se cumpridas todas as normas pactuadas neste
instrumento;
5.4 - Correrão por conta do COMPRADOR todas as despesas e os encargos fiscais relativos
à unidade habitacional negociada, devidos a partir da data da concessão do “habite-se”, tais
como: a) as despesas de condomínio, ainda que o COMPRADOR não tenha recebido a posse
da unidade; b) os foros impostos, taxas, seguro contra incêndio e outros encargos, fiscais ou
não, que já incidam, na data do contrato, ou que venham a incidir sobre a unidade
comprometida, ainda que lançados em nome da VENDEDORA, e que deverão ser pagos
regular e pontualmente de modo a colocá-la a salvo de quaisquer cobranças ou ônus a eles
relativos; c) todas as despesas com escritura e transferência da unidade comprometida, tais
como certidões negativas, quitações fiscais, custas e emolumentos de cartórios, impostos,

6
taxas, laudêmios, emolumentos de avaliação, taxas de agentes financeiros e outras; d)
quaisquer outros pagamentos que forem exigidos pelos órgãos públicos; e) as despesas de
ligações definitivas dos serviços públicos, bem como as indispensáveis a instalação,
funcionamento e regulamentação do condomínio.
5.5 - Na hipótese de desapropriação total ou parcial do imóvel e suas acessões, fica a
VENDEDORA investida de amplos e irrevogáveis poderes pelo COMPRADOR , na forma do
inciso II do artigo 1.317 do Código Civil, para discutir sobre o valor, em juízo ou fora dele,
receber do poder expropriante, dando quitação, a indenização devida, que será rateada entre
os COMPRADORES na proporção de suas respectivas frações ideais, deduzidos previamente
os seus débitos para com a VENDEDORA e os créditos de terceiros, preferenciais, na forma da
lei.

6- CLÁUSULA SEXTA: A RESPONSABILIDADE DA VENDEDORA


6.1 - A VENDEDORA só responderá por danos e prejuízos a terceiros, inclusive
vizinhos, e o COMPRADOR por ação ou omissão culposa;
6.2 - Quaisquer reclamações, desde que não resultantes do mau uso das partes comuns
ou privativas, bem como das respectivas instalações, ou, ainda, de obras ou serviços de terceiros,
estranhos à VENDEDORA, deverão ser formuladas dentro do prazo improrrogável de 06 (seis)
meses, contados da entrega da unidade autônoma, na forma do que dispõe o artigo 178,
parágrafo 5o., inciso IV, do Código Civil. O disposto nesta cláusula não se aplica a eventual
defeito perceptível mediante simples vistoria visual, os quais deverão ser reclamados no próprio
ato da entrega da unidade, importando o recebimento das chaves, sem ressalvas, no
reconhecimento de que a unidade autônoma foi entregue em plena condição de habitabilidade,
cumpridas as especificações contratuais e com todas as suas instalações em perfeito
funcionamento;
6.3 - Ficam estabelecidos, pelas partes contratantes, os seguintes prazos para a
responsabilidade pela construção e seus responsáveis, ocorrendo prescrição da seguinte
forma: a) segurança e solidez da obra são de responsabilidade da VENDEDORA e das
empresas de fundações e obras de subsolo, prescrevendo em 05 (cinco) anos; b) os vícios
redibitórios, assim considerados, inclusive e especialmente, defeitos de instalações elétricas,
hidráulicas, impermeabilizações, revestimentos e pinturas, esquadrias etc., prescreverão no
prazo de 06 (seis) meses; c) as responsabilidades por máquinas e mecanismos de qualquer
natureza, inclusive elevadores e compactadores de lixo, fechaduras, registros, bombas
hidráulicas e equipamentos elétricos, serão, exclusivamente, de seus fabricantes;
6.4 - Todos os prazos previstos nesta cláusula serão contados da concessão do "habite-
se" do prédio, ou da entrega das unidades e partes comuns aos COMPRADORES. Tais
responsabilidades se extinguem pelo simples decurso do prazo e não são renováveis, nem haverá
novação desta cláusula, ainda quando se atenda a qualquer reclamação fora do prazo
prescricional, que será considerado mera liberalidade. Decorridos os prazos, prescrito estará o
direito a reclamar por quaisquer dos vícios de construção, na forma e prazos ora avençados.

7- CLÁUSULA SÉTIMA: DISPOSIÇÕES GERAIS


7.1 - O COMPRADOR nomeia e constitui seu bastante procurador a VENDEDORA
para representá-lo e defender os interesses comuns em quaisquer questões propostas por terceiros
confrontantes envolvendo o terreno ou a construção objeto do presente contrato, podendo receber
citação e constituir advogado com poderes gerais para o foro e especiais para confessar, transigir,
desistir, firmar compromissos, celebrar acordo, receber e dar quitação, podendo, ainda, ratificar
atos e qualquer instrumento público ou particular, bem como representá-lo junto às repartições
públicas, autarquias e entidades paraestatais, serventias de Justiça, notadamente cartório de

7
registro de imóveis, podendo assinar requerimentos, guias e memoriais, discriminar e
rediscriminar frações ideais, fazer alterações necessárias no projeto, assinando plantas, promover
os registros que se fizerem necessários, averbar construção, concordar com recuos e investiduras
e vistorias judiciais, a fim de tornar certas as efetivas metragens dos terrenos junto ao registro
imobiliário competente, re-ratificar, assinar, escritura de recuos de área em favor do poder
público, correndo as despesas decorrentes por conta dos COMPRADORES;
7.2 - O COMPRADOR não poderá ceder ou transferir os direitos sobre o presente
instrumento a terceiro, sem a prévia e expressa anuência da VENDEDORA;
7.3 - O COMPRADOR não poderá modificar o projeto e as especificações da unidade
habitacional ora negociada, nem poderá interferir, direta ou indiretamente, no andamento normal
da obra, quer seja mantendo entendimento com o seu encarregado ou operários, quer
permanecendo no local sem autorização prévia da VENDEDORA. Igualmente, não poderá
introduzir na obra operários ou material antes da entrega efetiva das chaves. A fim de serem
evitados acidentes, atrasos ou prejuízos na produtividade dos operários, as visitas às obras
somente poderão ser feitas com prévia autorização da VENDEDORA e em horários por ela
fixados;
7.4 - É facultada à VENDEDORA a colocação, em caráter definitivo e em local por ela
escolhido, de um marco ou placa alusiva ao empreendimento e à sua construção, bem como a
divulgação do COMPRADOR em material publicitário deste empreendimento;
7.5 - Até a venda da última unidade, a VENDEDORA ou empresa por ela contratada poderá
manter na obra um plantão de vendas, bem como cartazes, faixas, placas e luminosos destinados
à respectiva comercialização;

8- CLÁUSULA OITAVA: IRRETRATABILIDADE E IRREVOGABILIDADE DO


COMPROMISSO O presente instrumento de promessa de compra e venda é celebrado em
caráter irrevogável e irretratável, não sendo permitido o arrependimento de que trata o artigo
1.095, do Código Civil, assegurado, todavia, à VENDEDORA o direito de retenção, caso o
COMPRADOR não haja cumprido com as obrigações assumidas.

9- CLÁUSULA NONA: RESPONSABILIDADE RECÍPROCA DA VENDEDORA E


DO COMPRADOR As partes se comprometem por si, seus herdeiros e sucessores, a todos os
termos do presente instrumento, comprometendo-se, ainda, a torná-lo sempre bom, firme e
valioso, a paz e a salvo de qualquer dúvida ou contestação, presente ou futura, judicial ou
extrajudicial.

10 - CLÁUSULA DÉCIMA : RESCISÃO DO CONTRATO


10.1 - Se o COMPRADOR deixar de pagar 03 (três) prestações, quer estabelecidas
inicialmente, quer decorrentes de reajustamentos, ou deixar de cumprir outra obrigação
contratual, o contrato ficará rescindido de pleno direito, depois de decorridos 10 (dez) dias de sua
notificação. Rescindido o contrato, a VENDEDORA poderá usar e dispor livremente da unidade
objeto deste contrato, podendo inclusive, transferí-la a terceiros. Fica, porém, facultado à
VENDEDORA exigir as prestações em atraso, com os acréscimos pactuados;
10.2 - Rescindido o contrato, a VENDEDORA poderá revender a quem do seu interesse for, o
imóvel objeto deste Contrato e, após a efetivação dessa nova venda, devolverá ao
COMPRADOR o valor correspondente a 70% (setenta por cento) das parcelas por ele
efetivamente pagas, em igual número de parcelas, revertendo as demais em favor da
VENDEDORA, tanto para ressarcí-la dos custos com processamento do contrato, notificações,
honorários advocatícios, cobranças e outros dispêndios, quanto para cumprir a obrigação
decorrente da pena convencional resilitória aqui pactuada.

8
10.3 - O COMPRADOR poderá evitar a rescisão desde que, no prazo da notificação, pague o
valor de seu débito, com os reajustes e encargos previstos neste instrumento, ou cumpra a
obrigação;
10.4 - Qualquer tolerância de uma das partes quanto ao cumprimento de qualquer obrigação
deste contrato, será mera liberalidade, não implicando em renúncia ao respectivo direito, nem
induzindo novação, precedente ou alteração do contrato.

11 - CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA: FORO Com expressa renúncia de quaisquer


outros, por mais privilegiados que sejam, e independentemente de sede, matriz, filial ou
domicílio atual ou futuro dos contratantes, usando da faculdade que lhes é conferida pelo artigo
42 do Código de Processo Civil, as partes elegem o Foro da Comarca de Natal, Capital do Estado
do Rio Grande do Norte, como o único competente para processar e julgar qualquer
procedimento que decorra, direta ou indiretamente, do presente instrumento.

E, por estarem assim justas e de pleno acordo, assinam o presente instrumento em 04


(quatro) vias de igual teor e forma e para um mesmo fim, juntamente com as 02 (duas)
testemunhas abaixo indicadas, que a tudo estiveram presentes, para que surta os seus devidos e
legais efeitos.

Natal (RN), __ de ______ de 2001.

_________________________________________________________
VENDEDORA: PAIVA GOMES & CIA LTDA

________________________________________________
COMPRADOR:

TESTEMUNHAS: ____________________________

____________________________

ANEXO I
O preço da compra e venda do bem imóvel, objeto deste contrato, firmado entre PAIVA
GOMES & CIA LTDA e _____________________________ é de R$______________
(________________________________), que será pago pelos COMPRADORES, à
VENDEDORA, conforme pactuado no INSTRUMENTO PARTICULAR DE PROMESSA DE

9
COMPRA E VENDA DE BEM IMÓVEL E OUTRAS AVENÇAS, na CLÁUSULA TERCEIRA
e seus itens, da seguinte forma:

1. 01(uma) parcela a título de sinal no valor de R$ ________ (________ Mil Reais),


representada através ____________________________________________________.
2. 01(uma) parcela a título de contrato no valor de R$ ________ (________ Mil Reais),
representada através ____________________________________________________.
3. 70 (setenta) parcelas no valor de R$______,00(________ Reais) cada, vencendo-se a
primeira em __/___/_____ e as demais no dia ___(____) dos meses subsequentes, até o
vencimento final em __/___/_____;
4. 02(duas) parcelas intermediárias no valor de R$_____,00(_________l Reais) cada,
vencendo-se em __/12/2002 e __/12/2003;
5. Parcela única no valor de R$________,00(_______________ Reais) como parcela de
chaves, na entrega da respectiva unidade.

Todas as parcelas acima, com exceção da parcela de sinal, serão reajustadas de acordo com
os termos da Cláusula Terceira, deste Contrato de Compra e Venda, irrevogável e irretratável.
E por estarem assim justas e contratadas, firmam as partes, este documento em 03 (três) vias
de igual teor e forma, na presença de 02 (duas) testemunhas adiante nomeadas, a tudo presentes.

Natal (RN), __ de _____________ de 2001.

________________________________________________
VENDEDORA: PAIVA GOMES & CIA LTDA

________________________________________________
COMPRADOR:

TESTEMUNHAS: _________________________________

_________________________________

10

Você também pode gostar