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CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE SANTO ANDRÉ

Ana Paula Sampaio Valera RA 2135001778


Cilene Nunes RA 3700800932
Damaris Lima de Oliveira RA 2120208661
Elisangela da Rocha Cardoso RA 2135001674
Hellen Cruz Silva RA 1053004695
Maria Anália de Souza Kuball RA 2121215410
Priscila Almeida da Silva RA 2105189823
Renata Alves de Santana RA 2135006468
Roseli Cristina da Silva RA 2135006467
Talita Tatiane Fontoura RA 2185239372
Thiago da Silva Garcia RA 2158239365
Vanessa Castori RA 2117204508
Vanessa Cristina dos Santos RA 2140177932

JOHN BOWLBY:

As sete características do apego, as quatro


classificações dos padrões de apego e o cuidador

Santo André
2012
CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE SANTO ANDRÉ

Ana Paula Sampaio Valera RA 2135001778


Cilene Nunes RA 3700800932
Damaris Lima de Oliveira RA 2120208661
Elisangela da Rocha Cardoso RA 2135001674
Hellen Cruz Silva RA 1053004695
Maria Anália de Souza Kuball RA 2121215410
Priscila Almeida da Silva RA 2105189823
Renata Alves de Santana RA 2135006468
Roseli Cristina da Silva RA 2135006467
Talita Tatiane Fontoura RA 2185239372
Thiago da Silva Garcia RA 2158239365
Vanessa Castori RA 2117204508
Vanessa Cristina dos Santos RA 2140177932

JOHN BOWLBY:

As sete características do apego, as quatro classificações dos padrões de apego e o


cuidador

Trabalho de Teorias Psicodinâmicas II,


sobre o teórico John Bowlby.
Apresentado ao professor Fábio
Côrrea, curso de psicologia.

Santo André
2012

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 4

2. AS SETE CARACTERÍSTICAS DO APEGO..................................................... 6

2.1. Especificidade ........................................................................................................ 6

2.2. Duração .................................................................................................................. 6

2.3. Envolvimento Emocional ...................................................................................... 6

2.4. Ontogenia ............................................................................................................... 6

2.5. Aprendizagem ........................................................................................................ 7

2.6. Organização ........................................................................................................... 7

2.7. Função Biológica ................................................................................................... 7

3. AS QUATRO CLASSIFICAÇÕES DOS PADRÕES DE APEGO .................... 8

3.1. Padrão Seguro ........................................................................................................ 8

3.2. Padrão Ambivalente ou Resistente ........................................................................ 8

3.3. Padrão Evitativo ..................................................................................................... 8

3.4. Padrão Desorganizado ou Desorientado ................................................................ 9

4. O CUIDADOR ....................................................................................................... 10

CONCLUSÃO............................................................................................................... 11

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 12

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1. INTRODUÇÃO

Este trabalho possui o objetivo de transmitir de forma clara e objetiva alguns


conceitos de Bowlby, tais como: As sete características do apego; as quatro
classificações dos padrões de apego e; o cuidador.

John Bowlby foi um psicólogo, psiquiatra e psicanalista britânico, nasceu em


Londres no dia 26 de fevereiro de 1907 e faleceu no dia 2 de setembro de 1990.
Contribuiu para a ONU com um estudo sobre as necessidades das crianças sem lar,
tornando-se assessor. (BOWLBY, 1990)

Possuía um interesse especial no desenvolvimento da criança, desenvolveu a


“Teoria do Apego” e fez trabalhos sobre a relação dos instintos do bebê para a
vinculação com a mãe (envolve a criança, sua mãe e o ambiente que estão inseridos).
(LANTZMAN).

Bowlby idealiza vínculo mãe-filho como um ajustamento essencial para a vida


humana, sendo tão importante quanto à necessidade de saciar a fome ou a sede. Este
vínculo deve ser um fenômeno regulador para a conquista da autonomia e da identidade
pessoal. (CARVALHO, POLITANO, FRANCO, 2008).

O vínculo mãe-filho e sua importância ocorreram na interação que as crianças


possuíam com os adultos, procurando aproximarem-se deles para encontrar proteção e
se desenvolverem, assim, dependentes dos cuidados de outros. Deste modo, Bowlby
afirma que o apego é um mecanismo instintivo que regula a intensidade dos impulsos
exploratórios da criança, pois com este mecanismo ela evita de se afastar muito dos
adultos (que fornecem proteção e sensação de segurança) para descobrir o mundo e
estar à mercê de seus perigos, proporcionando a adaptação ao meio em que vive.
(CARVALHO, POLITANO, FRANCO, 2008).

Portanto, o apego é um mecanismo básico das pessoas cuja função é estabelecer


proximidade com as outras para constituir uma sensação de proteção e segurança,
fortalecendo o comportamento da pessoa apegada. (DALBEM E DELL’AGLIO, 2005).

O comportamento do apego se dá na medida em que o bebê se assusta com


alguma coisa ou possui fome, frio, fadiga ou se estressa ocasionando uma aproximação
com o seu cuidador. Este comportamento gera sensação de segurança e conforto,

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possibilitando o desenvolvimento da capacidade de exploração do mundo que está no
seu redor. (LANTZMAN).

A “Teoria do Apego” trata das relações primárias e sobre o bebê. Desenvolve


questões referentes ao recém-nascido como as suas competências sociais, pré-
adaptações para formar o vínculo mãe-filho, o desenvolvimento deste vínculo sob
variados contextos, consequências da ausência de vinculação e outros diversos aspectos
que estão relacionados com o apego. (CARVALHO, POLITANO, FRANCO, 2008).

“Qualquer forma de comportamento que resulta em uma pessoa alcançar e manter


proximidade com algum outro indivíduo, considerado mais apto para lidar com o
mundo.” (Bowlby, 1989, p.38).

É necessário esclarecer que existe uma diferença entre o comportamento do


apego e o apego. O comportamento de apego é uma característica de uma pessoa
apegada. Quando se diz que alguém está apegado ou que possui apego à outra pessoa
significa que este alguém está disposto a procurar proximidade e contato com a outra
pessoa, realizando tais ações em condições específicas. O comportamento de apego é a
maneira em que a pessoa apegada encontra (com atitudes), para obter ou manter a
proximidade com a outra pessoa. (LANTZMAN).

Na “Teoria do Apego” existem sete características que são: especificidade,


duração, envolvimento emocional, ontogenia, aprendizagem, organização e função
biológica.

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2. AS SETE CARACTERÍSTICAS DO APEGO

2.1. Especificidade

O comportamento de apego é dirigido para um ou alguns indivíduos específicos


considerados (pela pessoa apegada) como mais aptos a viver, se adaptar e a lidar com o
mundo, buscando proximidade com esses indivíduos; geralmente há uma ordem clara
de preferência. (DALBEM E DELL’AGLIO, 2005).

2.2. Duração

O apego persiste, durante todo o ciclo vital, de variadas intensidades e formas.


As formas podem ser ativas, necessitando da presença do cuidador; formas aversivas,
como o comportamento de chorar; ou formas ou sinais de comportamentos que
sinalizam para o cuidador que há interesse na interação como um sorriso. (DALBEM E
DELL’AGLIO, 2005).

2.3. Envolvimento Emocional

Muitas das emoções mais intensas surgem durante a formação, manutenção,


rompimento e renovação de relações de apego. O envolvimento emocional (afetivo) e o
desenvolvimento cognitivo definem a maneira que a criança irá realizar a representação
mental das figuras de apego (tanto de si como do ambiente), sendo assim, são baseadas
nas experiências de vida (e a interação de suas condições físicas, psicológicas e as
condições do ambiente). (DALBEM E DELL’AGLIO, 2005).

2.4. Ontogenia

O comportamento de apego, segundo Bowlby, possivelmente se inicia já na vida


uterina e desenvolve-se durante os primeiros oito meses de idade através de
comportamentos e busca pela proximidade com o outro indivíduo (em buscar de
segurança e conforto). No oitavo mês de idade é quando o bebê já está se locomovendo
com maior facilidade, coincidindo com o início do desenvolvimento da independência
motora. (CARVALHO, POLITANO, FRANCO, 2008).

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2.5. Aprendizagem

A proximidade com os outros indivíduos permite que a criança adquira


(aprenda) a desenvolver melhor capacidade de se adaptar ao meio através da
convivência e observação, garantindo a evolução e preservação da espécie. Há também
possibilidade das crianças se apegarem a pessoas que não suprem as suas necessidades
fisiológicas (necessidades básicas; sensação de conforto e segurança), sendo assim,
percebe-se que algumas associações de apego não são realizadas apenas pelo prazer.
(DALBEM E DELL’AGLIO, 2005).

2.6. Organização

O comportamento de apego é organizado com o desenvolvimento da criança. O


primeiro contato que o indivíduo possui com outra pessoa (cuidador), são suas
experiência precoces e, depois inicia o processo de “expectativas sobre si mesmo, dos
outros e do mundo em geral, com implicações importantes na personalidade em
desenvolvimento”. (DALBEM E DELL’AGLIO, 2005, p. 15).

2.7. Função Biológica

O comportamento de apego possui como principal função a biológica, pois é esta


que torna indispensável que o indivíduo procure proteção e segurança. Ou seja, quando
bebês e crianças, o comportamento de apego é instintivo (mas não é herdado de pai para
filho) e desenvolvido pela grande importância de encontrar alguém que lhe proporcione
sensação de segurança e que supra suas necessidades. (DALBEM E DELL’AGLIO,
2005).

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3. AS QUATRO CLASSIFICAÇÕES DOS PADRÕES DE APEGO

A “Teoria do Apego” identificou duas classes de estilo de apego: os seguros e os


inseguros. Nos inseguros temos o resistente, evitante e desorganizado. As crianças
seguras são àquelas mais confiantes ao explorar o mundo que está à seu redor com
certeza que seus cuidadores estarão por perto e as inseguras, exploram pouco o
ambiente e possuem em excesso ou precária a interação com sua mãe. (DALBEM E
DELL’AGLIO, 2005).

3.1. Padrão Seguro

“De acordo com M. Ainsworth (1978), o padrão seguro corresponde ao


relacionamento cuidador-criança, provido de uma base segura, na qual a criança pode
explorar seu ambiente de forma entusiasmada e motivada e, quando estressadas, mostra
confiança em obter cuidado e proteção das figuras de apego, que agem com
responsabilidade. As crianças seguras incomodam-se quando separadas de seus
cuidadores, mas não se abatem de forma exagerada.” (DALBEM E DELL’AGLIO,
2005, p. 16).

3.2. Padrão Ambivalente ou Resistente

“Já o padrão resistente ou ambivalente é caracterizado pela criança que, antes de


ser separada dos cuidadores, apresenta comportamento imaturo para sua idade e pouco
interesse em explorar o ambiente, voltando sua atenção aos cuidadores de maneira
preocupada. Após a separação, fica bastante incomodada, sem se aproximar de pessoas
estranhas. Quando os cuidadores retornam, ela não se aproxima facilmente e alterna seu
comportamento entre a procura por contato e a brabeza.” (DALBEM E DELL’AGLIO,
2005, p. 17).

3.3. Padrão Evitativo

“O grupo de crianças pertencentes ao padrão evitativo brinca de forma tranqüila,


interage pouco com os cuidadores, mostra-se pouco inibido com estranhos e chega a se
engajar em brincadeiras com pessoas desconhecidas durante a separação dos

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cuidadores. Quando são reunidas aos cuidadores, essas crianças mantêm distância e não
os procuram para obter conforto.” (DALBEM E DELL’AGLIO, 2005, p. 17).

3.4. Padrão Desorganizado ou Desorientado

“Composto por crianças que tiveram experiências negativas para o


desenvolvimento infantil adaptado (...) apresentavam comportamento contraditório
(...)para lidarem com a situação de separação. Na presença dos cuidadores, antes da
separação, essas crianças exibem um comportamento constante de impulsividade, que
envolve apreensão durante a interação, expressa por brabeza ou confusão facial, ou
expressões de transe e perturbações.” (DALBEM E DELL’AGLIO, 2005, p. 17).

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4. O CUIDADOR

Através do vínculo afetivo que se estabelece no mecanismo do apego,


desenvolve capacidades cognitivas e emocionais na criança, logo as primeiras relações
de apego (os primeiros vínculos afetivos estabelecidos) são os mais importantes para a
vida de um ser humano, sendo de suma importância o papel do cuidador nos primeiros
momentos de vida. (DALBEM E DELL’AGLIO, 2005).

A consistência dos procedimentos dos cuidados, a sensibilidade para entender o


que a criança necessita (como exemplo, o motivo pelo qual está chorando) e a
responsabilidade de cuidar de alguém que é totalmente ou parcialmente dependente (no
caso dos bebês e crianças) são ocupações que o cuidador deve se atentar. (DALBEM E
DELL’AGLIO, 2005).

O cuidador é a pessoa que promove segurança. Ele deve ser capaz de reforçar o
comportamento de apego, respondendo a este comportamento de maneira flexível e
saber estabelecer a segurança, conforto e cuidados na medida certa para que, assim, a
criança possa se desenvolver e se adaptar da melhor maneira possível no meio em que
vive. Portanto, as funções exercidas pelo cuidador são essenciais para um indivíduo em
seu desenvolvimento cognitivo e emocional, tais desempenhos exigem muita
responsabilidade e comprometimento. (DALBEM E DELL’AGLIO, 2005).

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CONCLUSÃO

Concluímos que o apego é uma característica que se desenvolve no bebê como


um mecanismo de proteção, através do vínculo mãe-filho e proporciona a adaptação ao
meio. É possível a criança ter apegos diferentes com pessoas distintas, pois é um
processo individual que acontece com todos. (CARVALHO, POLITANO, FRANCO,
2008).

Bowlby abordou sobre questões que são direcionadas mais ao desenvolvimento


do indivíduo do que para a psicanálise, ou seja, é um teórico que se atentou mais para o
como se dava o desenvolvimento dos seres e como que influencia no futuro do que para
as teorias psicodinâmicas.

Observamos que os animais mamíferos também tem necessidade de se


apegarem, devido aos deslocamentos de habitat e para se protegerem de possíveis
predadores. Portanto, o apego não é uma característica desenvolvida apenas pelos
humanos, sendo algo interno, mas também possível de visualizar em outras espécies.

O desenvolvimento do indivíduo sofre grande influência de acordo com o modo


em que foi realizado o vínculo com sua mãe ou seu cuidador, pois a partir desse vínculo
que dará inicio ao apego que desenvolverá a sua personalidade, ou seja, os primeiros
momentos de vida de uma criança e a relação que ela possuirá com seu cuidador é de
extrema importância para o seu futuro.

Portanto, percebe-se a grande importância e influência que o cuidador exerce da


vida de um indivíduo, pois de acordo como foi estabelecido o vínculo desde bebê que
definirá o modo como a pessoa irá viver sua vida e se adaptar ao mundo.

“A mão que balança o berço é a mão que governa o mundo”

(William Ross Wallace)

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOWLBY J. Apego. São Paulo: Martins Fontes, 2ª edição, 1990.

BOWLBY J. As origens do apego. In: Uma base segura: aplicações clínicas da teoria do
apego. Porto Alegre: Artes Médicas; 1989. p. 33-47.

CARVALHO, Ana Maria Almeida; POLITANO, Isabella; FRANCO, Anamélia Lins e


Silva. Vínculo Interpessoal: uma reflexão sobre diversidade e universalidade do
conceito na teorização da psicologia. Campinas. Estudos de Psicologia. 2008.

DALBEM, J. X.; DELL’AGLIO, D. D. Teoria do apego: bases conceituais e


desenvolvimento dos modelos internos de funcionamento. Arquivos Brasileiros de
Psicologia, v. 57, n. 1, p. 12-24, 2005.

LANTZMAN, Mauro. O Apego. Ano, local e edição desconhecidos.

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