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CLÍNICO DA
TUBERCULOSE
GABRIELA BARREIRA
R1 em Medicina de Família e Comunidade
CASO I
JGS, masculino, 42 anos,
auxiliar de serviços gerais,
residente da periferia de uma
região metropolitana, morando
com esposa e 4 filhos.
Apresentava tosse há um mês.
Sua casa foi visitada pelo
agente comunitário de saúde
(ACS) da área para avaliar a
situação vacinal das crianças, e
não observou que JGS tossia.
Em visita à unidade básica de
saúde (UBS) para vacinação do
filho, teve um acesso de tosse,
e não foi interrogado sobre o
tempo do sintoma.
Três meses após o início dos
sintomas, JGS permanecia com
tosse, expectoração purulenta
com raias de sangue, febre
vespertina, sudorese noturna e
emagrecimento de 8 kg.
Procurou a emergência por três
vezes nesse período, sendo que,
no último atendimento, mediante
a radiografia de tórax, teve o
diagnóstico de “princípio de
pneumonia”, sendo medicado
com antibiótico e encaminhado à
UBS, para melhor avaliação.
1- Em relação a JGS houve falha de
abordagem em relação aos sintomas:
a) •Duas semanas
b
) •Três semanas
c) •Quatro semanas
2- Define-se
Define-se como
como SINTOMÁTICO
sintomático RESPIRATÓRIO
respiratório (SR)
o indivíduo
a pessoa que
que apresenta apresenta
tosse tosse
por tempo igualpor
outempo
superior a:
igual ou superior a:
a) •Duas semanas
b
) •Três semanas
c) •Quatro semanas
SINTOMÁTICO RESPIRATÓRIO
a) •Prova Tuberculínica
b
) •Nova radiografia de tórax
c) •Baciloscopia de escarro
3- Em relação ao atendimento inicial a JGS
na UBS, é recomendada a solicitação de:
a) •Prova Tuberculínica
b
) •Nova radiografia de tórax
c) •Baciloscopia de escarro
4- Em relação à coleta de escarro,
recomenda-se, preferencialmente:
b • A 1ª amostra no momento da
identificação do SR e a 2ª na
) manhã do dia seguinte
• Duas amostras na manhã
c) seguinte
4- Em relação à coleta de escarro,
recomenda-se, preferencialmente:
b • A 1ª amostra no momento da
identificação do SR e a 2ª na
) manhã do dia seguinte
• Duas amostras na manhã
c) seguinte
5- Para a adequada coleta de escarro,
o mais importante é:
• Todos os Sintomáticos
a) Respiratórios
• Todos os Sintomáticos
a) Respiratórios
Sintomático Respiratório
Suspeita clínica de TB
extrapulmonar
A baciloscopia de escarro,
executada corretamente,
permite detectar de 60% a
80% dos casos de TB
pulmonar
A enfermeira solicitou duas
baciloscopias de escarro e
marcou a consulta de JGS para
o dia seguinte.
Foi orientado a continuar a
medicação prescrita.
JGS compareceu à consulta
médica apresentando as
mesmas queixas.
Referiu tabagismo de 20
cigarros por dia há 25 anos (25
maços/ano), e uso de cerveja
diariamente após o trabalho.
Nega doenças pulmonares
prévias. Informa que seu pai
teve TB há 20 anos,
tratado por seis meses.
Apresentava-se lúcido,
orientado, emagrecido, afebril,
anictérico, com PA: 130x70
mmHg; dentes em mau estado
de conservação.
O murmúrio vesicular estava
audível universalmente, rude
nos terços superiores,
principalmente à direita;
restante do exame físico sem
alterações.
Radiografia de tórax
Resultado das baciloscopias:
1ª amostra: +++
2ª amostra: coletada no dia da
consulta médica
7- Não é definido o diagnóstico de TB
indivíduo com:
Amostras de TB extrapulmonar;
a) •Doença renal
b
) •Infecção pelo HIV
c) •Doença hepática
9- Para todo caso de TB está indicada a
investigação de:
a) •Doença renal
b
) •Infecção pelo HIV
c) •Doença hepática
10- Sobre a coinfecção TB/HIV
é correto afirmar que:
a • tratamento autoadministrado
)
b • tratamento diretamente observado por
) um familiar
a • tratamento autoadministrado
)
b • tratamento diretamente observado por
) um familiar
RHZE 20 a 35 kg 2 comprimidos
2RHZE 150/75/400/
275 mg
comprimido
36 a 50 kg 3 comprimidos 2
Fase
intensiva em dose fixa
combinada > 50 kg 4 comprimidos
1 comp. ou cáps.
20 a 35 kg 300/200 mg
RH
4RH 300/200 ou 1 comp. ou cáps.
150/100 mg 36 a 50 kg 300/200 mg + 1 comp. 4
Fase de ou cáps. 150/100 mg
manutenção comprimido
ou cápsula 2 comp. ou cáps.
> 50 kg 300/200 mg
Indicações
Casos Novos
Paciente que nunca usou medicamentos anti TB
ou usou por menos de 30 dias
Retratamento
Reingresso após abandono
Recidiva
JGS foi orientado a levar todas
as pessoas que convivem com
ele no mesmo domicílio para
avaliação no mesmo dia do seu
retorno para a primeira revisão,
que aconteceria em 15 dias.
Acompanhamento: 15º dia
a • Pirazinamida + Etambutol,
) Isoniazida e Rifampicina
b • Isoniazida + Etambutol,
) Rifampicina e Pirazinamida
• Rifampicina + Etambutol,
c) Isoniazida e Pirazinamida
20- Após o retorno do valor das enzimas hepáticas para níveis
seguros, a reintrodução dos medicamentos separadamente
deve seguir qual sequência?
a • Pirazinamida + Etambutol,
) Isoniazida e Rifampicina
b • Isoniazida + Etambutol,
) Rifampicina e Pirazinamida
• Rifampicina + Etambutol,
c) Isoniazida e Pirazinamida
A reintrodução de cada
medicamento deverá ser
precedida da análise da função
hepática.
O tempo de tratamento deve ser
considerado a partir da data que
foi possível retomar o esquema
terapêutico completo.
Se a dosagem das enzimas hepáticas
não reduzir para menos de três
vezes da normalidade em quatro
semanas, ou em casos graves de TB,
iniciar esquema com
Estreptomicina, Etambutol e
Ofloxacina, por 12 meses de
tratamento.
Acompanhamento: 1 mês e 7 dias
baciloscopia do 1º mês: ++
hemograma: dentro da normalidade
bilirrubinas e enzimas hepáticas:
bilirrubinas totais: 6; direta: 3,5; indireta: 2,5;
TGO: 567; TGP: 620;
bioquímica: glicemia de jejum: 100;
uréia: 55; creatinina: 1,2
sorologias para HIV e para hepatites virais:
aguardando resultado
A conduta adotada foi:
a •A sobra de medicamentos
)
b
•A presença de dormência nos pés
)
c) •A falta à consulta agendada
25- É considerado um indício de má adesão ao
tratamento:
a •A sobra de medicamentos
)
b
•A presença de dormência nos pés
)
c) •A falta à consulta agendada
Na referência, a médica avaliou a
questão da adesão ao tratamento,
percebendo que o mesmo fazia uso
irregular das medicações, pois sempre
sobravam medicamentos nas consultas
mensais, continuava utilizando bebida
alcoólica de forma mais intensa nos
finais de semana, e por esse motivo, não
tomava as medicações com medo de
voltarem os sintomas digestivos e a
hepatite.
Ligou para o laboratório e conseguiu a
informação do resultado da cultura e
do teste de sensibilidade: cultura
positiva (M Tb), sensível aos
medicamentos testados (RHES).
Solicitou nova cultura e teste de
sensibilidade.
Respondeu ao parecer indicando a
manutenção do esquema (EB) de
forma supervisionada, enquanto
aguarda o novo resultado da cultura e
teste de sensibilidade.
26- Em relação ao tratamento de JGS,
nesse momento:
• a persistência de baciloscopia positiva caracteriza
a resistência medicamentosa e um novo esquema
) deveria ser iniciado de imediato
Tipos de
resistência
Resistência
Multirresistência extensiva
(RH, ou RH + outros
(RH + quinolona +
medicamentos de 1ª
injetável de 2ª linha,
linha))
pelo menos)
Dois meses se passaram e a
evolução do caso no 7º mês de
tratamento é a seguinte:
JGS foi incluído no programa de
TDO do município com a
assistência de um agente
comunitário de saúde, que de
segunda a sexta-feira
supervisionava o tratamento.
No final de semana, um membro de
uma comunidade religiosa local,
parceira do serviço de saúde, realizava
a supervisão. Foi incentivado, pelo
grupo religioso que passou a
frequentar, a tratar-se do alcoolismo,
do tabagismo, assim como aderir ao
tratamento da TB.
Apresentou melhora do estado
geral e negativação das
baciloscopias no período.
a) • Colegas do trabalho
b • “Amigos da cerveja”, uma vez que
) bebia diariamente
a) • Colegas do trabalho
b • “Amigos da cerveja”, uma vez que
) bebia diariamente
c) • Acompanhar clinicamente.
31- A conduta recomendada para
os filhos de 16 e 10 anos é:
c) • Acompanhar clinicamente.
Foi repetida a prova
tuberculínica no filho de 16
anos, após 8 semanas. O
resultado foi 15 mm.
O filho de 10 anos foi
submetido ao tratamento da
ILTB, assim como o filho de 16
anos, após o resultado da 2ª
prova tuberculínica.
Adolescentes >10
anos e adultos
Consulta
Assintomático Sintomático
PT Investigar TB
Repetir PT 8
Rx tórax
semanas Tratar TB
Conversão da
Suspeito Normal PT < 5 mm
PT
Prosseguir Alta e
Tratar ILTB Tratar ILTB
investigação orientação
Clínica PT (mm) RX Tórax Cicatriz BCG
• Solicitar baciloscopia de
a) escarro
b
• Iniciar o Esquema com RHZ
)
• Internar a criança para
c) investigação diagnóstica
33- Mediante a evolução clínica do filho de 5
anos e a radiografia de tórax atual, a melhor
conduta é:
• Solicitar baciloscopia de
a) escarro
b
• Iniciar o Esquema RHZ
)
• Internar a criança para
c) investigação diagnóstica
Diagnóstico de TB na criança
Escore para diagnóstico na
criança
30 < 30
40 pontos pontos
continuar
pontos indicativo investigação:
lavado gástrico,
iniciar o de TB, iniciar broncoscopia,
o tratamento, escarro induzido,
tratamento a critério punções e
clínico métodos
rápidos.
Criança < 10
anos
Consulta
Assintomático Sintomático
Excluída TB,
Rx tórax
Rx tórax normal TB prosseguir
suspeito investigação
IDADE
RISCO DE ADOECIMENTO
RESULTADO DA PROVA
TUBERCULINICA
RISCO PT ≥ 5mm PT ≥ 10mm CONVERSÃO*
Contatos de TB
HIV/aids Silicose
bacilífera
Transplantados em
Insuficiência renal
terapia Profissional de saúde
em diálise
imunossupressora
ALTO Uso de inibidores do Neoplasia de cabeça
Profissional de
laboratório de
TNF-α e pescoço
micobactéria
Alterações
Indicado radiológicas fibróticas Trabalhador de sistema
sugestivas de sequela prisional
tratamento de TB
Contato com menos
em qualquer de 10 anos vacinados
idade Contatos adultos e com BCG há menos
contatos menores de de 2 anos
Trabalhadores de
10 anos não
instituições de longa
vacinados com BCG
permanência
ou vacinados há mais
de 2 anos
*
Conversão da PT - 2ª PT com incremento de 10 mm em relação à 1ª PT
RISCO PT ≥ 5mm PT ≥ 10mm
MODERADO
Iniciar QP primária
PT > 5 mm PT < 5 mm
É portador de diabetes há 19
anos, faz dieta irregular, usa
insulina e hipoglicemiante oral.
Relata passado de TB há 5
anos com tratamento regular,
completo e autoadministrado.
Cessou o tabagismo há 20
anos (100 maços-ano).
Encontrava-se emagrecido,
eupneico, anictérico; restante
do exame físico sem outras
anormalidades.
Realizou duas baciloscopias
de escarro na rede privada.
• Encaminhá-lo imediatamente a um
c) serviço de emergência
38- Diante dessa situação, qual conduta a
Equipe da UBS deverá tomar?
• Encaminhá-lo imediatamente a um
c) serviço de emergência
O paciente foi encaminhado ao
serviço de emergência mais
próximo, em ambulância com
médico, levando o relato do
diagnóstico de TB e a sua
evolução.
39- Na emergência, a conduta correta para JLCC
relacionada à biossegurança é:
Baciloscopia positiva ++
41- O que você acha que pode estar
acontecendo com JLCC?
b
• A presença de diabetes
)
c) • A idade avançada do paciente
43- Qual o fator de risco para resistência
apresentado por JLCC?
b
• A presença de diabetes
)
c) • A idade avançada do paciente
A persistência de baciloscopia positiva no
segundo mês não caracteriza falência.
Recomenda-se que, nestes casos, seja
solicitada cultura e TS.
Evoluiu satisfatoriamente,
recebendo alta por cura no final do
18º mês de tratamento.
Rede assistencial para a TB
Referência
Terciária Unidades Ambulatoriais
Esquema de Multirresistência,
Esquemas individualizados
de Referência Terciária
para qualquer tipo de H
resistência O
Referência S
Secundária Policlínica Policlínica
P
Esquemas Especiais I
Efeitos adversos “maiores”
Comorbidades (HIV e outras) T
A
UBS UBS UBS I
Atenção Básica S
Esquema Básico
Efeitos adversos “menores”
ESF ESF ESF ESF ESF ESF ESF
A TUBERCULOSE É
UMA DOENÇA CONTAGIOSA
Em visita domiciliar, programas de
educação em saúde, salas de espera...
a) •Aérea
b
•Por gotículas
)
c) •Por contato
50- Em que categoria de transmissão está
inserida a TB?
a) •Aérea
b
•Por gotículas
)
c) •Por contato
Como podemos nos contaminar com o
bacilo da tuberculose?
a) •óssea
b
•pulmonar
)
c) •laríngea
54- Não é transmissível a TB:
a) •óssea
b
•pulmonar
)
c) •laríngea
Quem transmite?
Sim
Doente com TB pulmonar
bacilífero
Não
TB extrapulmonar
Doente de TB em tratamento
(em geral depois de 15 dias)
Não se transmite TB:
• Em todas a unidades de
a) atenção básica
• Somente em hospitais de
c) referência para TB.
55- O atendimento ao paciente com suspeita de TB ou
com o diagnóstico de TB deve ser feito:
• Em todas a unidades de
a) atenção básica
• Somente em hospitais de
c) referência para TB.
Obrigada por aguentar até o
fim!