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TABELA DE FÁRMACOS ANTIDEPRESSIVOS (PARTE 1)

Fármaco
Grupo Foco Terapêutico Observações Importantes
(Referência)
Não usar em pacientes com menos de 12 anos
Não pode ser usada concomitantemente com IMAO (risco de crises
hiperpiréticas, convulsões e morte!)
Não deve ser usada com outros antidepressivos (não há sinergismo
Tratamento de depressão
T Tratamento da fase depressiva da esquizofrenia
terapêutico!)
Não deve ser usada após infarto agudo do miocárdio
Provoca sonolência e afeta os reflexos

R Amitriptilina
Tratamento de enurese noturna de causa não orgânica

Atenção: É usada off label no tratamento de dores


Potencializa efeito de outros depressores do SNC
Não é recomendada para pacientes com histórico de convulsão, retenção
urinária e pressão intraocular aumentada
O efeito atropínico provoca xerostomia e xeroftalmia (atenção em pacientes
I (Amytril® e Tryptanol®) crônicas, dores neuropáticas, síndrome do intestino
irritável e na prevenção de migrainas. A
responsabilidade por tais indicações recai sobre os
que usam lentes de contato!)
Pode produzir arritmias, taquicardias, infarto e AVC (atenção com
pacientes com cardiopatias prévias!)
C prescritores, conforme a Norma Técnica nº 359/2014
esclarece!
Causa alteração na glicemia sorológica (cuidado com pacientes
diabéticos!)
Exige monitoramento em pacientes com hipertireoidismo e hipotireoidismo
I Pode induzir suicídio (especialmente na fase de ajuste de dose) e exacerbar
sintomas psicóticos na fase depressiva da esquizofrenia ou gerar fase
maníaca
C Não usar em pacientes com menos de 5 anos (para enurese)
Não usar em pacientes menores de 17 anos (demais indicações)
Tratamento de depressão endógena, reativa, neurótica, Não deve ser usado concomitantemente com IMAO

L orgânica

Tratamento de fase depressiva na esquizofrenia e nos


Não deve ser usado por pacientes que tiveram cardiopatias (infarto, aumento
do intervalo QT) e exige cuidado em cardiopatas (insuficiência, arritmias, etc)
Pode induzir suicídios na fase de ajuste de dosagem e na troca de

I transtornos de personalidade

Tratamento de depressão de origem senil, de dores crônicas


medicações
Pode potencializar crises de pânico, psicoses e fases maníacas na fase
inicial do tratamento

C Clomipramina

(Anafranil®)
e doenças crônicas

Tratamento de transtornos depressivos de humor (psicoses,


Não deve ser utilizado concomitantemente com ISRS, ISRSNas, lítio e
outros tricíclicos (risco de hiperpirexia, mioclonia, convulsões, delírio,
coma!)

O neuroses)

Tratamento de fobias, crises de pânico, TOC


Minimiza o limiar de convulsão (cuidado com pacientes que usam
anticonvulsivantes!)
Promove xerostomia e xeroftalmia (atenção em pacientes que usam

S Tratamento de ejaculação precoce


lentes de contatos!)
Pode provocar íleo paralítico
Uso concomitante de tioridazida pode gerar arritmia grave
Tratamento de enurese noturna sem causas orgânicas Consumo de suco de grape-fruit (Toranja) e Cranberry aumentam o nível
plasmático de clomipramina (cuidado!)
O uso concomitante de anticonvulsivantes minimiza a ação da Clomipramina

Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros CRF-RJ 13511


TABELA DE FÁRMACOS ANTIDEPRESSIVOS (PARTE 2)

Fármaco
Grupo Foco Terapêutico Observações Importantes
(Referência)
Não usar em pacientes com menos de 5 anos (para enurese)
Não usar em pacientes menores de 17 anos (demais indicações)
Não deve ser usado concomitantemente com IMAO
T Não deve ser usado após infarto agudo do miocárdio
Exige monitorização da pressão de pacientes com hipotensão postural e
pressão instável (provoca queda de pressão nestes casos)

R Tratamento de depressão endógena, orgânica, psicogênica


Exige cuidado em pacientes com insuficiência cardiovascular, arritmias e
distúrbios de condução QT
Pode síndrome serotoninérgica (hiperpirexia, mioclonias, convulsão, delírios,

I Imipramina
e associada com distúrbios de personalidade

Tratamento de transtorno de pânico


coma) na administração concomitante com outros tricíclicos, lítio, ISRS e
ISRSN (cuidado!)
Reduz o limiar convulsivo (cuidado com pacientes que usam

C (Tofranil®)
Tratamento de condições dolorosas crônicas
anticonvulsivantes!)
Promove xerostomia e xeroftalmia (cuidado com pacientes que utilizam
lentes de contato!)

I Tratamento de enurese noturna sem causas orgânicas Exige cuidado em pacientes com pressão ocular elevada, glaucoma e
retenção urinária
Atenção em pacientes com hipertireoidismo e hipotireoidismo (possibilidade

C de toxicidade cardíaca)
Provoca embaçamento da visão, sonolência, tontura e desorientação
(potencializados por fármacos que agem no SNC!)

L Uso de contraceptivos estrogênicos reduzem o efeito da Imipramina e


podem induzir toxicidade
Pode potencializar o efeito de anticoagulantes
Não usar em pacientes com menos de 18 anos
I Pode piorar o quadro depressivo, enfatizar mania e sintomas psicóticos
Afeta o limiar convulsivo (atenção com pacientes que usam antiepilépticos!)
Afeta o ritmo de batimentos cardíacos (cuidado com cardiopatas!)
C Maprotilina
Tratamento de depressão (depressão neurótica, depressão
maior)
Pode provocar síncope
Pode provocar hepatite medicamentosa e icterícia
Gera tontura, sonolência (sedação também )e dor de cabeça, além da
O (Ludiomil®) Tratamento de distúrbios de humor (reduz ansiedade
associada com depressão)
sensação de cansaço
Provoca xerostomia, problemas de micção e impotência
Aumenta a fotosensibilização da pele (cuidado com pacientes “albinos”!)
S Exige atenção com pacientes diabéticos (interage com metformina e insulina
alterando os índices glicêmicos)
Interage com anticoagulantes orais (afeta ação da varfarina)
Exige cautela no uso concomitante com IMAO e ISRS

Observação: A maprotilina na verdade possui uma estrutura tetracíclica, mas compartilha características farmacológicas típicas dos antidepressivos tricíclicos e
por isso está agrupada neste grupo.

Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros CRF-RJ 13511


TABELA DE FÁRMACOS ANTIDEPRESSIVOS (PARTE 3)

Fármaco
Grupo Foco Terapêutico Observações Importantes
(Referência)
Não é conhecido o risco/benefício do uso em pacientes pediátricos
Não deve ser utilizado com outro tricíclicos e IMAO
Pode induzir suicídio em pacientes jovens e que usam previamente outros
T Tratamento de depressão endógena
antidepressivos, além de pacientes no início do tratamento aonde os
sintomas de hostilidade se enfatizam
Pode ativar esquizofrenia latente ou piorar sintomas de psicose em

R Nortriptilina
Adendo: é o metabólito ativo da amitriptilina
pacientes já diagnosticados com esquizofrenia
Exige cautela em pacientes cardiopatas (aumenta a frequência, o ritmo e o
intervalo QT cardíaco)
Atenção: não está aprovado para tratamento de
I (Pamellor®)
depressão bipolar conforme esclarecimento na bula.
Seu uso off label para fibromialgia, dores neuropáticas,
Pode provocar infarto do miocárdio, AVC e arritmias
Reduz o limiar convulsivo (cuidado com pacientes que usam
antiepilépticos!)
transtorno de stress pós traumático e prevenção de
C migrainas coloca os prescritores em responsabilidade
direta conforme a Nota Técnica n° 371/2014!
Afeta a concentração e atenção
Pode provocar ansiedade, inquietação, insônia, anorexia, pesadelos e
pânico

I Pode provocar xerostomia, prisão de ventre, visão turva, estomatite,


alterações no paladar
Há risco de depressão da medula óssea, agranulocitose, eosinofilia

C Afeta a libido e provoca importência sexual


Não usar em pacientes com menos de 15 anos

L Não deve ser utilizado concomitantemente com IMAO

Não deve ser utilizado com anestesia geral (interrupção de 24 a 48 antes é


necessária!)
I Tratamento de transtorno depressivo reativo
O início do tratamento pode ser marcado por piora de pensamentos suicidas
Tianeptina e autoagressão (atenção por parte de cuidadores e familiares!)
C (Stablon®)
Tratamento de transtorno depressivo neurótico

Tratamento de transtorno depressivo associado ou não com


Pode provocar sonolência e comprometer a atenção (cuidado!)

O ansiedade (incluindo queixas somáticas e etilistas)


Pode provocar anorexia, náuseas, constipação, xerostomia

Exige atenção em pacientes cardiopatas e hipertensos (risco de hipotensão


S ortostática, taquicardia, angina, extra sístole)

A despeito da afinidade por receptores opióides µ pode provocar lombalgia e


mialgia

Observação: A tianeptina é estruturalmente similar aos antidepressivos tricíclicos (por isso agrupada com eles), possui efeitos farmacológicos distintos como a
paradoxal capacidade de ampliar a receptação de serotonina e de reduzir o estímulo no eixo adrenal-pituitário-hipotalâmico (uma ação “anti-stress”).

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TABELA DE FÁRMACOS ANTIDEPRESSIVOS (PARTE 4)

Fármaco
Grupo Foco Terapêutico Observações Importantes
(Referência)
Não usar em pacientes pediátricos
Não deve ser utilizada concomitantemente com selegilina, bupropiona,
triptanos, tramadol e sibutramina
Evitar consumo de alimentos ricos em tiramina (há aumento da sensibilidade
à este derivado da tirosina)
Tratamento de depressão maior
Pacientes com depressão associada à psicose esquizofrênica ou

I
Moclobemida esquizoafetiva podem apresentar piora do quadro
Adendo: Foi retirada de comercialização nos EUA
Pode haver potencialização de idéias suicidas e de autoagressão,
(Aurorix®) especialmente no início do tratamento
Atenção: É contraindicada nos estados de confusão
Provoca insônia, agitação e nervosismo no início do tratamento
aguda conforme esclarecimento na bula
Pode provocar hipertensão associada à tireotoxicose
A Moclobemida inibe o metabolismo dos IBPs e de ISRS aumentando a
concentração plasmática destes (cuidado!)
Exige cuidado no uso concomitante de ISRS, tricíclicos e Bupropiona

M
(síndrome serotoninérgica!)
Não usar em pacientes com menos de 18 anos
A absorção é potencializada com a ingestão concomitante de alimentos
Tratamento de depressão atípica (pacientes que não reagem
Exige cautela em pacientes com psicose grave, demência profunda,
aos tricíclicos e ISRS ou sejam alérgicos à estes – o fármaco
discinesia tardia, úlcera péptica ativa
não deve ser de primeira escolha como outros IMAO)
Selegilina Não deve ser usado concomitantemente com outros IMAO
Causa agitação e insônia (não deve ser usado à noite!)
Atenção: No Brasil a Selegilina é oficialmente
(Jumexil®) Provoca vertigens, náuseas, cefaleias, hipotensão ortostática, hipertensão é

A
enquadrada como fármaco antiparkinsoniano, conforme
síncope (atenção com pacientes hipertensos!)
a bula do medicamento referência e a nota técnica nº
Promove alterações de enzimas hepáticas
331/2014!
Pode agravar arritmias, angina, ansiedade, distonia, edema de membros
inferiores, asma e perda de cabelo
Não usar em pacientes com menos de 18 anos
Não é indicado para pacientes com: discrasias sanguíneas, cardiopatias,
doenças vasculares cerebrais, cefaleias recorrentes e hipertensos
Pode agravar o estado depressivo, os pensamentos suicidas e de

O
autoagressão (especialmente em pacientes com menos de 25 anos)
Provoca tontura, sonolência, vertigem e insônia
Tranilcipromina Tratamento de depressão maior
Exige cautela no uso concomitante com tricíclicos, ISRS, ISRSN, inibidores
de apetite, anti-hipertensivos, ansiolíticos (barbitúricos)
(Parnate®) Tratamento de depressão atípica
Deve se evitar consumo de alimentos com tiramina (queijos maturados,
carnes defumadas, fermentados de soja, alimentos com extrato de levedura)
durante o tratamento
Pode gerar anemia, leucopenia, agranulocitose e trombocitopenia
Pode gerar dependência psíquica (mais comum em pacientes com histórico
para com outras substâncias)

IMAO – Inibidores da Mono Amino Oxidase (este grupo reúne tanto os inibidores reversíveis como os irreversíveis)
Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros CRF-RJ 13511
TABELA DE FÁRMACOS ANTIDEPRESSIVOS (PARTE 5)

Fármaco
Grupo Foco Terapêutico Observações Importantes
(Referência)
Não usar em pacientes com menos de 18 anos
Não deve ser utilizado concomitantemente com IMAO e Pimozida

I
Não deve ser empregado em pacientes com cardiopatias do intervalo QT
Afeta a fertilidade masculina (contagem espermática) enquanto durar o
tratamento
Tratamento, prevenção de recaída e recorrência da
Pacientes com transtorno de pânico podem sofrer ansiedade no início do
depressão
tratamento
Citalopram
Pode interferir com o hormônio antidiurético (gera hiponatremia)
Tratamento de transtorno de pânico (com ou sem
No início do tratamento pode haver agravamento de pensamentos e
(Cipramil® e Procimax®) agorafobia)
comportamentos suicidas (especialmente com menos de 25 anos)

S
Pode ocorrer acatisia e mania (especialmente em doença maníaco-
Tratamento de transtorno obsessivo compulsivo (TOC)
depressiva)
Não deve ser usado em pacientes epilépticos
Altera o controle glicêmico (cuidado com pacientes diabéticos!)
Não deve ser usado com triptanos e tramadol (risco serotoninérgico!)
Pode agravar psicoses em pacientes propensos
Não usar em pacientes com menos de 18 anos
Não deve ser usado concomitantemente com IMAO

R
Tratamento, prevenção e recaída e recorrência da Não deve ser usado por pacientes com arritmia cardíaca (congênita ou sob
depressão tratamento)
Não deve ser usado com antipsicóticos (haloperidol, pimozida, fenotiazidas)
Tratamento do transtorno de pânico (com ou sem e tricíclicos
agorafobia) Em pacientes com transtorno bipolar podem enfatizar a fase maníaca
Escitalopram (cuidado!)
Tratamento de transtorno de ansiedade generalizada (TAG) Em adultos com menos de 25 anos pode ocorrer agravo dos pensamentos e
(Lexapro®) ideias suicidas no início do tratamento

S
Tratamento de transtorno de ansiedade social (fobia social) Exige cuidado no uso concomitante de lítio, triptanos, IBPs e Fluvoxamina
(risco de piora dos eventos adversos!)
Tratamento de transtorno obsessivo compulsivo (TOC) O Escitalopram potencializa o sangramento por AINEs
Exige cuidado no uso com anticonvulsivantes pois minimiza o limiar
Adendo: É o enantiômero S do citalopram convulsivo
Pode provocar perda de libido, anorgasmia, impotência
Altera o apetite, pode provocar ganho de peso e aumento da sudorese

ISRS – Inibidores Seletivos de Recaptação da Serotonina

Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros CRF-RJ 13511


TABELA DE FÁRMACOS ANTIDEPRESSIVOS (PARTE 6)

Fármaco
Grupo Foco Terapêutico Observações Importantes
(Referência)
Não usar em pacientes com menos de 7 anos
Possui meia vida longa
Tratamento de depressão (associada ou não a ansiedade) Não deve ser utilizada concomitantemente com IMAO e com Tioridazina
Pode ocorrer aumento de ideação suicida e tentativa de suicídios (maior em
Tratamento de bulimia nervosa adultos com menos de 25 anos) no início do tratamento e mesmo durante
Exige cuidado em cardiopatas com arritmias e alteração do intervalo QT,

I
Tratamento de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) especialmente que envolvam hipocalemia e hipomagnesemia
Pode potencializar hiponatremia em idosos, pacientes que usam diuréticos e
Tratamento de Transtorno Disfórico pré Menstrual (TDPM) e quadros de desidratação (sudorese intensa, diarréia, etc)
Fluoxetina Tensão pré Menstrual (TPM) Exige ajuste de doses de insulina e hipoglicemiantes em pacientes
diabéticos (altera a sensibilidade glicêmica)
(Daforin® e Prozac®) Tratamento de Irritabilidade Não deve ser usado concomitantemente com tricíclicos, lítio, buspirona,
triptanos e tramadol (risco de síndrome serotoninérgica!)
Tratamento de Disforia Exige cuidado no uso concomitante de fenitoína, carbamazepina,

S
haloperidol, clozapina, diazepam, alprazolam e imipramina (altera os níveis
Atenção: O uso off label para mutismo, transtorno de plasmáticos podendo haver toxicidade!)
ansiedade social, fibromialgia e dor neuropática coloca Pode haver potencialização de sangramento no uso concomitante com
os prescritores em responsabilidade direta conforme a AINEs
Nota Técnica nº 365/2014 Produz sonolência, xerostomia, anerexia, perda da libido, disfunção eréctil,
hiperidrose, fogachos, flutuações emocionais, polaciúria, ansiedade e
insônia
Não usar em pacientes com menos de 18 anos (tratamento de depressão)

R
Não usar em pacientes com menos de 8 anos (tratamento de TOC)
Exige cautela em pacientes com mania e hipomania pois exacerba estes
sintomas
Não deve ser utilizado concomitantemente com IMAO, tizanidina e pimozida
O início do tratamento pode ter ênfase de ideias suicidas e comportamentos
Tratamento de depressão maior
agressivos, incluindo autoagressões
A acatisia ocorre no início do tratamento (como em outros ISRS)
Tratamento de sintomas de transtornos depressivos
Fluvoxamina Pacientes com distúrbios convulsivos sob uso de anticonvulsivantes devem

S
ser monitorados (reduz o limiar convulsivo)
Tratamento de transtorno obsessivo compulsivo (TOC)
(Luvox®) Exige atenção em pacientes que usam diuréticos (risco de hiponatremia)
Exige ajuste de dose de fármacos hipoglicemiantes em pacientes diabéticos
Adendo: Em outros países é autorizada para tratamento
(altera a tolerância à glicose)
de bulimia nervosa
Pode potencializar efeitos anticoagulantes de outros fármacos
(antipsicóticos, tricíclicos e AINEs) e exige cuidado em pacientes com
distúrbios coagulatórios
A Fluvoxamina afeta a fertilidade masculina e feminina
Produz ansiedade, insônia, vertigem, cefaleias, taquicardia, xerostomia,
prisão de ventre

ISRS – Inibidores Seletivos de Recaptação da Serotonina

Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros CRF-RJ 13511


TABELA DE FÁRMACOS ANTIDEPRESSIVOS (PARTE 7)
Fármaco
Grupo Foco Terapêutico Observações Importantes
(Referência)
Não deve ser usada em pacientes com menos de 18 anos
Não deve ser utilizada em concomitância com IMAO e venlafaxina (efeito
aditivo!)

I
Exige acompanhamento dos pacientes no início do tratamento pois pode
potencializar ideias suicidas, hostis e de autoagressividade
Cuidado em pacientes com possível distúrbio de mania e hipomania pois a
desvenlafaxina pode enfatizar estes
Não deve ser usada em concomitância com suplementos de triptofano (risco
de síndrome serotoninérgica!)
Tratamento de transtorno depressivo maior Exige cautela no uso concomitante com ISRS, ISRSN, antipsicóticos e
Desvenlafaxina benzodiazepínicos

S
Pode provocar midríase (atenção com pacientes com glaucoma!)
(Pristiq®) Não deve ser usada em pacientes com hipertensão ainda em fase de
Adendo: É o metabólito mais ativo da Venlafaxina estabilização (provoca picos de pressão!)
Não deve ser usada em pacientes com angina, distúrbios cardiovasculares,
vasculares cerebrais e dislipidemia (eleva triglicerídeos e LDL)
Cautela em pacientes com convulsões (não há dados clínicos de
segurança)
Pode provocar ênfase nos sangramentos no uso concomitante com AINEs e

R
anticoagulantes orais (varfarina, clopidogrel)
Pode desenvolver doença pulmonar intersticial e pneumonia eosinofílica
(dados baseados no precursor – venlafaxina)
Pode provocar sedação, insônia, constipação e disfunção sexual
Não deve ser usada por pacientes com menos de 18 anos
Tratamento de transtorno depressivo maior Não deve ser utilizada em concomitância com IMAO
Tratamento de dor neuropática (associada a neuropatia Exige cautela no uso concomitante de tricíclicos (potencializa a
diabética periférica) concentração sorológica destes!)

S
Tratamento de fibromialgia (com ou sem transtorno Exige cautela no uso concomitante de ISRS, ISRSN, triptanos, derivados
depressivo maior) opióides pois pode gerar síndrome serotoninérgica
Tratamento de dor lombar crônica Pode “disparar” a fase maníaca em pacientes com transtorno bipolar
Tratamento de dor crônica de osteoartrite (pacientes com (revelando que não se trata de um quadro depressivo “puro”)
mais de 40 anos) O uso concomitante de fluvoxamina, paroxetina e outros ISRS eleva as
Duloxetina
Transtorno de ansiedade generalizada concentrações de duloxetina (cuidado!)
Não deve ser administrada com antiácidos e IBPs (possível liberação
(Cymbalta®)
Adendo: Em alguns países é utilizada também para precoce) e em condições de retardo no esvaziamento gástrico (exemplo:

N
tratamento de incontinência urinária por stress (o FDA refeição gordurosa)
não reconhece este uso e nem para tratamento de Provoca hiperidrose e sudorese noturna (atenção com pacientes usando
fibromialgia) diuréticos – risco de hiponatremia!)
Pode provocar disfunções sexuais (perda da libido, disfunção eréctil,
Atenção: Não está autorizada para tratamento de anorgasmia)
depressão em transtorno bipolar conforme orientação Pode provocar alteração na frequência urinária
da bula Pode provocar taquicardia e aumento da pressão arterial (cuidado com
pacientes hipertensos e cardiopatas!)
ISRSN – Inibidores Seletivos de Recaptação da Serotonina e da Noradrenalina
Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros CRF-RJ 13511
TABELA DE FÁRMACOS ANTIDEPRESSIVOS (PARTE 8)

Fármaco
Grupo Foco Terapêutico Observações Importantes
(Referência)

I Não deve ser usada por pacientes com menos de 18 anos

Não deve ser utilizada em concomitância com IMAO

Não deve ser a 1ª opção dos ISRSN para tratamento de depressão (alto
risco de suicídio)

S
Pode aumentar o risco de fraturas ósseas

O uso concomitante de suplementos de triptofano, ISRS, ISRSN, triptanos e


Tratamento, manutenção e prevenção de depressão (com derivados opióides pode gerar síndrome serotoninérgica (cuidado!)
ou sem ansiedade)
Pode ocorrer midríase (cuidado com pacientes com glaucoma!)

Exige cautela em pacientes com hipertensão e cardiopatias

R
Venlafaxina Tratamento de transtorno de ansiedade generalizada (TAG)
Cuidado com pacientes com epilepsia (pode disparar crises convulsivas)
(Zyvifax®, Efexor® e
Efexor XR®) Pode enfatizar a mania em pacientes aparentemente depressivos (revela-se
Tratamento de transtorno de ansiedade social (TAS) quadro de transtorno bipolar no caso)

Pacientes com tendências agressivas podem apresentar ênfase nas


oscilações plasmáticas (exige-se anamnese para uso antes)

S
Transtorno de pânico (com ou sem agorafobia)
Pode provocar hiponatremia por interferência no hormônio antidiurético
(ADH) e por hiperidrose (cuidado com pacientes que usam
antidiuréticos!)

Não deve ser utilizada com inibidores de apetite!

Pode provocar dislipidemia (aumento de colesterol sérico)

N Não é recomendado uso concomitante de fármacos ativos no SNC


(ausência de dados clínicos de segurança!)

ISRSN – Inibidores Seletivos de Recaptação da Serotonina e da Noradrenalina

Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros CRF-RJ 13511


TABELA DE FÁRMACOS ANTIDEPRESSIVOS (PARTE 9)

Fármaco
Grupo Foco Terapêutico Observações Importantes
(Referência)
Não deve ser usado em pacientes com menos de 18 anos
Não deve ser administrado concomitantemente com fluvoxamina,
propranolol e ciprofloxacino (inibidores da CYP1A2 – potencializam a

A Tratamento de transtorno depressivo maior (adultos)


agomelatina!)
Não é recomendada para pacientes com comprometimento hepático
(fisiológico, medicamentoso, genético, por etanol)
Agomelatina Exige monitoramento das funções hepáticas durante o tratamento (dosagem

T (Valdoxan®)
Adendo: É um agonista melatoninérgico (receptores MT1
e MT2) e antagonista 5-HT2C por isso seu perfil não se
enquadra nas classes antidepressivas usuais
de transaminases)
Não deve ser usado em pacientes com demência (não há dados clínicos de
segurança)
Pacientes tabagistas minimizam os efeitos da agomelatina (indução da

Í CYP1A2)
Mulheres que fazem uso de estrogênios potencializam a dosagem sorológica
da agomelatina (cuidado!)
Pode provocar irritação, ansiedade, sonolência, migraina e hiperidrose

P Não deve ser usada por pacientes com menos de 18 anos


A administração com alimentos acelera a absorção
Não deve ser utilizada por pacientes com diagnóstico de epilepsia,
convulsões, bulimia e anorexia nervosa

I Pode haver aumento de pensamentos e ideias suicidas no início do


tratamento
Pacientes com transtorno bipolar subjacente podem apresentar ênfase de
Tratamento, manutenção e prevenção de depressão mania e euforia (cuidado!)

C Bupropiona

(Zyban®, Wellbutrim SR®


Tratamento antitabagista
Não deve ser utilizada em concomitância com IMAO
Não deve ser usada em pacientes em descontinuação de fármacos
sedativos
e Wellbutrin XL®) Adendo: É considerada um inibidor seletivo de Há risco de ocorrer convulsões no uso concomitante de: outros

O recaptação de norepinefrina e dopamina (ISRND) antidepressivos, teofilina, tramadol, benzodiazepínicos,


estimulantes (metilfenidato, modafilina, etc) e inibidores de apetite
fármacos

Pode provocar picos de pressão arterial no uso concomitante de adesivos


transdérmicos de nicotina

S O uso de clopidogrel eleva o teor de bupropiona plasmática (cuidado!)


A bupropiona eleva o citalopram plasmático (cuidado!)
Pode causar insônia (evitar dose noturna), agitação, xerostomia, vertigem,
anorexia, transtornos no paladar e na visão

Observação: A designação de antidepressivos “atípicos” é usada por diversos autores para agrupar estes fármacos que apresentam estruturas diversas e
mecanismo antidepressivo igualmente heterogêneo, agregando muitas vezes outras peculiaridades (como tratamento do sono e do tabagismo).

Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros CRF-RJ 13511


TABELA DE FÁRMACOS ANTIDEPRESSIVOS (PARTE 10)

Fármaco
Grupo Foco Terapêutico Observações Importantes
(Referência)
Não usar em pacientes com menos de 18 anos de idade
Pode haver piora dos sintomas depressivos e ideias suicidas no início do
tratamento (maior propensão em quadros prévios)
Tratamento de depressão (reativa, associada com

A Mirtazapina
ansiedade, melancolia)

Tratamento de síndromes depressivas


Não usar concomitantemente com IMAO
Exige cautela no uso concomitante com ISRS, triptanos, tramadol, lítio,
venlafaxina e azul de metileno (pode gerar síndrome serotoninérgica!)
Atenção no uso concomitante de benzodiazepínicos, neurolépticos, opióides

T (Remeron Soltab®) Tratamento de doença maníaco-depressiva bipolar

Adendo: É um antagonista dos receptores 5-HT2 e dos


e antialérgicos de 1ª geração (efeito sedativo potencializado)
Provoca sonolência, tontura, xerostomia, constipação, aumento do apetite e
ganho de peso
Pode gerar edema nos membros inferiores
receptores α2 adrenérgicos

Í Provoca hipotensão ortostática


Pode provocar depressão da medula óssea (com granulocitopenia ou
agranulocitose)
Não deve ser usada em pacientes com menos de 18 anos

P Tratamento de transtorno depressivo maior


A absorção é potencializada com alimentos
Não deve ser utilizada concomitantemente com IMAO
Exige cautela em pacientes que se recuperam de infarto do miocárdio
Pode provocar piora do quadro depressivo no início do tratamento (exige
Tratamento de depressão com ou sem episódios de

I ansiedade

Tratamento de dor crônica


atenção dos cuidadores e familiares)
Pode enfatizar a fase de mani em pacientes bipolares (atenção!)
Pode comprometer a atenção e capacidade de cognição (efeito sedativo –
ligação com receptores H1)

C Trazodona
(Donaren®)
Tratamento de dor associada a neuropatia diabética

Adendo: É um antagonista dos receptores 5-HT2A em


Provoca priapismo (cuidado com pacientes masculinos que possuem
problemas de ereção e fazem uso de fármacos para este fim!)
Não é recomendado uso concomitante de fármacos depressores do SNC
O paciente deve evitar se levantar e deitar abruptamente (risco de
baixas doses, mas em altas doses apresenta efeito

O agonista. Possui também antagonismo α-adrenégico e


H1.
hipotensão ortostática e síncope!)
Pode potencializar a ação de fármacos anti-hipertensivos pela hipotensão e
por hiponatremia (atenção!)
Pode haver potencializado risco de sangramento no uso concomitante de
Atenção: É descrito o uso off-label como sedativo e para

S insônia, embora não haja respaldo clínico e legal para tal


prática
AINEs e fármacos anticoagulantes (exemplo: varfarina, clopidogrel)
Pode ocorrer síndrome serotoninérgica no uso concomitante de triptanos,
lítio, tricíclicos, buspirona e tramadol
Exige cuidado com pacientes cardiopatas (pode provocar bradicardia e
taquicardia compensatória!)

Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros CRF-RJ 13511


TABELA DE FÁRMACOS ANTIDEPRESSIVOS (PARTE 11)

Fármaco
Grupo Foco Terapêutico Observações Importantes
(Referência)

A Não deve ser usada em pacientes com menos de 18 anos

T Não deve ser utilizada concomitantemente com IMAO

Pode induzir uma piora de pensamentos suicidas e autoagressão no início

Í Tratamento de transtorno depressivo maior (adultos)


do tratamento (atenção por parte de familiares e cuidadores!)

Exige cautela para com pacientes convulsivos e com epilepsia sob


tratamento ou não (risco de aumento de convulsões pela redução no

P Vortioxetina
Adendo: é um ISRS atuante no transportador, agonista
parcial do receptor 5-HT1B, agonista do receptor 5-HT1A e
antagonista dos receptores 5-HT3, 5-HT1D e 5-HT7. Por
isso está embasando uma nova classe de
limiar!)

Pode ocorrer síndrome serotoninérgica no uso concomitante de triptanos,


ISRS, IMAO, tricíclicos, antipsicóticos e bloqueadores de dopamina
(Brintelix®)

I antidepressivos conhecidos como Simuladores e


Moduladores de Serotonina (SMS) ou Antidepressivos
Multimodais
Pode “acionar” a fase de mania e hipomania que tenham depressão
decorrente de bipolaridade (avaliar histórico!)

C Exige cuidado em pacientes que usam anticoagulantes orais (risco de


sangramento aumentado)

Exige cuidado com pacientes que usam diuréticos (risco de hiponatremia!)

O Precisa de ajuste de dose no uso concomitante com bupropiona, fluoxetina e


paroxetina

Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros CRF-RJ 13511


FONTES

Anxiolytic properties of agomelatine, an antidepressant with melatoninergic and serotonergic properties: role of 5-HT2C
receptor blockade, Psychopharmacology 177 (448-458) (2005)
th
Basic & Clinical Pharmacology, Katzung, Masters & Trevor, 12 (2012)

Bulas para profissionais de saúde dos medicamentos de referência acessados no site da ANVISA
(http://portal.anvisa.gov.br)
ChemSpider – Search and Share Chemistry (www.chemspider.com)
th
Color Atlas of Pharmacology, Lüllmann, Mohr, Hein & Bieger, 5 Edition (2017)

DrugBank Database (www.drugbank.ca)


th
Goodman & Gilman´s: The Pharmacological Basis of Therapeutics, Brunton, Hilal-Dandan, Knollmann, 13 (2018)

Lippincott Illustrated Reviews Pharmacology, Harvey, Champe, Finkel, Cubeddu & Clark, Sixth Edition (2014)

Nota Técnica nº 13/2012 (atualizada em 23/11/2015) – Citalopram, Ministério da Saúde/Consultoria Jurídica/Advocacia


geral de União

Nota Técnica nº 45/2012 – Duloxetina, Ministério da Saúde/Consultoria Jurídica/Advocacia geral de União

Nota Técnica nº 48/2012 – Paroxetina, Ministério da Saúde/Consultoria Jurídica/Advocacia geral de União

Nota Técnica nº 52/2012 – Sertralina, Ministério da Saúde/Consultoria Jurídica/Advocacia geral de União

Nota Técnica nº 61/2012 – Venlafaxina, Ministério da Saúde/Consultoria Jurídica/Advocacia geral de União

Nota Técnica nº 69/2012 – Escitalopram, Ministério da Saúde/Consultoria Jurídica/Advocacia geral de União

Nota Técnica nº 126/2012 – Mirtazapina, Ministério da Saúde/Consultoria Jurídica/Advocacia geral de União

Nota Técnica nº 359/2014 – Amitriptilina, Ministério da Saúde/Consultoria Jurídica/Advocacia geral de União

Nota Técnica nº 365/2014 – Fluoxetina, Ministério da Saúde/Consultoria Jurídica/Advocacia geral de União

Nota Técnica nº 363/2014 – Clomipramina, Ministério da Saúde/Consultoria Jurídica/Advocacia geral de União

Nota Técnica nº 371/2014 – Nortriptilina, Ministério da Saúde/Consultoria Jurídica/Advocacia geral de União

Tianeptine: A review of its Pharmacodynamic and Pharmacokinetic Properties, And Therapeutic Efficacy in Depression
and Coexisting Anxiety and Depression, Drug Evaluation 49 (3) (411-439) (1995)

The interaction between the internal clock and antidepressant efficacy, International Clinical Psychopharmacology 22
(suppl 2, S9-S14) (2007)

Tranylcipromine: New Perspectives on an “old” drug, Eur Arch Psychiatry Clin Neurosci 256 (268-273) (2006)

Vortioxetine, a novel antidepressant with multimodal activity: Review of preclinical and clinical data, Pharmacology and
Therapeutics (2014)

Vortioxetine: a review of efficacy, safety and tolerability with focus on cognitive symptoms in major depressive disorder,
Expert Opinion on Drug Safety 14:8 (1291-1304) (2015)

Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros CRF-RJ 13511

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