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1. PRELIMINARMENTE:
Escritório de Advocacia e Consultoria Dra. Bárbara de Oliveira OAB/RS 104.484 e Dra. Renata
Martins OAB/RS nº 105.183 – Rua Duque de Caxias, nº 1392, sala 107, Centro, Santana do
Livramento/RS - cel. (55) 99957 – 6451 advoliveirabarbara@gmail.com - (55) 98452 – 9330
relemartins@gmail.com
Escritório de Advocacia e Consultoria
Dra. Bárbara de Oliveira Dra. Renata Martins
OAB/RS 104.484 OAB/RS 105.183
2.1 FATO 1:
Ocorre que no mês de agosto de 2020 o Autor como de costume, dirigiu-se até o
Banco BV para emitir sua fatura com intuito de não pagá-la com atraso, uma vez que
sempre chega até sua residência com pelo menos duas semanas de atraso.
Ocorre que o funcionário da Ré, emitiu fatura diversa da qual o Autor havia
solicitado, o induzindo ao erro. O Autor que é pessoa de origem humilde e idosa,
confundiu-se facilmente pois jamais entregam a prestação do carro como forma de
boleto, o mesmo sempre é sempre quitado junto ao carnê de pagamento específico.
Também porque os valores estavam muito próximos e o Autor que não recebeu sua
fatura em casa não sabia ao certo o valor corresponde à fatura do mês de agosto, mas
sabia que o valor seria aproximadamente R$ 1.000,00. E ainda caiu em erro, porque a
Ré já havia cometido ato semelhante, quando não contabilizou o pagamento da fatura do
mês de fevereiro de 2020, como aclarado em FATO 2, logo a seguir.
Assim, o Autor vem a juízo esclarecer que por erro da ré não adimpliu a fatura
do mês de agosto e por conseguinte tampouco pode realizar o pagamento das faturas
seguintes, uma vez que a ré negou-se a emitir as faturas do mês de setembro e outubro
sem o pagamento da fatura faltante.
É imprescindível esclarecer que mesmo após o Autor ter explicado que já “havia
pagado” a fatura do mês de agosto, o funcionário do Banco BV, o mesmo que emitiu o
boleto errado, não alertou o Autor que este havia quitado valor diverso ao da fatura,
deixando que o Autor continuasse a acreditar que este realmente tinha pago a fatura do
cartão em vez do financiamento do veículo. E em um segundo momento, o mesmo
funcionário do Banco alegou que no sistema somente constava cobrança da fatura
quitada, ou seja, a do financiamento do veículo e que nada mais havia a respeito do
cartão de crédito do Autor.
Por tal confusão ocasionada pelos funcionários do Banco BV, nada mais justo
que a emissão das referidas faturas com nova data de vencimento, de forma parcelada e
totalmente livre de juros e multa, tendo em vista que o Autor sempre cumpriu com suas
obrigações em dia, preocupando-se inclusive em ir até o estabelecimento da ré pois sabe
que a fatura sempre chega semanas depois do vencimento, o que demonstra sua total
BOA-FÉ em todas as suas ações.
2.2 FATO 2:
Nesta senda, a fatura do mês seguinte, março de 2020 sobreveio com a cobrança
de fevereiro novamente. O Autor pagou a fatura e logo após deu-se conta da cobrança
abusiva. Fato com que abriu reclamação junto ao Procon. Por tal motivo, a Ré
descontou o valor cobrado a maior nas faturas dos meses seguintes, abril e maio de
2020.
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Dra. Bárbara de Oliveira Dra. Renata Martins
OAB/RS 104.484 OAB/RS 105.183
Contudo, a ré não devolveu a totalidade do valor indevido, uma vez que inseriu
erroneamente juros e multa sobre valores já pagos, o que contabilizou o montante de R$
117,38 (cento e dezessete reais e trinta e oito centavos). Nesse sentido, o Requerente
possui ainda o direito de receber o valor em dobro, pela cobrança indevida que pagou
em excesso.
Diante dos fatos apresentados, não restou alternativa ao requerente, senão vir ao
judiciário buscar os seus direitos e ainda, a reparação pelos danos morais que lhe foram
impingidos pelos atos da requerida.
3. DO DIREITO:
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OAB/RS 104.484 OAB/RS 105.183
Indubitavelmente há relação de consumo entre as partes da presente demanda,
razão pela qual deverão ser aplicados seus princípios e institutos que favorecem a parte
hipossuficiente, neste caso, o requerente.
Além disso, segundo o Princípio da Isonomia, todos devem ser tratados de forma
igual perante a lei, mas sempre na medida de sua desigualdade. Ou seja, no caso ora
debatido, o requerente realmente deve receber a supracitada inversão, visto que se
encontra em estado de hipossuficiência, uma vez que disputa a lide com empresa de
grande porte, que possuem maior facilidade em produzir as provas necessárias para a
cognição do Excelentíssimo magistrado.
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“Art. 42 (...)
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Com relação à reparação do dano, tem-se que aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda
que exclusivamente moral, comete ato ilícito, ficando obrigado a reparar os prejuízos
ocasionados (Art. 186 e 187 do CC).
Sendo assim, é de inteira justiça que seja reconhecido ao autor o direito básico
(Art. 6, VI do CDC) de ser indenizado pelos danos sofridos, em face da conduta
negligente da ré, pelo menos em duas ocasiões: Primeiramente, na parcela de
fevereiro, a qual o Autor foi persuadido a pagar duas vezes a mesma fatura, o qual
necessitou arcar com um custo no qual não estava preparado no momento, ainda que
tenha sido ressarcido no mês seguinte.
Ainda nesta senda, o Autor teve seu cartão bloqueado pela Promovida, sem
aviso prévio, fato que somente tomou conhecimento após tentar efetuar um pagamento
no comércio, onde o referido cartão foi recusado.
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Em consequência do erro ocasionado pela ré, o Autor deixou de pagar a fatura
correta do mês de agosto, ficou impedido de pagar a fatura do mês de setembro, e
consequentemente a do mês de outubro e agora está desesperado com o efeito “bola de
neve” que está se formando, pois não possui condições financeiras para arcar com
valores tão altos de uma única vez.
Assim, por óbvio, a culpa pelo evento danoso é atribuída à requerida pela
inobservância de um dever que devia conhecer e observar.
Portanto, por toda a situação fática e de direito, resta evidente, que o Banco réu,
causou danos ao autor, devendo, conforme a lei, repará-lo.
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Dra. Bárbara de Oliveira Dra. Renata Martins
OAB/RS 104.484 OAB/RS 105.183
O valor deve garantir ao autor e também parte lesada, reparação que lhe
compense os danos, bem como, cause impacto suficiente para desestimular a
reiteração do ato por aquele que realizou a conduta reprovável.
Por isso, Excelência, diante de tudo que lhe foi apresentado, REQUER deste
douto juízo, conforme o narrado e provado anteriormente, CONDENE ao requerido à
indenização a título de danos morais, relativo a quantia de 10 (dez) salários-
mínimos, o que nesta data, equivale a R$ 10.450,00 (dez mil quatrocentos e cinquenta
reais).
7. DOS PEDIDOS:
c) Seja deferida a inversão do ônus da prova, nos termos do inciso VIII do artigo
6° do CDC;
d) A citação da Ré para que responda à presente ação, no prazo legal, sob pena
de revelia e confissão;
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
__________________ ________________
Bárbara de Oliveira V. Ignácia Caçapietra
OAB/RS 104.484 OAB/RS 21.273
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