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FISIOPATOLOGIA
A FN tipo I normalmente é um processo lento, que evolui em dias . Muitas vezes vem após
uma cirurgia abdominal , uma infecção perineal ou um abcesso isquiorretal.
Aproximadamente 50 % dos casos de FN do tipo II são associados com a exotoxina de uma
bactéria infectante, caracterizando a chamada síndrome do choque tóxico .Uma das
complicações é a evolução para SEPSE que rapidamente pode evoluir para falência de
múltiplos órgãos .
CLASSIFICAÇÃO
Tipo I Tipo II
Ou celulite necrosante é caracterizada Ou gangrena estreptocócica é
pelo isolamento de pelo menos uma caracterizado pelo isolamento do
x
espécie de anaeróbio obrigatório. Streptococcus do grupo A isolado ou
Ocorre tipicamente após cirurgias e em associado ao Staphylococcus aureus.
pacientes com diabetes e doença Ocorre tipicamente após ferimentos
vascular periférica.
penetrantes, procedimentos cirúrgicos,
queimaduras e traumas.
SINAIS E SINTOMAS
Sinais e sintomas iniciais : Dor, inchaço, eritema , febre e taquicardia.
Progressão da Doença: Edema tenso, dor desproporcional a alterações na pele e
placas roxas ou azuis escuras que evoluem para bolhas hemorrágicas e necrose.
Manifestações sistêmicas de sepse: alteração do estado mental, taquicardia,
taquipnéia, leucocitose (>12000mm3 ), febre (38.9- 40.5oC), acidose metabólica e
hipocalcemia.
ASPECTO DA FERIDA
Eritema, dor localizada, que aumenta em horas ou dias, associada a edema tecidual
importante.
Ocorre cianose local e formação de bolhas de conteúdo amarelado ou avermelhadoescuro.
Área rapidamente demarcada, circundada por borda eritematosa e recoberta por tecido
necrótico.
Anestesia da pele que recobre a lesão devido à destruição do tecido subcutâneo
subjacente e trombose dos vasos nutrientes.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Acolhimento e estabelecimento do diálogo aberto sobre a doença;
Monitorização dos sinais de Sepse;
Orientar sobre noções de higiene geral;
Incentivar e auxilio a atividade, dentro dos limites;
Incentivar a nutrição adequada;
Realizar de cuidados com a pele;
Realizar o curativo utilizando as técnicas assépticas.
DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
Cirurgia: O objetivo da intervenção cirúrgica é
partir do exsudato da ferida, fluido da bolha, sangramento saudável . A ferida é então coberta e
tecido excisado, material aspirado do
o paciente deve ser levado de volta ao centro
subcutâneo e sangue;
cirurgico após 24 horas para reavaliação e
HISTOLOGIA E MICROBIOLOGIA: Biópsias por
posterior desbridamento se necessário.
congelação que incluem a borda e áreas
Antibióticos: Antibióticos de amplo espectro deve
necróticas centrais;
ser iniciado imediatamente para incluir a cobertura
IMAGEM: Raio-X, tomografia computadorizada
de bactérias gram-positivas , gram-negativas e
(TC) e ressonância magnética ( RM) ;
anaeróbios .
A reação de cadeia polimerase (PCR) só é
Clindamicina, Carbapenem
utilizada para a detecção de exotoxinas
intravenoso,meropenem ,Vancomicina;
pirogênicas estreptocócicas nos tecidos.
Imunoglobulina intravenosa (IVIG)A IVIG parece ser
útil em infecções estreptocócicas pois contêm
REFERÊNCIAS
COSTA, I. M. C et al. Fasciíte necrosante: revisão com enfoque nos aspectos dermatológicos. Anais brasileiros de dermatologia, v. 79, n. 2, p. 211-224, 2004
IRWIN, K; ENGLISH, W. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA FASCEITE NECROZANTE TUTORIAL DE ANESTESIA DA SEMANA.SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA
PASSOS, S.R; WANDERLEY, C.T;COLLET,N. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA ADOLESCENTE ACOMETIDA POR FASCIÍTE NECROSANTE.Centro de
Ciências da Saúde/Departamento de Enfermagem em Saúde Pública e Psiquiatria.