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Curva de aprndizagem de Ebbingous

A curva de aprendizagem é uma representação gráfica do nível médio cognitivo de aprendizagem


para uma determinada atividade ou ferramenta.

Seu conceito foi descrito pela primeira vez pelo alemão Hermann Ebbinghaus, em 1885, ao
realizar estudos no campo da psicologia da aprendizagem. O psicólogo ficou conhecido pelas
pesquisas sobre memória e lembrança, e sobre como certos ritmos de aprendizagem podem
impactar essas duas funções.

O principal insight fornecido pela teoria é de que a eficiência em cumprir uma tarefa aumenta à
medida que o indivíduo pratica aquela atividade. De forma oposta, o esforço para cumprir aquela
tarefa diminui conforme ela é executada ao longo do tempo. Além disso, o aumento na retenção
de informações é mais agudo após as tentativas iniciais, e então gradualmente se equilibra, o que
significa que cada vez menos informação nova é retida após cada repetição.

Dessa forma, a curva de aprendizagem se tornou um modelo matemático que ajuda a prever a
evolução do desempenho da força de trabalho e dos colaboradores. Na aplicação prática, o
conceito de curva de aprendizado foi empregado pela primeira vez em 1936, por Theodore
Wright, professor e engenheiro aeronáutico, como resultado de sua observação do processo de
redução nos custos de montagem dos aviões durante a Primeira Guerra Mundial.

Ao longo dos anos, a ferramenta também passou a ser utilizada nas instituições de ensino,
ajudando a monitorar o progresso do aprendizado dos estudantes. É importante reforçar que a
curva de aprendizagem tanto avalia o nível de aprendizado do indivíduo, que se refere ao
processo de aprender (duração deste processo), tanto quanto à ação de adquirir conhecimentos
(até mesmo práticos) para exercer uma certa atividade profissional. A fórmula desenvolvida para
calcular a curva de aprendizagem pode ser usada como uma ferramenta de previsão para
desempenho futuro.

A curva de aprendizagem tem como resultado uma representação gráfica a partir de uma equação
matemática que calcula o tempo que a pessoa precisa para adquirir um nível maior de
conhecimento em determinado assunto ou tarefa. A curva de aprendizagem costuma ser usada
para descrever o tempo e o esforço necessários para aprender algo desafiador. A aplicação pode
ser ampla e generalizada, como, por exemplo, analisar a curva de aprendizado envolvida na
aprendizagem da leitura.

Nesses cenários, uma representação gráfica usando matemática não está sendo aplicada para
explicar a progressão do aprendizado, mas para avaliar a progressão da aprendizagem ao longo
do tempo.

A curva de aprendizagem também pode ter uma aplicação quantitativa, quando modelos
matemáticos são criados para representar a taxa de proficiência ou domínio de uma tarefa.

Este modelo de curva de aprendizado só é aplicável quando usado para medir a taxa real de
progresso para completar uma tarefa específica em relação ao tempo. Nesse caso, a tarefa precisa
ser repetível, mensurável e consistir em apenas uma variável dentro de um procedimento, pois
não há como medir um processo inteiro sozinho.

A aprendizagem é um processo orientado para objetivos, no qual os estudantes fazem escolhas


conscientes e trabalham em direção às metas do que querem aprender.

Neste sentido, uma curva de aprendizagem serve para mostrar a correlação entre o desempenho
de um discente em uma tarefa, por exemplo, e o número de tentativas ou tempo necessário para
conclui-la. Isso pode ser representado em um gráfico, como uma proporção direta, assim como
em uma fórmula matemática.

Portanto, o controle do estudante e o monitoramento destes indicadores apoiam o alinhamento


entre ações dos educandos, esforço, precisão e objetivos de aprendizagem. E a precisão dos dados
tem um papel importante de sinalização para que a turma tome consciência da necessidade de
ajustar o seu esforço.

Como levar a teoria da curva de aprendizagem para a sala de aula

Esta forma de ciclo de estudos apoia uma aprendizagem eficiente sem perder tempo com ações
que não contribuam para o progresso educacional, além de ajudar o discente a regular o esforço
necessário para se envolver com sucesso nas ações selecionadas.

No ciclo de monitoramento, os estudantes avaliam se suas ações e esforços produzem precisão


suficiente para fazer progresso com relação aos objetivos.

Com base na curva de aprendizagem, podemos extrair insights relevantes para o trabalho do
educador, como os estudos de Ebbinghaus sobre memória e fixação, que reforçam a importância
da revisão e da repetição. Uma vez que o esforço é maior durante o início da aprendizagem, os
professores podem acelerar o crescimento da curva por meio da repetição de conteúdo em
intervalos regulares.

Segundo o psicólogo, essa fórmula facilita a lembrança de informações pela memória. Caso o
conteúdo seja apresentado de uma só vez, a fixação não ocorre tão bem – o que pode atrapalhar o
andamento do processo. Além disso, outro fator que influencia a assimilação de conteúdos é o
momento em que eles são apresentados. Todas as informações apresentadas por primeiro ou mais
recentemente são mais facilmente guardadas pela memória – e assim podem facilitar o
crescimento da curva.

Mas o modelo da curva de aprendizagem não traz insights apenas para novos métodos de ensino.
A fórmula também traz implicações para os estudantes. A primeira delas é mostrar que o
aprendizado é um processo gradual e contínuo, de idas e vindas. Identificar essa característica é
essencial para que eles não se sintam desmotivados ou desanimados por acreditarem que não
estão aprendendo.
A segunda é a possibilidade de professores, pais e os próprios estudantes de acompanharem o
desenvolvimento da aprendizagem – e, assim, identificar as estratégias que possam acelerar ou
auxiliar o aprendizado.

Teoria de deterioracao

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