O documento discute as espécies de disposições que podem ser feitas em testamento e codicilo. É possível fazer disposições patrimoniais e não patrimoniais em testamento, enquanto codicilo pode dispor sobre enterro, esmolas, legados de pequeno valor e nomeação de testamenteiros. Susana Risthoffen foi excluída da sucessão por indignidade, que ocorre quando há ato ofensivo contra o autor da herança, diferente da deserdação que é exclusão feita pelo próprio autor.
O documento discute as espécies de disposições que podem ser feitas em testamento e codicilo. É possível fazer disposições patrimoniais e não patrimoniais em testamento, enquanto codicilo pode dispor sobre enterro, esmolas, legados de pequeno valor e nomeação de testamenteiros. Susana Risthoffen foi excluída da sucessão por indignidade, que ocorre quando há ato ofensivo contra o autor da herança, diferente da deserdação que é exclusão feita pelo próprio autor.
O documento discute as espécies de disposições que podem ser feitas em testamento e codicilo. É possível fazer disposições patrimoniais e não patrimoniais em testamento, enquanto codicilo pode dispor sobre enterro, esmolas, legados de pequeno valor e nomeação de testamenteiros. Susana Risthoffen foi excluída da sucessão por indignidade, que ocorre quando há ato ofensivo contra o autor da herança, diferente da deserdação que é exclusão feita pelo próprio autor.
Quais espécies de disposições podem ser realizadas num
testamento? É possível ainda que sejam realizadas disposições não patrimoniais em um instrumento de disposição da última vontade? E nos codicilos, o que pode ser disposto? Um testamento pressupõe o pleno exercício da vontade livre e espontânea. Para isso, suas disposições devem ser certas e passíveis de determinação quanto ao seu conteúdo, sob pena de impossibilidade em cumpri-las. Dessa forma, identificam-se no Código Civil previsões que têm por objetivo preservar a liberdade testamentária, que é a essência do ato de última vontade. Nessa senda, as disposições testamentárias funcionam como verdadeiras cláusulas testamentárias que se revestem com a seguinte forma: - Com condições para certo fim ou modo, ou por certo motivo. - Com definição do tempo em que deva começar e terminar o direito do herdeiro. Quando existirem cláusulas que possam ser interpretadas de formas diferentes, será observada a que assegure a observância da vontade do testador. São válidas as disposições: - em favor de pessoa incerta que deva ser determinada por terceiros, dentro das opções mencionadas pelo testador. - em pagamento de serviços prestados ao testador, por ocasião da doença pela qual veio a falecer, ainda que fique pela determinação do herdeiro ou de outra pessoa o valor da remuneração. Ainda, afirma o art. 1.857, caput, que "toda pessoa capaz pode dispor, por testamento, da totalidade dos seus bens, ou de parte deles, para depois de sua morte". No que tange a possibilidade de disposições testamentárias não patrimoniais, o § 2o do art. 1.857 é bastante preciso ao afirmar que: "São válidas as disposições testamentárias de caráter não patrimonial, ainda que o testador somente a elas se tenha limitado". Já o codicilo é ato de última vontade, destinado a disposições de pequeno valor ou recomendações para serem atendidas e cumpridas após a morte. Extrai-se da dicção legal do art. 1881, do CC que o objeto do codicilo é limitado, de alcance inferior ao do testamento. Não sendo, por isso, meio idôneo para instituir herdeiro ou legatário, efetuar deserdações, legar imóveis ou fazer disposições patrimoniais de valor considerável. Pode o codicilo ser utilizado pelo autor da herança para as seguintes finalidades: a) fazer disposições sobre o seu enterro; b) deixar esmolas de pouca monta; c) legar móveis, roupas ou joias, de pouco valor, de seu uso pessoal (art. 1.881); d) nomear e substituir testamenteiros (art. 1.883); e) reabilitar o indigno (art. 1.818); f) destinar verbas para o sufrágio de sua alma (art. 1.998); g) reconhecer filho havido fora do matrimônio, uma vez que o art. 1.609, II, do Código Civil permite tal ato por “escrito particular”, sem maiores formalidades.
4. Susana Risthoffen foi excluída da sucessão dos pais por
indignidade ou por deserdação? Quais as principais diferenças entre essas duas formas de exclusão? Susana Risthoffen fora excluída da sucessão dos pais por indignidade, uma vez que praticou contra os mesmos ato ofensivo de indignidade, previsto no art. 1814 do CC, qual seja, homicídio doloso. A exclusão se dá diante da indignidade ou da deserdação. A quebra dessa afetividade, mediante a prática de atos inequívocos de desapreço e menosprezo para com o autor da herança, e mesmo de atos reprováveis ou delituosos contra a sua pessoa, torna o herdeiro ou legatário indignos de recolher os bens hereditários. Sendo assim, a exclusão se dá mediante a indignidade, que são os atos contra a vida, contra a honra e contra a liberdade para testar, e também mediante a deserdação, que é a exclusão do sucessor feita pelo próprio autor da herança. Por essa razão, a indignidade é a exclusão do herdeiro diante do fato de ele ter praticado um ato reprovável contra o de cujus sendo então punido com a perda do direito hereditário. A indignidade é uma sanção civil que causa a perda do direito sucessório. Já a deserdação é a exclusão do sucessor feita pelo próprio autor da herança. Nesta modalidade, a manifestação de vontade é imprescindível. Apenas podem ser deserdados os herdeiros necessários, e na manifestação expressa, feita normalmente em cédulas testamentárias, deve estar explicando o porquê da deserdação.