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REPÚBLIA DE AMGOLA

MINISTÉRIOA DA EDUCAÇÃO

INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO DO REGIMENTO DE POLICIA MILITAR

Nº 8030 EX. 1218

PROVA DE APTIDÃO PROFISSIONALL

(P.A.P)

GESTÃO DE STOCK NAS EMPRESAS: ESTUDO DE CASO MATARI E


SOCOLA, LDA 2021

CURSO TÉCNICO DE CONTABILIDADE

LUANDA, 2021
PROVA DE APTIDÃO PROFISSIONALL

(P.A.P)

GESTÃO DE STOCK NAS EMPRESAS: ESTUDO DE CASO MATARI E


SOCOLA, LDA 2021

CURSO TÉCNICO DE CONTABILIDADE

GRUPO Nº 03

SALA:02 TURMA BM PERÍODO: TARDE

Tutor: Manuel Firmino

Trabalho de fim de curso

Apresentado para a obtenção do

Grau de Técnico/a Médio/a em:

Contabilidade.

IMPRPM___________ DE ______________________________________DE_______
REPÚBLIA DE AMGOLA

MINISTÉRIOA DA EDUCAÇÃO

INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO DO REGIMENTO DE POLICIA MILITAR

Nº 8030 EX. 1218

CURSO DE CONTABILIDADE

ACEITAÇÃO DE ENTREGA DA P.A.P POR PARTE DO ORIENTADOR

Eu ____________________________________________________ orientador do
trabalho ___________________________________________________________ do
grupo nº _____, da sala_______turma_____________, declaro que:

Está em condições de ser presente ao júri

Não está em condições de ser presente ao júri

Observação:

Luanda,__________de________________________________
de________

O
orientador:_________________________________________________
FICHA TÉCNICA

SALA:02 TURMA BM PERÍODO: TARDE

Nº NOMES DOS ESTUDANTES FOTOGRÁFIA CLASSIFICAÇÃO

15 Manuel Bela Matende

16 Marcos Francisco Matari

17 Mariano Teixeira

18 Monteiro Tavares

19 Neusa Ikuelelo Inácio

21 Rosa Cambamba Socola


DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho nós mesmos, aos nossos queridos pais, irmãos, colegas e ao
mundo em geral.
AGRADECIMENTOS

A tão árdua e gratificante execução de todo este percurso acadêmico, culminando com a
realização deste trabalho de investigação, não seria possível sem o sublime contributo
de algumas pessoas, a quem um sincero sentimento de gratidão nos abriga a externar o
nosso profundo reconhecimento por esta acção de valor elevado recebida, ainda que
tenha sido ela a mais pequena.

Agradecemos principalmente ao nosso Deus todo poderoso, pela proteção,


conhecimento e força que nos concebeu.

Somos gratos pela direcção do Instituto Médio Polivalente do Regime da Policia


Militar, em particular sua excelência Director geral Aurélio Kavela, por líder uma vasta
equipa de trabalhadores competentes.

Ao nosso corpo professoral por subsidiarem, incansavelmente a nossa formação


acadêmica, profissional e moral.

Aos nos pais, irmãos e a todos pelo apoio material, financeiro, espiritual e moral
a todo nível.

Agradecemos o nosso amado orientador Sr. Professor Manuel Firmino por nos
tutelar e acompanhar desde o início da pesquisa até a sua apresentação de Dados.

Agradecemos aos bem-amadosJosemar Quitumbo e Wilson Capitão, pelo


auxilio e ajuda na realização deste trabalho.
EPÍGRAFE

“ Se o dinheiro faz mover o mundo,


o stock faz mover a logística”.

(Frazelle,2002, p. 91)
RESUMO

O aumento gradual da competitividade entre as empresas obriga a uma resposta eficaz e


eficiente quanto à utilização dos recursos disponíveis, a gestão de stock, tem o intuito de
aperfeiçoar e controlar os produtos associados à redução de custos para empresas. Com
a escolha do tipo de técnica de gestão de stock a utilizar, facilita as empresas a fazer o
controle e o gerenciamento do mesmo, a fim de saber se estão em excesso ou em falta,
bem como reservar o suficiente do caso de haver ropturas e determinar quanto e quando
encomendar. Como ponto de partida do nosso trabalho, formulamos o seguinte
problema: Qual é a importância da gestão de stocks nas empresas?

Para a realização do nosso trabalho utilizou-se os seguintes tipos de pesquisa:


Exploratória, Bibliográfica, Quantitativa e Qualitativa. A pesquisa foi realiza no
Supermercado Matari e Socola, Lda; com sede na Avenida Óscar Lopes nº 211, Loja nº
14, Luanda. A entrevista foi realizada com a amostra de 50 colaboradores que
representam a totalidade. De modo a recolher dados mais pertinentes e dar relevância ao
nosso estudo, utilizou-se a entrevista e a observação como instrumentos para a coleta de
dados necessários à pesquisa. E constatou˗se que a gestão de stocks é de grande
importância nas empresas pelo facto de ajudar na obtenção de descontos de quantidade
nas encomendas, permiti-lhe saber o que e quando encomendar, para que tenha sempre
respostas atempadas às solicitações dos seus clientes impossibilitam prevenir roturas e
excesso de stocks nos armazéns.

Palavras˗chave: Stock, Controle e Gestão.


ABSTRACT
LISTA DOS GRÁFICOS

Gráfico 1:Tipo de empresa em estudo.....................................................................

Gráfico 2: Estado civil dos trabalhadores......................................................................

Gráfico 3: Nível de escolaridade dos trabalhadores.........................................................

Gráfico 4: Tipos de materiais mantidos em armazém........................................................

Gráfico 5:Técnicas de gestão de stock utilizada...........................................................

Gráfico 6: Controle de stock.......................................................................................

Gráfico 7: Constituição de stock de segurança............................................................

Gráfico 8: Reposição de stock.................................................................................

Gráfico 9: Giro ou rotatividade de stocks...................................................................

Gráfico 10: Dificuldades enfrentadas no gerenciamento de stock....................................


SUMÁRIO

I-INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 13
1.1. Delimitação do estudo......................................................................................................... 14
1.2. Justificativa ......................................................................................................................... 14
1.3. Formulação do problema................................................................................................... 14
1.4. Objectivos............................................................................................................................ 15
1.4.1 Objectivo geral ................................................................................................................. 15
1.4.2 Objectivos específicos ....................................................................................................... 15
1.5. Hipóteses ............................................................................................................................. 15
1.6. Referencial teórico.............................................................................................................. 15
1.7. Metodologia......................................................................................................................... 16
1.7.1. O contexto da pesquisa: Espaço e Sujeito de investigação........................................... 16
1.7.2. Instrumento de coleta e seleção ...................................................................................... 16
1.8. Estrutura do trabalho ........................................................................................................ 17
II-Fundamentação teórica ........................................................................................................ 18
2.1 Conceito de stocks e gestão de stocks ............................................................................... 18
2.1.1 Importância da gestão de stock ...................................................................................... 19
2.1.2 Princípios da gestão de stock ......................................................................................... 19
2.1.2.1 Previsão da procura ..................................................................................................... 19
2.1.2.2 Monitorização ............................................................................................................. 19
2.1.2.3 Qualidade .................................................................................................................... 20
2.1.3 Os quatro (4) mais comuns na gestão de stock .............................................................. 20
2.1.3.1 Excesso ou falta de stock ............................................................................................ 20
2.1.3.2 Monitorização inadequada .......................................................................................... 20
2.1.3.3 Erros administrativos................................................................................................... 21
2.1.3.4 Controlo de mercadorias ............................................................................................. 21
2.2 Classificação dos stocks .................................................................................................... 21
2.3 Stock de segurança ............................................................................................................ 22
2.4 Tipos de gestão de stocks .................................................................................................... 23
2.4.1 Gestão material............................................................................................................... 23
2.4.2 Gestão administrativa ..................................................................................................... 24
2.5 Custo de stock ................................................................................................................... 28
2.6 Lote econômico ................................................................................................................. 29
2.7 Técnicas de gestão de stocks ............................................................................................. 29
2.7.1 Vendor-Managed Inventory (Inventário fornecido pelo fornecedor) ............................. 29
2.7.2 Just in time ou estratégia por demanda .......................................................................... 29
2.7.3 Econmic Order Quantity ................................................................................................ 30
2.8 Sistemas de inventário ........................................................................................................ 30
2.9 Curva ABC .......................................................................................................................... 31
2.10 Vantagens e desvantagens da gestão de stock ................................................................. 32
CAPÍTULO III-ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS ................................................... 34
3.1 Apresentação da empresa .................................................................................................. 34
3.2 Resultados da pesquisa ...................................................................................................... 34
CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 41
RECOMENDAÇÕES ............................................................................................................... 42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 43
ANEXOS .................................................................................................................................... 44
I-INTRODUÇÃO
Qualquer empresa que queira ter sucesso, seja do sector de retalho, hoteleiro ou
industrial, precisa de uma gestão de stock eficiente. Trata-se de um dos princípios
básicos de uma boa administração, importante para garantir confiabilidade e boa
margem de lucro.

Uma boa gestão de stock, é relevante, pois evita a escassez de produtos para os clientes
e não só, assim como interrupção da produção, no caso das industrias. Faz parte da
estratégia de manutenção definir quem será o gestor responsável por esta logística.

A gestão de stocks é essencial para as empresas manterem o equilíbrio entre assegurar o


stock suficiente para responder rapidamente às necessidades dos seus clientes e evitar o
excesso de mercadorias armazenadas. Para isso, é fundamental adoptar um modelo de
gestão de stock que permita ter um controlo eficiente e em tempo real da mercadoria
disponível, facilitando os processos administrativos e minimizando os erros
operacionais. O tempo de disponibilização de um produto desde que é encomendado até
que chega ao consumidor final tem um peso cada vez maior na decisão e fidelização dos
clientes.

Dizer também que a gestão de stock e o responsável pelo stock deve ter controlo sobre
todo o processo, bem como a logística e controlo de vendas/consumo. A cada ciclo de
reposição, é preciso anotar as informações para criar um histórico, seja ele semanal,
mensal, bimestral, semestral ou anual.
1.1 Delimitação do estudo

O nosso estudo delimita-se em analisar como é feita a gestão de stocks na empresa


Matari e Socola, Lda; que tem como objecto social o comércio a retalho de produtos
diversos, Importação e Exportação no período de 2021, a escolha se deu pela
disponibilidade das informações, a loja um limite 300 m2 e trabalha com 200
funcionários, no mercado a mais de 5 anos.

A loja foi inaugurada no dia 1 de Outubro de 2014 com sede na Avenida Óscar Lopes nº
211, Loja nº 14, Luanda. Horário de funcionamento: De Segunda à Sexta feira das 7h
:30m às 22h:00m e aos Sábados das 7h:30m às 18h:00.

1.2 Justificativa

Sendo futuros técnicos médios de contabilidade, queremos aprofundar mais nos nossos
conhecimentos sobre a gestão de stocks nas empresas. Esta investigação é relevante
para qualquer empresa, pois aborda um tema actual e crucial para uma gestão eficiente,
mas em especial para a empresa analisada.

A presente pesquisa visa contribuir para melhoramento da gestão de stocks da empresa


Matari e Socola, Lda; através da redução dos custos, de referir: A correta classificação
de todos os produtos, a implementação de medidas a adoptar a adopção de um modelo
de gestão de stocks que previna a roturas e excessos de stocks, através da criação de um
stocks de segurança e da utilização das quantidades a encomendar, contata-se que os
stocks influenciam os índices de liquidez, actividade, rentabilidade e riscos.

1.3 Formulação do problema

Os principais objectivos de uma empresa são a maximização do lucro e a satisfação das


necessidades dos seus clientes, para alcançar estes objectivos é crucial ter mercadorias
em stocks para dar respostas de forma quase imediata as encomendas, mas os stocks
para as empresas influenciam vários custos, constituindo investimento significativo,
mas essencial, que pode condicionar o resultado líquido da empresa.

(lakatos & marconi, 1992) “A formulação do problema prende-se a tema proposto, ela
esclarece a dificuldade específica com a qual se defronta e que se pretende resolver por
intermédio da pesquisa.”

Com base nesta citação formulamos o seguinte problema: Qual é a importância da


gestão de stocks nas empresas?
1.4 Objectivos

1.4.1 Objectivo geral

 Analisar como é feita a gestão de stocks nas empresas.

1.4.2 Objectivos específicos


 Identificar as técnicas de gestão de stocks que a empresa utiliza;
 Diferencia os vários tipos de stocks que a empresa mantém nos seus armazéns; e
 Descrever as principais dificuldades enfrentadas no gerenciamento de stocks na
empresa.
1.5 Hipóteses

H1: A gestão de stocks é de grande importância nas empresas pelo facto de ajudar na
obtenção de descontos de quantidade nas encomendas.

H2: Permiti-lhe saber o que e quando encomendar, para que tenha sempre respostas
atempadas, as solicitações dos seus clientes.

H3: Possibilita prevenir roturas e excesso de stocks nos armazéns.

1.6 Referencial teórico

O controle de stock é essencial para qualquer tipo de organização é responsável por


suprir a demanda de materiais, otimizando recursos, reduzindo investimentos
financeiros e gerando eficiência nos processos (FALCHI; FRANCISCHETTI; LIMA,
2014).

Então a gestão de stock é de fundamental importância para a lucratividade da empresa,


uma vez que esta gestão deve estar em sintonia com a demanda do mercado e com as
necessidades dos clientes, para reduzir custos e agregar e garantir a disponibilidade de
produto, agregando valor aos serviços (SILVA; MADEIRA, 2004).

Um dos principais elementos considerados para definir estratégias de toda a gestão de


suprimentos, desde aquisição de materiais até o controle de stocks, são os custos
logísticos de toda a cadeia, desde que estes estejam devidamente mensurados (ALVES
et al., 2013). A utilização de instrumentos de gestão de compras possibilita um controle
mais eficaz e seguro de materiais, diminuindo riscos financeiros e operacionais nas
transações realizadas com fornecedores (MENITA et al., 2011).
A analise, avaliação e seleção de fornecedores se mostra vital para o resultado das
empresas, já que os materiais e serviços adquiridos afetam diretamente o desempenho
das mesmas (DEIMLING; NETO, 2008).

1.7 Metodologia

Para a realização do nosso trabalho utilizou-se os seguintes tipos de pesquisa:

Exploratória: este tipo de pesquisa tem como objectivo, proporcionar maior


familiaridade com o problema, com vista a torná-lo mais específico e a construir
hipóteses. Envolve levantamento bibliográfico e estudo de caso

Bibliográfica: é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas e


publicada por meios escritos ou electrónicos, como livros, artigos científicos, páginas de
web sites, etc.

Quantitativa: nesta pesquisa os resultados podem ser quantificados e recorre-se a


técnicas matemáticas e estatísticas.

Qualitativa: não atenta a representatividade numérica, mas preocupa-se com o


aprofundamento da compreensão de um grupo social de uma determinada organização.

1.7.1 O contexto da pesquisa: Espaço e Sujeito de investigação

A pesquisa foi realiza no Supermercado Matari e Socola, Lda; com sede na Avenida
Óscar Lopes nº 211, Loja nº 14, Luanda. A entrevista foi realizada com a amostra de 50
colaboradores que representam a totalidade.

1.7.2 Instrumento de coleta e seleção

De modo a recolher dados mais pertinentes e dar relevância ao nosso estudo, utilizou-se
a entrevista e a observação como instrumentos para a coleta de dados necessários à
pesquisa.

Entrevista: é a técnica de recolha de informações que utiliza a comunicação oral e que


permite fazer quer uma análise intensiva quer extensiva. Utilizou um questionário de 10
perguntas fechadas.
1.8 Estrutura do trabalho

O nosso trabalho encontra-se estruturado em três (3) capítulos:

Introdução: neste capítulo é apresentado um prefácio do tema e os procedimentos


metodológicos utilizados para a elaboração da nossa Prova de Aptidão Profissional, que
são eles: Problema, Hipóteses, Justificativa, Objectivos, Delimitação, Metodologia e a
Estrutura do trabalho.

Fundamentação teórica: neste capítulo fizemos uma revisão da literatura do tema,


desde o conceito de gestão de stocks, tipos de stocks, tipos de gestão de stocks e curva
ABC, dentre outos.

Fundamentação prática: análise e discussão dos dados: neste capítulo foi realizado
um estudo de caso na empresa Matari e Socola, Lda; além do estudo de caso é
apresentada a conclusão do nosso trabalho, algumas sugestões e os anexos.
II-FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste capítulo que se expõem analisa-se a gestão de stocks. Inicialmente são expostos
as várias definições para o conceito de stocks e a sua classificação de acordo com vários
autores analisados. Seguidamente, aborda-se a problemática dos stocks de segurança. A
importância da constituição de stocks também se exibe como um tema interessante e
que pode causar excessos ou roturas dos mesmos.

Aparecem também questões como quanto e quando encomendar, que são respondidas
por intermédio dos modelos de gestão de stocks sendo que cada um caso deve ser
tratado com o modelo mais adequado. Por fim, os tipos de gestão de stocks em especial
a econômica, emerge como um apoio à tomada de decisões.

2.1 Conceito de stocks e gestão de stocks


Segundo (Veludo, 2004)Stock ou stocks é um conjunto de materiais consumíveis ou de
produtos ou de mercadorias acumulados, à espera de uma utilização posterior, mais ou
menos próxima e que permite assegurar o fornecimento aos utilizadores quando
necessário. São os elementos patrimoniais classificados e valorizados em existências.

Gestão de stock: é a monitorização de todo e qualquer item armazenado, de forma a


garantir que nada falte para produção e/ou execução dos serviços, bem como o controlo
de vendas da empresa. Neste processo, é importante que não haja excesso ou falta de
stock. Caso contrário, é o tempo e dinheiro desperdiçados.

A gestão de stock representa ainda a capacidade de organização de uma determinada


empresa, face ao controle dos produtos para satisfazer a procura. Supervisionar o fluxo
das vendas faz patê desta gestão, desde o processo de entrada, até ao momento da sua
saída (compra, venda ou utilização).

O gestor de stock também precisa de garantir as melhores condições de negociação e


logística. Estar atento à gestão de fornecedores e informar-se das estratégias essenciais,
tal como estar atento às possíveis perdas (vencimento, por exemplo), para evitar
prejuízos.
2.1.1 Importância da gestão de stock
É importante manter o fluxo de entrada idêntico ao fluxo de saída, para evitar tanto a
falta de stock como o excesso. Tendo em conta a variedade de factores que podem
influenciar a tomada de decisões, o responsável pela gestão de stock deve estudar e
conhecer o mercado em que está inserido.

Sectores como o de hotelaria podem sofrer com a sazonalidade, exigindo que a


reposição seja feita de forma diferenciada dependendo da época do ano. Outros sectores,
como o retalho, são mais estáveis.

Factores externos também podem influenciar diretamente o stock de uma empresa no


que se diz respeito as negociações vantajosas- pode acontecer de surgirem descontos e
promoções interessantes. No entanto, é preciso considerar se o produto em questão não
vai vencer, estragar ou deteriorar com o passar do tempo. De nada adianta ter um stock
cheio e os produtos não poderem ser bem aproveitados.

2.1.2 Princípios da gestão de stock


Existem três princípios básicos na gestão de stock que são:

2.1.2.1 Previsão da procura


Estudar o mercado e entender quais são as demandas essências para fazer esta previsão.
Por exemplo, empresas que trabalham com o sector do turismo (hotéis) têm de
considerar o tipo de sazonalidade em que estão activos: verão ou inverno?

Esta capacidade de prever quando haverá mais procura garante que a empresa seja
competitiva, que os clientes fiquem satisfeitos e que, naturalmente, os lucros aumentem.

Poder antecipar estas ocorrências dão aos responsáveis pela gestão de stock o poder de
negociação, pois ficam com o tempo para fazer pesquisas, procurar ter as melhores
condições e escolher a melhor relação custo/benefício para o negócio. Afinal de contas,
compras de última hora normalmente geram prejuízos financeiros e atrapalham a
logística.

2.1.2.2 Monitorizarão
A verdade é que não se trata de um trabalho simples. Requer atenção, planeamento e
conhecimento do mercado. É preciso contabilizar todo stock, com exatidão, para que
coincida com cada utilização ou venda. Apenas com estes dados “em mãos” é possível
fazer as reposições necessárias sem que haja prejuízos.
A monitorização pode ser feita de várias formas- da mais tradicional por meio de um
livro de Inventário, até à forma mais tecnológica, via software. O ideal é acompanhar a
evolução e as inovações do mercado por isso, indica-se a utilização de software de
gestão de stock capazes de planear e gerir compras de material em tempo útil.

2.1.2.3 Qualidade
No que diz respeito ao controlo de stock, a qualidade referida é sobre o local de
armazenamento dos produtos e/ou materiais para a empresa. É claro que a qualidade do
produto é muito importante, mas mantê-lo num local adequado e em boas condições
garante que não haja prejuízos. Materiais desperdiçados ou danificados devido às
condições de armazenamento e stock representam déficits negativos.

2.1.3 Os quatro (4) mais comuns na gestão de stock


A tarefa de monitorizar o stock, assim como o controlo de vendas de uma empresa, é
essencial para o seu bom funcionamento. Não existe uma fórmula mágica para facilitar
os processos; no entanto, é preciso estar atento aos pormenores que podem fazer toda a
diferença.

2.1.3.1 Excesso ou falta de stock


O erro mais comum principalmente de quem está a iniciar a actividade num
determinado sector, é o de ter mercadorias em excesso ou comprar apenas quando está
prestes a acabar. Lembra-se que os extremos não são bons para a sua empresa e podem
causar um prejuízo irreversível. O ideal é que haja análise das vendas/consumos, mês a
mês, para garantir que este tipo de problema não aconteça. Outar dica é concentrar os
investimentos nos produtos mais lucrativos e que têm mais saída.

2.1.3.2 Monitorização inadequada


Os recursos usados para a monitorização constituem outro erro muito comum na gestão
de stock acreditar que um investimento num software eficiente é desnecessário para o
negócio é o primeiro erro. Investir num sistema “barato” é o segundo.

É preciso entender a importância e as consequências envolvidas nesta tomada de


decisão. O ideal é analisar a relação custo/benefício, para que o programa realmente seja
útil. Desta forma, o gestor responsável poderá concentrar os seus esforços noutras
actividades que garantem o desenvolvimento empresarial.
2.1.3.3 Erros administrativos
Errar é humano. Mas, tal como noutras actividades inerentes ao negócio, esta também
requer muita atenção e disciplina começando na realização do pedido do material ou
produtos necessários. Por isso, o ideal é ter tudo categorizado e descrito para não haver
confusões ao criar os pedidos.

O mesmo é valido para receber o produto quando chega à empresa a tarefa de conferir
item por item pode ser monótona, mas é imprescindível para garantir que o pedido foi
entregue, até porque ter de reclamar e pedir a troca e reposição de um determinado
produto custa tempo e atrapalha o ritmo e a produtividade.

2.1.3.4 Controlo de mercadorias


O último dos erros mais comuns da gestão de stock é o não acompanhamento dos
prazos de validade bem como o estado de conservação dos produtos que podem perecer
ou deteriorar em condições adversas.

Crie um esquema ou um fluxo onde é possível acompanhar todos os itens que estão
próximos do prazo de validade. Desta forma, é possível priorizar o seu uso ou então
estratégias de vendas específicas, tais como promoções e ofertas para que ele seja
comprado, evita-se o prejuízo e falhas no sistema.

Atenção: apesar de não ser algo possível de planear, é preciso considerar algumas
situações infelizes e que geram roturas no stock. É o caso de roubo de mercadoria, seja
por parte de um cliente mal-intencionado ou colaboradores. Daí a necessidade de
realização de inventários periódicos, para ter a certeza que este tipo de situação não
ocorreu.

2.2 Classificação dos stocks


Os stocks classificam-se em:

Matérias-primas: são diversos tipos de matérias usados no processo de fabrico e que


servirão para obtenção do produto final.

Componentes-subconjuntos: que irão constituir o conjunto final do produto.

Produtos em via de fabrico: componentes ou materiais que estão em espera no


processo produtivo.

Produtos acabados: são os produtos finais que se encontram para a venda, distribuição
ou armazenagem.
Podemos encontrar outros tipos de stock, tais como:

Stock de antecipação: este tipo de stock é formado quando a oscilações previsíveis de


demanda, entrega ou produção de um item, geralmente é utilizado quando há variações
do fornecimento são relevantes, o stock de antecipação tem o objectivo de nivelar este
tipo de flutuação.

Stock consignado: é aquele que está na posse de terceiros (clientes, distribuidores ou


outros) através de acordo, mas cuja propriedade permanece sendo do fabricante.

Stock de contingência: é o stock mantido para cobrir potenciais situações de falhas


extraordinárias no sistema.

Stock inativo: stock de produtos absolutos ou que não tiveram saída em determinado
período (que pode variar de acordo com determinação do gestor).

Stock máximo: diz respeito quantidade máxima de produtos armazenados por um


determinado período até que se peça um novo pedido.

Stock mínimo (stock de segurança): está ligado a menor quantidade de um item em


stock para prevenir uma eventualidade que se deve ao consumo além do previsto ou
atraso na entrega de novas mercadorias.

Stock médio: refere-se à metade do stock normal ao stock de segurança. Este stock
deve ser verificado com mais frequência no caso de produtos perecíveis.

Stock de protecção: é o stock formado para evitar que a empresa seja pega de surpresa
e fique desabastecida em caso de greve, aumento abusivo de preços, dentre outras
eventualidades.

2.3 Stock de segurança


Dos diferentes tipos de stock, o que se deve despender mais ênfase é o stock de
segurança. Este stock constitui uma medida prevenção que as empresas devem adoptar
para garantir o desempenho da cadeia de fornecimento, evitando assim a imprecisão de
previsão (BENTEL, 2012).

O stock de segurança é um termo usado para descrever o nível de stock necessário para
evitar roturas que podem ser causadas por incertezas na oferta e na procura (RUSHION
et al 2014).
2.4 Tipos de gestão de stocks

A gestão de stock de uma empresa pode ser analisada em três (3) vertentes:

 Gestão material;
 Gestão administrativa; e
 Gestão econômica.

2.4.1 Gestão material


É constituído por um conjunto de tarefas que têm em vista:

a) Possibilitar que a recepção, conferência, arrumação e expedição dos bens se faça


nas melhores condições;
b) Permitir um fácil acesso e movimentação dos bens em armazém;
c) Evitar roubos e quebras com os bens armazenados;
d) Dispor os bens de maneira a evitar acidentes com os trabalhadores; e
e) Planificar os espaços de modo que a armazenagem dos bens se faça de forma
mais econômica.

Para que exista uma eficaz gestão material de stock são necessários armazéns que
devem:

a) Estar localizados próximo aos locais de recebimento dos bens;


b) Estar situado próximo dos departamentos que servem;
c) Permitir um fácil acesso aos bens armazenados; e
d) Estar constituídos e equipados de tal maneira que os bens armazenados estejam
protegidos de incêndios, roubos deteriorações.

Deve-se ainda ter-se em conta que o lugar onde os bens são guardados devem estar
preparados para que:

a) Os bens mais pesados sejam sempre colocados em lugares baixos, para se evitar
que sejam erguidos;
b) Os locais de armazenamento sejam convenientemente explicitados, de
preferência no diagrama, de forma a que os bens sejam facilmente localizados;
c) Os stocks mais antigos sejam arrumados a frente dos mais recentes, de forma a
poderem ser primeiramente utilizados;
d) As vias de circulação do interior do armazém sejam de tal modo vastas que as
pessoas, os bens e os veículos transportadores circulem em segurança; e
e) Se minimizem os percursos, para se evitar custos de circulação desnecessários.

Deve-se se ainda ter-se em conta que:

a) O equipamento para a movimentação e arrumação dos bens deve ser adequado;


b) O pessoal que movimenta os bens e os equipamentos deve possuir formação
especializada; e
c) Deve existir uma correta planificação dos prazos de encomenda aos
fornecedores.

2.4.2 Gestão administrativa


A gestão administrativa de stock tem como objectivo:

a) Registrar as quantidades de bens entrados nos armazéns da empresa;


b) Registrar as quantidades de bens saídos dos armazéns da empresa; e
c) Conhecer as quantidades existentes de cada um dos bens nos armazéns da
empresa.

O tratamento administrativo dos stocks envolve o seguinte suporte documental:

a) Guia de entrada: estabelecimento de um registro de entrada de existências com


base nas requisições dos serviços ou secção de vendas e que deve conter, entre
outros os seguintes dados: número da encomenda e da guia de entrada, data de
entrada, código, designação, quantidades recebidas, existências, recepção
quantitativa, armazém, gestão de stock, compras e contabilidade.
b) Guia de saída: é preenchida com base a guia de saída do fornecedor, podendo
apresentar os seguintes dados: número da encomenda e da guia de entrada, data
de entrada, código, designação, quantidades recebidas, existências, serviço
requisitante, armazém, gestão de stocks e contabilidade.
c) Fichas de armazém: escrituradas em quantidades de acordo com as diferentes
espécies de bens existentes em armazém. Deve apresentar os seguintes dados:
nome do artigo, critério, data, designação, entrada, saídas e existências.

As fichas de armazém podem ser feitas tendo em conta três (3) métodos de custeio
diferentes:

FIFO (first in first out): primeiro entrado primeiro saído;

LIFO (last in first out): último entrado primeiro saído; e

Custo Médio Ponderado.


Exemplo: A empresa JQ, Lda, realizou as seguintes operações com a mercadoria X:

01/01 Existência inicial de 50 unidades a 10,00/ cada.

02/01 Compra de 100 unidades ao preço de 10,00/ cada.

03/01 Compra de 50 unidades ao preço de 12,00/ cada.

04/01 Venda de 80 unidades ao preço de 15,00/ cada.

08/01 Venda de 120 unidades ao preço de 15,00/ cada.

10/01 Compra de 60 unidades ao preço de 10,00/ cada.

15/01 Venda de 50 unidades ao preço de 15,00/ cada.

Ficha de Armazém

Artigo: X Critério: Fifo

Entradas Saídas Existências

Data Designaçã
Qt Valo Qt P. Valo Qt P.U Valor
o
P. r U r
U

01/0 Existência ---- ---- ------ ---- ---- ------ 50 10 500


1 - - - - - -

02/0 Compras 10 10 1.00 ---- ---- ------ 100 10 1.000


1 0 0 - - -

03/0 Compras 50 12 600 ---- ---- ------ 50 12 600


1 - - -

04/0 Vendas ---- ---- ------ 50 10 500 70 10 700


1 - - -
30 10 300 50 12 600

08/0 Vendas ---- ---- ------ 70 10 700 -------- -------- ------------


1 - - - -- -- --
50 12 600
10/0 Compras 60 10 600 ---- ---- ------ 60 10 600
1 - - -

15/0 Vendas ---- ---- ------ 50 10 500 10 10 100


1 - - -

ROB=Vendas-CMVMC Vendas=80x15+120x15+50x15

ROB=3.750-2.600 Vendas=1.200+1.800+750

ROB=1.150 Vendas=3.750

ROB=Resultado Operacional Bruto.

Ficha de Armazém

Artigo: X Critério: Lifo

Entradas Saídas Existências

Data Designaçã
Qt Valo Qt P. Valo Qt P.U Valor
o
P. r U r
U

01/0 Existência ---- ---- ------ ---- ---- ------ 50 10 500


1 - - - - - -

02/0 Compras 10 10 1.00 ---- ---- ------ 100 10 1.000


1 0 0 - - -

03/0 Compras 50 12 600 ---- ---- ------ 50 12 600


1 - - -

04/0 Vendas ---- ---- ------ 50 12 600 50 10 500


1 - - - 30 10 300 70 10 700

08/0 Vendas ---- ---- ------ 70 10 700 -------- -------- ------------


1 - - - -- -- --
50 10 500
10/0 Compras 60 10 600 ---- ---- ------ 60 10 600
1 - - -

15/0 Vendas ---- ---- ------ 50 10 500 10 10 100


1 - -

ROB=Vendas-CMVMC Vendas=80x15+120x15+50x15

ROB=3.750-2.600 Vendas=1.200+1.800+750

ROB=1.150 Vendas=3.750

ROB=Resultado Operacional Bruto.

Ficha de Armazém

Artigo: X Critério: CMP

Entradas Saídas Existências

Data Designação
Qt P.U Valor Qt P.U Valor Qt P.U Valor

01/01 Existência ----- ----- ------- ----- ----- ------- 50 10 500

02/01 Compras 100 10 1.000 ----- ----- ------- 150 10 1.500

03/01 Compras 50 12 600 ----- ----- ------- 200 10,5 2100

04/01 Vendas ----- ----- ------- 80 10,5 840 120 10,5 1.260

08/01 Vendas ----- ----- ------- 120 10,5 1.260 ----- ----- -------

10/01 Compras 60 10 600 ----- ----- ------- 60 10 ´600

15/01 Vendas ----- ----- ------- 50 10 500 10 100 100

ROB=Vendas-CMVMC Vendas=80x15+120x15+50x15

ROB=3.750-2.600 Vendas=1.200+1.800+750

ROB=1.150 Vendas=3.750
ROB=Resultado Operacional Bruto.

2.5 Custo de stock

É o valor líquido da factura, mais as despesas de transporte, mais as despesas de


efectivação da encomenda mais o custo de posse de stock.

As despesas de efectivação da encomenda abrangem todas as despesas a suportar pela


empresa, quando para renovar os seus stocks tem de efectivar uma nova encomenda.
Entre estas despesas são as seguintes:

1. O custo de funcionamento do departamento de stock;


2. O custo com a recepção, ensaios e análises dos bens adquiridos;
3. As despesas com portes;
4. As despesas com o serviço de contabilidade; e
5. Os custos com a documentação a emitir.

Os custos de posse de stock abrangem:

1. O aluguer ou amortização dos recintos para a colocação dos bens;


2. Os juros dos capitais investidos em stock;
3. O seguro com o transporte e acomodação dos bens;
4. As despesas com o manuseamento dos bens adquiridos;
5. As despesas com a conservação de stock; e
6. Os custos resultantes de deterioração e roubos.

O custo de stock é o valor que consta no documento de liquidação que é a factura, as


despesas com o transporte são os que a empresa tem de suportar para ter os bens nos
seus armazéns.

As despesas de efectivação das encomendas mantêm-se praticamente inalteráveis,


podendo afirmar-se que as mesmas descressem quando as quantidades adquiridas
aumentam. As despesas coma posse do stock são, na sua maioria, crescentes em relação
as quantidades possuídas em armazém.

A despesa de efectivação das encomendas diminui quando a quantidade encomendada


aumenta e o custo de posse de stock aumenta quando a quantidade encomendada
aumenta.
2.6 Lote econômico
Para se determinar o momento de aquisição e a quantidade a encomendar a que se
calcular o lote econômico. A sua determinação é baseada em previsões quer de
quantidades a utilizar nos últimos períodos quer dos custos dos artigos em armazém.

Lote econômico: é a quantidade de cada bem a comprar ao menor custo total e no


momento oportuno.

2.7 Técnicas de gestão de stocks


Existem diferentes métodos para a gestão e armazenamento dos produtos de uma
empresa. Cada tipo de negócio requer intervenções e estratégias específicas para a
realização desse acompanhamento, entre as quais destacamos:

2.7.1 Vendor-Managed Inventory (Inventário fornecido pelo fornecedor)


Trata-se de um programa de reposição contínua, no qual a empresa partilha as
informações de stock com a empresa fornecedora, para que ambas as partes possam
decidir sobre a quantia solicitada

É uma forma de gerir as incertezas de mercado, pois om fornecedor passa a ser o


responsável pelo montante do produto. Ou seja, ele não poderá deixar faltar e, muito
menos, sobrar ou perder.

Esta estratégia permite reduzir os custos, assim como a quantidade de produtos


armazenados em stock. Também aperfeiçoa o processo de operação (análise, pedido e
recepção de mercadoria).

2.7.2 Just in time ou estratégia por demanda


Como o próprio nome indica, trata-se de um sistema de administração que considera e
determina quando determinado produto deverá ser produzido, transformado, comprado
ou vendido.

É ideal para negócios com produção agendada (demanda). Desta forma, a matéria-
prima, por exemplo, só chegará à indústria no momento necessário para a sua produção.
Desta forma armazena-se apenas o mínimo necessário para que a produção se inicie. No
entanto, isso não se adéqua a todo tipo de negócio (como por exemplo, no retalho).
2.7.3 Econmic Order Quantity
É o mais antigo modelo de gestão de stock, desenvolvido por H. Ford em 1913, no qual
a estratégia é a programação da produção. Ou seja, o stock é gerido de acordo com a
quantidade de pedido, para torna-lo mais econômico. Esta estratégia tem em
consideração os custos totais de manutenção, assim como os de pedido. Neste caso,
existem custos fixos independentes da quantidade exigida. Ao realizar a entrega ou
venda, o stock chegará a zero.

2.8 Sistemas de inventário


A contabilização das operações com as existências (stocks) vai depender do sistema de
inventário utilizado pela empresa, as notas explicativas do PGCA (Plano Geral de
Contabilidade Angolano) permitem a movimentação desta classe de duas formas:

 Sistema de Inventário Permanente (SIP);


 Sistema de Inventário Intermitente (SII).

A principal diferença entre os dois sistemas de inventário reside na frequência da


movimentação das contas.

No SIP, as contas das existências são movimentadas a quando a entrada e saída de bens
durante o exercício, permitindo, assim, conhecer o valor das existências, do custo das
existências vendidas e da respectiva margem bruta de forma permanente ao longo do
ano.

No SII, as contas das existências não se movimentam durante o exercício, refletindo,


portanto, o valor das existências iniciais. A informação sobre o valor das existências, do
custo das existências vendidas e da respectiva margem bruta só está definida de forma
intermitente, normalmente no final do ano, a altura em que é feita uma contagem física
dos bens, apurando assim o custo das existências vendidas ou matérias primas
consumidas, e atualizado o saldo das contas de existência para o valor das existências
finais.

No sistema de inventário intermitente ou periódico calcula-se o custo das existências


vendidas ou matérias primas consumidas só no final do exercício com a fórmula:

CMVMC = EI+CL-EF
Onde:

CMVMC-Custo das mercadorias vendidas ou matérias primas consumidas;

EI-Existência inicial;

CL- Compras líquidas (CL=Compras-Descontos-Devoluções); e

EF-Existência Final.

2.9 Curva ABC


Quando a empresa tem centenas ou milhares de bens em armazém é difícil, se não
impossível tratar de todos por igual. Por isso que se dividem os artigos em armazém por
três grandes grupos:

Grupo A: é constituído por 10 a 15% dos bens em armazém e que são responsáveis por
cerca de 70 a 80% dos investimentos dos bens em stocks.

Grupo B: constituído por cerca de 25% dos bens em armazém e que são responsáveis
por cerca de 20% dos investimentos dos bens em stocks.

Grupo C: constituído por cerca de 65% dos bens em armazém e que são responsáveis
por cerca de 5% dos investimentos anuais dos bens em stocks.

Do que acima se disse verifica-se como é importante a empresa vigiar os seus stocks.
Com base nos dados apresentados é possível fazer a seguinte representação gráfica
tendo a curva obtida recebido o nome de Curva ABC.

Da análise da curva resulta que:

1. Os bens do grupo A requerem uma gestão rigorosa e uma vigilância muito


frequente;
2. Os artigos do grupo B requerem uma gestão menos rigorosa que os bens do
grupo A. A sua vigilância ainda deve ser cuidada, mas pode ser menos
frequente; e
3. Os artigos do grupo C requerem uma gestão branda devido ao fraco valor dos
investimentos aplicados. Uma vez mais intensa poderia acarretar custos maiores
que os próprios bens vigiados permitem a constituição de stock de segurança
elevado, devido ao facto do seu custo unitário ser bastante baixo.
Exemplo: A empresa Isaque e Miguel, Lda dedica-se a comercialização de uma vasta
gama de mercadorias. Da análise efectuada aos artigos em armazém, obtiveram-se as
seguintes informações:

Classe Número de artigos Valores

A 250 9.000.000

B 460 2.500.000

C 1.190 800.000

CLASS Nº DE % DE % % DOS %
E ARTIG ARTIG ACUMULA VALO ACUMUL
VALOR
OS OS DO DE RES ADO DOS
ARTIGO VALORES

A 250 13,157 13,157 9.000.000 73,170 73,170

B 460 24,210 37,367 2.500.000 20,325 93.495

C 1.190 62,631 99,998 800.000 6,504 99,999

TOTA 1.900 99,998 ---------------- 12.300.000 99,999 --------------


L ---------------- --------------

2.10 Vantagens e desvantagens da gestão de stock


Vantagens

1. Pode-se constituir stock com uma finalidade especulativa, comprando-se os


mesmos a baixos preços para os vender a preços altos;
2. Para assegurar o consumo regular de um produto em caso de a sua produção ser
irregular;
3. Geralmente, na compra de grandes quantidades beneficia-se de uma redução do
preço unitária;
4. Não sendo prático o transporte dos produtos em pequenas quantidades, opta-se
por encher os veículos de transporte no intuito de economizar nos custos de
transporte;
5. A existência de stock pode se justificar apenas pela legítima preocupação em
fazer face às variações de consumo;
6. Para a prevenção contra atrasos nas entregas, provocados por avarias durante a
produção, greves laborais, problemas no transporte, etc;
7. Armazenamento de produtos, se a produção for superior ao consumo, em
alturas de crise poderá contribuir para evitar tensões sociais; e
8. Beneficia-se da existência de stocks, quando este evita o incômodo de se fazer
entregas ou compras muito frequentes.

Desvantagens

1. Fragilidade de certos produtos, que não possuem condições de serem mantidos


estocados ou poderão ser mantidos em períodos muito curtos;
2. Custo de posse traduzido no facto de existir material não vendido que vai acabar
por imobilizar o capital se acrescentar valor; e
3. A rotura apresenta-se como um enorme inconveniente, visto que a ocorrência
desta irá provocar vendas perdidas e em casos extremos poderá levar a perda de
clientes.
CAPÍTULO III-ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

Os dados foram analisados de forma clara e objectiva, por meio de técnicas qualitativas
e descritivas das informações colhidas do questionário aplicado aos colabores. Seguindo
o embasamento teórico do trabalho e descrição de algumas respostas dos entrevistados.
Neste momento será usado o contacto com a realidade, objecto desta pesquisa,
associada à teoria que sustenta este trabalho.

3.1 Apresentação da empresa


Matari e Socola Limitada é uma empresa privada dotada de personalidade jurídica e
de autonomia administrativa e financeira de gestão, com patrimônio próprio e tem como
a actividade principal O comércio a retalho de diversos produtos importação e
exportação bem com a prestação de serviços.

A empresa encontra-se registada nos grandes contribuintes sob o Número de


identificação fiscal 504753960140.

Sua sede está localizada no Munícipio de Luanda, com apenas um (1) local de
descentralizado no Munícipio de Viana.

A empresa possui segundo o seu organismo duas áreas importantes que tem a ver com o
comércio e a prestação de serviços. Tem duzentos (200) funcionários a nível nacional.

3.2 Resultados da pesquisa


Os dados foram analisados de forma clara e objectiva, por meio de técnicas qualitativas
e descritivas das informações colhidas do questionário aplicado aos colabores.

Seguindo o embasamento teórico do trabalho e descrição de algumas respostas dos


entrevistados. Neste momento será usado o contacto com a realidade, objecto desta
pesquisa, associada à teoria que sustenta este trabalho.

A análise iniciou-se através da aplicação de um questionário composto por dez (10) com
várias opções de respostas com a possibilidade de justificativa para cada opção. O
mesmo questionário foi aplicado aos cinquenta (50) colaboradores que representam a
totalidade dos funcionários da referida empresa.

De acordo om a aplicação do questionário aos funcionários, buscou-se desenvolver


análise com intuito de identificar que importância a gestão de stock proporciona à
empresa estudo conforme as respostas obtidas pelos colaboradores.
Gráfico 1:Tipo de empresa

Pública
Privada
0% 20% 40% 60% 80% 100%

Fonte: Própria

De acordo com o gráfico, pudemos contatar que a empresa é privada, uma vez que todos
os colaboradores afirmaram que sim.

Gráfico 2: Estado civil dos trabalhadores

Fonte: Própria

De acordo com o gráfico, podemos verificar que 73% que corresponde a 146
funcionários são solteiros e 27% que corresponde a 54 funcionários são casados.
Gráfico 3: Nível de escolaridade dos trabalhadores.

Fonte: Própria

O gráfico mostra que 60% que corresponde a 120 colaboradores são de nível médio,
30% que diz respeito a 60 colaboradores são de nível superior e 10% que corresponde a
20 funcionários são de nível primário.

Gráfico 4: Tipos de materiais mantidos em armazém.

Fonte: Própria
Quando questionamos quais os materiais mantidos em stock, todos responderam uma
vasta gama de produtos variados tais como de: higiene e limpeza, frutas, carnes,
eletrodomésticos, didáticos, electrónicos, tecnológicos, lacticínios, têxtil e mobiliário.

Gráfico 5:Técnicas de gestão de stock utilizada

Fonte: Própria

Depois, perguntou-se quais são técnicas utilizadas para o controle de stock dentro da
empresa, e todos responderam que é a Inventário gerido pelo fornecedor. Afirmaram
que a loja mantém relações estreitas com os seus fornecedores e faz a reposição
contínua, pois ambas as partes partilham as informações de stock, de forma a facilitar na
tomada de decisões sobre as quantidades a encomendar, os prazos de recepção e
pagamento.
Gráfico 6: Controle de stock

Fonte: Própria

Ao ser questionado como é feito o controlo de stock, as respostas foram unânimes e


todos afirmaram que o controlo de stock é feito tanto manual com informatizado. Os
gestores de armazém elaboram, numa primeira fase um inventário manual de cada item
mantido em armazém e em seguida, estes dados são reportados para os serviços
administrativos a fim de serem informatizados e arquivados de forma adequada.

Gráfico 7: Constituição de stock de segurança

Não
Sim

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Fonte: Própria

No outro momento, questionou-se se a empresa constitui stock de segurança, e todos


afirmaram que sim e que o controlo do mesmo é feito tanto manual quanto
informatizado. A empresa constitui um stock de segurança de 15% de cada produto, a
fim de cobrir no caso de houver roturas de stock; o mesmo é renovado sempre que a
empresa efetua uma nova encomenda.

Gráfico 8: Reposição de stock

Outro
Directamen
te da…
Automatica
mente
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Fonte: Própria

Agora, perguntamos como era feita a reposição de stock, e todos responderam que a
reposição de stock é feita da seguinte maneira: como a empresa utiliza a técnica de
inventário gerido pelo fornecedor e faz um controlo contínuo da quantidade existente de
cada item nos armazéns de venda e abastecimento, então, quando se verifica que um
determinado produto está preste a terminar, envia-se a nota de encomenda aos
fornecedores.

Após a recepção da mesma, eles enviam as mercadorias nas quantidades descritas na


nota de encomenda e a respectiva factura, o pagamento é feito nos prazos acordados
pelas duas entidades que normalmente varia de 20 a 30 dias após a entrada da
mercadoria nos armazéns da empresa.

Gráfico 9: Giro ou rotatividade de stock

Relatórios
Giro ou
Rotativida…
Outros

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Fonte: Própria
Em seguida, perguntamos se é feito o controlo do giro de stock e como. Os
entrevistados responderam que sim, é feito o controlo de giro e da rotatividade de stock
no supermercado. Este controlo é feito através dos relatórios elaborados pela comissão
administrativa e que por sua vez, registra a quantidade de bens entrados nos armazéns
da empresa por meio das guias de entrada, as quantidades dos bens saídos nos armazéns
da empresa através das guias de saída e dá a conhecer as quantidades existente de cada
item nos armazéns da empresa, informação fornecida pelas fichas de armazém.

Gráfico 10: Dificuldades enfrentadas no gerenciamento de stock

Fonte: Própria

E por fim, questionou-se quais eram as principais dificuldades enfrentadas na gestão de


stock. 68% responderam a falta de mercadorias; 16% disseram as perdas de produtos
durante a movimentação, isto porque os locais de armazenagem estão distantes dos
pontos de venda; e 16% apontaram a elevada quantidade de stock e pouco pessoal para
fazer o gerenciamento como a principal dificuldade enfrentada na gestão de stock.
CONCLUSÃO

Portanto, concluímos que a gestão de stock é um conceito que está presente em todo o
tipo de empresas, assim como na vida quotidiana das pessoas.

Este trabalho foi desenvolvido com o intuito de analisar como é feita a gestão de stock
nas empresas, pois quando uma empresa possui uma gestão de stock eficiente e eficaz,
tem maior capacidade de controlo das suas mercadorias, evitando roturas ou excessos.

Para atingir este objectivo geral, foi realizado um estudo de caso aplicando-se um
questionário aos colaboradores do supermercado Matari e Socola, Lda a fim de obter
informações e serem analisadas.

Apesar de serem identificadas algumas falhas no sistema de gestão de stock como a


falta de mercadorias, a perda de produtos durante a movimentação e a elevada
quantidade de stock e o número reduzido de pessoal para fazer o seu gerenciamento,
foram constatados pontos positivos que merecem destaque como a constituição de stock
de segurança, a eficiência na reposição de stocks e o controlo de giro e da rotatividade
de stock por meio de relatórios elaborados pela comissão administrativa.

No que tange as técnicas de gestão de stock, constatou-se que a empresa utiliza a de


Inventário Gerido pelo Fornecedor, está técnica ajuda na criação de relações duradouras
entre ambas as partes, fazendo-se assim a reposição contínua dos mesmos facilitando
assim na tomada de decisões.

Observou-se que o controlo de stock é feito tanto manual como informatizado, e que a
empresa possui uma vasta gama de produtos em seu stock desde frutas, carnes,
eletrodomésticos, higiene e limpeza, didáticos, electrónicos, tecnológicos, lacticínios,
têxteis e mobiliários.

Após as pesquisas feitas, pudemos responder à pergunta de partida e validando assim


todas as hipóteses supostas no início da pesquisa, uma vez que se constatou que a gestão
de stocks é de grande importância nas empresas pelo facto de ajudar na obtenção de
descontos de quantidade nas encomendas, permiti-lhe saber o que e quando
encomendar, para que tenha sempre respostas atempadas as solicitações dos seus
clientes impossibilita prevenir roturas e excesso de stocks nos armazéns.
RECOMENDAÇÕES

Recomendamos que a empresa contrate mais pessoal para fazer o gerenciamento do seu
stock;

Crie locais de armazenagem próximos aos locais de venda, a fim de evitar custos com
os transportes e a quebra de produtos durante a movimentação;

Invistam na compra de softwares mais sofisticados para fazer a gestão de stock.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FRANCISCHINI, Paulino G.; GURGEL, Floriano do Amaral. Administração de


materiais e do património. São Paulo: Thomson Pioneira, 2002;

GREENE, James H. Production and Invontory Control Handbook. Nova Iorque.


1997
LAKATOS, Eva Maria; MARKONI, Maria de Andrade. Metodologia do trabalho
científico. 4ed. São Paulo: Atlas, S.A, 1992. 103-104;
LOUSÃ, Aires; Administração de empresa 10; editora: Edição Reditep;2011 Luanda-
Angola

GERREIRO Marta; Plano geral de contabilidade explicado Angola; Plural Editores;


Luanda:2015.

LOUSÃ, Aires. SALGUEIRINHO, Cristina; A contabilidade e a gestão diária plural


Editores; Luanda: 2018.

OLIVEIRA, D. Gestão e reporting. Primavera, pp. 1-5

VELUDO, M. V.Introdução ao aprovisionamento e gestão de stock. Lisboa: IEFP e


ISG;
ANEXOS
Questionário

1-A presente entrevista, tem por objectivo colectar dados relativos à Gestão de stock nas
empresas. As respostas serão utilizadas apenas para subsidiar o trabalho acadêmico do
curso de Contabilidade e não será divulgada em nenhum meio. Fica garantido o sigilo
sobre qualquer aspecto.

2-Dados da empresa

2.1.Nome da empresa: ____________________________________________________

2.2. Tipo de empresa: [ ] Privada [ ] Pública

2.3. Serviços prestados: ___________________________________________________

2.4. Número de funcionários: [ ] 5 a 15 trabalhadores [ ] 16 a 30 trabalhadores [ ] 31 a


50 trabalhadores [ ] Outro: Qual
_____________________________________________

3-Dados demográficos

3.1. Estado civil dos trabalhadores

[ ] Solteiro [ ] Casado [ ] Outro:


Qual_________________________________________

3.2. Nível de escolaridade

[ ] Nível primário

[ ] Nível médio

[ ] Nível geral

[ ] Nível Técnico

[ ] Nível superior

3.3. Tempo de actuação no mercado

[ ] 0 a 5 anos

[ ] 6 a 10 anos

[ ] 11 a 15 anos
[ ] 15 a 20 anos

[ ] Mais de 20 anos

4.Múltiplas escolhas: Quais são os tipos de produtos ou materiais mantidos em stocks?

( ) Frutas ( ) Higiene e Limpeza

( ) Carnes ( ) Queijos

( ) Electrodomésticos ( ) Textil

( ) Higiene

( ) Outros. Qual?

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

5-Múltiplas escolhas: Quais são as técnicas utilizadas para o controle de stocks dentro
da empresa?

( ) Sistema RA ( ) Sistema
DDE

( ) Outro. Qual?

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

6-Múltiplas escolhas: O stock é controlado manualmente ou informatizado?

( ) Manual ( ) Informatizado

( ) Outro. Qual?

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

7-Múltiplas escolhas: A empresa trabalha com stock de segurança?

( ) Manual ( ) Informatizado

( ) Outros. Qual?

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

8-Múltiplas escolhas: Como é feita a reposição dos stocks?

( ) Automaticamente ( ) Directamente da África do Sul para Angola

( ) Outro. Qual?

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

9-Múltipas escolhas: É feito o controlo do giro de stocks? Como?

( ) Através de relatórios ( ) Giro ou Rotatividade

( ) Outro. Qual?

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
10-Múltiplas escolhas: Quais são as principais dificuldades enfrentadas no
gerenciamento de stocks?

( ) Falta de mercadorias ( ) Perdas de produto durante a movimentação

( ) Outro. Qual?

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

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