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EMANUELLI MAROTO PATRICIO 1

Radiografia → rotina do abdome agudo


OBSTRUÇÃO
• 3 incidências: tórax AP + abdome em pé e deitado
INTESTINAL o Tem o objetivo de definir apenas o sítio de
obstrução
o Atelectasia, pneumoperitôneo e derrame
MECANISMO pleural é um diagnóstico diferencial
• Mecânica → agente físico bloqueando/obstruindo • Delgado
• Funcional → comprometimento da função motora o Distensão central e organizada (5 cm)
o Pregas coniventes → empilhamento de
ALTURA moedas
• Cólon
• Alta → até o jejuno o Distensão periférica (grosseira)
• Baixa → íleo e cólon o Haustrações colônicas

Tomografia → solicitar apenas de RX inconclusivo

GRAU
• Total TRATAMENTO
• Suboclusão → pode cursar com diarreia paradoxal
Suporte → dieta zero, hidratação venosa, sonda nasogástrica,
GRAVIDADE correção de distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-base.

• Mecânica
• Simples →
o Parcial e não complicada → TTO
• Complicada → isquemia: estrangulamento
conservador (24-48h)
CLINICA o Total ou complicada → cirurgia
• Funcional
• Parada de eliminação de gases e fezes o TTO conservador
• Dor em cólica o Sofrimento de alça → cirurgia
• Distensão
• Vômitos OBSTRUÇÃO MECÂNICA
o Alta: precoce e biliar
o Baixa: tardio e fecalóide Ampola retal vazia fala a favor de obstrução mecânica
• Aumento de peristalse (de “luta”, com timbre (agente físico atrapalhando)
metálico); Causas:
• Toque retal → fecaloma, gases, fezes e massas
o Ampola vazia: obstrução mecânica total • Delgado
o Ampola cheia: obstrução funcional parcial o Sitio mais comum de obstrução
o Principal causa se dá por bridas e
DIAGNOSTICO aderências → precisa ter no histórico
cirurgias abdominais prévias (não importa
Laboratorial: o tempo)
Outras causas incluem neoplasias, hérnias
• Alcalose metabólica hipoclorêmica → vômitos
(perda de ácido clorídrico) e íleo biliar.
o Tratamento em não complicados → suporte
• Hipocalemia → desidratação
(48 horas) + gastrografin (contraste)
• Acidose metabólica → quando há
o Refratário ou complicado → lise das
isquemia/estrangulamento
aderências (videolaparoscopia ou aberta)
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• Cólon ✓ Sinal do bico de pássaro mostra o ponto de torção


o Principal causa é câncer colorretal
o Volvo de ceco, estômago e sigmóide → ÍLEO BILIAR
torção sobre o próprio eixo
É uma obstrução intestinal que ocorre por um cálculo biliar.
o O volvo do sigmóide é o mais comum,
causando obstrução em alça fechada → em COLECISTITE → FÍSTULA → OBSTRUÇÃO DE
2 pontos simultâneos DELGADO
Obstrução em alça fechada só ocorre se
existir obstrução colônica + válvula íleo- Paciente com colecistite (cálculo grande) cria aderência da
cecal competente vesícula em alça de delgado, criando uma fistula, fazendo o
o Diagnóstico: cálculo migrar para o intestino e impactar na válvula
RX → Sinal do “grão de café”, “U ileocecal.
invertido” ou “sinal do cano/alça torcida”
O local mais comum de obstruir é no íleo distal.
Contraste via retal com enema baritado →
“sinal do bico de passáro”, “rabo de rato” Diagnóstico:
ou “chama de vela”
o Tratamento: • RX “TRÍADE DE RIGLER”
Não complicado (sem sinais de irritação o Pneumobilia/aerobilia
peritoneal ou sofrimento de alça) → o Cálculo ectópico
medidas de suporte + descompressão o Distensão de delgado → empilhamento de
endoscópica “retossigmoidoscopia” com moeda
colocação de sonda endoanal para evitar
recorrência, que tende a acontecer nas
primeiras 24h + após 12 a 36 horas realizar
a sigmoidectomia eletiva
Complicado → cirurgia de urgência
(técnica de Hartmann, com ressecção do
cólon retossigmóide + fechamento do coto
anorretal e formação de colostomia.
Posteriormente pode ter reconstrução RX com achados de cálculo ectópico no íleo distal e distensão
intestinal) de delgado (pregas coniventes, níveis hidroaéreos sugestivo
• Infância de “empilhamento de moedas”). Pode haver também
o A causa mais comum na infância é a pneumobilia
intussuscepção
Tratamento:
o Pode ocorrer bezoar, hérnia e áscaris
também • Tratamento de suporte
Bridas → travas de aderência entre uma alça e outra criando • Retirada do cálculo +/- colecistectomia
fibroses.
INTUSSUCEPÇÃO INTESTINAL
É a invaginação de uma alça na outra.

Obstrução intestinal em 2 pontos simultâneos que pode


evoluir para sofrimento isquêmico.

É a causa mais comum de obstrução na infância (3 meses a 6


anos – principalmente nos 2 primeiros anos). Na criança
ocorre de forma idiopática.

No adulto ocorre de forma espontânea, podendo ocorrer por


conta de pólipo, divertículo ou tumor.

Clinica:

• Dor abdominal paroxística e intermitente (dor


Sinal do grão de café Sinal do bico de pássaro persistente com períodos de calmaria)
✓ Sinal do grão de café mostra o local entre os dois • Massa em salsicha
pontos de obstrução • Fezes em geleia de morango/framboesa
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Diagnóstico: PSEUDO OBSTRUÇÃO COLÔNICA


• RX AGUDA → Sd. de Ogilvie
• USG → padrão de ecogenicidade
o “sinal do alvo” e “sinal do pseudorim” Paralisação apenas do cólon.
• Enema → diagnóstico e terapêutico Ocorre geralmente em pacientes graves como grandes
o “sinal da lua crescente” ou “sinal do queimados, internados em UTI, sepse.
menisco”
Acredita-se que haja hiperestimulo do simpático (luta/fuga)
Tratamento:
Clinica:
• Redução com enema (só faz em crianças)→
contraste de bário, hidrossolúvel (gastrografim) e • Dor, distensão colônica e presença de peristalse.
aérea (injeta ar)
Tratamento:
• Refratário ou adulto → cirurgia
• Excluir causas mecânicas
• Suporte
• Se após essas medidas não houver respostas em 48h
a 72h ou ceco distendido >12cm Risco de
o Entrar com droga → neostigmina sofrimento
o Tem efeito colinérgico, mas podeisquêmico
causar
bradicardia sinusal
Sinal do alvo e sinal do pseudorim • Se fizer neostigmina e a resposta for parcial ou não
houver resposta
o Realizar descompressão colonoscópica
• Se fizer descompressão colonoscópica e a resposta
for parcial ou não houver resposta
o cecostomia

Sinal do menisco ou sinal da lua crescente

OBSTRUÇÃO FUNCIONAL
É causado por um comprometimento da função motora.

ÍLEO PARALÍTICO
Todo o intestino está comprometido/paralisado

Causas:

• Pós-operatório (fisiológico) → principal causa


o Tempo para voltar a funcionalidade →
delgado 24h, estômago 48h e cólon 72h
o O tempo depende do porte da cirurgia, da
REMIT e do comprometimento do paciente
• Drogas (opioide), DHE, processos inflamatórios
o Algumas medicações possuem efeitos
anticolinérgicos (controle da dor).

Clinica:

• Parada de eliminação de fezes, dor continua,


distensão abdominal e peristalse diminuída

Tratamento:

• Excluir causas mecânicas


• Suporte

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