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AO JUÍZO DA VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL DA COMARCA DE CURITIBA- ESTADO DO

PARANÁ.

AUTOS Nº :

, já qualificada nos autos em epígrafe decorrentes de,


ajuizada por, também já qualificado, vem, por intermédio de seus advogados que
digitalmente assinam, respeitosamente perante a presença de Vossa Excelência, opor

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

em face da decisão interlocutória proferida no movimento de sequência 348.1, com


fundamento nos arts. 1.022, II, do CPC.

DO CABIMENTO E TEMPESTIVIDADE

Os embargos de declaração estão previstos no ordenamento


jurídico brasileiro no artigo 1.022 do CPC/15:

Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer


decisão judicial para:

I – esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II – suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia


se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;

III – corrigir erro material.

Sendo assim, em detida análise a decisão ora vergastada,


verifica-se que se encontra omissa, eis que deixou de levar em consideração que no
caso em comento fora interposto Agravo de Instrumento sob nº , em trâmite perante a
8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná.

Importante ressaltar, que o referido agravo se trata


justamente sobre os valores a serem recebidos pela parte ré.

Portanto, segue comprovado o cabimento do presente


recurso.

Em relação a tempestividade, tem-se que a parte ré sequer


fora intimada da referida decisão. Deste modo, encontram-se tempestivos os presentes
Embargos de Declaração.

OMISSÃO
No presente caso, observa-se que a decisão vergastada se
encontra omissa, eis que deixou de levar em consideração que fora interposto recurso
de Agravo de Instrumento sob nº, em trâmite perante a 8ª Câmara Cível do Tribunal de
Justiça do Paraná.

Ressalta-se que o referido recurso fora interposto em


relação a decisão de sequência 340.1, sendo que os pedidos foram, em síntese:

i- A reforma da decisão de mov. 340.1, a fim de que


seja utilizado como data base para início da obrigação
do arrematante, para com os ônus do imóvel, a data
da arrematação e não a data de imissão na posse;

ii- Seja ordenado a devolução dos valores já levantados


equivocadamente, que fazem referência a data
posterior a de arrematação;

iii- Derradeiramente, seja ordenado ainda, a devolução


do saldo residual a agravante.

Tem-se que no caso em tela há necessidade de se levar em


consideração os termos do artigo 300, §2º, CPC/2015.

Há ocorrência de probabilidade do direito, haja vista que,


requer seja considerado como termo a data da arrematação, em 29/09/2020,
conforme se verifica no Auto de Arrematação, tanto para os débitos de IPTU, como
para os débitos de condomínio, eis que, a partir da arrematação o responsável por
todas as obrigações propter rem passou a ser o arrematante, novo proprietário do
imóvel. Neste norte, torna-se necessário o ressarcimento pelo Arrematante dos valores
levantados que são posteriores a data da arrematação ao que toca os débitos de IPTU,
utilizando a data base da arrematação, qual seja, 29/09/2020.

Sendo assim, o caso em comento imprescinde que os


valores que constam nos autos, não sejam levantados por nenhuma das partes,
restando a necessidade de se aguardar o julgamento do mérito do referido Agravo de
instrumento interposto, haja vista o perigo de dano que o referido levantamento possa
vir a causar a qualquer das partes, no caso de ser dado provimento ao referido recurso,
e não se conseguir reaver os valores.

Também, nota-se que caso não seja concedida a tutela de


urgência requerida, neste momento, prevalecerá a existência de perigo da
irreversibilidade da decisão de forma reversa, com a consequência fatal de não se
conseguir reaver os valores levantados.

Portanto, diante do exposto acima, pugna-se sejam


concedidos efeitos infringentes a decisão ora atacada, e assim seja concedida a tutela
requerida para o fim de determinar a suspensão do levantamento dos valores
depositados nos presentes autos, até o julgamento final do recurso de Agravo de
Instrumento sob nº, em trâmite perante a Câmara Cível do Tribunal de Justiça do
Paraná.

REQUERIMENTOS

Diante do exposto, requer seja conhecido o presente


recurso, eis que preenchidos os requisitos intrínsecos e extrínsecos de admissibilidade.

No mérito, requer sejam acolhidos os fundamentos


expostos, com efeitos infringentes, para o fim de conceder a Tutela de Urgência
Antecipada requerida, determinando-se pela suspensão do levantamento dos valores
depositados nos presentes autos, até o julgamento final do recurso de Agravo de
Instrumento sob nº, em trâmite perante a Câmara Cível do Tribunal de Justiça do
Paraná.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Curitiba,

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