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Nampula, Abril
2023
Universidade Católica de Moçambique
Nampula, Abril
2023
Folha de Feedback
Classification
Pontuação Nota /
Categorias Indicadores Padrões Máxima Tutor Subtotal
Capa 0.5
Índice 0.5
Estrutura Aspectos
Introdução 0.5
organizacionais
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização (indicação
clara do problema) 1.0
Introdução
Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao 2.0
Conteúdo
objecto do trabalho
Articulação e domínio do
Análise discurso académico 2.0
discussão (expressão escrita cuidada,
coerência/coesão textual).
Revisão bibliográfica
nacional e internacional 2.0
revelantes na área de estudo.
Claro que não se aplica apenas a atletas de elite, mas é um ramo da psicologia
que pode melhorar a vida de todos, atletas ou não, de diferentes maneiras. É uma
psicologia que melhora a concentração, motivação e confiança, por isso também pode
ser aplicada a pessoas que vivem com alto estresse.
O desporto e psicologia começaram a ter uma relação mais estreita no final do século
XIX e início do século XX, quando alguns estudiosos resolveram pesquisar os efeitos
dos aspectos psicofisiológicos sobre as atividades físicas e esportivas, sendo Coleman
Griffith apontado como aquele que realmente deu a partida na Psicologia do Desporto
norte-americana, destacando-se entre os trabalhos que escreveu o estudo "Psicologia de
Atletas" (1928).
Assim, temos assistido nesta última década a uma 'descoberta' da Psicologia do
Desporto como área de atuação emergente para psicólogos que, diante de uma demanda
crescente, enfrentam grandes dificuldades para intervir adequadamente, já que os cursos
de graduação em Psicologia ainda não formam nem qualificam o graduando para esta
possibilidade de prática. Temas como motivação, personalidade, agressão e violência,
liderança, dinâmica de grupo, bem-estar psicológico, pensamentos e sentimentos de
atletas e vários outros aspectos da prática esportiva e da atividade física têm requerido
estudo e atuação de profissionais da área, visto que o nível técnico de atletas e equipes
de alto rendimento está cada vez mais equilibrado, dando ênfase especial à preparação
emocional, tida como o diferencial.
O marco da recente história da Psicologia do Desporto tem seu início nos anos
50. O primeiro livro de Psicologia do Desporto foi realizado em 1962 por Athayde Silva
e Emílio Mira (apud RUBIO, 2000). Em 1974 João Carvalhães, o primeiro psicólogo a
atuar num clube de futebol, escreve "Psicologia no Futebol" (A. Machado, 1997; Rubio,
1999). Com a explosão de práticas psicológicas ligadas ao meio esportivo e mirando-se
pelas instituições existentes em outros países, é criada a Sociedade Brasileira de
Psicologia do Desporto em 1979.
O Desporto escolar que tem por objetivo a formação, norteada por princípios sócio-
educativos, preparando seus praticantes para a cidadania e para o lazer. Neste caso, o
psicólogo busca compreender e analisar os processos de ensino, educação e socialização
inerentes ao Desporto e seu reflexo no processo de formação e desenvolvimento da
criança, jovem ou adulto praticante.
A Psicologia do Desporto tem como meio e fim o estudo do ser humano envolvido
com a prática de atividade física e esportiva competitiva e não competitiva. Esses
estudos podem abarcar os processos de avaliação, as práticas de intervenção ou a análise
do comportamento social que se apresenta na situação esportiva a partir da perspectiva
de quem pratica ou assiste ao espetáculo (Azevedo Marques & Junishi, 2000; Markunas,
2000; Martini, 2000).
Existe um certo consenso, que foi após a 2ª Grande Guerra que começou o
«boom» generalizado em torno da psicologia do desporto. Na realidade, o
desenvolvimento do desporto como ciência bem como da metodologia do treino,
originados em grande parte, pela “oposição entre os blocos capitalistas e
comunistas” (Alves, Brito e Serpa, 1996: 8), que intensificaram a “luta pelas
medalhas” (Brito, 1990: 6), vieram contribuir para esta expansão.
Segundo Brito (1990), foi de facto a partir da 2ª Grande Guerra que o interesse na
área da psicologia do desporto se desenvolveu. Esta fase, que viria a ser conhecida
por “Primeiro período” (Feige, 1977, cit. por Alves, Brito e Serpa, 1996: 8),
caracterizou-se pelas várias investigações realizadas a título individual.
De facto, entre 40% a 90% do sucesso numa competição pode ser determinado
por fatores psicológicos. Quanto mais elevado for o nível em que determinado atleta
está, mais elevada a fasquia e consequentemente mais elevada a importância de todos os
fatores que possam interferir no desempenho, nomeadamente os fatores psicológicos.
Para se ser bom no desporto, não basta ter uma boa compleição física e treinar
muito. É necessária também uma boa inteligência emocional, um bom reportório de
competências socioemocionais como a motivação, a persistência, a tolerância à
frustração, a gestão da ansiedade, do stress e da pressão, a capacidade de trabalhar em
equipa, entre muitas outras.
Falar de Psicologia do Desporto significa falar de uma área em construção que
soma conhecimento de duas grandes áreas - a Psicologia e o Desporto - e tanto uma
como a outra não apresentam uma concordância em seus pontos de vista, e têm uma
gama imensa de objetos de estudo e pesquisa. Conclui-se que é imprescindível adentrar
no mundo da psicologia esportiva, conhecendo as modalidades, o fenômeno e as
instituições esportivas para que seja possível o desenvolvimento de novas práticas.
Esperamos que esse texto tenha mostrado que a prática clínica, pura e simples, é
insuficiente para uma intervenção nesse campo e, quanto mais estivermos abertos, para
o entendimento da psicodinâmica de atletas e grupos esportivos, mais estaremos
contribuindo para a construção da área tanto no que se refere à atuação como a pesquisa.
Referências bibliográficas
Ferreira Neto, A.; Goellner, S. V.; Bracht, V. (orgs.) (1995).As ciências do Desporto no
Brasil. Campinas: Autores Associados,