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ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELFORD ROXO


SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
SECRETARIA ESPECIAL DE ASSUNTOS PEDAGÓGICOS

SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO:

DENIS MACEDO

SECRETÁRIA ESPECIAL DE ASSUNTOS PEDAGÓGICOS:

ROSÂNGELA DA SILVA GARCIA

DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE ENSINO FUNDAMENTAL:

VICTOR ALEXANDRE

CHEFE DA DIVISÃO DE SUPERVISÃO ESCOLAR:

CAMILA SAMPAIO

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Sumário

1 – A Divisão de Supervisão Escolar

2 – O papel do Orientador Educacional

2.1 - Função administrativa

2.2 - Formação pessoal dos estudantes

2.3 - Orientação aos docentes

2.4 - Acompanhamento acadêmico

2.5 - Levantamento de necessidades educacionais especiais

3 – Ficha de Comunicação do Aluno Infrequente (FICAI)

4 – Grupo de visitadores

5 – Formação continuada

6 – Comunidade - Unidade Escolar

7 – Anexos

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1 - A Divisão de Supervisão Escolar

A Secretaria Especial de Assuntos pedagógicos da Secretaria Municipal de


Educação de Belford Roxo é composta em sua estrutura por diversos departamentos e
suas respectivas divisões, a Divisão de Supervisão Escolar é uma delas. Nossa missão é ser
uma Divisão de referência que zela pela qualidade e excelência dos serviços educacionais
prestados, transparência e compromisso com a gestão pública democrática e por ações
de educação humanizada visando o papel fundamental dos especialistas na rede
municipal de ensino. Somando sempre para a primazia do trabalho dentro de uma ação
unificada nas unidades escolares.

A atuação do especialista reconhecida na LDB 9.394/96, presente nos sistemas de


ensino de maneiras diversas, desponta como agente transformador, necessário para a
superação dos desafios presentes no século XXI. Desta forma, a Divisão de Supervisão
Escolar deve implementar, participar, articular e/ou assessorar uma prática pedagógica
transformadora, implicando clareza de sua historicidade e reconhecimento de seu papel,
mediadas por atitudes concretas no cotidiano de trabalho, como plano de ação concebido
por meio de uma concepção de educação.

Objetiva-se promover, um ambiente que estimule a iniciativa de ações


transformadoras no âmbito escolar com criatividade e valorização do educando, num
percurso de conquista da autonomia para o desenvolvimento de uma educação de
qualidade.

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2 – O papel do Orientador Educacional

O orientador educacional é um dos membros da equipe técnico-pedagógica, que é


formada também pelo diretor e supervisor escolar. No entanto, os pais e a comunidade
nem sempre sabem qual é a verdadeira função desse profissional, que se dedica à
promoção do desenvolvimento dos alunos.
No âmbito escolar, o orientador educacional acompanha o desempenho individual
dos alunos e se dedica ao seu desenvolvimento, tanto acadêmico quanto pessoal. Ele
promove tanto ações coletivas quanto sessões de aconselhamento individual para pais e
alunos. Algumas vezes, atua também junto aos professores.
Em meio a tantas tarefas e ações, faz-se necessário uma organização por parte do
profissional. Neste ponto, estabelecer uma rotina de trabalho que inclua todas as suas
atribuições, em muito auxilia para o sucesso.
Entre as principais linhas de atuação do orientador educacional, podemos
destacar:

2.1 - Função administrativa

A equipe técnico-pedagógica da instituição é responsável por tomar decisões e


elaborar planos, calendário, eventos, iniciativas que integram a escola e a comunidade.
Em uma gestão democrática, esses três profissionais lideram a equipe para a construção e
cumprimento do Projeto Político-Pedagógico. Tendo seu trabalho baseado na vida e
formação dos alunos, o orientador educacional passa a ser um profissional de extrema

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relevância no controle da frequência do estudante e na garantia de permanência do


mesmo dentro de uma instituição de ensino.

2.2 - Formação pessoal dos estudantes

A escola é uma coadjuvante no processo de formação pessoal dos alunos. Por isso,
embora seja papel da família ensinar princípios e educar para a vida, a escola contribui
reforçando valores e provocando a reflexão.
Cabe ao orientador educacional desenvolver projetos que provocam essa reflexão.
Essas iniciativas trazem orientações sobre o chamado currículo oculto. Ele envolve temas
como resolução de conflitos, relacionamento interpessoal, prevenção ao bullying, vida em
sociedade e ações sociais, bem como valores morais e éticos necessários para o pleno
exercício da cidadania.

2.3 - Orientação aos docentes

De forma geral, o supervisor escolar é responsável por orientar os docentes. Ele


instrui os professores no que diz respeito ao cumprimento do currículo, utilização de
metodologias eficazes e outros temas relacionados à qualidade do ensino oferecido pela
instituição.
No entanto, o orientador educacional também deve atuar ao lado desses
profissionais, mas com outro foco. Seu papel é ajudar os docentes a compreenderem os
comportamentos e necessidades dos estudantes. Dessa forma, eles conseguirão elaborar

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aulas que potencializam a aprendizagem e melhorar o relacionamento entre professor e


aluno.

2.4 - Acompanhamento acadêmico

O acompanhamento acadêmico é uma das funções essenciais do orientador


educacional. Ele analisa o desempenho dos alunos e os chama para momentos de
orientação e diálogo. Nesses encontros, podem ser abordados temas como conflitos e
dificuldades do educando, organização para o estudo, técnicas para assimilação do
conteúdo, entre outras dicas para potencializar a aprendizagem.
Muitas vezes, o orientador educacional precisa conversar também com os pais dos
alunos. O objetivo é conscientizá-los de que o desempenho acadêmico do estudante,
embora preocupante, pode ser melhorado com atitudes e intervenções domésticas.
Nesse sentido, o orientador é um verdadeiro catalisador que promove a sinergia
entre todos os envolvidos no processo educacional. Ele ajuda estudantes, pais e
professores a entenderem como podem contribuir para que o aluno tenha sucesso e se
desenvolva plenamente.

2.5 - Levantamento de necessidades educacionais especiais

É importante destacar que o diagnóstico de necessidades educacionais especiais


não é feito pelo orientador educacional, mas por uma equipe multidisciplinar. No
entanto, esse profissional pode ajudar o professor a identificar alunos que necessitam de
uma avaliação mais completa e, encaminhá-lo para avaliação no setor responsável. Caso a
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hipótese diagnóstica se confirme, ou o professor já receba um aluno com alguma


necessidade especial previamente diagnosticada, o orientador educacional deve auxiliar
no atendimento às necessidades específicas desses estudantes.

3 – Ficha de Comunicação do Aluno Infrequente (FICAI)

A Ficha de Comunicação do Aluno Infrequente pode ser definida, em síntese,


como um instrumento que institui procedimento uniforme de controle do abandono e da
evasão escolar, utilizando-se de estratégias interinstitucionais.

A FICAI visa combater o abandono e a evasão escolar, buscando assegurar a


permanência do aluno na escola. A referida Ficha deve ser preenchida nas hipóteses de
infrequência de alunos, após várias tentativas de busca, dos alunos que possuam entre 4
a 17 anos de idade, com vista a obter o retorno dos alunos à escola, no menor espaço de
tempo possível.

O modelo da ficha utilizado em 2022 permanecerá o mesmo utilizado no ano


anterior (vide anexo 7.1) e o encaminhamento para a Secretaria de Educação deverá
acontecer no prazo máximo de até 10 dias letivos após a realização do conselho de classe,
através dos links previamente disponibilizados pela Divisão.

A FICAI deverá ser encerrada quando o aluno retornar à Unidade Escolar (neste
caso, a Secretaria de Educação deverá ser imediatamente comunicada através de um
ofício enviado para o e-mail divsupervisaoescolar.semed@gmail.com), ou quando o aluno
completar 18 (dezoito) anos.

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4 – Grupo de visitadores

A Lei nº 10.287, de 20 de setembro de 2001, acrescentou ao art.12 da Lei de


Diretrizes e Bases da Educação Nacional, onde se encontram relacionadas diversas
obrigações aos estabelecimentos de ensino, o seguinte dispositivo:

"VIII - notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da


Comarca e ao respectivo representante do Ministério Público a relação dos
alunos que apresentem quantidade de faltas acima de cinqüenta por cento do
percentual permitido em lei" (verbis).

Não bastasse o estatuído na Lei nº 9.394/96 e dispositivos constitucionais


referentes especificamente à educação, não podemos esquecer que estes comportam
uma interpretação conjunta com as normas correlatas contidas no Estatuto da Criança e
do Adolescente, que em seus arts.53 e 54 praticamente reproduz o enunciado dos
arts.205, 206 e 208 da Constituição Federal e, em seu art.56, é categórico ao dispor que:

"Art.56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental


comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de:
I - maus-tratos envolvendo seus alunos;
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, ESGOTADOS OS
RECURSOS ESCOLARES;
III - elevados níveis de repetência".

A regra estatutária acima transcrita, que continua em pleno vigor, deve ser
obviamente interpretada à luz de toda a sistemática estabelecida pela Lei nº 8.069/90
com vista à proteção integral da criança e do adolescente, na perspectiva de prevenir a
ocorrência da mera ameaça ou da efetiva violação de seus direitos, pois afinal reza o
art.70 do citado Diploma Legal que:

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"Art.70. É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos


direitos da criança e do adolescente".

Assim sendo, e regatando ações com vista ao combate à evasão escolar em


caráter preventivo, de modo a evitar, o quanto possível, o atingimento do percentual de
faltas a que se refere o art.12, inciso VIII da Lei nº 9.394/96, estabeleceu-se a necessidade
da efetiva criação do GRUPO DE VISITADORES.

Este grupo deverá ser formado por três funcionários da Unidade Escolar e mais 2
suplentes, onde os dados deverão ser enviados através de link de formulário
(https://forms.gle/ntSaBrR2w8vTEYZM7) fornecido pela Secretaria de Educação e enviado
para a mesma até dia 03/03/2022. Os componentes deverão se articular com toda a
comunidade escolar e para definir as estratégias e agendas de visitação.

Nessa perspectiva, uma vez apurado que um aluno atingiu determinado um


número de 10 faltas no bimestre, consecutivas ou alternadas, a própria escola deve já
procurar interceder juntamente com o Grupo de Visitadores, uma ação junto à sua
família, de modo a apurar a razão da infrequência e, desde logo, proceder às orientações
que se fizerem necessárias, num verdadeiro trabalho de resgate do aluno infrequente.

5 – Formação Continuada

Todos os profissionais da educação que atuam todos os dias nas Unidades


Escolares enfrentam inúmeros desafios, desde alunos com diferentes necessidades até as
mudanças tecnológicas que afetam todos os setores da sociedade. A formação

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continuada, portanto, é a oportunidade dos gestores e docentes continuarem


desenvolvendo suas habilidades e oferecendo um ensino de qualidade aos alunos.
A formação continuada dos professores foi citada pela primeira vez em 1996,
durante a implementação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e tem o objetivo
de incentivar os educadores a adquirirem novos conhecimentos, otimizando a realização
de suas atividades profissionais.
Atualmente, a educação continuada é entendida como um processo permanente e
constante de aperfeiçoamento do conhecimento necessário às atividades dos docentes.
Pensando nisso, a Secretária de Educação de Belford Roxo tem fornecido diversos
momentos para que estes momentos de aprimoramento aconteçam.
No ano letivo de 2022, as formações voltadas especificamente para os pares que
compõem essa divisão acontecerão com encontros mensais via plataforma do Google
Meet. Existirão três blocos de estudos no decorrer do ano que serão previamente
agendados e confirmados via ofício pela divisão de supervisão escolar, dispostos das
seguintes formas:
1 – O papel do orientador Educacional na inclusão do aluno com deficiência;
2 – Dificuldades de aprendizagem – detecção e estratégias.
3 – Plano Municipal de Educação

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6 – Comunidade - Unidade Escolar

Uma das atribuições mais gratificantes do orientador educacional é o


relacionamento da escola com a comunidade. Cabe a esse profissional ultrapassar os
limites da instituição e conhecer a realidade das pessoas que a instituição atende.
Dessa forma, é possível trazer essas informações para a equipe escolar, que
poderá levar essas necessidades em consideração ao fazer o Projeto Político-Pedagógico
da instituição.
O trabalho do orientador educacional é fundamental para potencializar o
desenvolvimento pleno dos alunos. Por isso, cabe aos pais, alunos, professores e outros
profissionais da educação apoiá-lo e reconhecer seu valor.
O ambiente familiar é um dos fatores que influencia de forma significativa na
aprendizagem dos alunos. Assim o orientador deve buscar estratégias que priorizem o
estreitamento da relação entre escola e família.
Rego (1995) afirma que a família, por ser a primeira instituição social com a qual a
criança tem contato, exerce grande influência sobre ela, inclusive sobre o seu
comportamento na escola.
O papel do orientador com relação à família não é apontar desajustes ou procurar
os pais apenas para tecer longas reclamações sobre o comportamento do filho e, sim,
procurar caminhos, junto à família, para que o espaço escolar seja favorável ao aluno.
Lembrando sempre, o quão importante e indispensável é o registro de todos esses
encontros no Caderno de Ocorrências da Unidade Escolar.

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7 - Anexos

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