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IMPLEMENTAÇÃO
E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
UNIASSELVI-PÓS
Programa de Pós-Graduação EAD
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Equipe Multidisciplinar da
Pós-Graduação EAD: Prof.ª Bárbara Pricila Franz
Prof.ª Tathyane Lucas Simão
Prof. Ivan Tesck
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
122 p. : il.
ISBN 978-85-69910-93-0
1.Educação
I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
Patrícia Cesário Pereira Offial
APRESENTAÇÃO...........................................................................01
CAPÍTULO 1
Educação Integral: Contextos Sociais....................................09
CAPÍTULO 2
Educação Integral na Esfera Pública e os Princípios
Orientadores nas Estratégias de Implementação..................41
CAPÍTULO 3
Projetos na Concepção Integral..............................................61
CAPÍTULO 4
Tendências para Educação Integral.......................................105
APRESENTAÇÃO
O atual paradigma educacional propõe uma educação voltada a inteireza
do aluno, com foco nas aprendizagens, buscando fortalecer as competências
do saber inteligível e sensível. Essa proposta está vinculada a qualidade e aos
saberes relacionados a uma concepção holística, que visa superar as fragilidades
da atual sociedade. Nesse contexto, educação integral é um dos avanços que
vêm para atender um currículo aberto, com bases na inclusão, sustentabilidade e
diversidade, que reconhece os sujeitos na sua multidimensionalidade.
Boa leitura!
C APÍTULO 1
Educação Integral: Contextos
Sociais
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Capítulo 1 Educação Integral: Contextos Sociais
Contextualização
A cada época, sociólogos, psicólogos, educadores, cientistas, entre
outros pesquisadores, procuram discutir e levantar possíveis respostas para
os problemas que surgem no convívio social. Essas buscas por soluções são
fundamentais para trazer à baila os conflitos que naturalmente surgem a cada
nova demanda, a cada novo movimento social.
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Capítulo 1 Educação Integral: Contextos Sociais
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
Esse pensamento abstrato a que Duarte (2001) se refere tem influência numa
ciência do passado, baseado numa visão mecânica e separatista trazida a partir
dos séculos XVI e XVII pelos físicos Copérnico, Galileu e Newton. Essa visão
trouxe consideráveis e importantes contribuições para o mundo, influenciando
todo um fazer humano. No entanto, para a educação foi responsável pela
fragmentação de um sistema de ensino.
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Capítulo 1 Educação Integral: Contextos Sociais
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EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Capítulo 1 Educação Integral: Contextos Sociais
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EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Capítulo 1 Educação Integral: Contextos Sociais
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EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Capítulo 1 Educação Integral: Contextos Sociais
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Capítulo 1 Educação Integral: Contextos Sociais
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
Moraes (2010) aponta que, por mais que se avance nas discussões,
trazendo novos paradigmas que atendem às demandas atuais, novos programas
e projetos que poderiam fazer a diferença, e até fazem por um algum tempo, em
determinadas escolas, não chegam a se tornar contínuos, uma vez que temos
soluções desarticuladas à realidade da comunidade.
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Capítulo 1 Educação Integral: Contextos Sociais
b) Ampliação escolar
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
As dúvidas e insegurança das instituições, para atender uma educação que vai
além dos muros da escola, remetem a pontos importantes que serão tratados quando
se fala em educação integral. Nesse sentido, os novos debates se impulsionam em
torno das dimensões do tempo, espaço e conteúdo (BRASIL, 2013).
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Capítulo 1 Educação Integral: Contextos Sociais
d) O tempo
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Capítulo 1 Educação Integral: Contextos Sociais
e) O espaço
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
f) O conteúdo
Isso exige dinamismo e empenho constantes para fazer com que as três
dimensões funcionem em sinergia: o investimento em apenas um dos aspectos
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Capítulo 1 Educação Integral: Contextos Sociais
não assegura, por si só, a efetivação de uma proposta de educação integral e não
garante os resultados de aprendizagem esperados (BRASIL, 2013, p. 17).
g) O currículo
h) O projeto político-pedagógico
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Capítulo 1 Educação Integral: Contextos Sociais
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
i) Avaliação
A avaliação dos projetos surge como uma forma de ponderar sobre a prática
curricular, sobre as políticas de ação, as formas de manifestação do currículo, as
escolhas dos conteúdos e planejamennto das atividades.
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Capítulo 1 Educação Integral: Contextos Sociais
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
Algumas Considerações
Entendemos que, para elevar a qualidade educativa, a perspectiva da escola
em tempo integral ou mesmo em tempo parcial necessita a compreensão de que
o centro de todo esse processo deve ser sempre a aprendizagem do aluno. Nesse
sentido, a ação coletiva interligada ao contexto social cria novas possibilidades e
interesses das crianças, jovens e adultos pelo conhecimento.
Referências
BRASIL. Rede de saberes mais educação: pressupostos para projetos
pedagógicos de educação integral: caderno para professores e diretores de
escolas. Brasília: Ministério da Educação, 2009. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/cad_mais_educacao_2.pdf>. Acesso em:
10 ago. 2017.
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C APÍTULO 2
Educação Integral na Esfera Pública
e os Princípios orientadores nas
Estratégias de Implementação
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Capítulo 2 Educação Integral na Esfera Pública e os Princípios Orientadores nas
Estratégias de Implementação
Contextualização
A educação integral é atualmente uma proposta para superar as
desigualdades sociais brasileiras, e também para se equiparar a um modelo
de ensino de qualidade em nível mundial. Com a globalização e a exigência
do mercado internacional entrando no Brasil e disputando vagas, é urgente
elevarmos a qualidade educativa e preparar melhor os profissionais para atender
não somente um mercado interno, mas acessível às oportunidades globais.
As Formas de Enfrentamento
Em sua meta de número seis, o Plano Nacional de Educação (BRASIL,
2014), Lei n. 13.005, de 25 de junho de 2014, enfatiza a significância do tema
da educação integral nas pautas da educação nacional ao determinar, para a
próxima década, que os estados e municípios deverão:
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
Guedes (2017) esclarece que a educação integral trazida na meta seis do PNL
é urgente para se elevar a qualidade educativa. Apesar dos problemas de ordem
financeira e curricular, é necessária a implementação desta meta, para atender
as demais do PNL. Ao comparar o tempo escolar brasileiro com os internacionais,
aponta que as quatro horas que a criança e adolescente passam na escola são
insuficientes, principalmente em relação aos alunos de escola pública, pois os
que estão inseridos na rede particular, com poder aquisitivo melhor, ampliam a
jornada com aulas extracurriculares. Sobre os benefícios da educação integral, a
entrevistada enfatiza a importância de sustentar essa perspectiva no seguinte tripé:
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Capítulo 2 Educação Integral na Esfera Pública e os Princípios Orientadores nas
Estratégias de Implementação
Atividade de Estudos:
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Capítulo 2 Educação Integral na Esfera Pública e os Princípios Orientadores nas
Estratégias de Implementação
Atividade de Estudos:
Princípios Orientadores da
Educação Integral
O conceito de integralidade se refere também ao currículo escolar, ou seja,
organizado com propósito de abranger todos os conhecimentos numa perspectiva
interdisciplinar, transdisciplinar, intercultural, intertranscultural e transversal,
aliados ao contexto do aluno (MORAES 2010). Todavia, acentua-se que essa
perspectiva se estende também ao professor, que necessita planejar, atualizar-se
e se formar constantemente para atender às novas demandas de uma educação
integral. Nesse sentido, será aberta uma discussão apresentando os princípios
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Capítulo 2 Educação Integral na Esfera Pública e os Princípios Orientadores nas
Estratégias de Implementação
1) Conectividade
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
Atividade de Estudos:
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Capítulo 2 Educação Integral na Esfera Pública e os Princípios Orientadores nas
Estratégias de Implementação
2) Intersetorialidade
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
Atividade de Estudos:
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Capítulo 2 Educação Integral na Esfera Pública e os Princípios Orientadores nas
Estratégias de Implementação
3) Interculturalidade e intertransculturalidade
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
Atividade de Estudos:
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Capítulo 2 Educação Integral na Esfera Pública e os Princípios Orientadores nas
Estratégias de Implementação
4) Intertransdisciplinaridade
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
Atividade de Estudos:
5) Sustentabilidade
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Capítulo 2 Educação Integral na Esfera Pública e os Princípios Orientadores nas
Estratégias de Implementação
Atividade de Estudos:
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
6) Informalidade
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Capítulo 2 Educação Integral na Esfera Pública e os Princípios Orientadores nas
Estratégias de Implementação
Atividade de Estudos:
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
Algumas Considerações
A educação integral deve zelar pelo comprometimento com o
desenvolvimento integral de todos os sujeitos, reconhecendo cada um, na
sua multidimensionalidade, com condições igualitárias e de qualidade. Este
compromisso deve ser o eixo que rege toda a implementação e avaliação das
políticas públicas em educação integral, refletindo concretamente na forma
e organização das escolas e nas práticas pedagógicas dos docentes. Para a
garantia das políticas de educação há estratégias de planejamento da gestão
educacional, tais como uma comunicação assertiva entre comunidade, escola e
instituições convergindo para objetivos em comum. Uma gestão que se sustente
nos marcos legais, garantindo a qualidade educativa. A articulação intersetorial
que apoie os projetos e estratégias escolares.
Referências
BRASIL. Plano nacional de educação: 2014- 2024. Disponível em: <http://www.
observatoriodopne.org.br/uploads/reference/file/439/documento-referencia.pdf>.
Acesso em: 2 nov. 2017.
LIRA, Davi. A educação integral deixa a escola mais humana. Disponível em:
<http://porvir.org/a-educacao-integral-deixa-escola-mais-humana/>. Acesso em: 7
nov. 2017.
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C APÍTULO 3
Projetos na Concepção Integral
A partir das perspectivas do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes
objetivos de aprendizagem:
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Capítulo 3 Projetos na Concepção Integral
Contextualização
Atualmente, a educação integral é uma tendência que vem se consolidando a
partir dos anos 2000 e sua defesa é crescente entre pesquisadores, educadores e
gestores. Isso pode ser percebido com a criação e implementação de programas
governamentais e não governamentais que atuam no campo da educação, como
também nas orientações internacionais.
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Capítulo 3 Projetos na Concepção Integral
Os avanços no
Os avanços no cenário da educação integral vêm se formando cenário da educação
desde a Constituição Federal de 1988, que fortaleceu a educação integral vêm se
como um direito social fundamental e estabeleceu uma ampla rede de formando desde a
Constituição Federal
proteção à criança e ao adolescente, incluindo o Estatuto da Criança
de 1988.
e do Adolescente – ECA.
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Capítulo 3 Projetos na Concepção Integral
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Capítulo 3 Projetos na Concepção Integral
Atividade de Estudos:
• Acompanhamento Pedagógico;
• Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável;
• Esporte e Lazer;
• Educação em Direitos Humanos;
• Cultura, Artes e Educação Patrimonial;
• Cultura Digital;
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Capítulo 3 Projetos na Concepção Integral
• aprender a ser;
• aprender a conviver;
• aprender a conhecer;
• aprender a fazer.
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Capítulo 3 Projetos na Concepção Integral
Fonte: As autoras.
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
• materiais disponíveis;
• aspectos administrativos e políticos;
• planejamento;
• monitoramento;
• avaliação.
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Capítulo 3 Projetos na Concepção Integral
A educação
“A educação integral não se faz sem o consórcio de vários
integral permite a
agentes, saberes e espaços de interação e experimentação” (BRASIL, integração entre os
2011, p. 26.). A educação integral permite a integração entre diversos campos
os diversos campos do conhecimento: artístico, linguístico, científico, do conhecimento:
ético, físico, articulando-os às vivências na escola, na família e na artístico, linguístico,
comunidade. Porém, essa variedade e diversidade de campos de científico, ético,
físico, articulando-
conhecimento não pode ser vista como um “pot-pourri” de atividades
os às vivências na
e exige bem mais do que costuras entre esses campos (BRASIL, escola, na família e
2011, p. 63). na comunidade.
Essa perspectiva chama atenção para a lógica de que todas as atividades são
importantes dentro do projeto político-pedagógico da escola, por isso é preciso estar
atento para que o programa não caia na lógica do improviso. Pensando-se na parte
física, com áreas que não foram estruturadas para receber o “programa” e, portanto,
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Capítulo 3 Projetos na Concepção Integral
Atividade de Estudos:
Contratação de Profissionais
Pensar sobre os profissionais que vão fazer parte do projeto é uma questão
muito importante, pois é um fator que favorece sobremaneira a integração
curricular. Esses profissionais devem compor um grupo coeso, atualizado
e empenhado em diminuir as desigualdades sociais para que se ampliem
democraticamente as oportunidades de aprendizagem.
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
Atividades de Estudos:
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
• associações comunitárias;
• clubes;
• estabelecimentos comerciais;
• empresas;
• fábricas;
• centros de lazer;
• centros culturais;
• centros de saúde;
• igrejas;
• creches;
• faculdades;
• universidades;
• fundações e institutos de pesquisa.
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Capítulo 3 Projetos na Concepção Integral
A educação integral
A educação integral está associada ao conceito de homem
está associada
omnilateral, que propõe uma nova maneira de compreender a função ao conceito de
da instituição. Quando a escola oportuniza a aprendizagem do cidadão homem omnilateral,
em suas múltiplas dimensões, indo ao encontro de uma perspectiva que propõe uma
de sustentabilidade humana, de cidadania, dos direitos humanos e nova maneira
do respeito à diversidade, ela assume novas funções e papéis na de compreender
a função da
educação dos educandos e colabora com o próprio processo de
instituição.
mudança da própria sociedade.
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
Projetos de Intervenção no
Contexto Social: Cidade Educadora
Como visto, na perspectiva da educação integral, a escola possui papel
fundamental na articulação de políticas públicas que promovam a diversidade e
a riqueza de vivências dos sujeitos nela inseridos, para tanto, a educação escolar
deve expandir-se para além dos muros da escola, alcançando seu entorno, as
comunidades e a cidade em suas múltiplas possibilidades educativas.
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Capítulo 3 Projetos na Concepção Integral
Brarda e Rios (2004) lembram que cada grupo de pessoas em suas tarefas
habituais percorre apenas pequenos espaços da cidade, perdendo muitas vezes
a experiência do urbano, enfraquecendo os laços de solidariedade e a ideia de
pertencimento.
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Capítulo 3 Projetos na Concepção Integral
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
Exemplos de Programas
Bem-Sucedidos
Como visto, tem sido crescente a aderência das redes públicas à educação
integral. Serão apresentadas adiante algumas propostas inovadoras de diferentes
estados e municípios para a educação integral que vêm beneficiando um número
expressivo de crianças e adolescentes de todo o país, por meio de metodologias
diferenciadas que são incorporadas ao fazer cotidiano das escolas e que se utilizam
de novas formas de linguagens, para complementar o conteúdo escolar.
A partir desta iniciativa, foi possível expandir o conhecimento dos alunos para
a concretização de novas formas de aprender e ensinar, principalmente no uso de
ferramentas tecnológicas, como o projeto Piraí Digital. “A tecnologia passou a ser
usada de maneira transversal ao currículo: todos os professores fazem uso dela para
elaborar seus planos de aula e dinamizar a didática [...]” (BRASIL, 2011, p. 30).
b) Sobral, no Ceará
Com o Programa Escola Viva, Sobral permitiu aos alunos que pudessem
escolher entre diversas atividades artísticas ou esportivas, ao menos três horas
por dia. Os profissionais da jornada ampliada são professores com contrato
temporário.
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Capítulo 3 Projetos na Concepção Integral
Mesquita lida com dois públicos distintos, os alunos que estão em período
integral e outros que frequentam apenas o ensino regular. No município, cada
escola buscou uma maneira para lidar com essa situação. Entre negociação
de espaços, parcerias com a comunidade e reorganização de horários,
Mesquita oferece aos alunos a participação no turno inverso ao do currículo
comum, permitindo que participem de atividades de artes, cultura, esportes e
acompanhamento pedagógico.
Cada escola tem autonomia para escolher as atividades que estão ligadas
às necessidades dos alunos e ao projeto político-pedagógico, em que, a partir de
uma metodologia de perguntas como: Que espaços a comunidade possui?
Quais são possíveis de serem utilizados? Quais os papéis de cada um nessa
nova relação? Quais entraves burocráticos devem ser resolvidos para que os
alunos possam estar em outros ambientes além da escola? Com as respectivas
respostas foi possível mapear potenciais parceiros no entorno da escola e
construir coletivamente uma proposta de educação integral. Têm-se como
exemplo aulas-passeio.
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Capítulo 3 Projetos na Concepção Integral
A escola conta com 148 hectares de terra que estão divididos em diversos
espaços destinados ao aperfeiçoamento prático dos alunos do Ensino Médio
profissionalizante, nos cursos de suinocultura, bovinocultura, avicultura,
piscicultura, apiário, horticultura, viticultura, citricultura, entre outros. Esses
espaços permitem, sobretudo, que alunos do Ensino Fundamental primeiro e
segundo segmento estabeleçam conexões entre os conteúdos curriculares e as
atividades práticas.
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
Santos tem uma política de educação integral desde 2006 que é realizada
de duas maneiras, uma em escolas de período integral e outra em escolas com
tempo de permanência ampliado, realizada com as parcerias de espaços públicos
ou alugados. Santos faz muitas parcerias com espaços públicos ou alugados, por
isso se inclui dentro da proposta de Cidade Educadora.
h) Amazonas
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Capítulo 3 Projetos na Concepção Integral
Figura 19 – Laboratórios
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Capítulo 3 Projetos na Concepção Integral
• Acompanhamento Pedagógico;
• Educação Ambiental;
• Esporte e Lazer;
• Direitos Humanos em Educação; Cultura e Artes;
• Cultura Digital; Promoção da Saúde;
• Comunicação e Uso de Mídias;
• Investigação no Campo das Ciências da Natureza;
• Educação Econômica.
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
b) prioridades
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Capítulo 3 Projetos na Concepção Integral
c) atores
Algumas Considerações
Estudamos nesta unidade a ressignificação dos paradigmas da educação
pública e da educação integral, bem como, a recontextualização da educação e a
aproximação de práticas socioculturais da cidade e da comunidade. Identificamos
uma nova proposta curricular que compartilha intencionalidade pedagógica
com a comunidade, além da integração da política educacional à política social,
buscando intersetorialidade no desenvolvimento de projetos educacionais.
Referências
BRARDA, Anália; RIOS, Guillermo. Argumentos e estratégias para a construção
da cidade educadora. In: GADOTTI, Moacir; PADILHA, Paulo Roberto;
CABEZUDO, Alicia (Orgs). Cidade educadora: princípios e experiências. São
Paulo: Cortez, 2004.
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Capítulo 3 Projetos na Concepção Integral
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
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C APÍTULO 4
Tendências para Educação Integral
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Capítulo 4 Tendências para Educação Integral
Contextualização
No contexto da educação integral, as exigências sociais, econômicas e
políticas apontam para que essa estrutura se alicerce num processo dialógico,
no qual há troca de saberes e experiências compartilhadas, concorrendo para o
desenvolvimento integral das crianças e adolescentes.
Fonte: As autoras.
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
Essa construção se efetiva pelo apoio de uma equipe que pensa e organiza o
espaço escolar, atendendo aos diferentes desafios:
Tempo
Espaço
Formação
Legislação
Administração
Políticas educacionais
Recursos financeiros e humanos
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Capítulo 4 Tendências para Educação Integral
A gestão da escola se manifesta em seu dia a dia, como ato político, pois
sugere sempre a iniciativa e decisões dos atores sociais. Nesse sentido, seu
processo não é individual, pois envolve discussões que exigem levantamento de
problemas, ideias, posicionamentos e tomada de decisões.
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
Toda e qualquer decisão, seja ela política ou pedagógica, deve ser dialogada,
partilhada entre os atores. Leiam abaixo um modelo de escola que alterou todo
um sistema para atender a problemática da comunidade local. Na época a escola
enfrentava problemas graves e necessitou refazer todo um Projeto Político-
Pedagógico, como também seus processos burocráticos, pois a escola é estadual.
O modelo a seguir apresenta estudos de Offial (2012).
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Capítulo 4 Tendências para Educação Integral
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
Nessa escola, não há uma divisão de alunos por séries ou por idade, mas
por núcleos, conforme as competências que o aluno desenvolve. Há o Núcleo de
Iniciação, Consolidação e Aprofundamento. Cada núcleo apresenta determinadas
características de perfil a serem desenvolvidos no educando, e a transição de um
núcleo ao outro ocorre a partir da identificação dessas competências.
114
Capítulo 4 Tendências para Educação Integral
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
Exemplo:
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Capítulo 4 Tendências para Educação Integral
MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
São Bernardo (SP) 2009 / 2012
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Capítulo 4 Tendências para Educação Integral
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
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Capítulo 4 Tendências para Educação Integral
Algumas Considerações
Esta discussão nos leva a entender o quanto a educação integral vem
sendo pensada para elevar a qualidade educativa no país. Essa perspectiva visa
não somente o tempo integral como, e principalmente, formar o aluno em suas
múltiplas dimensões, tornando esse um sujeito capaz de atuar e modificar seu
meio de forma responsável e contribuindo para uma sociedade mais justa.
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ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
EM EDUCAÇÃO INTEGRAL
Referências
ARAUJO, Adilson César. Gestão democrática da educação: a posição dos
docentes. 2000. 220 f. Dissertação (mestrado) – Faculdade de Educação,
Universidade de Brasília, Brasília.
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