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(PROIBIDA A VENDA E REPASSE DESTE RESUMO)

enzimas conseguem quebrar o alimento mais


o “Corresponde a fração do alimento consumido
facilmente;
que não é eliminada e, portanto, não é
recuperada nas fezes” – Andriguetto; → Em animais idosos, a enzima presente no seu
o “É a fração do alimento aproveitada pelo organismo muda a sua conformação
animal, ou seja, a diferença daquilo que é ocorrendo erros na tradução e transcrição,
consumido pelo excretado nas fezes”!! - Salman, causando um problema na digestibilidade;
Osmari e Santos. → Existe um gráfico onde mostra que a
ingestão do leite da vaca pelos humanos é
crescente quando criança, atinge um platô
Coeficiente de Digestibilidade (CD): na idade jovem e adulta e cai na idade
avançada. Isso decorre por conta da
→ Porcentagem do alimento que foi absorvido
digestibilidade, isto é, quando criança o
pelo organismo do animal durante o processo
organismo consegue absorver mais
de digestão;
facilmente os nutrientes presentes no leite,
→ Maior Digestibilidade: o organismo do animal porém em pessoas idosas a absorção é baixa;
aproveita mais o nutriente do alimento que foi
→ Leite caprino possui proteínas de fácil
ingerido;
digestão para pessoas mais idosas.
→ Menor Digestibilidade: o organismo do animal
não consegue absorver os nutrientes do
alimento ingerido da forma adequada;
Fatores que interferem na digestibilidade:
→ Exemplo: na figura 1, o alimento A e o alimento
B possuem o mesmo teor de proteína com base Relacionados ao animal:
na porcentagem de matéria seca (tira a → Espécie:
umidade porque ela varia muito, então é
• Por exemplo: carboidratos fibrosos
necessário trabalhar somente com a MS).
conseguem ser aproveitados pelos
Porém, o coeficiente de digestibilidade do
herbívoros, porém os cachorros não
alimento B foi maior, ou seja, o animal
possuem esta capacidade, tendo
conseguiu absorver melhor a proteína.
então uma baixa digestibilidade de
carboidrato fibroso.
→ Idade:
Figura 1 - Coeficiente de Digestibilidade • Por exemplo: colostro.

→ A expansão do amido estica grânulo presente


aumentando a superfície de contato. Com isso,
a digestibilidade é aumentada, visto que as

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Relacionados ao alimento:
→ Composição do alimento: → Compara o milho brasileiro com o norte
• Quanto maior a quantidade de fibra americano. O norte americano não tem muita
do alimento pior é, pois interfere proteína em torno dos grânulos de milho
negativamente na formação chave sendo mais fácil de digerir, ao contrário do
fechadura enzimática; brasileiro;

• Alimentos para animais obesos → Quanto maior a % de endosperma vítreo


possui muita fibra, para diminuir a menor a degradação ruminal. O contrário é
ingestão e ele se sentir saciado, pois verdadeiro.
expande o sistema gastrointestinal.
Além disso, aumenta a proteína que
será utilizada como fonte
energética;
• Estadiamento da forrageira:
 Quantidade de fibras do
alimento;
 Quantidade de lignina do
alimento. Conforme a
forrageira for Gráfico 1 – Digestibilidade

envelhecendo, o nível de
lignina aumenta para poder
dar sustentação a mesma.
• Efeitos antinutricionais: defesa do
grão contra pragas e pássaros
(pode matar o animal que ingerir),
interferindo também na produção
enzimática de alguns animais,
reprodução etc.

Gráfico 2 – Digestibilidade Forrageiras

→ Além disso, em relação ao amido, quanto menor


for o tamanho do grão maior será a
digestibilidade, pois a superfície de contato
estará aumentada, conforme tabela 1.

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Método in vitro:
→ Determina a degradabilidade do alimento
imitando o rúmen (quando se trata de
rúmen, é melhor a palavra degradabilidade
do que digestibilidade)

Tabela 1 – Digestibilidade Ruminal

→ Quando administra ração com baixa


digestibilidade para o animal, acontecerá a
seguinte situação: o organismo não terá
energia e nutriente necessário para sua
manutenção. Desta forma, irá produzir uma
resposta ao hipotálamo enviando a informação
Figura 3 – Método in vitro
que é preciso ingerir mais alimento para suprir
os nutrientes em falta no corpo. Contudo, o Método in situ:
animal irá comer cada vez mais aumentando o
volume das fezes, consequente. → Ocorre no local;
→ Coloca sacos de Nylon dentro do rúmen em
animais fistulados e vai retirando ao longo
Métodos para Avaliar a do tempo. Dessa forma, vai entendendo
como o alimento funciona dentro do rúmen.
Degradabilidade:

Método in vivo:
→ Ocorre desde 1870 na Alemanha;
→ Verifica o que ingeriu de nutrientes e o quanto
saiu nas fezes;
Figura 4 – Método in situ
→ Método utilizado até os dias de hoje.

Coleta Total de Fezes:


→ Método in vivo;
→ É mais confiável para determinar a
digestibilidade, pois você sabe a quantidade
que está administrando e quanto deverá ser
Figura 2 – Método in vivo excretado;
→ Trabalhoso e de maior custo, pois precisam de
vários animais para a pesquisa;

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→ Fezes x urina: dá para quantificar a


quantidade de proteína perdida pela urina.
Nas fezes é somente o que foi excretado pelo
sistema gastrointestinal;
→ Machos x Fêmeas: em fêmeas o ânus é próximo
ao sistema genital, podendo contaminar as • Cálculo:
fezes com a urina e ser quantificada proteína Alimento Consumido x Nutriente (%MS):
do próprio organismo ao invés da ingerida
pela alimentação. Por isso é utilizado macho Pelo enunciado, ele já ingeriu 63,01 de matéria
no experimento, pois o pênis é mais distante seca, preenchendo a coluna MS.
do ânus eliminando o risco de contaminação; 63,01 (consumo do alimento) x 0,2 (20% PB) = 12,60
→ Controle do consumo e da excreção; consumido PB;

→ É necessário fazer uma adaptação do animal 63,01 (consumo do alimento) x 0,263 (26,3% FB) =
com a dieta alguns dias antes, para que não 16,57 consumido FB;
seja contabilizado nutrientes de outras
63,01 (consumo do alimento) x 0,392 (39,2% ENN) =
dietas. No caso de ruminantes, é preciso 14 24,69 consumido ENN;
dias de adaptação. Cães e gatos: 15 dias.
63,01 (consumo do alimento) x 0,04 (4% EE) = 2,52
consumido EE.
Coeficiente de Digestibilidade Aparente
(CDA): Alimento Excretado x Nutriente (%MS):
→ Todos os nutrientes excretados nas fezes são Pelo enunciado, ele excretou 23,11 de matéria
de origem alimentar; seca, preenchendo a coluna MS.
→ Não considera as perdas endógenas (perda 23,11 (consumo do alimento) x 0,186 (18,6% PB) =
natural do corpo). 4,30 consumido PB;
23,11 (consumo do alimento) x 0,26 (26% FB) = 6,00
consumido FB;
23,11 (consumo do alimento) x 0,313 (31,3% ENN) =
7,23 consumido ENN;
23,11 (consumo do alimento) x 0,052 (5,2% EE) = 1,20
→ Exemplo: durante um experimento de consumido EE.
digestibilidade de 7 dias, um novilho alimentado
com feno consumiu 63,01 kg/MS de feno e excretou
23,11 kg/MS nas fezes.

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→ Para calcular o absorvido, é só subtrair o sim muco, e será determinado a quantidade de


consumido pelo excretado. proteína que terá neste muco (perdas
endógenas pelas enzimas - proteínas);
Absorvido = Consumido – Excretado
→ Níveis crescentes de Nitrogênio na dieta →
fórmulas de regressão.
→ Uso de marcadores isótopos: quando consegue
marcar a proteína que veio do alimento e,
posteriormente, verificar a quantidade nas
fezes. Proteínas que não possuem marcadores
→ Calcular o CDA de cada nutriente, gerando o isótopos são do metabolismo endógeno;
resultado abaixo:
→ Na digestibilidade verdadeira (DV), quando
retira uma fração endógena, o coeficiente de
digestibilidade aparente (CDA) é menor quando
comparado. Na DV não tem o erro que está
acoplado a CDA, ou seja, consegue mensurar a
fração que não veio do alimento, retirando-o do
cálculo.

Digestibilidade Verdadeira (real):

→ Considera as perdas endógenas;


→ Considera que os nutrientes excretados nas
fezes são de origem alimentar e de origem • Conseguimos avaliar a digestibilidade de:
endógena; “Proteína, Lipídeos, Fibras e Extrato Não
Nitrogenado”.
→ Métodos de determinação dos elementos
endógenos:
• Dieta sem o nutriente: por exemplo:
dieta sem proteínas e coleta por acesso
ileal. Se deixar um animal em uma dieta
sem proteína, irá diminuir a quantidade
da proteína alimentar e só terá uma
porcentagem da proteína do próprio
metabolismo.
→ Animal em jejum prolongado: antigamente
• A matéria mineral (MN) e cinzas são
deixavam o animal por volta de 3 semanas sem
sinônimos. Não é possível determinar com
se alimentar. Dessa forma não terá fezes, mas

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precisão a mesma, pois existem alguns


minerais que são absorvidos pelo TGI. Desta
forma, não é utilizado no cálculo de
digestibilidade. Ex.: ingeriu fósforo na
alimentação e quando chega ao TGI, não
conseguirá quantificar o fósforo presente no
próprio organismo com o que foi ingerido e
excretado (perde a referência, não sabe se
está vindo do alimento ou do corpo do
animal).
• Como o teor de Extratos Não Nitrogenados
não é determinado por análises analíticas, e
pela diferença, é necessário realizar cálculo.

- Exemplo: obs.: para achar os valores de % na


MS, é necessário realizar o cálculo da matéria
seca primeiro (“cálculo disponível no documento:
água”).

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