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Infarto

Infartos renais são áreas de necrose de coagulação que resultam da isquemia local de oclusão
vascular e, normalmente, resultam de tromboembolismo. Embolia renal provém do seguinte:
Tromboembolia; Trombos murais nas válvulas cardíacas na endocardite valvular; Endarterite em
doenças parasitárias, como dirofilaríase canina e estrongilose equina; Êmbolos de células
neoplásicas; Embolia bacteriana. Macroscopicamente, os infartos renais apresentam coloração
avermelhada ou branco-pálida, dependendo de diversos fatores, incluindo o intervalo após a
oclusão vascular (isto é, idade do infarto). Infartos no princípio são ligeiramente edemaciados e
avermelhados por causa da hemorragia e posteriormente, se tornam amarelo-acinzentados e
pálidos em 2 a 3 dias por causa da lise dos eritrócitos e perda de hemoglobina. Por causa da
perda de parênquima, o infarto cicatrizado apresenta-se deprimido, abaixo da superfície cortical
e posteriormente se torna pálido e enrugado, como resultado da fibrose.

Hidronefrose

A hidronefrose se refere à dilatação da pelve renal por causa da obstrução do fluxo urinário. A
obstrução que leva à hidronefrose pode ocasionalmente ser causada por má formação
congênita do ureter, junção vesicoureteral ou uretra ou rins mal posicionados congenitamente
com o dobramento secundário do ureter. As causas mais comuns da hidronefrose são as
seguintes: Obstrução ureteral e uretral em decorrência de cálculos do trato urinário; Inflamação
crônica; Neoplasia ureteral e uretral;

Alterações precoces da hidronefrose incluem a dilatação da pelve e dos cálices e achatamento


das cristas renais e papilas. Quando a dilatação pélvica for progressiva, a silhueta renal torna-se
maior e mais arredondada do que o normal, e o córtex e a medula, progressivamente afinados.
A obstrução vascular intersticial causada pela compressão produz uma fronte expandida da
medula e posteriormente isquemia cortical e necrose. A contínua dilatação pélvica causa perda
dos túbulos por degeneração e atrofia, seguida pela condensação do tecido conjuntivo
intersticial e fibrose do parênquima renal.

Pielonefrite

Infecção bacteriana da pelve com extensão nos túbulos renais e inflamação concomitante
intersticial. A doença geralmente origina-se como uma extensão da infecção bacteriana
acometendo o trato urinário inferior, que ascende dos ureteres aos rins e estabelece uma
infecção na pelve e na medula interna. A pielonefrite é consequência de infecções ascendentes
e por serem as fêmeas mais suscetíveis às infecções urinárias do trato inferior, a pielonefrite
ocorre mais frequentemente em fêmeas. A Escherichia coli, é uma das causas mais comuns de
pielonefrite. Proteus sp., Klebsiella sp., Staphylococcus sp.,Streptococcus sp. e Pseudomonas
aeruginosa também são causas comuns de pielonefrite em todas as espécies. Diagnóstico
macroscópico da pielonefrite é obtido pelo reconhecimento da existência de inflamação pélvica,
que se estende ao parênquima renal. As membranas mucosas pélvicas e ureterais podem estar
agudamente inflamadas, espessadas, avermelhadas, rugosas ou granulares e cobertas com um
fino exsudato. A pelve e os ureteres podem estar significativamente dilatados e apresentarum
exsudato purulento na luz.
Urolitíase (Doença Obstrutiva)

Urolitíase é uma síndrome que ocorre quando fatores familiares, congênitos e fisiopatológicos
ocorrem juntos e aumentam o risco de precipitação de metabólitos de excreção na urina para
formar pedras. Mecanicamente, os fatores que são importantes tanto na predisposição à
formação de cálculos quanto na predisposição à doença, incluem os seguintes: Inflamatórias:
colônias +epitélio esfoliativo + leucócitos = estruvita; não inflamatórias: deficiência de vitamina
A; hipertireoidismo; alimentação (fosfato, acido úrico, oxalato, uratos). Fatores predisponentes:
ph; consumo de agua; super saturação de mineral, obstrução, anormalidades estruturais.

Macroscopicamente, os cálculos são agregados de solutos urinários precipitados,


principalmente minerais misturados com proteínas urinárias e debris proteináceos. Os cálculos
são tipicamente esféricos ou ovoides, rígidos, com ninho central, rodeado por lâminas
concêntricas (“pedras”), uma camada externa e cristais superficiais. Os cálculos urinários
vesicais podem ser únicos ou múltiplos, variáveis em tamanho (2 a 10 cm) e algumas vezes são
compostos de um material fino,arenoso, que causa a turvação da urina . Os cálculos podem ter
uma superfície lisa ou áspera; podem ser sólidos, macios ou friáveis. Os cálculos podem ser
esbranquiçados ou acinzentados (p. ex., estruvita e oxalato), amarelados (p. ex., uratos, cistina,
benzocumarina e xantina) ou marrons (p. ex., sílica, urato e xantina) dependendo de sua
composição.

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