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UNIP – Universidade Paulista

Educação a Distância

Pedagogia

A UTILIZAÇÃO DOS JOGOS NO PROCESSO DE


ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

RODRIGUES, Ana Cecília Gonçalves - RA 1942946

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP


2022
UNIP – Universidade Paulista

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

ANA CECÍLIA GONÇALVES RODRIGUES

A UTILIZAÇÃO DOS JOGOS NO PROCESSO DE


ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito parcial para a
obtenção do título de Licenciatura da
Universidade Paulista – Polo. De São José
dos Campos.

Orientação: Mireili Lúcia de Sant’Anna

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP


2022
AGRADECIMENTOS

A Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades.

A esta universidade, seu corpo docente, direção e administração que


oportunizaram a janela que hoje vislumbro um horizonte maior superior, enviado pela
acendrada confiança no mérito e ética aqui presentes.

Aos meus familiares, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas
suas correções e incentivo.

E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação,


o meu muito obrigada.
RESUMO

É relevante o estudo sobre a importância do uso de jogos e brincadeiras como


forma de aprendizagem da alfabetização e letramento, já que o brincar faz parte da
vida do ser humano, pois favorece a cognição, comunicação, cooperação,
relaxamento, atenção, enfim ao brincar cria um ambiente emocional positivo que
desencadeia a compreensão do processo ensino aprendizagem, devido à forte
conexão entre o lúdico e as emoções. Considerando que os jogos possibilitam a
construção do conhecimento de uma forma muito prezadora e interessante, que
garante a motivação para uma ótima aprendizagem, para se tornarem adultos
maduros, com autoconfiança e grande imaginação parte se para a seguinte
problematização: Como o trabalho com o jogos pode contribuir no processo de
alfabetização e letramento no ensino fundamental – anos iniciais? Este projeto teve o
objetivo Assim, esta pesquisa abordou o seguinte objetivo geral: compreender as
contribuições dos jogos no processo de alfabetização e letramento, dando ênfase aos
objetivos específicos: contextualizar o jogo na educação; identificar fatores de
contribuição da ludicidade como ferramenta pedagógica no contexto de sala de aula
e entender o processo de aquisição do conhecimento e alfabetização e letramento
através dos jogos. Esta pesquisa foi elaborada tendo base em referenciais teóricos
bibliográficos em livros, trabalhos científicos e artigos nas bases de dados do Google
acadêmico, abrangendo publicações dos últimos dez anos. Utilizou-se como
descritores de assunto os termos: Aprendizagem; Alfabetização; Letramento; Jogos e
brincadeiras e Ludicidade. Os autores abordados no trabalho Soares (2021), e
Kishimoto (2005) e Aguiar (2006) dentre outros.

Palavras-chave: Aprendizagem; Alfabetização; Letramento ; Jogos e brincadeiras ;


Ludicidades
ABSTRACT

It is relevant to study the importance of using games and games as a way of


learning literacy and literacy, since playing is part of human life, as it favors cognition,
communication, cooperation, relaxation, attention, in short, when playing. creates a
positive emotional environment that triggers the understanding of the teaching-learning
process, due to the strong connection between play and emotions. Considering that
games make it possible to build knowledge in a very valuable and interesting way,
which guarantees the motivation for a great learning, to become mature adults, with
self-confidence and great imagination, it starts with the following problematization: How
to work with games can contribute to the literacy and literacy process in elementary
school – early years? This project had the objective Thus, this research addressed the
following general objective: to understand the contributions of games in the literacy
and literacy process, emphasizing the specific objectives: contextualizing the game in
education; identify factors that contribute to playfulness as a pedagogical tool in the
classroom context and understand the process of acquiring knowledge and literacy
through games. This research was elaborated based on bibliographic theoretical
references in books, scientific works and articles in Google academic databases,
covering publications of the last ten years. The following terms were used as subject
descriptors: Learning; Literacy; literacy; Games and Play and Playfulness. The authors
addressed in the work Soares (2021), and Kishimoto (2005) and Aguiar (2006) among
others.

Keywords: Learning; Literacy; literacy ; Games and games ; playfulness


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..........................................................................................................................8

CAPÍTULO I: A CONTEXTUALIZAÇÃO DOS JOGOS NA EDUCAÇÃO..............................9

1.1 – Classificação dos jogos...........................................................................................16

CAPÍTULO II: A CONTRIBUIÇÃO DA LUDICIDADE COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA


................................................................................................................................................19

CAPÍTULO III: AS CONTRIBUIÇÕES DOS JOGOS NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA


ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO....................................................................................29

3.1 – A alfabetização nas séries iniciais.................................................................30

3.2 – Os jogos e a alfabetização e letramento.......................................................34

3.3 – O professor mediador no processo de afabetização e letramento com o uso


do lúdico.....................................................................................................................40

CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................44
8

1- INTRODUÇÃO

Educar, ensinar e alfabetizar, nos dias de hoje, está sendo uma tarefa um tanto
quanto difícil para os educadores, principalmente do ensino fundamental – anos
inicias, uma vez que a educação perpassa por diversas mudanças no ambito
pedagógico e didático. Assim, o professor precisa recorrer a diversos metódos e
técnicas para que a transmissão do conhecimento seja efetivada bem como
assimilada pelo estudante, e um dos meios eficientes de realizar tal proposta é através
dos jogos, sendo esses, ferramentas eficazes para ensinar de uma maneira
significativa e ao mesmo tempo dinâmica.

O lúdico é algo que está interligado com as crianças seja direta ou


indiretamente independentemente dos espaços e contextos que estes se encontram,
assim propõe-se a ludicidade no contexto educacional, a partir dos jogos simbólicos e
suas vertentes. Na educação, processo de aprendizagem no qual o conhecimento é
construído, avaliado e renovado a cada dia, o brincar e o aprender constituem uma
relação que se efetiva e se consolida ao longo de todo o processo de aquisição do
conhecimento.

Diante deste exposto justificou-se a realização desta pesquisa uma vez que o
trabalho com os jogos no processo de alfabetização e letramento pode vir a tornar
uma ferramenta pedagógica fundamental para o desenvolvimento cognitivo dos
alunos, pois o mesmo surge como um significativo espaço para que a criança possa
brincar e aprender.

Dada essa situação vê-se como forma de justificativa que ensinar a criança
de uma maneira mais dinâmica é buscar cada vez mais o seu interesse em querer
aprender, os jogos e as brincadeiras são somente uma maneira de ensino diferente
do que a escola está acostumada a ver, pois no ambiente escolar tende a transformar-
se uma ferramenta facilitadora da aprendizagem, portando nesta pesquisa levantou-
se a seguinte questão: Como o trabalho com o jogos pode contribuir no processo de
alfabetização e letramento no ensino fundamental – anos iniciais?

Assim, esta pesquisa abordou o seguinte objetivo geral: Compreender as


contribuições dos jogos no processo de alfabetização e letramento, dando ênfase aos
objetivos específicos: contextualizar o jogo na educação; identificar fatores de
9

contribuição da ludicidade como ferramenta pedagógica no contexto de sala de aula


e entender o processo de aquisição do conhecimento e alfabetização e letramento
através dos jogos.

O referido instrumento de pesquisa que respalda o estudo e análise da


importância dos jogos na alfabetização e letramento dos anos iniciais será elaborada
com base em referenciais teóricos bibliográficos em livros, trabalhos científicos e
artigos acadêmicos, abrangendo publicações dos últimos dez anos com o intuito de
compreender melhor essa temática dando margem para futuras pesquisas.

CAPÍTULO I – A CONTEXTUALIZAÇÃO DOS JOGOS NA EDUCAÇÃO

Sabe-se que o lúdico como ferramenta em sala de aula é muito bem aceito
tanto para os professores quanto para os alunos que se deslumbram com atividades
lúdicas. Assim, está ferramenta torna-se um recurso didático e pedagógico para o
professor trabalhar dentro e fora de sala de aula. Através do lúdico a criança é capaz
de liberar as necessidades interiores bem como expressa aquilo que o alegra e o
entristece.

O professor, ao inserir a ludicidade em suas atividades diárias na educação


infantil, demonstra ter importância com o desenvolvimento da criança, uma vez que,
o lúdico auxilia na formação do aluno principalmente nos âmbitos sociais, intelectuais,
expressivos e comunicativos, porém pouco se sabe sobre o surgimento dos jogos e
brincadeiras na educação infantil, portanto vale ressaltar que do decorrer da história
da humanidade, as brincadeiras ganharam espaços tornando-se universais, fazendo
com que a cultura dos povos concretizassem.

Assim, quando se fala de ludicidade, dá a ideia de desenvolvimento do brincar,


espaço dinâmico, criativo onde há diversas possibilidades de aprendizagem e
oportunidade de interação.

De acordo com Santos (1997):


10

A palavra lúdica vem do latim ludus e significa brincar. No lúdico estão


incluídos os jogos, brinquedos e divertimentos e é relativo também à conduta
daquele que joga que brinca e que se diverte. Por sua vez, a função educativa
do jogo oportuniza a aprendizagem do indivíduo, seu saber, seu
conhecimento e sua compreensão do mundo. (SANTOS, 1997 p. 34)

Ou seja, em muitas situações, é por meio do lúdico que a criança adquire o


aprendizado, o objeto tão desejado passa a ocupar parte considerável no
desenvolvimento do aluno, do dia a dia. As brincadeiras são ferramentas eficazes para
trabalhar as regras com as crianças.

Nos anos iniciais, as crianças têm a oportunidade de se desenvolver e crescer,


bem como suas relações sociais, interações e formas de comunicação, então
professor deve se concentrar no ambiente social das crianças e assim, reconhecer as
diversidades delas. O conhecimento que essas crianças têm e a base da educação
fundamental é unida ao cuidado com a aprendizagem e entenda os alunos como uma
existência holística que precisa ser desenvolvida em todos os aspectos: movimento,
cognição, sociedade e emoção (CABRAL, 2005).

No brincar, ocorre a intencionalidade por parte da criança, a mesma torna-se


um ser brincante e ciente dos acontecimentos que surgem à sua volta, passa a dar
sentidos as coisas, dá vozes aos pensamentos. Macedo, Petty e Passos (2005)
defendem que:

O brincar é agradável por si mesmo, aqui e agora. Na perspectiva da


criança, brinca-se pelo prazer de brincar, e não porque suas consequências
sejam eventualmente positivas ou preparadoras de alguma outra coisa.
(MACEDO, PETTY & PASSOS, 2005. P 35-36).

Assim o brincar possibilitando aos professores, que nessa situação passam a


ser mediadores, tenham somente o poder de fazer leituras dos sentidos emitidos pelas
crianças quando estão brincando. Nessa linha de pensamento Fantin (2000) enfatiza
que:

“Brincando (e não só) a criança se relaciona, experimenta, investiga


e amplia seus conhecimentos sobre si mesma e sobre o mundo que está ao
seu redor. Através da brincadeira podemos saber como as crianças veem o
11

mundo e como gostariam que fosse expressando a forma como pensam,


organizam e entendem esse mundo. Isso acontece porque, quando brinca, a
criança cria uma situação imaginária que surge a partir do conhecimento que
possui do mundo em que os adultos agem e no qual precisa aprender a viver”.
(FANTIN 2000. p 53).

Uma atividade lúdica é uma atividade de entretenimento, que dá prazer e


diverte as pessoas envolvidas. O conceito de atividades lúdicas está relacionado com
o ludismo, ou seja, atividade relacionadas com jogos e com o ato de brincar, por isso,
diversos estudos indicam que o lúdico é uma atividade essencial a assimilação das
práticas humanas, sendo que por meio desse as vivências podem ser estimuladas
mediante diferentes sentidos humanos.

Segundo Maluf (2003):

O brincar proporciona a aquisição de novos conhecimentos,


desenvolve habilidades de forma natural e agradável. Ele é uma das
necessidades básicas da criança, é essencial para um bom desenvolvimento
motor, social, emocional e cognitivo. (MALUF, 2003, p. 9).

Ao brincar a criança expressa seus anseios, sua maneira de como está


percebendo o mundo que a cerca e principalmente está vivendo a sua infância. Tem
também suas necessidades satisfeitas como adquirir novos conhecimentos,
habilidades, pensamentos e entendimentos coerentes e lógicos e neste contexto a
criança tende a passar por um processo de desenvolvimento cognitivo.

Rau (2007) em seus estudos sobre o lúdico afirma que:

O lúdico como recurso pedagógico direcionado às áreas do


desenvolvimento e aprendizagem pode ser muito significativo no sentido de
encorajar as crianças a tomar consciência dos conhecimentos sociais que
são desenvolvidos durante o jogo, os quais podem ser usados para ajuda-los
no desenvolvimento de uma compreensão positiva da sociedade e na
aquisição de habilidades. (RAU 2007, p 81).
12

Assim como o brincar está enraizado na educação infantil, o jogo e todo o seu
contexto dinâmico também faz parte do universo da criança. Jogos e brincadeiras
estão interligados com o propósito de desenvolver uma interação e integração com os
alunos a fim de despertar neles conceitos de imaginação, criatividade, desejo,
expressividade e sociabilidade.

Nessa linha Makarenko (2001) explana que:

O jogo é tão importante na vida da criança como é o trabalho para o


adulto, daí o fato da educação do futuro cidadão se desenvolver antes de
tudo no jogo, não se pode fazer uma obra educativa sem se propor um fim,
um fim claro, bem definido, um conhecimento do tipo de homem que se
deseja formar. E neste sentido que o modelo pedagógico mantém uma
relação direta com o presente vivido. A coletividade infantil recusa
absolutamente viver uma vida preparatória. Ela quer um fenômeno da vida
real hoje para a criança é uma alegria real presente e não o prometido para
mais tarde, recompensa em curto prazo sem contrariedade próximo.
(MAKARENKO 2001, p.152).

Enquanto a criança está no momento da brincadeira, diversos leques de


conhecimento abrem-se para ela. O processo cognitivo da mesma vai aflorando e
ganhando vida, a criança passa a entender alguns conceitos e a controlar
sentimentos, desejos e transformar a dificuldade de aprender em situações
significativas e prazerosas.

Sobre a importância do brincar, Kishimoto (2010) ressalta que:

Para a criança, o brincar é a atividade principal do dia-a-dia. É


importante porque dá a ela o poder de tomar decisões, expressar sentimentos
e valores, conhecer a si, aos outros e o mundo, de repetir ações prazerosas,
de partilhar, expressar sua individualidade e identidade por meio de diferentes
linguagens, de usar o corpo, os sentidos, os movimentos, de solucionar
problemas e criar. Ao brincar, a criança experimenta o poder de explorar o
mundo dos objetos, das pessoas, da natureza e da cultura, para compreendê-
lo e expressá-lo por meio de variadas linguagens. Mas é no plano da
imaginação que o brincar se destaca pela mobilização dos significados.
13

Enfim, sua importância se relaciona com a cultura da infância, que coloca a


brincadeira como ferramenta para a criança se expressar, aprender e se
desenvolver (KISHIMOTO, 2010, p.01).

Ou seja, em muitas situações, é por meio do brinquedo que a criança adquire


o aprendizado, o objeto tão desejado passa a ocupar parte considerável no
desenvolvimento da criança, do dia a dia. Os jogos são ferramentas eficazes para
trabalhar as regras com as crianças. Nestes momentos os alunos passam a entender
que existe direitos e deveres, que o respeito é importante e que o senso crítico, mas
o espirito de equipe fazem parte do contexto lúdico.

No entanto, para Vygotsky (1999):

O brincar é fonte de desenvolvimento e de aprendizagem,


constituindo uma atividade que impulsiona o desenvolvimento, pois a criança
se comporta de forma mais avançada do que na vida cotidiana, exercendo
papéis e desenvolvendo ações que mobilizam novos conhecimentos,
habilidades e processo de desenvolvimento e de aprendizagem (VYGOTSKI,
1999, p. 72).

Entende-se que diante da assertiva do autor o brincar faz parte da vida da


criança, é importante para o seu desenvolvimento e necessário para a vivência do dia
a dia, sendo uma fonte rica de aquisição de conhecimento e sociabilidade com o
mundo externo.

No entanto, jogo deve ser entendido e visto como um elemento chave para um
processo educativo, o mesmo faz parte deste processo quando diz respeito ao
acarretamento de conhecimentos e curiosidade em aprender, ou seja, o jogo não é
para a criança como é para o adulto, pois requer o pensar, devemos pensar o jogo
sob o olhar da criança como um momento de aprendizado e oportunidade.

Kishimoto (1993, p. 15) afirma:

Os jogos têm diversas origens e culturas que são transmitidas pelos


diferentes jogos e formas de jogar. Este tem função de construir e
14

desenvolver uma convivência entre as crianças estabelecendo regras,


critérios e sentidos, possibilitando assim, um convívio mais social e
democracia, porque “enquanto manifestação espontânea da cultura popular,
os jogos tradicionais têm a função de perpetuar a cultura infantil e
desenvolver formas de convivência social. (KISHIMOTO 1993, p. 15).

Quando se fala dos jogos, dos brinquedos, faz se menção às brincadeiras


sendo estes presentes diariamente na vida das pessoas, principalmente, das crianças.
Através da brincadeira, a criança pode desenvolver sua liberdade, sua criatividade e
expor seus desejos e receios. Para Oliveira (2002):

Por meio da brincadeira, a criança pequena exercita capacidades


nascentes, como as de representar o mundo e de distinguir entre pessoas,
possibilitadas especialmente pelos jogos de faz-de-conta e os de alternância
respectivamente. Ao brincar, a criança passa a compreender as
características dos objetos, seu funcionamento, os elementos da natureza e
os acontecimentos sociais. Ao mesmo tempo, ao tomar o papel do outro na
brincadeira, começa a perceber as diferenças perspectivas de uma situação,
o que lhe facilita a elaboração do diálogo interior característicos de seu
pensamento verbal. (OLIVEIRA 2002. P. 160).

Pode-se considerar que os jogos, brinquedos e brincadeiras são e serão


elementos fundamentais para a infância, já que é por meio do ato de brincar que o
brinquedo pode caracterizar a presença das demais crianças, e brincar é estar junto
com as demais crianças.

Assim, entender-se que, o jogo quando bem utilizado e toda a sua ludicidade
faz com que o professor mediador tenha uma interessante ferramenta em mãos pronta
para fazer uso e desenvolver a aprendizagem no contexto escolar. Dessa forma,
podemos afirmar que o jogo enquanto conteúdo para o desenvolvimento de
aprendizagem vai se desenvolver de forma positiva, se o educador souber trabalhar
adequadamente com ele.

O jogo em si possui componentes importantes para o cotidiano da criança, o


envolvimento com o jogo pode despertar o interesse do aluno, tornando-o sujeito ativo
15

no processo de aquisição do conhecimento, da aprendizagem e das concepções


externas. Segundo Velasco (1996):

Brincando a criança desenvolve suas capacidades físicas, verbais ou


intelectuais. Quando a criança não brinca, ela deixa de estimular, e até
mesmo de desenvolver as capacidades inatas podendo vir a ser um adulto
inseguro, medroso e agressivo. Já quando brinca a vontade tem maiores
possibilidades de se tornar um adulto equilibrado, consciente e afetuoso.
(VELASCO 1996. P.78).

No contexto de sala de aula, devem ser utilizados os dois tipos de brinquedos


e o professor, que assume o papel legitimo de mediador, deverá planejar atividades
onde as crianças tenham condições de construir os seus brinquedos. Ramalho (2000)
enfoca que:

Com base nestes conceitos vygotskianos, pode-se considerar o


brinquedo ou o jogo como um instrumento mediador no processo de
desenvolvimento infantil. (... ) O brinquedo, o jogo e a brincadeira, interferindo
na zona de desenvolvimento proximal da criança, poderá proporcionar uma
maior rapidez no seu desenvolvimento propriamente dito, um avanço nas
suas capacidades e habilidades, entre elas a criatividade tão necessária na
formação de adultos colocados num mundo de muita competitividade, onde
um dos objetivos finais é a própria sobrevivência. (RAMALHO, 2000, p. 65).

Ambos autores ressaltam que tanto o jogo quanto a brincadeira ou o brinquedo


são ferramentas necessárias para que haja um momento significativo na vida da
criança enquanto está faz parte da primeira infância. Os mesmos acreditam que esses
recursos possam assume um papel fundamental para que a criança possa exercer
seu desenvolvimento e, contudo, adquiri, de alguma forma, o aprendizado.
16

1.1 – CLASSIFICAÇÃO DOS JOGOS

Através da revisão ao estado da arte, deparamo-nos com a existência de uma


grande diversidade de classificações do fenómeno jogo, dos quais apresentamos as
que consideramos serem as mais significativas.

Toda brincadeira, possui sua intencionalidade e sua significativa no meio infantil


e para os professores. O lúdico é uma ferramenta capaz de trabalhar contextos
dinâmicos e ao mesmo tempo prazeroso.

O uso lúdico é um fato e é, sem dúvida, a base para a expansão e


representação do conhecimento. Então, isso é através da organização do trabalho e
método de ensino de educadores e pela introdução de métodos de aprendizagem
interessantes, para uma prazerosa estadia no ambiente escolar.

Piaget (1978) em sua teoria reconhece que o jogo é um dos meios que a criança
utiliza para compreender e explicar a sua realidade. A fim de esclarecer sua tese, o
autor apresenta três estruturas contínuas do jogo, presentes no processo do
desenvolvimento da criança, são elas: • Jogo do exercício. • Jogo simbólico. • Jogo de
regra.

Assim Piaget apud Rizzi (1997) classificou os jogos correspondendo a um tipo


de estrutura mental:

Jogo de exercício sensório-motor; é um jogo em que sua finalidade


é o próprio prazer do funcionamento, constitui-se em repetição de gestos e
movimentos simples como agitar os braços, caminhar, pular, ao descobrir
suas funções, há um sentimento de felicidade. (PIAGET, 1978, p. 148).

Para Batista (1999), os jogos de exercício de Piaget, analisados do ponto de


vista estrutural, comportam ainda três subdivisões: a primeira é a de “Exercícios
Simples”, nos quais a criança faz e refaz uma ação por diversas vezes, como encher
um baldinho de areia; encher uma caixa de tampinhas e depois esvaziá-la; pegar e
jogar repetitivamente um objeto no chão etc.
17

Piaget (1978) ressalta que, embora os jogos motores apresentam


especificidade dos dois primeiros anos de vida da criança, eles podem resurgirem ao
longo da infância. É por meio de jogos motores que a criança repete gestos, assimila
ações, combina novas ações. O princípio é exploração e iteração. O jogo inclui a
manipulação de objetos de acordo com os desejos e hábitos de movimento da criança.

Ainda, na percepção de Piaget (1978):

Jogo simbólico; Consiste em satisfazer o “eu” por meio de uma


transformação do real em função dos desejos, ou seja, tem a função de
assimilar a realidade, ela incorpora a seu mundo, objetos, pessoas ou
acontecimentos significativos e os reproduz através de suas brincadeiras.
Jogos de faz de conta que possibilita a criança sonhar e fantasiar revela
angústias, conflitos e medos aliviando tensões e frustrações são importantes
para que se trabalhe diferentes tipos de sentimentos e a forma de lidarmos
com eles. (PIAGET, 1978, p. 148).

Diante da definição de Piaget (1978) sobre o jogo simbólico, é possível


perceber que nesta fase a criança já se utiliza do pensamento e do símbolo de um
objeto ausente para poder “representar a realidade”. Assim, para que o faz-de-conta
aconteça, a criança utiliza a imitação e o símbolo (imaginação) como elementos que
auxiliarão na sua apropriação e representação do mundo ao seu entorno.

O que o jogo de exercício realiza mediante a assimilação funcional, o


jogo simbólico reforçará, pois, pela assimilação representativa de toda a
realidade ao eu. O “esquema simbólico” realiza a transição, constituindo
ainda um simples exercício de condutas próprias mas um exercício que, por
outro lado, já é simbólico”. (PIAGET, 1990, p. 158).

Dessa forma, o jogo simbólico permite que a criança realize sonhos e fantasias,
revela conflitos internos, medos e angústias, permitindo imitações de situações
vivenciadas pela criança, podendo ser modificada pela adição de outros elementos, a
vivência de outros papéis. e a construção de diferentes cenas.
18

Para Piaget (1978), o Jogo de Regra é a terceira estrutura lúdica presente no


desenvolvimento infantil. Ainda, segundo o mesmo autor:

Jogo de regras; como o próprio nome diz o jogo de regras se


caracteriza pelo existência de uma série de leis impostas pelo grupo, sendo
que quem descumprir será penalizado, é uma forte competição pelos
participantes, geralmente jogado em parceria e um conjunto de obrigações o
que o faz tornar-se social, são importantes para que a criança entende que
nem sempre levemos vantagens aprendendo assim aliar com as emoções
(PIAGET, 1978, p. 148).

Diante da definição do jogo de regras apresentada por Piaget (1978), é possível


verificar que a constituição de uma regra no jogo só ocorre mediante a coordenação
de diferentes pontos de vista, e esta coordenação não se dá desde o inicio do jogo de
regras, fato que demonstra que a existência da regra em um jogo ocorre junto ao
processo de construção moral presente no desenvolvimento humano.

Os jogos de regras são formados em crianças a partir dos quatro anos, porém,
são mais evidentes entre os sete e os onze anos, e persistem por toda a vida adulta,
sendo considerada uma atividade lúdica. Acima de tudo, os conjuntos de regras
contribuem para a ativação e desenvolvimento de padrões de conhecimento,
apoiando o processo de aprendizagem e desenvolvendo certas habilidades como:
observar e identificar, comparar e classificar, conceituar e relacionar.

Durante a brincadeira, as crianças desenvolvem a capacidade de raciocínio


lógico, podem também desenvolver diferentes habilidades e habilidades, e ao mesmo
tempo, as crianças também podem interagir com os brinquedos como se estivessem
interagindo com algo existente na prática adulta. Isso significa que quando a criança
interpreta o mestre, ela recria algo vivenciado em sua vida real. Da mesma forma,
quando o menino interpreta um médico, um construtor, talvez ele represente uma
situação ou alguém próximo a ele.

Os educadores em alfabetização devem conhecer bem seus alunos, saber


como eles jogam e como jogam, conhecer suas reações quando ganham ou perdem
em jogos e saber o que gostam de jogar e jogar, adaptar e usar esses métodos.
facilitará a aquisição de conhecimentos pelos alunos. Segundo Cagliari (1998, p. 36),
19

A questão metodológica não é a essência da educação, apenas uma


ferramenta. Por isso é preciso ter ideias claras a respeito do que significa
assumir um ou outro comportamento metodológico no processo escolar. É
fundamental saber tirar todas as vantagens do método, bem como conhecer
as limitações de cada um.

Ao brincar, ao jogar, a criança aprende de forma simples e construtiva, porque


brincando a criança aprende a conviver respeitando os outros e compartilhando com
os amigos. É também com esses recursos que ela terá que aprender suas primeiras
regras de disciplina e a necessidade de negociar, seja no ambiente escolar ou na
comunidade em que vive. Assim, a relação entre a alfabetização e seus diversos
percursos ou habilidades pode ser reafirmada e, com isso, jogos e brincadeiras
podem ser direcionados como fonte de suporte para a aprendizagem divertida e
significativa de palavras.

Com isso, percebe-se que as atividades lúdicas têm importância para o


processo de formação do conhecimento nas crianças. Passa por todos os aspectos
do desenvolvimento do sujeito, assim como a cultura. “E na criança, o brincar se
estende muito além dos padrões reflexivos e abrange praticamente todas as ações,
nessa visão o brincar se estende além da esfera da vida humana, antecedendo assim
a cultura.

CAPÍTULO II – A CONTRIBUIÇÃO DA LUDICIDADE COMO FERRAMENTA


PEDAGÓGICA

O uso do lúdico é fato, e sem dúvida fundamental como recurso de ampliação


e representação do conhecimento. A utilização do lúdico nas aulas evidencia-se como
uma atividade que rompe com barreiras disciplinares, torna permeável as suas
fronteiras e caminha em direção a uma postura interdisciplinar para compreender e
transformar a realidade em prol da melhoria da qualidade de vida pessoal, grupal e
global.
20

Quando o professor toma ciência da importância da ludicidade para a criança,


passa a entender a necessidade e o quanto a inserção dessa ferramenta aliado com
a curiosidade e sagacidade da criança pode transformar um simples momento que
seria apenas prazeroso em um momento de conhecimento. Maluf (2003) afirma ainda
que:

A Educação e o lúdico se completam, pois o brincar está diretamente


ligado à criança, a recreação é parte integrante da rotina diária e ficar fora
deste momento é impossível para os pequenos, porque “além de muitas
importâncias o brincar desenvolve os músculos, a mente, a sociabilidade, a
coordenação motora e além de tudo deixa qualquer criança feliz” (MALUF,
2003, p.19).

Aceita-se então que o brincar é essencial para a vida da criança sendo que a
brincadeira é uma ferramenta que abrange a linguagem infantil de tal maneira que
transforma, constrói um mundo paralelo a realidade fazendo assim ter intenção no ato
exercido pela criança.
Segundo Kishimoto (2010) ao ressaltar sobre o brincar:

Para a criança, o brincar é a atividade principal do dia a dia. É


importante porque dá a ela o poder de tomar decisões, expressar sentimentos
e valores, conhecer a si, aos outros e o mundo, de repetir ações prazerosas,
de partilhar, expressar sua individualidade e identidade por meio de diferentes
linguagens, de usar o corpo, os sentidos, os movimentos, de solucionar
problemas e criar. Ao brincar, a criança experimenta o poder de explorar o
mundo dos objetos, das pessoas, da natureza e da cultura, para compreendê-
lo e expressá-lo por meio de variadas linguagens. Mas é no plano da
imaginação que o brincar se destaca pela mobilização dos significados.
Enfim, sua importância se relaciona com a cultura da infância, que coloca a
brincadeira como ferramenta para a criança se expressar, aprender e se
desenvolver (KISHIMOTO, 2010, p.01).

Brincando a criança desenvolve e enriquece a imaginação, além de ser a


preparação para as atividades mentais e complexas, portanto, toda brincadeira,
saudável, não é apenas uma brincadeira para a criança. No momento do brincar há
sempre um significado por parte da criança, pois ela põe em contextualização a sua
criatividade, o seu desejo e anseio.
21

O lúdico é um recurso muito rico no trabalho com a criança, não só por


desenvolver a aprendizagem, mas principalmente por mexer com as definições
cognitivas do aluno, a imaginação e a criatividade. Quando a criança está exposta ao
momento brincante, a ludicidade entra em ação e de acordo com a situação a criança
dá “asas à imaginação”, assim o mundo e faz-de-conta está presente em tempo real
na vida da criança.

Para reflexão é necessário ter em mente o poder que o lúdico tem no processo
de construção da aprendizagem onde a criança passa a ser o protagonista da sua
aquisição de conhecimento e o desbravador de seus sentimentos e desejos.

Na aprendizagem lúdica há uma grande promoção da capacidade e da


potencialidade do desenvolvimento do aluno e essa ferramenta deve pertencer a um
lugar especial e respeitada na prática pedagógica do professor. O brincar em si reflete
uma situação de autoria e de autonomia por parte da criança, pois as ações dela,
comumente de caráter imitativo, desvelam processos mentais complexos. (RAU
2011).

Os autores Sabini e Lucena (2012) enfatizam que:

É possível utilizar jogos, especialmente aqueles que possuem regras,


como atividades didáticas, porém é preciso que o professor tenha consciência
de que as crianças não estarão brincando livremente nessa situação, pois há
objetivos didáticos em questão. Nesse caso, o professor torna-se um
mediador entre as crianças e os objetos a conhecer, organizando e
propiciando espaços e situações de aprendizagem em que articulem os
conhecimentos prévios, trazidos pela criança, àqueles que a escola deseja
transmitir. (SABINI e LUCENA. 2012. p. 46)

Pode-se perceber então, que através dos jogos e brincadeiras apresentados


aos alunos pelo educador proporciona ao educando a aquisição de novos
conhecimentos. Nesse contexto, tanto a brincadeira e os jogos, como sujeitos de ação
no aprendizado, podem ser utilizados em um universo maior, ou seja, em busca do
saber, pois este torna-se importante e prazerosa quando a criança aprende brincando.

Portanto, as possibilidades de desenvolver o aprendizado durante a vivência


o lúdico baseando-se no ato de contar história e todas as suas vertentes e com a
aplicação do brincar de forma conteudista e dinâmica, a criança adquire mais chance
22

de aprender e poder colocar em prática o que foi absorvido através dos momentos
brincantes.

Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil


(1998):

Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento


da identidade e da autonomia, na brincadeira as crianças podem desenvolver
algumas capacidades importantes [...], por meio da interação e da utilização
e experimentação de regras e papéis sociais. (RECNEI 1998, vol. 2 p. 22).

Toda aprendizagem é composta de objetivos, sejam eles pessoais, sociais ou


motivacionais, assim como o uso do lúdico para que não se torne uma bagunça a
questão do brincar e aprender ao mesmo tempo. O professor tem que saber como
conduzir esse momento, sem prejuízos ou frustrações para a criança. Almeida (2001)
ressalta que:

Educar ludicamente tem uma significação muito profunda e está


presente em todos os segmentos da nossa vida. Por exemplo: uma criança
que joga bolinha ou brinca de boneca com seus companheiros não está
simplesmente brincando e se divertindo; está desenvolvendo e operando
inúmeras funções. Da mesma forma, uma mãe que acaricia e se entretém
com a criança, um professor que se relaciona bem com seus alunos ou
mesmo um cientista que prepara prazerosamente sua tese ou teoria. Educa-
se ludicamente, pois, combina e integra a mobilização das relações
funcionais ao prazer de interiorizar o conhecimento e a de felicidade,
manifestada pelas interações com os seus semelhantes. (ALMEIDA 2001. p.
43).

Assim, o autor retrata que nesse contexto, a cultura era educativa,


caracterizada pelos jogos, que representava a sobrevivência. Sendo assim, o ato de
brincar oferecia a inserção dos papéis sociais, possibilitando o aprendizado das regras
na vida diária. No brincar dá sempre uma sensação de liberdade, de envolvimento e
principalmente de espontaneidade que leva a criança ao processo de aprender a
23

organizar seu campo perceptivo, suas ideias e suas experiências, e a entrar em


contato com suas emoções e sentimentos, ideias e vivências diárias com o
aprendizado.

[...] As ações realizadas pelas crianças no desenvolvimento do


brincar proporcionam o primeiro contato com o meio, e as sensações que
produzem constituem o ponto de partida de noções fundamentais e dos
comportamentos necessários à compreensão da realidade. Dentre as várias
formas de apropriação a luta pela sobrevivência ganha destaque especial
(AGUIAR, 2006, p. 23).

A aprendizagem da criança acontece paulatinamente e de forma


significativa para ela e principalmente para o professor, assim o educador precisa
aceitar os limites das crianças bem como reconhecer seus progressos diante das
propostas apresentadas. Assim, o brincar está intrinsecamente inserido no contexto
infantil, bem como suas propriedades aquisitivas dos desenvolvimentos cognitivos da
criança. Quando brinca, a criança passa a ser ela mesma, deixando seus desejos
sobressaírem e assim mostrar a sua realidade que muitas vezes pode ser camuflada
no dia a dia.

O lúdico em si compreende os jogos as brincadeiras e os próprios brinquedos,


tanto as brincadeiras de antigamente, bem como as atuais, pois são de cunho
educativo e auxiliam na aprendizagem dos alunos, assim como no convívio social. É
através da interação uns com os outros que as crianças vão desenvolvendo suas
criatividades e liberdades. Assim, Maluf (2003) diz que:

Os professores, aos poucos, estão buscando informações e


enriquecendo suas experiências para entender o brincar e como utilizá-lo
para auxiliar na construção do aprendizado da criança. Quem trabalha na
educação de crianças deve saber que podemos sempre desenvolver a
motricidade, a atenção e a imaginação de uma criança brincando com ela. O
lúdico é parceiro do professor (MALUF, 2003, p. 29).
24

Assim, o jogo não é para a criança como é para o adulto, pois requer o pensar,
devemos pensar o jogo sob o olhar da criança como um momento de aprendizado e
oportunidade.

De acordo com Piaget (2003), o caráter educativo do brincar é visto como uma
atividade formativa, que pressupõe o desenvolvimento integral do sujeito quer seja,
na sua capacidade física, intelectual e moral, como também a constituição da
individualidade, a formação do caráter e da personalidade de cada um.

Com base nos estudos de VYGOTSKY (1991), observa-se que ele considera o
ato da brincadeira extremamente importante para o desenvolvimento da criança.
Dessa forma, as crianças se relacionam de várias maneiras com significados e
valores, pois, nas brincadeiras elas significam o que vivem e sentem. Portanto, sabe-
se que a brincadeira faz parte e sentido na vida das crianças.

No entanto Velasco (1996) diz:

O jogo é uma necessidade para a criança, pois é através dele que a


criança tem a oportunidade de se expressar, socializar e extravasar os seus
mais íntimos desejos, 13 sensações, sentimentos e emoções. Por isso, para
os adultos, além da utilização do jogo infantil como ferramenta para o
desenvolvimento e aprendizagem da criança, a sua observação surge como
uma oportunidade de analisar as dimensões afetivas, cognitivas, sociais,
morais, culturais e linguísticas do comportamento infantil e, ainda,
diagnosticar necessidades e interesses da criança. (VELASCO, 1996.p. 65).

Para o autor, as brincadeiras tomam uma parcela considerável do


desenvolvimento educativo da criança, é através da brincadeira que ocorre o processo
de aquisição do conhecimento, por meio do olhar proposital do professor.

A ludicidade está enraizada às grandes vantagens e principalmente a muitas


possibilidades e oportunidades já que as crianças fazem, através dos momentos
brincantes, suas descobertas e a cada dia é uma atividade nova, metodologias
diferentes do seu dia a dia, os jogos, brincadeiras e brinquedos devem ser ao mesmo
tempo prazerosas e educativas, para que as crianças aprendam como lidar no mundo
de hoje.
25

Almeida (2003) reforça que:

A educação lúdica contribui e influência na formação da criança,


possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente,
integrando-se ao mais alto espírito democrático enquanto investe em uma
produção séria do conhecimento. A sua prática exige a participação franca,
criativa, livre, crítica, promovendo a interação social e tendo em vista o forte
compromisso de transformação e modificação do meio (ALMEIDA, 2003, p.
41).

Portanto, o papel exercido pelo lúdico no ensino fundamental – anos iniciais


vem respaldado de mecanismos capazes de trabalhar não somente um momento de
descontração para a criança, mas também de situações de aprendizagens, pois é
voltado para o significativo do conteúdo. Assim, está ferramenta torna-se um recurso
didático e pedagógico para o professor trabalhar dentro e fora de sala de aula.

Contudo, o professor tendo ciência da grande influência que o lúdico exerce


sobre a criança, e tendo a ideia de como utilizar a ludicidade de forma significativa
para os mesmos terá em suas mãos uma grande e eficaz ferramenta para trabalhar
em sala de aula.

A sala de aula é um espaço de total adequação para a explanação dos jogos


e brincadeiras. O lúdico está presente o tempo todo no contexto escolar, sendo assim,
a sala de aula é um meio totalmente estratégico para trabalhar o lúdico com os alunos.

Com desafios divertidos, os professores estimulam o pensamento,


desenvolvem a inteligência, ajudam as crianças a atingir níveis de desenvolvimento
que só o cuidado pode trazer. A alfabetização ocorre A brincadeira enriquece o
vocabulário, aumenta o raciocínio lógico e leva a criança a progredir em suas
hipóteses.

Dessa forma, ela desenvolve o processo de ensino-aprendizagem, tornando-


se alfabetizada e de forma lúdica e ativa. As atividades lúdicas são essenciais para
uma aprendizagem divertida e bem-sucedida. Em relação ao processo de letramento
entende-se que "os jogos promovem habilidades no exercício fonético, na descoberta
e domínio das relações somáticas, levando ao progresso na leitura e na escrita".
26

Contudo, para Vygotsky (1999):

O brincar é fonte de desenvolvimento e de aprendizagem,


constituindo uma atividade que impulsiona o desenvolvimento, pois a criança
se comporta de forma mais avançada do que na vida cotidiana, exercendo
papéis e desenvolvendo ações que mobilizam novos conhecimentos,
habilidades e processo de desenvolvimento e de aprendizagem (VYGOTSKI,
1999, p. 72)

Em situações de jogo, os alunos compartilham suas descobertas com seus


pares e assim aprendem a ler e a desenvolver a escrita, continuamente na vida da
criança, e quando o brincar ocorre na prática educativa, na atividade de
aprendizagem, nos momentos de atividade mais livre, desperta na criança o desejo
de ir à escola e estudar. Como resultado, criam um espaço para experimentar e
explorar novos caminhos de forma lúdica, dinâmica e criativa.

A ludicidade é considerada como um requisito impreincindível para o


desenvolvimento cognitivo e motor da criança, bem como para sua socialização e
aprendizagem. A alfabetização torna-se divertida à medida que a criança brinca e
assim constrói seu aprendizado. No entanto, é extremamente importante que os
professores planejem a diversidade que se concentre principalmente no
desenvolvimento global das crianças, levando a uma aprendizagem infantil melhorada
e progressiva. Como mediadores, os professores devem sugerir atividades que
envolvam seus alunos e os desenvolvam em geral.

O valor pedagógico que os jogos e brincadeiras trazem no processo de ensino


e aprendizagem é indiscutível. Brincar é o impulso natural da criança para trazer
satisfação interior. Os humanos certamente têm uma tendência a brincar, onde brincar
se torna uma atividade humana natural.

Na brincadeira, a criança canaliza seus sentimentos e emoções para o ato de


brincar, resultando na integração de aspectos cognitivos, sociais, motores e
emocionais para proporcionar um processo de aprendizagem significativo. Segundo o
referido autor, a criança entra no mundo adulto por meio do brincar, como enfatiza a
Maranhão (2007, p. 31-32):
27

Por meio da brincadeira a criança vai se desenvolver socialmente,


conhecerá as atitudes e as habilidades necessárias para viver em seu grupo
social. A imaginação vai ajudá-la a expandir as suas habilidades conceituais.
Na sua função imitativa, a criança aprende a conviver com as atividades
culturais; usando a brincadeira ela estará estimulando o seu
desenvolvimento, aprendendo as regras dos mais velhos.

Ou seja, ludicamente falando, a criança tende desenvolver-se com menos


complexidade quando há a junção do lúdico com a rotina diária, através do brincar
pode-se trabalhar diversos aspectos do mundo infantil. Assim, o professor possui em
mãos, através das ludicidades, diversos recursos que são capazes de trabalhar muitas
áreas com as crianças, porém é necessário que ele esteja ciência das necessidades
dos alunos, em qual área precisam de mais atenção e principalmente, respeitar os
limites apresentados pelas crianças.

Cabe ao professor realizar, de forma dinâmica e precisa, um planejamento hábil


e que consiga corresponder aos requisitos das crianças. Através das brincadeiras, é
possível que o professor consiga atingir seus objetivos, que não é somente o de
transmitir o conhecimento, mas também, de tornar a criança um ser receptor da
mensagem de maneira objetiva e significativa.

É durante o jogo que a criança desenvolve a capacidade de enfrentar desafios


e superações, enfrenta seus medos e receios, seus bloqueios e prática suas
habilidades ao pular, jogar bola, correr, descer, subir, levantar algo dentre outros. No
jogo a criança tende a exercer uma maior autonomia e discernimento do certo e
errado.

Quando os educadores inserem os jogos em seus ensinos independente das


disciplinas, passam a dar mais estímulos aos educandos, pois torna um recurso que
pode mudar a rotina da sala tornando a aula mais interessantes aos alunos. Quando
a aprendizagem acontece através das apresentações dos jogos aos alunos pelo
professor como dominó, quebra-cabeça, palavras cruzadas, memória e outros ele está
permitindo a esses alunos que os mesmos façam da aprendizagem um processo
interessante e divertido.

Assim, Smole, Diniz e Cândido (2000) ressaltam que:


28

De fato, enquanto brinca, a criança pode ser incentivada a realizar


contagens, comparar quantidades, identificar algarismos, adicionar pontos
que fez durante a brincadeira, perceber intervalos numéricos, isto é, iniciar a
aprendizagem dos conteúdos relacionados ao desenvolvimento do pensar
aritmético. Por outro lado, brincar é uma oportunidade para perceber
distância, desenvolver noções de velocidade, duração, tempo, força, altura e
fazer estimativas envolvendo todas essas grandezas (SMOLE, DINIZ E
CÂNDIDO, 2000, p. 16).

Entretanto, os jogos podem ser apresentados de diversas formas às crianças,


isso dependerá do planejamento do professor bem como da realidade dos alunos, por
isso é importante que antes de qualquer aplicação de atividade o professor faça o
diagnóstico dos alunos para assim, fazer um levantamento dos conhecimentos prévios
dos conhecimentos trazidos pelos alunos em suas bagagens.

A intervenção pedagógica provoca avanços que não ocorreriam


espontaneamente, a importância da intervenção deliberada de um indivíduo
sobre outros como forma de promover desenvolvimento articula-se com um
postulado básico de Vigotski: a aprendizagem é fundamental para o
desenvolvimento desde o nascimento da criança. A aprendizagem desperta
processos internos de desenvolvimento que só podem ocorrer quando o
indivíduo interage com outras pessoas (OLIVEIRA, 1993, p. 33).

Portanto a afetividade nas relações pedagógicas de professor aluno, pode


determinar o sucesso ou fracasso de uma criança na escola e em sua vida futura.
Precisa-se estabelecer um relacionamento de amizade e respeito entre professor e
aluno, permitindo ao aluno e estabelecendo seu próprio progresso físico, psíquico,
espiritual e moral.

Em relação as contribuições dos jogos no processo de alfabetizão do aluno nos


anos iniciais, irá se abordar no terceiro capítulo.
29

CAPÍTULO III – AS CONTRIBUIÇÕES DOS JOGOS NO PROCESSO DE


AQUISIÇÃO DA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO.

A escola é um ambiente onde a criança passa a participar de diversas situações


que as possibilitem de desenvolver seu repertório de conhecimento de palavras,
ajudando-as na comunicação e principalmente na escrita.

Portanto a mediação do professor diante dessa tarefa é visivelmente


importante, uma vez que através de seus trabalhos pedagógicos a criança tende a
entender o contexto a que vive.

No contexto do trabalho pedagógico realizado pela escola, são


inúmeras formas de mediação que se estabelecem entre as crianças e o
conhecimento. Entre elas destacamos a mediação do outro, que ensina e faz
junto, permitindo a construção partilhada; a mediação dos signos linguísticos
e dos recursos sistematizados pedagogicamente, que permeiam todas as
interações, organizando os instrumentos para a atividade intelectual
(NOGUEIRA, 1996, p. 17).

O professor mediador é aquele que no processo de aprendizagem favorece a


interpretação do estímulo ambiental, chamando a atenção para os seus aspectos
cruciais, atribuindo significado à informação recebida, possibilitando que a mesma
aprendizagem de regras e princípios sejam aplicados às novas aprendizagens,
tornando o estímulo ambiental relevante e significativo, favorecendo o
desenvolvimento.

Mas antes de falar sobre o uso dos jogos e suas contribuições para o processo
de alfabetização e letramento, é preciso, mesmo que de forma sucinta, socializar a
tematica: alfabetização e letramento nos anos iniciais para que seja possível entender
o papel principal da ludicidade nesse percurso.
30

3.1 – A alfabetização nas seres iniciais

A formação do leitor vem sendo comprometida devido os diversos motivos tanto


da parte do professor como da parte do aluno. O ensino da leitura e da escrita é um
requisito importante para o desenvolvimento da formação literárias do aluno, sendo
necessário que os alunos entendam a importância das obras literárias para o contexto
atual.
Vê-se que a formação de leitores ocupa um nível importante diante do
desenvolvimento do aluno enquanto este frequenta a escola, ou seja, em todo o
processo de estudo, a leitura bem como suas vertentes, irão sempre estar em primeiro
lugar.
O processo de leitura dá se de forma gradativa e constantemente variável, ou
seja, se trata de um processo árduo e que paulatinamente vai acontecendo, tendo a
necessidade de ser significativa ao professor e principalmente ao aluno. O
desenvolvimento da linguagem escrita com a criança é algo que, necessariamente,
precisa fazer parte de um processo geral, dando -se como um importante trabalho de
caráter contínuo com uma abordagem mais elaboração e cognitiva por meio de
inserção no mundo da escrita pelas interações sociais e orais e sempre levando em
considerando a significação que a escrita tem na sociedade.
De acordo com Soares (2021):

A alfabetização é o processo de apropriação da “tecnologia da


escrita”, isto é, do conjunto de técnicas – procedimentos, habilidades –
necessárias para a prática da leitura e da escrita: domínio do sistema de
representação que é a escrita alfabética e das normas ortográficas;
habilidades motoras de uso de instrumentos de escrita (lápis, caneta,
borracha...); aquisição de modos de escrever e de ler – aprendizagem de uma
certa postura corporal adequada para escrever ou para ler; habilidades de
escrever ou ler, seguindo convenções da escrita, tais como: a direção correta
da escrita na páginas (de cima para baixo, da esquerda para a direita); a
organização espacial do texto na página; a manipulação correta e adequada
de suportes em que se escreve e nos quais se lê – livro, revista, jornal, papel
etc. (SOARES 2021, p. 27).
31

Trata-se de dar sentido à aprendizagem situando o conhecimento, dando


margem a alfabetização, no contexto de sua aplicação e histórico de sua construção
e de envolver o aluno na (re) construção do conhecimento. Para tanto, destaca-se a
possibilidade da concretização de tal processo através de recursos como jogos e
brincadeiras, histórias, resolução de problemas, produção de textos, entre outro.
Assim, segue a autora:

O letramento é a capacidade de uso da escrita para inserir-se nas


práticas sociais e pessoais que envolvem a língua escrita, o que implica
habilidades várias, tais como: capacidade de ler ou escrever para atingir
diferentes objetivos – para informar ou informar-se, para interagir com outros,
para imergir no imaginário, no estético, para ampliar conhecimentos, para
seduzir ou induzir, para divertir-se, para orientar-se, para dar apoio à memória
etc.; habilidades para interpretar e produzir diferentes tipos e gêneros de
textos; habilidades de orientar-se pelas convenções de leitura que marcam o
texto ou de lançar mãos dessas convenções, ao escrever; atitude de inserção
efetiva no mundo da escrita, tendo interesse e prazer em ler e escrever,
sabendo utilizar a escrita para encontrar ou fornecer informações e
conhecimentos, escrevendo ou lendo de formas diferenciada segundo as
circunstâncias, os objetivos, o interlocutor. (SOARES 2021, p. 27).

Identificar as concepções da criança quanto à alfabetização é essencial e de


grande valia para o professor, sendo que este consegue entrar afundo nas
perspectivas do aluno através das vivências apresentadas pela criança. A criança
apresenta interesse no que se é passado quando está ação lhe é prazerosa e
significativa fazendo com que haja socialização ocasionando em aprendizado.

Neste contexto, o professor precisa ter a consciência que ao elaborar


estratégias que sejam capazes de atingir o seu objetivo de ensinar tem que,
primeiramente, conceituar em como se encontra a realidade de conhecimento do
aluno e assim proporcionar propostas que introduza o aluno no mundo das escritas e
leituras.

Em efetivação do pensamento de Soares (2021) em relação a junção da


alfabetização e letramento:
32

Alfabetização e letramento são processos cognitivos distintos,


portanto, a aprendizagem e o ensino de um e de outro é de natureza
essencialmente diferente; entretanto, as ciências em que se baseiam esses
processos e a pedagogia por elas sugeridas evidenciam que são processos
simultâneos e interdependentes. A alfabetização – a aquisição da tecnologia
da escrita – não procede e nem é pré-requisito para o letramento, ao
contrário, a criança aprende a ler e a escrever envolvendo-se em atividades
de letramento, isto é, de leitura e produção de textos reais, de práticas sociais
de leitura e de escrita. (SOARES 2021, p. 27)

A alfabetização e o letramento são termos que se complementam, onde a


criança fará seu uso nas práticas sociais. Ela terá a capacidade de interpretar,
compreende, opinar de forma espontânea no contexto que está sendo inserido.
Correspondendo positivamente as demandas sociais da leitura e da escrita, isto é,
sendo alfabetizada a criança terá condições de apropriar-se do conhecimento de
forma contextualizada. Ao longo do processo de alfabetização e letramento a escrita
é um mecanismo importante para a sua eficácia, em que a criança passa por várias
etapas até serem alfabetizadas.

Assim, Goulart (2002) diz que:

Podemos entender tal relevância no sentido da participação crítica


nas práticas sociais que envolvem a escrita, mas também no sentido de
considerar o diálogo entre os conhecimentos da vida cotidiana, constitutivos
de nossa identidade cultural primeira, com os conhecimentos de formas mais
elaboradas de explicar aspectos da realidade. (GOULART, 2002, p. 52).

Porém, fazer o encaixe da prática com a teoria não é um trabalho fácil, ou


seja, há a necessidade de estudos voltados para o desenvolvimento da prática da
leitura e escrita de uma maneira mais atrativa e convidativa aos alunos, sendo esses,
os protagonistas de suas próprias formações.
É o que Bordini e Aguiar (1993, p. 9) afirmam:

É, portanto, na convivência social que nascem as linguagens,


conforme as necessidades de intercâmbio [...] Através das trocas linguísticas,
o indivíduo se certifica de seu conhecimento do mundo e de outros homens,
33

assim como de si mesmo, ao mesmo tempo em que participa das


transformações em todas as esferas (BORDINI e AGUIAR 1993. p. 83).

A alfabetização pode parecer assustadora principalmente para quem precisa


apreender os conhecimentos acerca do desenvolvimento, porém é preciso que o
professor tenha ciência da importância que a ludicidade apresenta e seus significados
sob o olhar da criança. Assim, faz necessário entender sobre o jogo e todo seu
potencial na prática docência no ensino da matemática. Inicialmente faz justo falar
sobre a estrutura da alfabetização no ambiente escolar e suas dimensões.

Na visão de muitos estudiosos as causas do não aprender podem ser


diversas. Em vista dessa complexidade, é necessário reconhecer que não é tarefa
fácil para os educadores compreenderem essa variadas causas.

Portanto é preciso compreender que alfabetização e letramento são práticas


distintas, porém, indissociáveis, interdependentes e simultâneas. No entanto, a falta
de compreensão destes termos gera grande confusão em seu uso teórico e prático,
levando à perda da especificidade destas. (SOARES, 2003).

Letramento relaciona-se às práticas sociais de leitura e de escrita.


Esse conceito diz respeito “ao conjunto de conhecimentos, atitudes,
capacidades envolvidas no uso da língua em prática sociais e necessários
para uma participação ativa e competente na cultura escrita” (SOARES 2005
p. 50).

Ao refletir sobre essas concepções e em anuência com Soares (2003)


encontramos uma grande problemática, que acaba refletindo na qualidade da
educação brasileira. Muitos profissionais da educação acabam por mesclar e
confundir o significado destes dois conceitos, ampliando o conceito de alfabetização,
sobrepondo o de letramento, como se letramento tivesse o mesmo sentido de
alfabetização e, assim, não desempenhando um bom trabalho.
34

(...) a alfabetização como um ato natural, onde o ser humano tem a


possibilidade de desenvolver sua real inteligência e o educador pode
contribuir para que a apropriação do sistema de representação das
linguagens, convencionalmente adotada pelos homens, seja adquirida de
forma significativa (...). (DANYLUK, 1994, p. 48, apud WIGGERS, p.166).

A alfabetização é um processo que para tal é preciso que o professor


disponibilize diversos mecanismos a fim de corresponder com as necessidades
intelectuais e cognitivas do aluno bem como tornar significativa esse processo que,
diante de muitos conceitos, não se dá de maneira fácil e sim árdua e progressiva.

Dentro do processo de ensino aprendizagem nos anos iniciais do Ensino


Fundamental , faixa etária em que ocorre a busca pela alfabetização através de
variados métodos e práticas pedagógicas, no intuito de tornar viável uma
alfabetização onde as duas formas de linguagem possam estar presentes, em
harmonia, e finalmente se unificam sendo elas: a Linguagem Matemática e a Língua
Materna, de forma a promover a aprendizagem Matemática visando à aquisição
significativa das ideias básicas pertinentes à Matemática e de suas linguagens.

Na aprendizagem e em todo o contexto da alfabetização, há uma grande


promoção da capacidade e da potencialidade do desenvolvimento do aluno e essa
ferramenta deve pertencer a um lugar especial e respeitada na prática pedagógica do
professor para que haja o desenvolvimento e o processo alfabetizador do aluno.

3.2 – Os jogos e a alfabetização e letramento

Segundo Solé (1998), existem estratégias de facilitação da compreensão


leitora, que poderão ser invocadas nas três etapas da leitura: antes, permitindo situar
o leitor diante da leitura, instigando-o a assumir papel ativo no processo, durante,
permitindo construir uma interpretação que auxilie na resolução de problemas e
depois da leitura, predispondo-se a unificar as etapas anteriores de forma concreta.

A utilização do brincar no processo de ensino e aprendizagem das crianças tem


levado as crianças a realizarem diversas ações que trazem sentido ao aprendizado.
Com isso em mente, os jogos e brincadeiras podem ser ferramentas de ensino
35

potencializadoras do conhecimento, que são interessantes por natureza e estimulam


significativamente a interação e a socialização das crianças, fora do jogo e com o
conteúdo mencionado.

A ludicidade contribue para a alfabetização e letramento do aluno, pois por meio


dessa ferramenta interacionista, as crianças aprendem a ouvir, falar, ler, escrever,
interpretar, desenvolver novos conhecimentos, apresentar, expressar pensamentos e
sentimentos em uma linguagem adequada à situação.

Para Rodrigues e Santos (2014, p. 114):

A ludicidade está relacionada com a criatividade, autonomia,


liberdade entre as pessoas envolvidas neste processo. É um artificio que os
docentes usufruem para aprimorar e despertar o gosto pelo conhecimento de
seus educandos, de maneira prazerosa e participativa.(SANTOS 2014, p .
114)

Os jogos e as brincadeiras também são meios de fornecer à criança um


ambiente agradável e motivador, planejado e enriquecido, de forma a estimular, na
criança, a curiosidade, a observação a intuição, favorecendo seu desenvolvimento.

A pedagogia lúdica permite mais recursos para modificar as estratégias de


ensino, garante uma aprendizagem mais divertida e significativa para os alunos,
promove a reflexão sobre o sistema de escrita e, assim, desenvolve a linguagem oral
e escrita e, de forma semelhante, permite a inclusão da mesma atividade proposição,
diferentes níveis de aprendizagem.

As crianças em fase de alfabetização, com faixa estaria entre 6 e 7 anos,


encontram-se, segundo Piaget (1990), no estágio de desenvolvimento pré-operatório.
Esse período é marcado pela manifestação da linguagem, segundo o autor, isto deve-
se ao surgimento da função simbólica na criança. O surgimento da linguagem
representa mudanças profundas nos aspectos emocionais, sociais e cognitivos da
criança, pois permite que ela interaja com os outros, além de proporcionar à criança a
capacidade de trabalhar com outras linguagens.
36

Segundo Borba (2007): o jogo amplia o processo de ensino e aprendizagem,


contribuindo para o enriquecimento de vocabulário, capacidade de ação corporal,
concentração e raciocínio lógico. Em suas mais diversas formas, os jogos, quando
reconhecidos como ferramenta pedagógica, além de estimular a imaginação, também
aumentam a coordenação motora e a capacidade de interpretar, imaginar e interagir
dos alunos com os colegas, permitindo que o construa a identidade de uma pessoa.

Existem inúmeras possibilidades de incorporar a ludicidade na


aprendizagem, mas para que uma atividade pedagógica seja lúdica é
importante que permita a fruição, a decisão, a escolha, as descobertas, as 10
perguntas e as soluções por parte das crianças e dos adolescentes, do
contrário, será compreendida apenas como exercício (BORBA, 2007, p. 43).

Nesse sentido, o professor precisa refletir sobre como promove o lúdico em


suas aulas, para não transformar o momento, que deveria ser o de descontração e
diversão, em uma atividade de exercício, diferente e repetitiva, portanto, é importante
entender que os alunos têm taxas de aprendizado diferentes uns dos outros.

Um bom exemplo da utilização dos jogos no processo de alfabetização e


letramento nos anos iniciais é a questão do trabalho com a matemática, pois o ensino
da matemática em qualquer série apresenta dificuldades, muitas vezes, por parte dos
alunos que acreditam que não vão aprender a ciências dos números, porém, através
de alguns métodos é possível ter a noção matemática sem receios.

No ensino fundamental não é diferente, quando o professor faz uso de


ferramentas que são essências para criar uma didática interessante e eficaz a
transmissão de conhecimento. Moura (2007) discute modos como se dá o
desenvolvimento desse conhecimento:

[...] o desenvolvimento do conhecimento matemático, nesse


processo, é parte da satisfação da necessidade de comunicação entre os
sujeitos para a realização de ações colaborativas. O desenvolvimento dos
conteúdos matemáticos adquire, desse modo, característica de atividade.
Esses conteúdos decorrem de objetos sociais para solucionar problemas, são
instrumentos simbólicos que, manejados e articulados por certas regras
37

acordadas no coletivo [...] os conhecimentos que vingam são aqueles que


têm uma prova concreta quando testados na solução de problemas objetivos.
(MOURA 2007.p.50-51).

A partir dessas atividades voltadas para a cultura lúdica, o conhecimento


matemático pode parecer mais exemplificado de forma espontânea e natural, aliado a
bagagem apresentada pelo aluno, por é sabido que todos trazem consigo com os
ensaios apresentados à criança de acordo com o ambiente sociocultural em que ela
convive, ou seja, os conhecimentos prévios dos alunos diante da questão da
matemática devem ser considerados e valorizados, pois é a partir desses que o
professor irá entender as necessidades dos alunos.

Sobre ensinar matemática na educação infantil está muito a frente do que


somente ensinar a contar Piaget (1976) diz:

Os fundamentos para o desenvolvimento matemático das crianças


estabelecem-se nos primeiros anos. A aprendizagem matemática constrói-se
através da curiosidade e do entusiasmo das crianças e cresce naturalmente
a partir das suas experiências (...) A vivência de experiências matemáticas
adequadas desafia as crianças a explorarem ideias relacionadas com
padrões, formas, número e espaço duma forma cada vez mais sofisticada
(PIAGET, 1976, p.73).

É importante que o professor faça o rebuscamento, ao ensinar, das culturas


lúdicas junto com a criança, pois esse poderá ser o principal meio de ensiná-los.
Assim, através dos jogos será possível trabalhar com os alunos os conteúdos de
matemática.

De acordo com Guimarães, Souza, Resende (2011 p. 10):

Os jogos devem ser utilizados como ferramentas de apoio ao ensino


e que esta opção de pratica pedagógica conduz o aluno a explorar sua
criatividade. Sendo assim, dentro de um contexto educacional que o lúdico
em sala de aula visa a finalidade de contribuir e auxiliar o educador no
processo de ensino aprendizagem com o objetivo de desenvolver método de
38

ensino que despertem na criança o interesse pela matemática.


(GUIMARÃES, SOUZA, RESENDE 2011.p.10).

Portanto, não basta somente que o professor apresente as brincadeiras aos


alunos, mas sim, faça um apanhado das perspectivas e queixas dos alunos para que
possa elaborar as atividades conforme o perfil do aluno e as necessidades.

A ludicidade pode ser utilizada no ensino e na prática pedagógica como fato


contribuinte para a aprendizagem, permitindo aos alunos o acesso ao conhecimento
científico. Desta forma, constitui uma ferramenta valiosa para educadores
desenvolverem várias competências funcionais nos alunos, tais como: resolução de
problemas, promovendo a assimilação de conceitos de conceitos, que estes alunos
nunca esquecerão. (CAMPOS; BARTOLOTO; FELÍCIO, 2003).

Para Campos; Bartoloto; Felício (2003) o jogo é uma ferramenta ideal da


aprendizagem, na medida em que propõe estímulo ao interesse do aluno, ajuda a
construir suas novas descobertas, e simboliza um instrumento pedagógico que leva o
professor à condição de condutor, estimulador e avaliador da aprendizagem.

Entrando então na prática lúdica para conciliar o trabalho dos professores,


organizações pedagógicas de aprendizagem, olhando para o que os alunos já sabem

a respeito dos conteúdos que os professores consideram importantes, para


alunos da aprendizagem em literatura. Para tanto, faz -se necessário ressaltar que:

No caso das Séries/Anos Iniciais do Ensino Fundamental, a


aprendizagem da língua escrita; o desenvolvimento do raciocínio matemático
e a sua expressão em linguagem matemática; a ampliação de experiências
com temáticas ligadas a muitas áreas do conhecimento; a compreensão de
aspectos da realidade com a utilização de diversas formas de expressão e
registro – tudo deve ser trabalhado de forma que as crianças possam,
ludicamente, ir construindo outros modos de entender a realidade,
estabelecendo novas condições de vida e de ação (GOULART, 2007, p. 89).

O autor explica que através do lúdico há uma grande possibilidade de propor


momentos onde o ensino de qualquer conteúdo aconteça de uma forma diferenciada
39

e mais do que divertida, que apresente algum significado mesmo que pouco, pois
sabe-se que a criança aprende na medida em que ocorre a interação, o interesse e
principalmente o questionamento sobre o conteúdo.

Portanto, assim que o professor realiza ao inserção dos jogos no processo de


ensino aprendizagem o mesmo olhar para o lúdico como uma ferramenta identificada
que possibilita uma prática pedagógica eficaz para o ensino da matemática, que além
de favorecer a lógica, possibilita também o desenvolvimento da discriminação na hora
de tomar decisões e reconhecer regras importantes para executar um determinado
cálculo, bem como, perceber as relações entre a teoria e a prática que compete ao
dia a dia da criança e assim, desenvolver várias possibilidades para um mesmo
problema.

Os processos de desenvolvimento e de aprendizagem envolvidos no


brincar são também constitutivos do processo de apropriação de
conhecimentos! A possibilidade de imaginar, de ultrapassar o já dado, de
estabelecer novas relações, de inverter a ordem, de articular passado,
presente e futuro potencializa nossas possibilidades de aprender sobre o
mundo em que vivemos! (BORBA, 2007, p. 39).

Outra forma de incentivar a brincadeira é envolver toda a família na ação, ou


seja, personagens adultos podem explicar como as crianças brincavam naquela
época. Nesse sentido, além de ouvir atentamente as explicações, esse tipo de
interação faz com que crianças absorvam novos conhecimentos.

Desse modo, é por meio do lúdico que o aluno desenvolve habilidades e


resgata a cultura da época em que seus pais e avós eram crianças. Diante disso, é
fundamental a mediação e o estímulo do educador, para desenvolver a criatividade
da criança (KISHIMOTO, 2000).

Os jogos são uma ferramenta de aprendizagem ideal, pois estimulam o


interesse dos alunos, ajudam a formar novas descobertas e representam uma
ferramenta pedagógica que apresenta os professores como facilitadores, facilitadores
e facilitadores, aprendizes e avaliadores.
40

3.3 – O professor mediador no processo de alfabetização e letramento com o


uso do lúdico

Valendo-se sempre que o professor deve ter ciência dos reais conceitos de
jogos, brincadeiras e outras manifestações que convergem para o fenômeno lúdico, o
que demanda a assunção de novas posturas e maior comprometimento. Fica claro
que o papel do educador é fornecer à sala de aula um embasamento teórico,
pedagógico e lúdico para que ele possa aplicar efetivamente sua metodologia aos
seus alunos. Porque o jogo só será eficaz no processo ensino-aprendizagem se
houver conhecimento teórico ao mesmo tempo que prática.

(...) a ludicidade na educação requer uma atitude pedagógica por


parte do professor, o que gera a necessidade do envolvimento com a
literatura da área, da definição de objetivos, organização de espaços da
seleção e da escolha de brinquedos adequados e o olhar constante nos
interesses e das necessidades do educando. (RAU, 2013, p. 32).

O olhar do professor sobre cada ação da criança diante das propostas


apresentadas a ela, pois assim, tem uma grande vantagem a seu favor uma vez que
através das brincadeiras a criança não só se diverte, mas também aprende e adquire
conhecimentos cognitivos.

A mediação deve ser entendida como as estratégias e auxílios utilizados pelo


professor para que o aluno, dentro do processo de compreensão leitora, construa
efetivamente um diálogo com o texto. Ou seja, as intervenções feitas pelo professor
que colaboram para melhor compreensão dos textos trabalhados em sala de aula
diante de situações em que os alunos apresentam pouca ou muita dificuldade

Como entendido nas reflexões de Vygotsky, de acordo com Rego, (1995


p.116):

“Mas para que ele possa intervir e planejar estratégias que permitam
avanços reestruturação e ampliação do conhecimento já estabelecido pelo
41

grupo de alunos, é necessário que conheça o nível efetivo das crianças, ou


melhor, as suas descobertas hipóteses, informações, crenças opiniões,
enfim, suas “teorias” acerca do mundo circundante. Este deve ser
considerado o “ponto de partida”.

Se ao utilizar atividades lúdicas nas atividades do dia a dia da criança resulta


em uma ótima forma de trabalhar a construção do conhecimento da criança. Pode-se
conhecer muitos dos aspectos importantes do desenvolvimento de uma criança
através da maneira como ela brinca e de como ela se doa através da execução da
brincadeira.

Assim, entende-se que a alfabetização vai se adaptando para diferentes


situações, no intuito de haver a comunicação e o entendimento dos indivíduos falantes
contando com todos os aparatos necessários como os sons, as palavras, a estrutura
não só verbal, mas também conteudista. É importante entender que durante as
conversas, deve haver um revezamento de falas por parte de cada falante e de cada
ouvinte.

O trabalho do professor como mediador no processo de alfabetização se dá


de forma gradativa, pois é preciso respeitar os limites e o desenvolvimento do aluno,
uma vez que, este necessita corresponder o tempo necessário para obter e adquirir o
conhecimento. É preciso que o professor na função de mediador tenha em mente que
seu trabalho não é o de facilitar a inserção do indivíduo no muito do conhecimento e
sim, ajudá-lo a se encontrar e ir em busca do aprendizado. Vygotsky expressa essa
ideia como aborda Rego, (1995, p.115):

“O professor deixa ser visto como agente exclusivo de informação e


formação dos alunos, uma vez que as interações estabelecidas entre as
crianças também têm um papel fundamental na promoção de avanços no
desenvolvimento individual.”

Portanto, o professor tem um papel decisivo nesse processo, pois com a


mediação o processo pode ser menos complicado. Os professores interessados em
ensinar seus alunos a ler e escrever, enfatizando o significado das informações
explícitas e implícitas fornecidas pelo texto, colaboram na construção de um tema de
42

letramento. Esse sujeito pode não ter dificuldade em entender textos mais complexos,
pois desenvolveu o hábito de ler para fins de compreensão.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho pedagógico tanto do professor como da escola deve ser trabalhado


em conjunto a fim de possibilitar um espaço de interação com o processo de
alfabetização e letramento do aluno, sendo que o educador deve desenvolver uma
prática de estimular o prazer pela aprendizagem e o domínio da escrita, levando em
consideração os níveis de aprendizagem de cada indivíduo que faz parte do ambiente
escolar.

Com a realização deste trabalho ficou claro que a cultura lúdica bem como a
reflexão sobre a prática docente acerca da ludicidade é algo necessário para a
formação e o desenvolvimento do professor enquanto detentor de sala de aula, ou
seja, através do olhar do professor e o conhecimento sobre o lúdico há a possibilidade
de se trabalhar com a educação infantil de forma lúdica e obter a aprendizagem assim
o lúdico deve ser entendido e visto como um elemento chave para um processo
educativo, o mesmo faz parte deste processo quando diz respeito ao acarretamento
de conhecimentos e curiosidade em aprender.

Dessa forma, pode-se pontuar, inicialmente, a importância do papel do


professor como autor o qual serve de modelo para os alunos e a função de mediador
que tem nesse processo. O aluno precisa de apoio, informação, incentivo e dos
desafios proporcionados pelo professor. Assim, o aluno vai dominando,
progressivamente aspectos da tarefa de leitura e escrita que, no início, são distantes
dele. Necessário refletir, ainda, que o ensino da leitura não é questão de um curso ou
professor, mas questão de toda a escola e de todos os professores.

Pode-se concluir que os jogos estão presentes na Educação Infantil tendo


ênfase no desenvolvimento cognitivo da criança. Os jogos se baseiam no brinquedo
que exercita a concentração, raciocínio e criatividade, coordenação motora, além de
fazer com que a criança aprenda de maneira leve e divertida.
43

Por fim, pode-se dizer que a ludicidade está interligada com os jogos, pois é
através da brincadeira com as peças de encaixe que o aluno aprende de forma
espontânea e recreativa.
44

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