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1 INTRODUÇÃO

É fundamental garantir que os alimentos sejam seguros e de boa qualidade,


especialmente quando se trata de produtos lácteos. A verificação de possíveis
adulterações no leite é crucial, já que este é uma fonte importante de nutrientes para
muitas pessoas em todo o mundo. Qualquer alteração na pureza do leite não só afeta a
qualidade do produto, mas também pode ter impactos na saúde pública e na reputação
do setor de laticínios.

No entanto, devido aos avanços tecnológicos para atender à crescente demanda, os


custos de produção aumentaram, tornando o leite mais propenso a adulterações. Práticas
comuns incluem a adição de gordura vegetal para aumentar o teor de gordura ou
simplesmente a diluição com água para aumentar o volume. Essas adulterações podem
ser identificadas por métodos rotineiros, como testes microbiológicos para verificar a
presença de fungos e bactérias, ou ensaios sobre a composição nutricional.

Apesar desses métodos de verificação, as técnicas de adulteração têm se tornado mais


sofisticadas ao longo do tempo. Algumas delas incluem a utilização de formaldeído
(formol), peróxido de hidrogênio (água oxigenada), hipoclorito de sódio (cândida) e
hidróxido de sódio (soda cáustica). Mesmo em quantidades ínfimas, que não podem ser
detectadas pelos métodos convencionais, esses elementos prolongam a vida útil do leite
nas prateleiras, resultando em maior lucratividade para os adulteradores.

O uso de amido, por exemplo, tem o objetivo de dar uma consistência falsa ao leite,
simulando uma maior quantidade de sólidos e enganando sobre a qualidade do produto.
A presença de urina, além de ser uma preocupação ética, representa sérios riscos à
saúde, pois é usada para aumentar o volume do leite.

O formol, conhecido por suas propriedades conservantes, é outro elemento preocupante


que pode ser adicionado indevidamente para prolongar a vida útil do leite. Da mesma
forma, a água oxigenada é empregada para prevenir a proliferação de microrganismos.
Essas práticas fraudulentas não apenas prejudicam a qualidade do leite, mas também
minam a confiança dos consumidores e afetam a sustentabilidade do setor de laticínios.

2 OBJETIVOS
Verificação de adulterantes no leite

3 METODOLOGIA

3.1 Materiais

- 1 balança técnica
- banho- maria a 100°C
- argola
- suporte para argola para encaixar o funil de vidro 1
- suporte para tubo de ensaio 1
-bastão de vidro 1
- proveta 10e 20ml 1
- tubo de ensaio 7
- béquer de 150 ml 2
- pipeta de 1, 2 e 5 ml
-funil de vidro 1
- papel de filtro 2
- solução alcoólica de iodo 1%
- acido clorídrico
- álcool absoluto
- Acido nítrico
- solução de floroglucina 1%
- solução de hidróxido de sódio 10%
- solução guaiacol 1%
- sulfato de amônia

3.2 Métodos

 Pesquisa de AMIDO

Foi transferido 10ml de amostra, com auxilio de uma proveta, para um tubo de ensaio .
Aquecido em banho a 100 ° C até ebulição da amostra
Foi resfriado em água corrente. Adicionando em seguida 2 gotas de solução alcoólica de
iodo 1 %.

 Pesquisa de URINA

Foi transferido 5 ml de amostra, com auxilio de uma proveta, para um tubo de ensaio.
Adicionando em seguida 5 ml de acido clorídrico, 5 ml de álcool absoluto e 0,5 ml de
acido nítrico. Não foi agitado

 Pesquisa de FORMOL

Foi transferido 10 ml de amostra, com auxilio de uma proveta, para um tubo de ensaio.
Adicionando em seguida 1 ml de floroglucina a 1% e 2 ml de solução de hidróxido de
sódio a 10%. Foi agitado.

 Pesquisa de ÁGUA OXIGENADA

Foi transferido 10ml da amostra para um tubo de ensaio e em seguida adicionado 2 ml


de uma solução de guaiacol a 1% e 2 ml de leite cru.

4 RESULTADOS e DISCUSSÃO
 Pesquisa de Amido:
Ao realizar a análise para detecção de amido, a observação da coloração azul evidenciou
a presença desse adulterante no leite.
 Pesquisa de Urina:
Na pesquisa específica para urina, a manifestação de uma coloração rósea violeta
indicou claramente a presença desse adulterante.
 Pesquisa de Formol:
Durante a análise para verificar a presença de formol, a identificação do formaldeído foi
evidenciada pela coloração salmão.

 Pesquisa de Água Oxigenada:


Na análise para verificar a presença de água oxigenada, a detecção de formaldeído
também foi indicada pela coloração salmão

5 CONCLUSÃO

Esses resultados reforçam a importância de implementar métodos analíticos confiáveis e


regulamentações estritas para garantir a qualidade e a segurança do leite, protegendo
assim a saúde do consumidor e a integridade do setor lácteo.

6 REFERÊNCIAS

DENARDI FRANÇA, B. et al. IDENTIFICAÇÂO DA ADULTERAÇÂO DE


LEITE COM UREIA ATRAVÉS DAS TÈCNICA MULTIVARIADAS
AGRUPAMENTO HIERÁRQUICO BASEADO EM COMPONENTES
PRINCIPAIS E ANÁLISE DISCRIMINANTE LINEAR. Disponível em:
<https://www.udesc.br/arquivos/udesc/id_cpmenu/14605/28_16341505274919_14605.p
df>. Acesso em: 15 nov. 2023.

MAZER, R. H.; ULSON, J. A. C.; MEDEIROS, M. I. M. DE. Identificação de


adulterantes no leite bovino por meio de redes neurais artificiais e técnica
cromática. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, p. 53–68,
2021.

Vista do ANÁLISE DE ADULTERANTES NO LEITE DE VACA IN NATURA


COMERCIALIZADO INFORMALMENTE NO INTERIOR DO ESTADO DO
CEARÁ. Disponível em:
<https://periodicos.ces.ufcg.edu.br/periodicos/index.php/99cienciaeducacaosaude25/
article/view/212/pdf_66>. Acesso em: 16 nov. 2023.

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