Atividade 6 - CRIAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS CONCRETOS –

Sólidos Geométricos Euclidianos. – De 23 a 25 de agosto.

A recente oficina que propôs a criação de poliedros utilizando palitos de

churrasco e bolinhas de isopor não só ilustrou os princípios da educação
cooperativa, mas também evidenciou a aplicação dos descritores da Base
Nacional Comum Curricular (BNCC) de Matemática para o Ensino Fundamental.
Além disso, essa abordagem encontra respaldo nas contribuições de
importantes autores da área educacional.
Ao formar grupos heterogêneos de alunos, a oficina de poliedros alinhou-
se com as teorias de Lev Vygotsky, cujo construtivismo social destaca o valor da
interação entre pares no processo de aprendizagem. Vygotsky acreditava que o
desenvolvimento cognitivo é enriquecido quando os estudantes colaboram e
compartilham conhecimentos, exatamente como ocorreu durante a atividade. A
troca de saberes entre os grupos, em consonância com a BNCC, proporcionou
um ambiente propício à construção coletiva de aprendizado.
A materialização de conceitos abstratos da geometria espacial através da
manipulação de objetos concretos alinha-se com a teoria construtivista de Jean
Piaget. A interação física com os materiais, palitos e bolinhas, permitiu que os
alunos experimentassem as propriedades geométricas de forma tangível,
promovendo uma compreensão mais profunda. Nesse contexto, a atividade não
apenas atendeu aos objetivos da BNCC, mas também incorporou os princípios
de Piaget sobre a importância da ação no processo de aprendizagem.
A catalogação e a pintura dos poliedros reforçaram a ideia de uma
abordagem educativa que vai além do cognitivo. Howard Gardner, com sua
teoria das Inteligências Múltiplas, defende que as habilidades individuais se
manifestam em diversas formas. A catalogação exige habilidades de
organização, classificação e abstração, enquanto a pintura permite a expressão
criativa e artística. Ao incorporar esses elementos, a oficina enriqueceu a
experiência dos alunos, de acordo com a BNCC e com as perspectivas de
Gardner.
A escolha de materiais de baixo custo e longa durabilidade não apenas
tornou a oficina acessível, mas também promoveu a consciência ambiental,
seguindo princípios de educação sustentável. Paulo Freire, com sua pedagogia
crítica, destacou a importância de práticas educacionais que não apenas
transmitam conhecimento, mas também desenvolvam uma compreensão crítica
da sociedade e do meio ambiente. A seleção de materiais respeitosos com o
ambiente durante a oficina ecoou essa mensagem, alinhando-se à competência
“Empatia e Cooperação” da BNCC.
Em resumo, a oficina de poliedros com palitos de churrasco e bolinhas de
isopor não apenas se baseou em princípios de educação cooperativa e atendeu
aos descritores da BNCC, mas também encontrou suporte em teorias
educacionais de autores renomados. A colaboração entre os alunos, a aplicação
prática dos conceitos, a variedade de habilidades desenvolvidas e a
conscientização sustentável refletem uma abordagem educativa holística e
moderna, que prepara os estudantes para um mundo complexo e
interconectado.
Diário de Bordo
Registros Visuais

Um aluno especialista (Samuel) lidera seu

Alunos engajados na preparação dos espetinhos de grupo, compartilhando dicas sobre a
churrasco, que se tornarão as arestas dos poliedros. preparação dos espetinhos.

O meticuloso processo de pintura dos espetinhos

com tinta guache atóxica está em andamento. Com pincéis escassos e muitas mãos criativas,
a tinta guache se torna a escolha, facilitando a
lavagem posterior.
 Cada equipe recebeu uma cor designada, e a
decisão de usar as mãos acelerou o processo de Como diz a propaganda, “Por que se sujar, faz
pintura. bem” – uma experiência artística e educativa.

Na segunda etapa, a pintura das bolinhas de

A sensação de realização coletiva motiva os alunos isopor começa seguindo um sistema de cores
para as próximas etapas do projeto. para identificar arestas e faces.
 A descoberta de que podem usar as mãos
aumenta a eficiência e conclui a tarefa O projeto pausa enquanto esperamos que a tinta
rapidamente. PVA seque completamente.

No dia seguinte, os grupos montam sólidos

Fusão de grupos é comum, maximizando os geométricos a partir de esquemas na lousa, como
resultados de aprendizagem até agora. um quebra-cabeça.

A atividade continua à medida que os sólidos são

Seguindo as regras de cores preestabelecidas, passados entre grupos para identificar pontos,
cada grupo monta seu sólido geométrico. retas e planos.
Todo o material concreto agora pertence à escola,
disponível para uso em outros projetos Um momento de registro: um retrato dos alunos
educacionais. especialistas do 6º C “trocando figurinhas”.

No exemplo da imagem, o aluno base Fernando

examina e classifica o sólido geométrico de outra
equipe. No caso, uma pirâmide de base Um momento de registro: uma selfie com os
quadrada. alunos especialistas do 6º C.

Cada aluno escolhe um sólido construído por

outra equipe, examinando-o e aplicando princípios
euclidianos para classificá-lo. Decidimos
encaminhar todo este material para o centro de
Atendimento Educacional Especializado (AEE)
que atende nossa escola, ampliando assim, os
E outra selfie com os especialistas do 6º D, horizontes de utilização das nossas ferramentas
celebrando nossa jornada educativa. de aprendizagem

Na tarde seguinte, fizemos uma visita ao AEE,
ofertando os nossos materiais concretos para
que fossem utilizados pelo referido público alvo.
Durante a visita, o aluno Mateus estava em
atendimento, que com ajuda a ajuda de sua
interprete de Libras, porém de forma muito
inteligente e integrada, nos compartilhou sobre
suas experiências no ambiente AEE.
Em contrapartida, recebemos uma calorosa
acolhida das profissionais do AEE, que nos
presentearam com uma aula inclusiva, onde todos
os participantes aprenderam um pouco sobre a
Linguagem Brasileira de Sinais (LIBRAS). Ao fundo,
o aluno Matheus e sua interprete, Eliane.
Esta visita ao AEE nos reforçou a grande
necessidade de integração e cooperação de nossos
jovens. É nítida a sensação de bem-estar em cada
um dos que estavam presentes, por terem
aprendido uma coisa nova e tão importante para a
formação cidadã de cada um.