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ITAPETINGA-BA
DEZEMBRO/2023
Sumário
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................3
2. ENSAIO PEDAGÓGICO...........................................................................4
2.1 O estágio curricular e a unidade concedente: um breve diagnóstico 4
2.2 Fundamentação Teórica..........................................................................5
2.3. Material didático: criação e reflexão.....................................................6
2.4. Práxis e relatório de evidências............................................................7
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................8
REFERÊNCIAS............................................................................................... 8
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1. INTRODUÇÃO
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projetos multidisciplinares, executados.
Face ao perfil conservador da instituição concedente, o estagiário não
teve dificuldades para introduzir ferramentas que dialogam com metodologias
pós-modernas, implicando no seguinte questionamento: “Até que ponto a
manutenção de metodologias tradicionais comprometem a absorção de
conhecimento do aluno?” e “É possível mesclar ferramentas interativas às
técnicas tradicionais aplicadas nas metodologias modernas?”.
De forma objetiva, essa introdução busca fornecer uma visão
panorâmica do estágio realizado nas turmas do ensino fundamental,
delineando os elementos fundamentais que serão abordados ao longo da
Produção Conceitual de Aprendizagem, buscando responder as questões
norteadoras colocadas.
2. ENSAIO PEDAGÓGICO
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matrículas no ensino fundamental foi 9.508 matrículas; no ensino médio foram
2.668 matrículas; o número de estabelecimentos de ensino fundamental é de
47 escolas; e no ensino médio, 8 escolas, totalizando 55 instituições de ensino,
no município, de acordo com dados atualizados até o ano de 2021 (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, 2023).
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modelo engessado e conteudista, buscou-se promover um modo mais
participativo e dinâmico de aprendizado.
A exibição de filmes, como Ilha das Flores e o documentário: Encontro
com Milton Santos, para o 1º e 2º anos, respectivamente, propiciaram aos
alunos uma nova visão de mundo/realidade, oportunizando a formação ou
aprimoramento de seu senso crítico sobre as realidades vivenciadas.
As construções textuais, individuais e manuscritas, requeridas dos
alunos em cada seminário, debate ou pesquisa, se utilizando de questões
norteadoras, revelou-se importante instrumento para a avaliação de
aprendizado, capacidade cognitiva e de expressão, com o uso de metodologias
ativas, nas avaliações.
Percebe-se assim que, com esse Ensaio Pedagógico não apenas
destacou desafios, mas também promoveu reflexões sobre a prática docente.
Questões como a flexibilidade metodológica, a importância do diálogo
constante com os estudantes e a busca por estratégias inovadoras foram
abordadas, visando o aprimoramento contínuo do processo de ensino-
aprendizagem.
Deste modo, o Ensaio Pedagógico revelou uma jornada de desafios e
aprendizados na prática docente em Geografia no ensino fundamental. As
reflexões apresentadas proporcionam insights valiosos para futuras
intervenções pedagógicas, ressaltando a importância do diálogo entre teoria e
prática no contexto educativo.
Este Ensaio Pedagógico, integrado à Produção Conceitual de
Aprendizagem, oferece uma análise aprofundada da experiência prática
durante o estágio, destacando as nuances da docência em Geografia no
ensino fundamental.
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A utilização de slides em uma aula de Geografia para turmas do ensino
fundamental, anos finais, pode oferecer diversas vantagens didáticas. Os slides
permitem a inclusão de mapas, gráficos, imagens e outros elementos visuais
que podem facilitar a compreensão de conceitos geográficos. Isso possibilita
aos alunos visualizar informações de maneira mais clara e concreta, além de
proporcionar uma estrutura organizada para a apresentação do conteúdo. Com
esse recurso o professor pode dividir o assunto em tópicos, facilitando a
compreensão e acompanhamento dos estudantes.
Uma outra característica interessante dos slides está na possibilidade de
inserir links para conteúdos audiovisuais disponíveis na internet, como forma
de atrair a atenção do aluno, na fase de mobilização para o conhecimento,
inferida por Celso Vasconcellos (Metodologia Dialética em Sala de Aula, 1992).
A utilização de vídeos em uma aula de Geografia oferece diversas
vantagens, proporcionando uma abordagem mais dinâmica e visual para o
ensino. Vídeos podem incorporar animações, gráficos em movimento e outros
recursos visuais dinâmicos para apresentar dados geográficos complexos de
maneira mais fácil de entender. Utilizar vídeos permite que os alunos tenham
acesso a uma variedade de fontes e perspectivas, incluindo documentários,
reportagens, entrevistas e material de arquivo. Isso enriquece a compreensão
do assunto ao apresentar diferentes visões sobre o mesmo tema, servindo
como ponto de partida para discussões em sala de aula. Após assistir a um
vídeo, os alunos podem compartilhar suas observações, opiniões e questões,
promovendo a interação e o debate.
Em complementação às práticas pedagógicas tradicionais, utilizadas na
escola, implementou-se, principalmente nas aulas destinadas a apresentação
de seminários ou debates, a utilização de ferramentas disponíveis no Wordwall
e Classcraft, mais especificamente através de jogos virtuais como: forca, caça-
palavras e palavras cruzadas, direcionadas por questões atinentes ao tema
discutido – releitura da metodologia defendida por Walter Benjamin (1892-
1940), conforme Moacyr Gadotti (História das idéias pedagógicas - 8a ed.,
2003, p. 194)
Tanto o Wordwall quanto o Classcraft são ferramentas educacionais que
podem ser utilizadas para tornar as aulas mais interativas e engajadoras. O
Wordwall permite criar uma variedade de atividades interativas, como quebra-
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cabeças, jogos da memória, palavras cruzadas e quizzes, capazes de tornar o
aprendizado de conceitos geográficos mais dinâmico e divertido. Já o
Classcraft, introduz elementos de jogos na sala de aula, como personagens,
pontos e recompensas, capaz de impulsionar a motivação dos alunos.
Todas essas técnicas guardam relação com a chamada Escola Pós-
moderna, dirigida a importância da prática vivenciada pelo aluno, da construção
de materiais, da experiência empírica, para a formação de conceitos e
compreensão de temas e conteúdo das matérias estudadas.
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pedagógico originalmente estabelecido, com a continuidade do conteúdo em
estudo.
O Durante o 9º ano, do ensino fundamental, trabalhou-se aspectos da
geopolítica e globalização, bem como, nuances políticas, demográficas e
econômicas em diferentes continentes, vista compreender a diversidade e
semelhanças existentes entre eles.
Conforme cronograma da disciplina, os temas abordados no estágio
foram a China e o Japão, considerando principalmente suas dinâmicas
econômicas, população, disparidades regionais, bem como, suas influências no
mercado internacional.
Seguindo o cronograma da disciplina, o primeiro tema trabalhado na
fase da observação participativa, foi a China. A aula inaugural foi orientada por
slides que apresentavam uma visão geral da China, um país vasto e
diversificado, conhecido por sua rica história e cultura. Após breve
contextualização, informando sobre a história milenar até o declínio do império,
encerrou com a ascensão de Mao Tsé-Tung, perpassando pelas principais
políticas por ele implementadas e o Grande Salto Adiante e a Revolução
Cultural.
Durante as duas primeiras aulas, a técnica adotada foi meramente
expositiva. Na terceira, porém, foi proposta realização de pesquisa sobre as
Zonas Econômicas Especiais (ZEE) e as inovações tecnológicas da China.
Para tanto a turma foi dividida em três grupos e a pesquisa realizada
brevemente na própria escola (biblioteca e laboratório de informática), com
apresentação dos resultados obtidos, na segunda metade da aula.
Na quarta aula, foi exibido o filme: “A China Que Você Não Conhece -
Nordeste da China | Episódio 2”. Trata-se de um documentário que explora a
região nordeste da China. O episódio aborda a história, cultura e tradições da
região, bem como a vida cotidiana de seus moradores.
Na quinta aula, também expositiva, o professor regente apresentou
novos slides contento informações e imagens da população chinesa e suas
diversidades.
Na sexta aula, desenvolvida no laboratório de informática, foi proposta
execução de um Desafio Digital, inerente a plataforma da Moderna, programa
contratado pela instituição concedente. Na execução deste aplicativo, os
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alunos responderam diversas perguntas, em um jogo interativo do tipo
“quizzes”, e eram premiados com bombom, a cada resposta correta. Após
aproximados dez minutos de prova, ainda no mesmo laboratório, foi exibido o
documentário “Deixando a terra: realocando a tradição”, documentário que
aborda o deslocamento de pessoas do espaço rural para o urbano na china. De
forma sintética, chama atenção às consequências da migração da população
Chinesa para o espaço Urbano. Destaca a grande perda de aspectos culturais
bem como aspectos inerentes às regiões rurais do local, chamando a atenção
para a manutenção das tradições da população, bem como, da própria
comunidade para que a cultura não perca a riqueza original, ressaltando a
importância da preservação dos aspectos culturais.
Na sétima aula, também expositiva, ainda sob auxílio de slides,
trabalhou-se o tema da “Energia e questões ambientais chinesas –
contaminação e poluição”.
Na oitava aula, propôs-se a pesquisa para seminário sobre o tema
“Energia alternativa e soluções para a poluição adotadas no Brasil e na China –
diferenças e similaridades”. Para tanto, a turma foi dividida em três grupos, e
iniciaram os trabalhos em sala de aula, sob orientação do regente e do
estagiário.
Na nona aula, ocorreu a apresentação do seminário proposto, com
avaliação dos próprios colegas a partir da elaboração de questionamentos
diversos sobre o tema.
Na décima aula, ocorreu uma roda de conversa, revisando todo o
conteúdo visto até então. Durante a revisão, perguntas eram lançadas para a
turma, que forneciam respostas fundamentadas.
A décima primeira aula foi a aplicação de prova com questões objetivas,
produzidas pelo professor regente, corrigida e discutida na décima segunda
aula.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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O estágio proporcionou a vivência prática dos conceitos teóricos
adquiridos ao longo da formação acadêmica. Promoveu a integração teoria e
prática, permitindo aplicar os conhecimentos adquiridos durante o curso, em situações
reais de ensino-aprendizagem, possibilitando a formação de uma visão crítica e
reflexiva sobre as melhores técnicas pedagógicas.
Permitiu comparar diversidades e avaliar, a partir da visão de
profissionais experientes, a melhor técnica e metodologia aplicável na prática
educacional para alunos do ensino médio.
A observação participante nas aulas, bem como a elaboração e execução de
planos de aula, produção de material didático e interação com os estudantes,
possibilitou ao estagiário compreender a opção da metodologia adotada pela
instituição concedente, mesclando o formato tradicional com recursos da pedagogia
pós-moderna, fortes no sentido de que a escola sozinha não é suficiente para
promover a construção de uma educação para todos, alcançado apenas a partir de
uma perspectiva intercultural da educação, alinhando-se a outras instituições culturais,
como bem lembrou Moacir Gadotti (2003, p. 316) em suas Histórias das ideias
pedagógicas.
Desde modo constatou-se que as metodologias tradicionais, ditas aquelas
classificadas: Modernas, podem dialogar com as ferramentas interativas inerentes a
metodologia pós-moderna, cientes de que a observação, o olhar atento do professor,
alinhado a percepção e elaboração participativa, auxiliam para promover a construção
de uma educação mais equânime.
REFERÊNCIAS
GADOTTI, M. (2003). História das idéias pedagógicas - 8a ed. São Paulo: Editora Ática.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. (03 de 12 de 2023). IBGE - CIDADES E ESTADOS DO
BRASIL. Fonte: Itapetinga - Panorama:
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ba/itapetinga/panorama
VASCONCELLOS, C. d. (04 de 1992). Metodologia Dialética em Sala de Aula. Revista de Educação AEC.
Brasília, p. 83.
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