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Cultura Organizacional
• A cultura é o constructo de raiz antropológica para a compreensão dos comportamentos
sociais sendo, desta forma utilizada como o conceito-chave, a nível organizacional. O seu
estudo nas organizações pressupõe, maioritariamente, uma tentativa interdisciplinar. No
entanto, a maioria das definições emergentes reflete anteriores definições provenientes da
antropologia.
• Existe uma diversidade de concepções ultilizados para referir cultura organizacional, tais
como:
Apesar de falta cordo, esta definição fornece a mais consensual compreensão do conceito e cria
as condições necessárias ao desenvolver dos métodos de medida. Um fenómeno composto de
diferentes camadas de elementos:
-valores, normas, pressupostos fundamentais, padrões de comportamento, artefactos
unidos por um núcleo comum que é o significado .
PRESSUPOSTOS BÁSICOS
➢ Tem um papel na definição das suas fronteiras, e que permite distingui-las umas das outras.
➢ Confere sentido de identidade aos seus membros.
➢ Facilita a identificação com as metas organizacionais.
➢ Alarga a estabilidade do sistema social.
➢ É um mecanismo de controlo que guia e dá forma às atitudes e comportamentos dos
colaboradores.
Do ponto de vista do colaborador a cultura tem a sempre a função de reduzir a ambiguidade e informar
sobre o modo como as coisas são feitas.
o O estudo da cultura oferece pistas importantes para um melhor conhecimento da organização, uma
vez que esta é fundamental, enquanto processo de adaptação ao meio, através dos consensos que
estabelece, e no que se refere às missões, às estratégias, aos critérios de avaliação e aos
mecanismos correctores.
É, igualmente fundamental, enquanto factor integrador do meio interno, através da criação de padrões de
comunicação e de interacção, estabelecimento de normas, atitudes e valores e, ainda, de esquemas
cognitivos de interpretação da realidade.
EM COMUM:
➔ Amos procuram uma identidade colectiva forte
DIVERGEM:
➔ quanto aos pressupostos, nível de análise e métodos
• “Clima é o conjunto dos efeitos percebidos, subjectivos, do sistema formal, o estilo “informal” dos
gestores e outros factores ambientais importantes sobre as atitudes, crenças, valores e motivações
das pessoas que trabalham numa determinada organização” (Litwin & Stringer, 1968)
• “ O clima organizacional pode ser considerado como a criação psicológica de um grupo de
indivíduos que interagem e partilham um quadro de referência comum, o qual resulta na
estabilização das representações acerca do que significa trabalhar na organização (Cunha et al.,
2003, p. 550)
• “ O clima pode ser considerado o resultado psicossociológico da interpretação das condições de
trabalho na organização. O resultado desse processamento psicológico da informação define a
atmosfera de trabalho na organização e constitui uma influência sobre aspectos como a motivação
e a satisfação dos trabalhadores (Verbeke et al., 1998).
3. Para a PERSPECTIVA PSICOSSOCIAL, o clima é uma representação abstracta que é criada pela
interacção dos indivíduos no espaço organizacional, na base da partilha do acordo perceptivo. Na
origem deste fenómeno, está a intersubjectividade que faz da compreensão da realidade um
processo de construção social e que, em virtude da interacção individual, possibilita a noção de
percepção partilhada, garantindo, desta forma, alguma homogeneidade e estabilidade às
percepções.
4. Uma das implicações de natureza teórica que a hipótese do factor geral e do significado inerente
ao mesmo contém, diz respeito à possibilidade da ideia “amalgamada de clima/cultura”. Esta
ideia que é sustentável se se aceitar o significado como a essência fundamental de ambos os
conceitos e que, se reforça se aceitarmos o processo de construção social do significado,
subjacente a qualquer interacção. É esta ideia que a perspectiva cultural da formação do clima vai
procurar sustentar, ao defender que as interacções entre os indivíduos são reguladas pelos
preexistentes e por vezes inconscientes significados, veiculados pelas diversificadas manifestações
da cultura. Por isso, o clima organizacional é criado por um grupo de indivíduos que interage e que,
partilha uma estrutura de referência comum, a cultura, a qual contextualiza a interacção individual
na organização.
➔ As camadas A1 e A2
representam a ideia de Clima.
➔ A camada A3 traduz a
dimensão comportamental da
Cultura.
➔ A camada A4 traduz os
padrões de comportamento que
os membros de uma Cultura
Organizacional executam
diariamente.
➔ A camada A5 [valores, crenças
e ideologias], para muitos
autores, constitui a essência ou
a substância da Cultura.
➔ A camada A6 é a mais profunda
deste modelo de Cultura e é constituída pelos pressupostos básicos ou sistema de significados
É possível distinguir que as organizações são locais onde se produzem diferentes sub-culturas que
caracterizam uma subparte da organização, mas partilham entre si os mesmos problemas globais.
Isto justifica-se pelo facto de a cultura ser uma manifestação da aprendizagem acumulada e
partilhada por determinado grupo que integra os comportamentos, as emoções e os elementos
cognitivos dos elementos que compõem o grupo.
Charles Handy recorreu à mitologia grega, utilizando quatro deuses, Zeus,Apolo,Atena e Dionísio
para [HANDY,1991]:
“simbolizar as várias maneiras de gerir que se podem descobrir nas organizações, ou, por
outras palavras, as várias culturas que existem nas organizações. Os padrões e modelos são
simbolizados pelos deuses e representam culturas organizacionais diferentes.
Complementam aquilo a que poderíamos chamar Teoria da Correlação Cultural a qual diz
que aquilo que interessa é obter a cultura certa no local certo e para a finalidade certa“.
RELAÇÕES ENTRE CULTURA E ÉTICA ORGANIZACIONAL
A ética dentro de uma organização deve ser um fenómeno de tipo comunicativo, isto é, que estabeleça
uma osmose no sentido de gerar uma cultura empresarial em que se estabeleçam uma série de valores
onde residam as normas de comportamento e conduta da organização (Jiménez, 1995).
OS ESTUDOS DE CULTURA ORGANIZACIONAL DE HOFSTEDE E A EXPLICAÇÃO DE
COMPORTAMENTOS DE GESTÃO ÉTICA