Você está na página 1de 30

lOMoARcPSD|32848029

6. Relatório de Estágio em História - Manoel Moura

Estágio Supervisionado I (Universidade Estácio de Sá)

A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade


Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)
lOMoARcPSD|32848029

RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM HISTÓRIA


FORMAÇÃO PEDAGÓGICA

MANOEL MOURA DOS SANTOS


( 202201415495 )

Recife
2023/01

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I


HISTÓRIA - FORMAÇÃO PEDAGÓGICA

Este trabalho é pré-requisito para aprovação


na disciplina Estágio Supervisionado I, do
Curso de História - Formação Pedagógica
(modalidade EAD), da Universidade
Estácio de Sá.

Recife
2023/01

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

SUMÁRIO

LISTA DE ANEXOS..........................................................................................................................4
INTRODUÇÃO...............................................................................................................................5
1. Estrutura e Funcionamento da Escola......................................................................................5
1.1. Identificação da Escola, aspectos físico, humano e material da escola
1.2. Projeto Político-Pedagógico..............................................................................................9
1.3. A escola como um grupo social
1.4. Observação da atividade docente e discente.................................................................10
1.4.1. Pressupostos curriculares do ensino na Escola Pedro Celso.................................13
1.4.2. A Avaliação da aprendizagem na escola Pedro Celso..................................................14
1.4.3. Avaliacão Institucional..............................................................................................20
CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................................21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................................22

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

LISTA DE ANEXOS

Anexo 01 – Fotos da estrutura da escola........................................................................

Anexo 02 – Enquete com alunos...................................................................................

Anexo 03 – Entrevistas com o professor Silvio.............................................................

Anexo 04 - Questão problema sobre dificuldades de aprendizagem..............................

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo retratar a realidade de determinado
período da escola na qual foi realizada a vivência do estágio. Neste espaço, junto às
informações obtidas pela observação em sala de aula serão agregados os conceitos
adquiridos com leituras adicionais, com o conteúdo formal da disciplina e das matérias
anteriormente cursadas.

Tendo como base a vivência em campo e a pesquisa bibliográfica, este relatório


demonstra o ambiente de aprendizagem do Ensino Médio da escola estadual Pedro
Celso, situado no município do Recife. A escola é mais conhecida como PC e o período
de estágio no local foi de 14/02 a 20/06/2023.

A carga horária realizada nesta vivência foi de 220 horas com turmas da 1ª a 3ª
séries do Ensino Médio. Contudo, devido o acompanhamento integral de todas as
turmas desde o início do estágio, ultrapassei as 390 horas. Durante o período
mencionado, um professor da área de História (Silvio Ricardo Gouveia) foi
acompanhado em suas atividades. O trabalho em questão remete à distinção entre
prática e teoria, visando à melhor qualificação docente.

A escola Pedro Celso foi escolhida por se tratar de uma instituição estadual de
ensino básico, além de estar inserida na periferia do Recife, onde o público é composto
majoritariamente por jovens das classes C, D, E.

1. Estrutura e Funcionamento da Escola

1.1. Identificação da Escola, aspectos físico, humano e material da escola

A Escola Estadual Pedro Celso fica situada na rua Uriel de Holanda s/n°, no
bairro de Beberibe, Recife/PE, CEP: 52131-150. Sua construção foi iniciada em
março de 1952 sob a gestão do governador Agamenon Magalhães, e inaugurada em
abril de 1953 pelo governador de Etelvino Lins. No ano de 1972 iniciaram-se as
atividades escolares no Grupo Escolar Pedro Celso, como extensão do Colégio
Estadual de Beberibe, com aulas de 1ã a 4ã séries. Em 08 de março de 1974, através do
Ato 3.102, o Governador do Estado decreta que o Grupo Escolar Pedro Celso passe a
ser um único estabelecimento de 1º Grau, passando a denominar-se: Escola Pedro

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

Celso — Ensino de 1º Grau.


O Decreto de Criação e Código da Unidade: Portaria n° 3102, foi publicado
pelo D.O de 09/031974. O Cadastro Escolar tem o nº E.000.066, e Código INEP:
26128420. Sua jurisdição responde a Rede Estadual de Ensino - GRE — Recife Norte.
Atualmente os níveis e modalidades de ensino ofertadas pela escola são o Ensino
Médio Regular e Ensino Médio Educação de Jovens e Adultos (EMEJA) –
Ensino Médio Semi Integral. A escola encontra-se funcionando desde 2001 também
com o Ensino Médio e em 2012 com a Educação de Jovens e Adultos. Sua estrutura
administrativa, didática e disciplinar é norteada pelo regimento das Escolas Estaduais,
segundo os princípios da política nacional de Educação que serviu de base para a
construção do nosso regimento interno.
A Escola Pedro Celso apresenta uma fachada ilustrada pelo mapa do Brasil,
com a pintura desgastada pelo tempo. Com estrutura no formato de T, e composta por
térreo e primeiro andar, percebe-se ao atravessar o portão principal, com portaria
modesta, um longo corredor, onde ficam a diretoria, a secretaria, a sala de professores,
4 salas de aulas, um banheiro para os alunos e outro para as alunas.

Fonte: Arquivo do autor


Foto: Manoel Moura, 2023

No final do corredor, chega-se a um espaço de exposição de trabalho e ações


acadêmicas. Por trás desse espaço ficam a futura biblioteca e algumas salas
desativadas. A propósito, por enquanto a biblioteca está sem funcionamento e espera
por uma reforma. A escola não tem laboratórios técnicos.

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

Foto: Corredor e secretaria - Fonte: Manoel Moura, 2023

Também nesse mesmo local fica o refeitório, espaço em que são distribuídas
quatro refeições por dia: duas merendas, almoço e jantar. Todas as refeições são
fornecidas pelo governo. O intervalo dos alunos dura vinte minutos e nem sempre é
possível atender a todos. Muitos trazem lanche de casa, mas não podem pedir para
comprar fora da escola. Simpáticas e educadas, as merendeiras precisam gerenciar uma
demanda muito grande de estudantes, o que muitas vezes é problemático devido a falta
de educação doméstica dos alunos.
Embora o espaço da secretaria seja amplo, esse setor se limita a atividades como
matrículas e transferências, liberação de documentos específicos e solicitação de
uniformes. Apesar de copiadoras modernas, raramente oportuniza ao professor a
reprodução de material ou xerox para os professores utilizar em sala com os alunos.
A escola não tem uma sala para a coordenação pedagógica. A mesma funciona
junto à diretoria. A diretoria, por sua vez, é o local para resolver assuntos pedagógicos e
acadêmicos: organização de dependências, calendário acadêmico, horários de aulas,
currículo escolar etc. Nesta sala, a diretora e suas auxiliares realizam um trabalho em
parceria para atender alunos e pais de forma integrada.
Em um anexo, ligado à sala da direção, está a sala de professores. Apertada,
nela, uma mesa larga e comprida, além de cadeiras e poltronas confortáveis tentam dar
um mínimo de conforto aos professores(as). Alí também são realizadas para reuniões
pedagógicas, debates entre equipes docentes e direção, bem como para descanso dos
educadores(as). Os alunos têm acesso a essa sala quando necessário. O que não achei
correto.

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

Além do térreo, a escola conta também com um andar superior. Nele, há mais 8
salas e um auditório que, aliás, é pouco utilizado. No quintal da escola fica a quadra
esportiva. Ela é coberta, cimentada, pequena e com uma arquibancada de cimento, um
alambrado bastante desgastado e com pouca qualidade para as atividades físicas.

Foto: Quadra coberta - Fonte: Manoel Moura, 2023

Os assentos dos alunos são desconfortáveis – em geral, são cadeiras duras e


frágeis. As salas não possuem ar condicionado, apenas ventiladores barulhentos que
atrapalham os professores. Os ventiladores, quando funcionam, estão sempre sujos,
sendo veículos de ácaros e doenças, já que não passa por manutenção periódica. Em
menos de duas semanas de estágio, após entrar e sair de salas com essa aparelhagem,
apresentei um episódio de gripe grave com sinusite. Outros alunos estavam com casos
semelhantes.

Todos os professores utilizam o quadro durante as aulas. Às vezes falta piloto e


tinha para abastecer os mesmos. O professor que acompanhei usa a atividade de ccopiar
dos alunos com uma forma de avaliação. Só assim, estimula-se os estudantes a copiar e
acompanhar as aulas.

1.1.1. Clientela e realidade social da escola

O público da escola é bastante diversificado. Tendo como procedência, na


maioria, de outros bairros como: Linha do Tiro, Dois Unidos, Caixa D’Água, Águas
Compridas, revela a complexidade de desenvolver um trabalho mais especifico.

Nessa conjuntura social onde a maioria dos alunos residem, o nível de


escolaridade da população oscila entre o Ensino Fundamental, Médio e alguns de
Nível Superior

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

Na comunidade onde a escola se insere a economia baseia-se no comércio


local. Quanto ao nível econômico, entre as diversas pessoas que residem nesse bairro é
mistificado, tendo como fonte de sobrevivência, na grande maioria, os trabalhos
autônomos e trabalhadores assalariados. Visto esse pressuposto, a maioria dos alunos
são adolescentes em estado de vulnerabilidade social, alguns sem vínculos familiares;
outros, filhos de pais presidiários, com problemas de atenção na sala de aula, muitos
com problemas de saúde (tomam medicações) e alguns com problemas relacionados
com drogas. Fui orientada pela pedagoga e orientadora educacional da escola, antes de
iniciar o estágio que os alunos eram difíceis de lidar.
Nas turmas em que fiz a observação, os alunos são bem agitados em sua
maioria, dispersam um pouco, mas prestam atenção nas horas devidas. Tem muitos
alunos aplicados, dedicados e atentos a explicação da professor, mas tem alguns que
nem abrem o caderno em sala de aula, alunos sem interesse algum que estão ali na
minha concepção só para os pais receberem o Programa Nacional do Bolsa-Família,
que assiste famílias e estudantes brasileiros de baixa renda.
É importante salientar que esta situação também se estende a todo Brasil, no
que se refere aos alunos de baixa renda, seja urbana ou rural. Acredito que, em alguns
casos, chega até ser o único rendimento mensal de algumas famílias, ajudando
principalmente na alimentação e sendo o único estímulo para essas crianças e
adolescentes continuarem indo à escola.
Antes do sinal de entrada os alunos ficam em frente da escola, que é limitada por
um muro alto e após o sinal abre o portão para a entrada. A maioria das salas de aula não
tem portas e ficam abertas, facilitando a fuga dos alunos para ficar nos corredores.

Atualmente, encontram-se matriculados na instituição 1.024 alunos, sendo 424


do turno da manhã, 400 da tarde e 200 da noite. A escola possui vinte salas de aula,
todas espaçosas. Cada sala de aula tem birô e quadro negro. No entanto, nem todas
possuem cesto de lixo e somente algumas têm ventiladores em bom estado de
funcionamento. Também possui aparentemente uma boa iluminação.

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

10

1.2. Projeto Político-Pedagógico

Caracterizada por ser uma instituição fornecedora de Ensino Médio Regular e


Ensino Médio Educação de Jovens e Adultos (EMEJA) – Ensino Médio Semi
Integral, sua missão é formar pessoas com visão crítica e ética, conscientes na busca
de seus direitos e no cumprimento de seus deveres, assegurando um ensino de
qualidade, bem como garantindo a permanência do estudante na escola,
proporcionando um trabalho participativo, utilizando ambientes agradáveis com
respeito ao próximo.
Tendo em vista que a escola é uma ferramenta de transformação social, o Pedro
Celso assume um ambiente familiar ao mesmo tempo em que oferece desafios diários
aos alunos de forma a oferecer uma aprendizagem diferenciada. Nesse sentido, tem em
sua base valores como a ética, o respeito, o compromisso e a responsabilidade social.

Por isso, o Pedro Celso tem como visão ser um instrumento de democratização
e inclusão cidadã através de um trabalho socio educativo, que valorize os aspectos
qualitativos, elevando os índices de desempenho educacional da nossa comunidade
escolar. Por isso, realiza as suas atividades com tradição, inovação e tecnologia.

.1.3. A escola como um grupo social

A Escola Pedro Celso tem um papel agregador na vida de seus alunos e da


comunidade. Nesse sentido, carrega em si os seguintes deveres:

► Ser Humana: Deve ser inserido em processos de crescimento continuo


com autonomia, criticidade, criatividade e amorosidade;

► Ser Solidária: com a pratica contra a injustiça ou injúrias para com os


outros que estejam sofrendo, no ambito politico ou comunitário.
► Ser clara: quanto aos valores essenciais para a formação cidadã e a educação
democrática pretendida;

► Ser Ética: e Comprometimento: Com a atuação efetiva de cada um, em prol


da aprendizagem e do bem estar coletivo;

► Ser Sustentável: Disseminar culturas conscientes, com atitudes de

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

11

responsabilidade ambiental e solidarias para com as gerações futuras;

► Ser Responsável Socialmente: Adotar posturas éticas e compromissos


sociais com a comunidade;
► Ser Respeitosa: a liberdade e apreço a tolerância.

1.4. Observação da atividade docente e discente

A escola oferece o Ensino Médio e o EMEJA. Este oferece aos jovens e adultos,
durante um ano, chance de aceleração de aprendizagem (para conclusão do ensino
médio).

Abaixo podemos observar a distribuição dos professores por disciplina e


titulação (Quadro 01):

Disciplina Nº de Graduados Especialistas Mestres


Professores
Artes 03 03 - -
Biologia 03 03 - 01
Ciências 08 08 - -
Educação Física 04 04 - -
Filosofia 01 01 - -
Física 03 03 - -
Formação p/ Vida 02 02 - -
Geografia 04 04 04 -
História 04 04 04 -
Inglês 05 05 - -
Matemática 12 12 - -
Português 06 06 06 -
Química 04 04 - -
Sociologia 02 02 - -
TOTAL: 61 61 14 01
Quadro 01 – Distribuição dos Professores por Disciplina e Titulação.
Fonte: Pesquisa de campo, 2023.

Em um total de 61 professores, todos formados, apenas 14 são especialistas,


apenas 1 mestre, não havendo doutores. Ademais nem todos os professores lecionam
nas áreas para os quais são formados. Assim, a sala em que realizei o estágio de
observação estava a cargo de uma professora de Geografia, embora a disciplina

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

12

ensinada fosse História.

Quanto ao acompanhamento e observação, dediquei atenção especial ao


professor Silvio (único professor de História do turno da manhã) que trabalha ensinando
História para o ensino médio. Formado em Licenciatura Plena em História, o professor
está no magistério há dez anos, com experiências que vão além da rede pública estadual
e municipal, tendo passado, também, por escolas da rede privada. No Pedro Celso, o
professor Silvio está trabalhando há quatro anos como contratado (CTD).

Foto: Professor Silvio (sentado) eu (em pé)


Fonte: Manoel Moura, 2023

A partir desse momento, passei a observar a prática pedagógica adotada pelo


professor e observar o cotidiano da sala de aula, atentando para várias questões
como: identificar as estratégias de ensino utilizadas pelo professor, os recursos
utilizados por ele, como ele utiliza o livro didático, o tipo de avaliação
frequentemente aplicada por ele, a receptividade dos alunos com relação à aula
desenvolvida pelo professor, a forma de disciplina em sala de aula, a participação dos
alunos na aula de História, a relação professor-aluno, entre outras coisas.

As observações das aulas propriamente dita ocorreram entre os dias 15/02 a


12/06, perfazendo um total de 397 horas/aulas, sendo 3h a 5h por dia. Realizei a
observação e concomitante a regência nas turmas de Ensino Médio no turno da
manhã.

Nos primeiros dias de acompanhamento das aulas, o professor me apresentou


aos alunos em cada turma, explicando a eles os motivos da minha presença ali para
fazer um estágio na disciplina, tendo como práticas a observação e a regência. Os

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

13

alunos ficaram muito curiosos com minha presença, muitos me questionaram se eu


iria substituir o professor.
Como primeira observação e a mais importante desse estágio, posso afirmar que
às aulas ministradas por Silvio são frutos de muita dedicação e amor. O professor é
interessado na aprendizagem dos alunos e compromissado com sua profissão. Ele impõe
respeito em sala de aula chamando a atenção dos alunos com firmeza nas horas devidas.
Por isso, os alunos mantem respeito por ele, seguido de um bom relacionamento.
Predomina o diálogo entre o professor e os alunos em sala de aula.

As salas acompanhadas eram amplas, pouco conservadas e possuíam em média


45 alunos nas seguintes faixas etárias: 1ª série (13 – 14 anos) e 2ª série (14 – 17 anos) e
3ª série (16 – 18 anos).

Foto: Sala de aula


Fonte: Manoel Moura, 2023

De um modo geral observei que o professor utilizava quinze a vinte minutos da


aula colocando o assunto no quadro, depois 10 minutos eram usados para explicação e
10 minutos para que os alunos terminassem uma atividade do livro. A chamada era
feita no final. Apesar de ter um bom relacionamento com a turma, o professoro não
detém o domínio da classe, ficando a cargo de alguns alunos impor a “ordem” na sala
de aula. Durante a chamada a maior parte dos alunos estava tirando fotos na sala,
jogando game no celular ou ouvindo música.
Percebi que o professor tinha dificuldade em ministrar as aulas, por ser
substituto, havendo assim confusão entre os conteúdos a serem trabalhados em sala de
aula, uma vez que os alunos diziam estarem dois capítulos a frente daquele que o
professor queria trabalhar. Assim, o mesmo se prendia ao método de ensino tradicional,

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

14

utilizando somente o livro didático, pedindo aos alunos que lessem o conteúdo, depois
respondessem os exercícios propostos no mesmo. Os alunos limitavam-se a copiar
trechos do conteúdo como resposta para o exercício.

A respeito da metodologia utilizada pelo professor Silvio, vale salientar que a


falta de recursos técnicos na escola limitava bastante o trabalho dele. Nesse sentido, usa
com frequência o tradicional quadro branco, piloto, atividades do livro e do caderno
como recursos didáticos. Aliás, usa mais de um livro didático, que se complementam.
Ao mesmo tempo, utiliza um plano de aula para cada série, assim como um diário de
atividades, no qual são anotadas as entregas referentes à composição da nota de trabalho
bimestral do aluno.

Mesmo com as limitações tecnológicas da escola, o professor consegue mobilizar


os alunos para a aprendizagem de forma clara, estabelecendo sequências de
aprendizagem coerentes, conseguindo gerar o tempo de forma eficaz, proporcionando
aos alunos iguais oportunidades de participação, usando recursos e materiais adequados
ao nível etário e de ensino dos alunos, dominando os conteúdos e explicando-os com
clareza.

Contudo, as aulas de história eram vistas pelos alunos como aulas


desinteressantes, cabendo a eles memorizar os conteúdos, uma vez que a avaliação se
dava através do estudo dos exercícios propostos no livro didático em que o trabalho
do aluno era basicamente decorar os conteúdos.

De acordo com o artigo 35, da Lei nº. 9.394/96 de Diretrizes e Bases da


Educação Nacional (LDB), o Ensino Médio, etapa final da educação básica, tem
como finalidades: o aprimoramento do educando como ser humano, sua formação
ética, desenvolvimento de sua autonomia intelectual e de seu pensamento crítico, sua
preparação para o mundo do trabalho e o desenvolvimento de competências para
continuar seu aprendizado. Baseando-me nesta proposta, pensei o posterior estágio
regência, com base em uma perspectiva que buscasse estimular a criatividade dos
alunos a cerca dos conteúdos que viriam a ser trabalhados nas aulas e tentando
deslocar para a realidade em que vivem.
Observei no decorrer deste estágio que as turmas dos alunos de 1ª série são
bastante inquietas, não se concentram muito, se dispersando constantemente, sendo
mais trabalhoso manter a atenção de todos; enquanto os das 2ª e 3ª séries relapsos, tendo

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

15

pouco compromisso com os estudos, sendo motivar o interesse de todos. De um modo


geral, existem elevado número de problemas disciplinares, mas, a maioria dos alunos
são atentos às aulas.

1.4.1. Pressupostos curriculares do ensino e a BNCC na Escola Pedro Celso

A organização curricular do Ensino Médio na Escola Pedro Celso,


embora tenha como base o que e legalmente instituído pela legislação federal
e estadual, traz especificidades cuja finalidade é promover uma
aprendizagem significativa, de acordo com a realidade e diversidade que
caracteriza a comunidade escolar, oferecendo condições de interação entre
estudantes, professores e gestão. Promovendo, um currículo mais dinâmico e
flexível, que contemple a interface entre os conhecimentos das diferentes áreas e
a realidade dos estudantes, atendendo suas necessidades, expectativas e projetos
de vida.

Essa organização nas turmas de Ensino medio deve estar atenta a


inquietação das "juventudes". O aprendizado dos conhecimentos escolares tern
significados diferentes conforme a realidade do estudante. O estudante da Escola
Pedro Celso, são jovens com dificuldades multiplas, tipico dos suburbios da
capital pernambucana, que convivem com diversos problemas como de moradia,
desemprego, violencia externa e doméstica, estrutura familiar abalada entre outros.
Vários movimentos sinalizam no sentido de que a escola precisa ser repensada
para responder aos desafios colocados pelos jovens. Para responder a esses
desafios, e preciso, além da reorganização curricular e da formulação de diretrizes
filosóficas e sociológicas para essa etapa de ensino, reconhecer as reais condições
dos recursos humanos, materiais e financeiros das redes escolares públicas em
nosso país, que ainda nao atendem na sua totalidade as condições ideais . É preciso
que além de reconhecimento esse processo seja acompanhado da efetiva
ampliação do acesso à uma educação de qualidade.
Com a BNCC, ganha relevância nesses pressupostos a necessidade de traçar
paralelos entre os fatos históricos e a realidade. Conforme o professor Silvio, "o que o

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

16

texto da Base pode nos ajudar a pensar é que a História que os alunos e alunas
estudam na escola deve fazer sentido a partir de questões que são colocadas no
presente". Dessa forma, os conteúdos devem ser ensinados não “por que estão no
livro”, mas por que fazem sentido a partir de questões do presente.

Sobre o que muda no ensino de História com a BNCC, o professor Silvio


observou que dois pontos importantes estão sendo implantados: a) que os alunos
possam aprender a relacionar o que aconteceu no passado com o presente; b) e que
possam desenvolver uma visão crítica dos fatos. “Se olharmos para a BNCC, é preciso
transformar a história em ferramenta a serviço de um discernimento maior sobre as
experiências humanas e das sociedades em que se vive”, arescentou o professor Silvio.

Pelo visto, os alunos não devem apenas aprender sobre os fatos de maneira
distante ou fora de contexto a outros fenômenos e, principalmente, do próprio
presente.

1.4.2. A Avaliação da aprendizagem na escola Pedro Celso

A Escola Pedro Celso acredita na Avaliação como um instrumento no qual


se possa identificar e analisar de forma continua, o rendimento e as modificações
do estudante ao longo de cada etapa, fase ou modulo de aprendizagem, em seus
diversos aspectos, desde o cognitivo até os atitudinais, confirmando a construção
do conhecimento e da identidade cidadã dos seus sujeitos. Como afirma Cipriano
Luckesi, a avaliação da aprendizagem e um recurso pedagógico útil e necessário
para auxiliar cada educador e cada educando na busca e na construção de si
mesmo e do seu melhor modo de ser na vida. (LUCKESI, 2005)

Tendo em vista esse pressuposto consideramos a concepção de avaliação do


processo de aprendizagem explicitada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional-LDBEN n° 9394/1996 que define a avaliação como parte integrante e
estruturante do processo de aprendizagens e da ação pedagógica que possibilita o
acompanhamento da construção de conhecimento e de desenvolvimento cognitive
e social do (a) estudante como parte integrante da proposta curricular e da
implementa9ao do curriculo, dessa forma ela e redimensionadora da ação

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

17

pedagógica e deve:

I. assumir um caráter processual, formativo e participativo, ser


continua, cumulativa e diagnostica, com vistas a identificar potencialidades e
dificuldades de aprendizagem e detectar problemas de ensino e subsidiar
decisões sobre a utilização de estratégias e abordagens de acordo com as
necessidades dos estudantes, criar condições de intervir de modo imediato e
a mais longo prazo para sanar dificuldades e redirecionar o trabalho docente

II. utilizar varios instrumentos e procedimentos, tais como a


observação, o registro descritivo e reflexivo, os trabalhos individuais e
coletivos, os portifólios, exercícios, provas, questionários, dentre outros,
tendo em conta a sua adequação a faixa etária e as características de
desenvolvimento do estudante;
Ill. fazer prevalecer os aspectos qualitativos da aprendizagem do
estudante sobre os quantitativos, bem como os resultados ao longo do
período sobre os de eventuais provas finais, tal com determina a alinea "a"
do incise V do art. 24 da Lei n° 9.394/96;

Considerando os pressupostos colocados acima, a avaliação das aprendizagens do


(a) estudante feitas pelo professor Silvio leva em conta os pressupostos levantados no item
anterior do PPP, que está em consonãncia com as recomendações da lnstrução Normativa
da Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco, n° 04/2014, a qual devera ser
realizada através de instrumentos diversificados e as verificações de aprendizagens
registradas sob a forma de nota, nos Diaries de Classe.
Nesse sentido, a nota acadêmica dos alunos é formada por prova com peso
dois, trabalho e teste. Somam-se todas e divide-se por quatro. O resultado é a nota
bimestral. A nota final do ano letivo é a soma das medidas dos quatro bimestres
dividida por quatro. Estando acima ou igual a seis, o aluno está aprovado.
A nota relativa ao trabalho bimestral é composta por exercícios realizados em
sala de aula e em casa, matérias escritas no caderno e outras atividades adicionais
(exercícios na apostila, pesquisas etc.). O teste pode ser tanto uma prova com conteúdo
parcial quanto um trabalho de alto valor pedagógico, como, por exemplo, uma pesquisa
de campo.

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

18

No final do segundo bimestre, os alunos com média abaixo de seis são


direcionados para a recuperação de meio de ano. No final do quarto bimestre, o mesmo
processo é repetido. As chances de reprovação são, portanto, baixas.

Ao fim de cada bimestre, o professor informava sobre as dificuldades do


rendimento nas avaliações dos alunos, limitando-se apenas a comentar sobre aqueles
que estavam na média e eram a maioria na sala. Os demais, ou seja, aqueles que
estavam abaixo da média eram marginalizados em suas falas.

1.4.3. Avaliacão Institucional

O acompanhamento das ações do PPP sera de responsabilidade de todos


os segmentos envolvidos no processo de elaboração deste documento.

A avaliação acontecerá paralelamente a sua execução e será efetuada de


forma diagnóstica e colegiada com a participação de todos os segmentos da
escola, usando-se para isso estrategias de monitoramento para acompanhamento
permanente favorecendo assim a reflexão e a ação da prática pedagógica, onde
serão analisados os erros e acertos, sucessos e fracassos, a fim de consolidar as
experiências exitosas e redirecionar as que necessitam de melhoramento e
empenho dos profissionais da educação, no intuito de alcancar os objetivos
propostos e garantir uma escola de qualidade.

Nessa avaliação será levado em conta a observação e as evidências de todas


as ações que contribuam para legitimar a função social da escola, para o
fortalecimento da gestão democrática.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao final da experiência no campo de estágio, foi possível perceber o choque


entre a teoria e a prática, pois nem sempre os conteúdos estudados durante nosso
curso são apresentados, ainda que considerando o nível ao qual se destina: Ensino
Fundamental II e Médio. Portanto, sugere uma reestruturação de ambos, como uma
maneira de promover o melhor entrosamento tanto do estudante em formação

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

19

acadêmica quanto em sua futura profissão de professor atuante em sala de aula, onde
irá atuar numa realidade totalmente diferente.
A realidade observada durante o período do estágio é de uma educação
tradicional, em que o professor utiliza como instrumento metodológico indispensáveis
o quadro branco e o livro didático, acionando automaticamente uma metodologia que
reprime e limita a fala do aluno e sua capacidade interpretativa. Isso se reflete
diretamente na aprendizagem dos alunos, pois estes se acostumam somente a copiar
dos livros e a receber conteúdos prontos e, quando são instigados a escrever e a dizer
o que pensam de um assunto, apresentam muitas dificuldades.

Não custa reforçar que o professor precisa trabalhar novas metodologias de


ensino e renovar suas práticas, deixando de trabalhar somente com o livro didático e
com assuntos que não tem ligação com a realidade dos alunos. Isso acaba por gerar
desinteresse nas aulas, em que muitos alunos estudam apenas “para passar de ano”
sendo necessário apenas memorizar e transcrever o texto para a prova. A partir do
entrelaçamento dos saberes, a aprendizagem em todos os sentidos se torna mais
prática e de grande importância funcional durante o processo ensino- aprendizagem.

Seria, portanto, conveniente adotar uma prática de ensino que tivesse mais relação
com a realidade e o cotidiano do alunado. As experiências dos alunos devem ser
aproveitadas e problematizadas em sala de aula, pois a escola tem um forte papel
social para a formação do ser humano e de sua cidadania. Todavia, trabalhar este
saber cotidiano é um desafio para todos nós.

Deste modo, cabe a nós futuros professores vencer e superar a prática de uma
História como disciplina estática que foi e continua sendo trabalhada nas escolas. Para
romper com tal modelo, é preciso estimular a curiosidade e a criatividade do aluno
para que ele possa se sentir envolvido o suficiente para trazer suas contribuições para
a sala de aula, suscitando um espaço onde exista trocas de conhecimento, diálogo e
relação com realidades diferentes. Essas possibilidades não podem ser dissipadas,
pois a escola deve permitir situações para que o aluno desenvolva-se de forma mais
autônoma, adquirindo criticidade para se posicionar na sociedade da qual faz parte.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

20

ALMEIDA, Jane Soares de. Prática de ensino e estágio supervisionado na


formação de professores. Cad. Pesquisa, São Paulo, nº. 93 (p. 22-23), maio de
1995. Disponível
em:http://www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/cp/arquivos/649.pdf. Acesso em 02
de agosto de 2011.

CORAZZA, Sandra Mara (org.). Planejamento de ensino como estratégia de


política cultura. São Paulo: Papirus, 1997

. Projetos pedagógicos: a educação integral e os


arranjos possíveis. São Paulo: Memorial América Latina, 2006

. Planejamento de ensino como estratégia de


política cultural. In: Currículo: questões atuais. São Paulo: Papirus, 1997.

FRANÇA, Dimair de Souza. Formação de Professores: a parceria escola-


universidade e os estágios de ensino. São Leopoldo – RS. UNI revista - Vol. 1, n°
2: (abril 2006).

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática


educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.

GROPPA, Julio Aquino. Disciplina e indisciplina como representações da


educação contemporânea. In: Formação de educadores: desafios e perspectivas.
São Paulo: UNESP, 2003.

KLOSOUSKI, Simone Scorsim, REALI, Klevi Mary. Planejamento de ensino


como ferramenta básica do processo ensino-aprendizagem. UNICENTRO -
Revista Eletrônica Lato Sensu. 5ª Edição – 2008. ISSN: 1980-6116. Disponível em:
http://web03.unicentro.br/especializacao/Revista_Pos/P%C3%A1ginas/5%20Edi
%C3%A7% C3%A3o/Humanas/PDF/7-Ed5_CH-Plane.pdf. Acesso em 26 de
setembro de 2011.

LEAL, Regina Barros. Planejamento de ensino. Disponível em:


http://www.rieoei.org/deloslectores/1106Barros.pdf. Acesso em: 2 de dezembro
de 2011.

PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais: História, 3ª ed. Brasília, 2001. WILLIAM


LARA.

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

21

PIMENTA, S. G. O estágio na formação de professores: unidade, teoria e prática.


2ª edição. São Paulo: Cortez, 1995.

RABELO, andreia. Como lidar com alunos com dificuldade de aprendizagem?


Disponível em: https://www.matific.com/bra/pt-br/home/blog/2021/09/24/como-lidar-
com-alunos-com-dificuldade-de-aprendizagem. Acesso em: 26 de maio de 2023.

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

22

ANEXOS

ANEXO I: FOTOS DA ESCOLA

Fotos: fachada frontal - portaria e secretaria da escola

Fotos: Eu em sala de aula aplicando enquete para os alunos escola

Fotos: corredores e quadra da escola.

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

23

Fotos: Eu na sala dos professores

Fotos: Refeitório da escola

Fotos: Eu e o professor Silvio (sentado)

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

24

ANEXO II:
ENQUETE COM AS TURMAS SOBRE A REVOGAÇÃO OU NÃO DO NOVO
ENSINO MÉDIO

Pergunta: Na opinião de vocês, o Novo Ensino Médio deve continuar ou ser


revogado?
a) Sim, pois piorou essa fase do ensino na escola.
b) Não, pois traz muitos benefícios aos alunos e professores da escola.
c) Não sei.

RESULTADO DA ENQUETE:
A enquete feita com as turmas do 1º, 2º e 3º anos revelou que mais de 95% dos estudantes
querem a revogação do novo Ensino Médio. Confira os cinco motivos:

1º Motivo: Não foi discutido com a comunidade escolar e sociedade,


sobretudo com os milhões que estão nas escolas públicas .

2º Motivo: Precariza a maioria das disciplinas e torna obrigatórias nos três


anos de curso apenas duas: Português e Matemática, ainda assim, com carga
horária reduzida

3º Motivo: Aumenta a distância entre os alunos das escolas públicas e


privadas, pois estas últimas continuarão a focar em todas as disciplinas
tradicionais, essenciais para o ENEM, vestibulares e outros concursos
públicos.

4º Motivo: Traz mais dificuldades aos professores, pois terão de ministrar


aulas das novas e esquisitas "disciplinas", além de que terão também de pegar
mais turmas para cumprir a carga horária em que trabalham.

5º Motivo: A médio prazo, fará com que milhares de vagas para professor
sejam desnecessárias no País

Observação de Conclusão

O resultado mostra que os alunos tem consciência de que a Reforma não foi discutida
com a sociedade. Por outro lado, percebem os enormes prejuízos para eles e para os
professores, sobretudo das escolas públicas.

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

25

ANEXO III

ENTREVISTA COM O PROFESSOR SILVIO

Pergunta 1: Há quanto tempo no ensino de História:

Resposta de Silvio: estou a quatro anos aqui nessa escola, mas considerando a passagem pela
rede privada, totalizo dez anos de experiência,

Pergunta 2: Quais são os principais problemas enfrentados na educação?


Resposta de Silvio: Em uma conjuntura agravada por causa da defasagem provocada pela
pandemia, os brasileiros avaliam que a baixa qualidade do ensino, os salários insuficientes dos
professores e o desinteresse dos alunos são os principais problemas da educação pública no
país. O fato é que a pandemia e as desigualdades que foram ampliadas a partir dela, a
retomada das atividades presenciais nas escolas, a vacinação de crianças, o uso da tecnologia
e a implementação do Novo Ensino Médio estão entre os principais desafios do ano

Pergunta 3: Quais as maiores dificuldades que os professores de História enfrentam?


Resposta de Silvio: Uma das maiores dificuldades que os professores de História enfrentam
é estimular o interesse do aluno por conteúdos que não parecem ter utilidade imediata na vida
do aluno. O aluno estuda por estudar, para ser aprovado no fim do ano letivo, fica
desestimulado, sem criatividade. Contudo, a falta de estrutura da escola é o primeiro. Depois,
vem a falta de estrutura familiar dos alunos, que afeta profundamente na aprendizagem deles.

Pergunta 4: Na prática, quais as dificuldades que você encontra para trabalhar os conteúdos
de História e Geografia nos anos iniciais do ensino fundamental?
Resposta de Silvio: Falta de materiais, um espaço adequado, apoio escolar, enfim.

Pergunta 5: Quais são os desafios para o ensino da História no século XXI?


Resposta de Silvio: A História ensinada em sala de aula, utilizando somente a narrativa como
método, tende a perder espaço e a afastar cada vez mais os alunos que, ao não se verem
desafiados, perdem o interesse. A História é dinâmica e os processos históricos estão em
constante transformação.

Pergunta 6: Como se deve ser o ensino de História?


Resposta de Silvio: O ensino de História deve ser construído a partir de conceitos e interação
humana, sendo que na escola o ensino de História deve se basear na liberdade de expressão,
no ensino-aprendizagem ativo, democrático, coletivo, construtivo, verdadeiro e intencional
nas relações entre alunos, educadores e das demais pessoas na sociedade.

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

26

Pergunta 7: Qual a melhor metodologia para ser utilizada no ensino de história?


Resposta de Silvio: A metodologia e os recursos usados no ensino de História devem
possibilitar, ou melhor, levar o aluno a perceber que a História é social, dá-se coletivamente, é
produção humana, e que o professor é o mediador no processo de elaboração conceitual do
educando.

Pergunta 8: Como o senhor ensina história?


Resposta de Silvio: minha didática adotada na sala de aula não foca apenas os fatos
históricos, mas procuro estabelecer relações entre eles e discuti-los sob uma perspectiva
própria do aluno. A afirmação das nações criou a necessidade de situar e inserir a história
nacional nessa trajetória.

Pergunta 9: O que um professor de História deve saber?


Resposta de Silvio: Para ser professor de História, você precisa saber transmitir informações
de forma clara para facilitar a assimilação do conteúdo e a aquisição de conhecimento dos
seus alunos. Portanto, é importante desenvolver sua capacidade didática desde os anos da
graduação.

Pergunta 10: Como elaborar um plano de aula de História?

Resposta de Silvio: O plano de aula é um documento elaborado por nós professores que
ajuda a definir o tema da aula, seu objetivo, o que exatamente será ensinado, a metodologia a
ser utilizada e a avaliação a ser aplicada para analisar a assimilação do que foi ensinado,
dentre outras coisas. Eu elaboro meus planos de aula considerando as dez competências gerais
da Educação Básica definidas na BNCC - Base Nacional Comum Curricular: reflita sobre o
público-alvo, escolha o tema da aula, defina o conteúdo a ser abordado, defina a habilidade a
ser desenvolvida pelos alunos, defina o objetivo a ser alcançado, defina a metodologia a ser
utilizada, escolha como avaliar o aprendizado dos alunos, informe as referências utilizadas e
decida a duração da aula, selecione os recursos didáticos

ANEXO IV

QUESTÃO/PROBLEMA, IDENTIFICANDO IMPEDIMENTOS NO ENSINO E


APRENDIZAGEM E SUA POSSÍVEL RESOLUÇÃO

Questão:

Como lidar com alunos com dificuldade de aprendizagem?

Resposta:

Os professores, eventualmente, deparam-se com as dificuldades de aprendizagem dos alunos.


Trata-se de uma espécie de “bloqueio” que impede o estudante de ter o mesmo desempenho

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

27

que o restante da turma. Esse problema, muitas vezes, porém, relaciona-se a causas
pedagógicas e pode ser facilmente superado.

Talvez, mudanças no método de ensino, estratégias diferentes de estudo e até mesmo a


reorganização do espaço físico contribuem para o progresso de um aluno que está com
dificuldade em determinado conteúdo ou matéria. Além disso, é importante que os processos
educacionais colaborem para a identificação das dificuldades por meio de planejamentos
pedagógicos fundamentados em expectativas de aprendizagem, por exemplo. Neste texto,
explicamos qual é a diferença entre dificuldade de aprendizagem e transtornos de
aprendizagem, além de darmos dicas para a escola lidar com essas questões. Continue a
leitura e confira!

Afinal, o que são dificuldades de aprendizagem?

A dificuldade de aprendizagem é diferente do distúrbio de aprendizagem. Esse segundo não


decorre de causas educativas e, geralmente, está associado a causas orgânicas, como
disfunções neurológicas. Isso significa que o aluno manterá os sintomas mesmo após uma
mudança na abordagem pedagógica.

A dislexia e o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) são exemplos de


distúrbios que afetam a aprendizagem. Já as dificuldades estão associadas a causas
psicopedagógicas. Assim, muitas vezes, podem ser resolvidas no ambiente escolar.

Um aluno pode ter dificuldade de aprendizagem em relação a algum conteúdo ou matéria


devido a inúmeros fatores: a metodologia de ensino, o ambiente físico da sala de aula ou
questões emocionais ligadas ao contexto de vida da criança. Além disso, de acordo com a
teoria das inteligências múltiplas, proposta pelo psicólogo Howard Gardner, na década de
1990, as pessoas têm níveis diferentes de aptidão em vários aspectos, o que interfere no
desempenho durante a educação formal. Assim, os alunos podem ter mais dificuldade com
certas matérias, enquanto têm facilidade com outras.

Como lidar com dificuldades de aprendizagem?

Por estarem associadas a questões psicopedagógicas, muitas vezes, as dificuldades de


aprendizagem são superadas a partir de mudanças na abordagem do conteúdo por parte do
professor e do aluno. Veja só algumas dicas a seguir.

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

28

a) Mudar a perspectiva a respeito de dificuldades de aprendizagem

O primeiro passo para que os educadores possam ajudar os alunos a superarem dificuldades é
mudar a perspectiva a respeito delas. É fundamental deixar claro que um estudante com
dificuldade não é incapaz de aprender: reforçar que essas questões são comuns e dependem de
inúmeros fatores é importante para que eles mantenham a confiança e a motivação.

b) Utilizar formas diferentes de apresentar a informação

Normalmente, as dificuldades de aprendizagem podem ser superadas com uma simples


mudança na forma de apresentar o conteúdo. Por isso, é fundamental ter flexibilidade
pedagógica e explorar métodos alternativos de ensino. Por exemplo, o aluno que não
consegue entender um conceito apresentado por meio da leitura e de exercícios talvez consiga
assimilá-lo melhor por meio de jogos educativos.

c) Minimizar as distrações em sala de aula

Alunos com dificuldades em determinada matéria ficam mais sujeitos a distrações, o que
atrapalha ainda mais o seu aproveitamento. Isso ocorre sobretudo na Educação Infantil e nos
anos iniciais do Ensino Fundamental, afinal, a capacidade de concentração ainda está em
desenvolvimento pelas crianças.

Desse modo, é importante minimizar as distrações: fechar as janelas, reduzir barulhos


externos etc. Além disso, vale a pena reorganizar o espaço físico de modo que a colocação das
mesas e cadeiras fique mais propícia à realização das atividades.

d) Ensinar métodos de estudo e estratégias de aprendizagem

Os professores também podem indicar métodos de estudo aos alunos. A depender do estilo de
aprendizagem de cada um, o emprego de uma estratégia alternativa pode ser decisivo para a
assimilação de conteúdos. Por exemplo, há alunos mais visuais, para os quais mapas mentais
são muito úteis, enquanto outros podem se dar melhor com a prática da escrita a respeito do
conteúdo.

O que pode ser feito para sanar esse problema?

As dificuldades de aprendizagem são muito frequentes na vida escolar. Cabe à equipe de


gestores e educadores, em conjunto com os pais dos alunos, contorná-las para que os
estudantes consigam prosseguir em seu percurso de aprendizagem.

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)


lOMoARcPSD|32848029

29

Veja, abaixo, algumas práticas que a escola deve adotar para que essas questões sejam sanadas
da melhor forma!

a) Planejamento fundamentado em expectativas de aprendizagem

Para que a escola identifique os alunos com dificuldade de aprendizagem e consiga ajudá-los
a superarem esse problema, é muito importante ter um planejamento fundamentado em
expectativas de aprendizagem. Isto é, com atividades pensadas para cada faixa etária e metas
de evolução para cada ciclo.

Assim, torna-se possível avaliar se o aluno está acompanhando essas expectativas e atingindo
essas metas ou não.

b) Aplicação de avaliações diagnósticas regularmente

Com base no planejamento pedagógico, as avaliações diagnósticas são excelentes


instrumentos para a identificação de dificuldades de aprendizagem. Como dissemos, as
expectativas para cada ciclo são um bom indicativo de que o processo de aprendizagem está
dentro do esperado, e as avaliações podem revelar se há algum conteúdo de difícil
entendimento por parte do estudante.

c) Integração entre a comunidade escolar

A interação entre os docentes é muito importante para que eles possam compartilhar
estratégias que dão certo e trocar ideias para solucionar as dificuldades de aprendizagem dos
alunos. No mesmo sentido, é fundamental que haja um bom relacionamento entre a escola e a
família do estudante.

Baixado por patricia fernandes (pa20tri21cia@gmail.com)

Você também pode gostar