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Resumos de Gestão 1

1. Fundamentos da Gestão Princípios assentes na procura de


mecanismos de funcionamento que permitam
1.1. A Gestão, o Gestor e as Organizações atingir a otimização.

A Gestão : “A Empresa” - organização socioeconómica,


Conjunto de procedimentos que devem mas de ns económicos, que procuram
resolver problemas de uma organização. implementar princípios de e cácia e de
Funções - Atividades - Tarefas e ciência.

Principais atividades: Regime jurídico


- Dirigir; - LDA (sociedade de responsabilidade
- Planear; individual, limitada);
- Organizar; - SA (sociedade anónima);
- Controlar; - Cooperativa;
- Em nome coletivo;
O Gestor: - Unipessoal;
- elemento responsável pela prática a gestão; - Responsabilidade individual;
- Líder integrado; - Etc;
- Exemplo;
- Conhecedor; 2.2. Teorias das organizações
- Competente (recursos e objetivos);
- Capaz de correr riscos; Teorias Clássicas (sistema técnico-produtivo)
- Administração cientí ca (Taylor - anos 20) -
As organizações; centrado na produção fabril: maximização
“São entidades constituídas, ou não, ao do output (divisão de tarefas e elevada
abrigo da lei, onde se desenvolvem as especialização) - exemplo clássico (ford e
atividades para que foram criadas e onde se modelo T).
praticam tarefas e atos de gestão.” - Escola anatómico-descritiva (Fayol) -
Entidades integradas num determinado centrado na estrutura hierárquica das
ambiente (s). organizações (organização funcional) -
função do gestor e da cadeia de comando.
A natureza das organizações:
- Económica; Teorias Clássicas
- Social, Política, etc; - Modelo burocrático da organização (Max
Weber) - centrada em regras funcionais
1.2. A evolução e as novas tendências da xas, onde se idealiza um funcionamento
Gestão perfeito (assente nas ciências sociais) -
Guiões de trabalho.
A evolução:
Práticas repetitivas. Abordagens comportamentalistas (sistema
Indústria - serviços. social)
Problemas económicos - sociais - ambientais. - Teoria das relações humanas (Elton Mayo -
anos 30) - centrado no comportamento do
As novas tendências: homem - in uencias externas do
Novas metodologias de trabalho: comportamento (“incerteza”) -
- Aumento da produtividade; “iluminação”, “horários”, etc. -
- Melhoria da competitividade; “organização informal”
- Teorias Behaviouristas (McGregor -
Novas tecnologias princípios da psicologia e sociologia - anos
Globalização 50/60) - centrado nos processos de tomada
Economia circular (reaproveitamento) de decisão e na gestão de con itos (Teoria
X e Y - perceção / atuação do Líder)
2. Organização - Desenvolvimento organizacional - procura
ultrapassar as fragilidades das teorias
2.1. Conceitos, Objetivos e Princípios anteriores (forte carga teórica), introduzindo
fundamentais da Organização orientações normativas.
Estruturas adequadas de acolhimento, com o
propósito de alcançar determinados objetivos, Abordagens pragmáticas (esforço analítico e
através da utilização de meios adequados e normativo)
inserida num determinado meio envolvente.
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Resumos de Gestão 2
- Abordagem neoclássica - centrada na - Atomizado
e ciência - atualizar as regras clássicas - Não tradicional
com a introdução de normas e regras
exíveis para resolver problemas das Dependem de:
empresas - empresa como sistema aberto - - Tipo de liderança;
“marketing”, “inovação” - virado para o - Tipo de atividade;
mercado. - Dimensão geográ ca e demográ ca do
- Administração por objetivos (determinístico mercado;
e normativo) - centrado na e cácia - - Nivel geral de motivação;
objetivos parciais - maximização das - Recursos existentes;
rendibilidade - avaliação de desempenho -
planeamento - contabilidade - riscos de 2.4.1. Soluções jurídicas de constituição
longo prazo (“risco de perda da visão (personalidade jurídica)
global”) - “Hoje: Alinhamento dos objetivos
parciais com o objetivo a longo prazo”. Dependem:
- Responsabilidade perante terceiros
2.3. Processo organizacional (dívidas);
- Partilha da responsabilidade dos sócios,
Organização - sistema perante terceiros;
Sistema - conjunto de processos - Dimensão societária;
- Obrigações jurídico - scais;
O processo traduz um uxo com um - Requisitos legais de constituição (nº de
momento inicial e um momento nal. sócios e valor do capital social);

Um processo é sujeito a um conjunto de 3. Os Diferentes Tipos de Recursos


pontos ou nódulos que interligados
promovem um uxo ou movimento de Nota:
entidades, desde um ponto inicial até um - Humanos (o mais difícil de gerir);
ponto nal. - Materiais (menos condicionantes);
- Financeiros (mais importantes);
Notas:
- Sistema simples facilita na tomada de Três dimensões centrais (válidas para os três
decisões, sendo quanto mais complexo o tipos de recursos):
sistema mais difícil a decisão. - Qualidade;
- Podemos ter um processo linear com - Quantidade;
imensos nódulos - complexo, ou seja, um - Valor (preço);
processo linear é (diferente) de um
processo simples. 3.1. Os Recursos Humanos

Cada ponto ou nódulo, corresponde a uma Conjunto de procedimentos que visam


atividade ou tarefa, que pode ser útil ou otimizar recurso humano (potenciando as
redundante. suas capacidades).

É importante criar um “esquema” ou Abrange todos os colaboradores de todas


“desenho” do processo ou uxo, para melhor estrutura da organização.
identi car os problemas e introduzir as
correções. Importante determinar qual o sistema a
implementar ou implementado na “Gestão de
A sua complexidade depende: Pessoas”:
- Linearidade do uxo;
- Densidade de nódulos; Gerir pessoas consiste em:
- Provisão de RH:
> linear + < nódulos = sistema simples - Recrutamento;
- Seleção;
2.4. Estruturas organizacionais - Aplicação de RH;
- Linear - Recompensa;
- Linear com sta - Manutenção;
- Funcional - Desenvolvimento;
- Por projeto (encomenda ou obra) - Monitorização;
- Matricial
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Resumos de Gestão 3
Hoje em dia “gerir pessoas” é “gerir Conhecimento do processo produtivo
competências”. (sistema).
- Determinação das necessidades de
A questão central da gestão de pessoas é a equipamento;
“motivação”. - Identi cação das características dos
equipamentos;
Associado à motivação existem os diferentes - Determinação dos ritmos de manutenção e
modelos de liderança. reparação;
- Determinação dos valores (ativos xos);
Desenvolvimento métodos e técnicas de - Gestão de stocks ou de aprovisionamento;
motivação e de controlo dos RH.
- Coesão de grupo: Conhecimento dos processos não produtivos
- Coesão para a tarefa (execução correta - Determinação das necessidades de
da ação); materiais (qualidade e quantidade);
- Coesão social (eventos e lazer - Determinação dos valores (fornecedores e
partilhado); fornecimentos);
- Critérios de avaliação de desenvolvimento
(Balanced Scored); Qualquer análise a este recurso carece de um
bom conhecimento:
A identi cação do processo produtivo (serviço - Qualidade;
prestado) permite identi car onde, quando e - Quantidade;
quem deve ser utilizado nesse processo. - Valor (preço);
Quando não é possível o ótimo (quase - Dos equipamentos (amortização - custo de
sempre) deve-se saber escolher uma uso);
alternativa que não seja penalizadora para - Dos materiais de consumo e produção;
todo o processo.
A gestão de stocks (aprovisionamento):
Quando tal, ainda assim, acontece, deve-se Comprar - armazenar - consumir (produção).
encontrar uma “solução de compromissos” Evolução grá ca dos stocks
para o problema existente. Conceito de “stock de segurança”
Cálculo do stock de segurança
A “gestão de pessoas” numa organização - custos de “gestão de stocks”:
envolve custos e proveitos (forte peso - Custos de aprovisionamento (processo)
nanceiro): - Custos de posse;
- C u s t o s d e r u t u r a ( g re v e s , h o r a s
Os primeiros associados ao custo/hora de extraordinárias, etc);
cada colaborador:
- No sistema produtivo; Cálculo do stock de segurança:
- No sistema de responsabilidade social Métodos (vários):
(Estado); - Quantidade xa de encomenda
- No sistema formativo; (calendarização xa com base nos
consumos constantes).
Os segundos associados ao proveito / - Método ABC ou 80 / 20 (3 níveis de
unidade de cada colaborar: importância - pesos ou percentagens).
- No sistema produtivo;
Quantidade económica de encomenda
3.2. Os recursos materiais (minimiza o custo total por encomenda)

Conjunto de procedimentos que visam


otimizar o recurso material (potenciando o seu
uso).

Abrande todos os equipamentos de toda a


estrutura da organização.

Importante determinar qual o sistema a


implementar ou implementado.
A = custo de encomenda
D = taxa de procura (produção)
“Gerir materiais” consiste em:
H = custo de posse- tx. De posse x custo unit.
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Resumos de Gestão 4
Just in time (custo de aprovisionamento Capital:
próximo de zero) - Próprio (capital social, suprimentos,
resultados transitados);
Grande variedade de métodos e técnicas, - Resultados líquidos;
com variantes nas condições:
- Procura constante; Equação fundamental do equilíbrio nanceiro
- Procura inconstante; “O investimento xo não deve ser nanciado
- Períodos iguais; com capitais de curto prazo”.
- Períodos diferentes;
- In uência dos preços de compra; Razão: A rendibilidade dos primeiros é menos
- Etc. do que a exigência (grau de cumprimento)
dos segundos.
3.3. Os Recursos Financeiros
Eventual causa para as atividades de elevado
Fontes : “capital intensivo” exigirem muito mais tempo
- Internas (Sócios; Auto nanciamento); para serem rentáveis.
- Externas (empréstimos, créditos,
subsídios); Podemos dizer a “equação fundamental do
equilíbrio nanceiro” de forma contrária: “não
Aplicações: se deve desviar capitais de curto prazo
- Equipamento (ativos xos); (prazos de pagamentos reduzidos) para
- Funcionamento (fundo de maneio); proceder a investimentos em ativos xos
(estes devem ser nanciados com capitais de
Custos: longo prazo)”.
- Pelo uso (juros);
- Pelo não uso (de oportunidade ); Demonstração de resultados (contas de
exploração)
Proveitos Proveitos (onde se registam as vendas e os
outros proveitos ordinários e extraordinários)
Ótica orçamental: - Vendas de bens e serviços;
- Despesa; - Subsídios;
- Receita; - Trabalhos para a própria empresa;
- Etc.
Ótica de tesouraria:
- Pagamento; Analisar os diferentes pesos dos proveitos e
- Recebimento (cobrança); perceber qual a força do negócio.

Ótica de produção: Custos (onde se registam os custos ordinários


- Custos; e extraordinários)
- Proveito; - Matérias-primas, mercadorias e consumos
de outros materiais (CMVMC);
4. A Estrutura patrimonial das empresas - Pessoal;
4.1. As massas patrimoniais - For necimentos exter nos (energia,
comunicação, etc).
Balanço - Juros (Custos Financeiros);
Ativo:
Analisar o peso e a distribuição das diferentes
- Fixo (imobilizado): Valores respeitantes ao rubricas dos custos:
património xo que a empresa possui - Assume primordial importância numa
(equipamentos, terrenos, intangíveis, análise empresarial (cruzando-se com a
aplicações nanceiras de LPz). informação dos proveitos);
- Circulante (corrente): Valores respeitantes - Quanto pesa o pessoal? O CMVMC? Etc.
ao património circulante ou relativo ao (isto é analisar a estrutura de custos);
funcionamento.
- Circulante (principais contas): Clientes, Quando analisamos os curtos, devemos
caixa e depósitos, Estado, stocks. também ter presente que estamos em
presença de “custos xos” e de “custos
Passivo (capital alheio): variáveis”.
- Curto prazo : fornecedores, estado - Os primeiros referem-se à condição de
- Longo prazo: empréstimos estabilidade no tempo, não dependendo
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Resumos de Gestão 5
diretamente do nível de produção da A rendibilidade dos capitais próprios (ROE ou
empresa (juros, pessoal, etc); RCP) ou rendibilidade nanceira.
- Os segundos referem-se à condição volátil
no tempo, dependendo diretamente do ROE = resultados líquidos / situação líquida
nível de produção da empresa (matérias- ou capital próprio
primas, mercadorias, etc);
ROE = RL / Vendas x Vendas / Ativo total x
Devemos analisar o “Balanço” e a ativo total / situação líquida
demonstração de resultados recorrendo,
também, a indicadores (previsionais e reais): Indicadores nanceiros
- De rendibilidade (resultados ou capacidade Aqui, interessa destacar os custos e ganhos
de os gerir); associados aos créditos e às aplicações
- Financeiros (juros); nanceiras.
- De exploração (liquidez); - Taxa de juro a pagar e outros custos
- De investimento (retorno); associados (Custos dos empréstimos);
- Taxa de juro a receber e outros ganhos
5. Noções de Gestão Financeira associados (ganhos das aplicações);
5.1. O investimento e as necessidades de
nanciamento Indicadores de investimento
Devemos dar especial relevo aos indicadores
Objetivos do investimento de retorno do investimento e das respetivas
- Criação de capacidade produtiva (do ponto taxas de rendibilidade
zero) - riqueza; VAL (valor atualizado líquido)
- Aumento de capacidade produtiva (do VAL = - Σon It / (1+i)t + Σ1n (Rt- Dt) /
ponto n) - riqueza; (1+i)t + Vr / (1+i)n
- Manutenção da capacidade produtiva (do
ponto y) - riqueza; TIR (taxa interna de rendibilidade) - taxa de
atualização que torna o VAL nulo (i; VAL = 0)
Necessidades:
Recursos (qualidade, quantidade e preço) Indicadores de exploração
- Equipamento (materiais, mercadorias e Existem vários indicadores, mas
matérias-primas); destacaremos três:
- Mão-de-obra; - Liquidez geral = ativo circulante / passivo
- Financeiros; circulante;
- Produtividade (capacidade de criação de
5.2. A exploração da atividade riqueza por unidade de recursos utilizados);
As contas de exploração (demonstração dos - Ponto crítico das vendas ou ponto morto
resultados). “Elaboração de um plano de das vendas (teoria do custo - volume -
negócios”. resultado);

5.3. Indicadores económicos- nanceiros Ponto critico das vendas ou ponto morto das
Em regra, os indicadores devem ser utilizados vendas
em conjunto (não de forma isolada).
Contudo, existem alguns que, com a devida
cautela, podem ser utilizados de forma
isolada, até como primeira apreciação à
situação económica- nanceira.

Indicadores de rendibilidade
Aqui ressalta a importância de veri car qual o
peso das vendas e/ou lucros, relativamente
ao capital aplicado. Existem vários
indicadores, mas destacamos:
- Rotação do ativo:
- Vendas / ativo total;
- Rendibilidade líquida das vendas: Em valor:
- Resultados líquidos / vendas;
- Alavancagem nanceira:
- Ativo total / situação líquida;
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Resumos de Gestão 6
Em quantidade: Cn = C0(1+i)n
C0 = Cn / (1+i)n

Fator de atualização
1 / (1+i)n = (1+i)-n

6. Noções básicas de Cálculo Financeiro Anuidade


Conceitos: “Pagamentos xos em cada ano”
Capitalização: Sn = soma da capitalização dos pagamentos
“Resultado nanceiro d uma aplicação de
capital durante um dado período e uma anuais
contagem de juros durante esse mesmo Sn = a(1+i)n-1 + a(1+i)n-2 + a(1+i)n-3 + … +
período”. a(1+i)1 + a(1+i)0
Atualização: Sn = a n∑t=1(1+i)n-t
“O valor inicial que deu origem a um montante Sn - empréstimo
conhecido no futuro, sabendo que ocorreu ao
longo do período um processo de a - prestação
capitalização a uma dada taxa de juro”. Resto - “dado”

Anuidade:
“Serie de pagamentos de igual montante Coe ciente da anuidade
n∑t=1(1+i)n-t = S n˥i
durante um dado período de anos,
considerando pagamentos no nal de cada
ano”.

Qual o montante de valor monetário que


disporemos no futuro se aplicarmos hoje um
determinado montante a uma dada taxa de
juro.

Taxa de juro: “valor de risco” (diretamente


relacionado).

i - taxa de juro por unidade de tempo


N - n ú m e ro d e u n i d a d e s d e t e m p o
considerado
C0 - capital inicial ou capital aplicado no inicio
C1 - capital nal ou capital obtido no nal do
período aplicado

Capitalização

C0 = C0
C1 = C0 + C0i = C0(1+i)
C2 = C1 + C1i = C1(1+i) = C0(1+i)(1+i) = C0(1+i)2
C3 = C2 + C2i = C2(1+i) = C0(1+i)2(1+i) =
C0(1+i)3
(…)

Cn = C0(1+i)n
Fórmula do juro composto

Atualização
(Agora queremos “andas para trás”)
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