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Esta situação pressupõe que a pessoa tenha pretendido praticar uma certa ação, recordem-se

que no caso de coação física, como o coagido está a ser usado como se fosse um instrumento,
não há vontade da ação, á ação física falta totalmente a vontade, portanto não há o mínimo
dos mininos ao contrário da falta de consciência da declaração ainda há uma ação que é livre,
acontece é que o autor dessa ação não tem consciência, não tem noção de que essa sua
atuação tem um significado, tem um alcance qualquer jurídico.

As hipóteses são sempre muito do extremo, suponham que alguém num leilão em asta publica
levanta a mão para dizer olá a um amigo e quem está a dirigir o leilão entende que aquele
levantamento do braço foi aceitação daquele lance e portanto, aparentemente fecha-se um
contrato quando a pessoa que aceita, não tem consciência que o seu ato significou aceitação.

Numa hipótese deste género é difícil de provar que o levantamento do braço seria tido apenas
para o próprio, significando olá ou adeus e não como significando aceitação mas se conseguir
fazer demonstração, faltou consciência que aquela ação tinha um significado jurídico, que era
uma declaração de vontade. Noutra situação: se o braço do individuo é levantado na mesma,
seja para o que for, mas porque outra pessoa lhe levantou o braço já é coação física. Outra
pessoa levantou-lhe o braço, significou aceitação mas realmente, ai nem sequer houve ação,
qualquer conduta.

No caso da falta de consciência da declaração, a lei trata juntamente com coação física,
portanto a ideia é: embora haja diferença, embora aqui já se consiga descobrir uma ação, coisa
que na coação física não existe, juridicamente um negocio que por ventura haja formado é tido
como inexistente, não chega sequer ao patamar da invalidade não pode ser tido como nulo ou
como inválido, de todo não existiu portanto não tem qualquer efeitos jurídicos, nem diretos,
nem indiretos, nem pretendidos nem não pretendidos. Salvaguardam-se num aspeto, usando
como exemplo: pode acontecer que a pessoa, apesar de lhe faltar a consciência da declaração,
tenha sido imprudente, tenha sido descuidada, é o caso: levantar a mão. Estar num local, onde
aquele gesto tem um significado preciso, foi descuidado, não devia ter arriscado fazer aquilo
naquelas circunstancias. Se porventura isso causou danos á outra parte, portanto se a
invocação da falta de consciência da declaração tiver causado danos á outra parte, como ex:
como negocio se fechou ali, aquele objeto que foi leiloado ali, ficou fora do leilão, mas acaba-
se por perder a compra e venda porque se demonstra falta de consciência de declaração,
consequência, a pessoa que fez o gesto que fez livrando-se da compra e venda fica no entanto
obrigada a compensar a outra pelos danos resultantes do seu descuido, da sua falta de
atenção, da sua imprudência, consoante a hipótese.

Por fim e ultima hipótese: falta de vontade, que eu sinceramente até acredito que até não se
pode vir com falta de vontade, é um caso de irrelevância jurídica.

Art 245, chamadas declarações não sérias. As declarações não sérias, verificam-se quando,
tendo alguém que proferiu uma declaração que tem a aparência de ser jurídica, portanto, ser
destinada a produzir efeitos, porque é idêntica em termos formais a uma declaração jurídica,
contudo o contexto em que a declaração é feita permite imediatamente perceber que não se
destina a ter efeitos jurídicos, portanto é não séria nesse sentido, não é que seja exatamente a
brincar é não séria no sentido em que, obviamente dado o contexto não é jurídica portanto
não se destina a ter efeitos jurídicos.

Ex: se 2 atores, num filme declaram casar um com o outro, terá a aparência de um casamento
real mas dado o contexto, o facto de ser um filme, ninguém irá sustentar que aquelas 2
pessoas são casadas. Portanto, não séria neste sentido, que é feita em circunstancias que
permite de imediato entender que não é suposto ter efeitos jurídicos e portanto não é boas
ideia dizer que ela é juridicamente inexistente, tem pura irrelevância, á partida não tem efeitos
porque dado o contexto não é para ter e é percetível não só para os envolvidos como para
terceiros que os efeitos que poderiam estar associados aquela declaração não serão
produzidos. Nem se chega ao patamar das invalidades porque caso contrário teríamos que
dizer que se num filme onde 2 atores representam um casamento e se a ação é feita 500
vezes, casaram 500 vezes, mesmo sendo nulos. Não tem sentido, sequer, do ponto de vista
jurídico. Portando a ideia é: á partida não lhe dá qualquer relevância, quando muito pode-se
dizer que as declarações são juridicamente inexistentes mas como digo nem chega a esse
ponto, nem sequer tem efeito jurídico pois não é suposto que o tenha, nem para os próprios
nem para terceiros.

Vícios da vontade, são situações em que havendo vontade, aqui se distingue das faltas,
havendo vontade, essa vontade está imperfeitamente ou deficientemente ou defeituosamente
formada. Á vontade a pessoa declarou aquilo que queria declarar, portanto o que fez, queria
fazer, só que, se as circunstancias fossem outras provavelmente não teria declarado aquilo que
declarou. Provavelmente, 1º é uma conjetura, 2º é uma conjetura referida ao passado : não
teria. Quando celebrou o negócio, se não fossem certas circunstancias não teria declarado o
que declarou, é como digo, provavelmente. Não podemos dar a garantia absoluta.
Provavelmente, teria sido assim ou ao contrário. A isso se chama vontade conjetural.

Portanto dos chamados vícios da vontade, estamos perante situações que se deve fazer uma
comparação entre aquilo que realmente foi declarado, que foi pretendido no instante em que
foi declarado e aquilo em que provavelmente se teria declarado se as circunstancias fossem
outras. Supõe-se que a vontade deve ser formada esclarecidamente e livremente, portanto, os
requisitos da vontade são esclarecimento e liberdade. Ao esclarecimento opõe-se o erro,
portanto a falta de esclarecimento gera o erro. A falta de liberdade, o que juridicamente se
chama que não tem nada a ver com a expressão vulgar, o medo. Medo usado no sentido
intelectual, ou seja medo no sentido fata de liberdade. O erro pode ser espontâneo no sentido
em que a própria pessoa que está em erro é que não se esclareceu devidamente ou o erro
pode ser provocado por um ato de outra pessoa. Temos então o erro provocado por dolo,
sublinho o dolo em si mesmo não é um defeito da vontade, o dolo pode provocar um vicio da
vontade que é o erro. O vicio da vontade consiste na falta de esclarecimento tem o nome de
erro. O erro pode surgir por um qualquer motivo ou razão imputado ao próprio que está em
erro, chamamos então erro espontâneo ou pode surgir por causa de uma conduta ativa ou
missiva de outra pessoa, chamamos a isso erro provocado por dolo. Mas o vicio é sempre o
erro. O dolo não é vicio.

Do outro lado, o medo, ou seja, a falta de liberdade pode ser causada por coação moral, ou
eventualmente pelo chamado estado de necessidade no âmbito do chamado negocio usurário,
art 282, pode-se designar por situação de necessidade, são expressões equivalente. De
salientar que há um outro estado de necessidade que surge como causa de justificação ou
desculpa da responsabilidade da ilicitude que nada tem haver com isto, não é hipótese do 339,
nada tem haver com isto, é hipótese do 282 entre outras várias que cabem no 282.

Em qualquer das situações, nas 2 hipóteses seja de erro ou seja de medo, para sabermos se há
erro ou se há medo, deve fazer-se a comparação entre aquilo que foi declarado e aquilo que
provavelmente teria sido declarado se as condições ou circunstancias fossem outras.
Ex: O A comprou um automóvel ao B que sofria de uma fuga de óleo, e o A comprador não
teve perceção disso, agora que sabe depois de efetuada a compra, conseguimos perceber que
ele não estava esclarecido, qd comprou ignorava estas circunstancias, ele comprou porque
quis comprar, ninguém o forçou a comprar, se soubesse na altura em que comprou que o
automóvel teria a fuga de óleo, teria comprado na mesma? Se sim o erro não tem relevância,
se não o erro tem relevância. Demonstra-se que há uma divergência entre aquilo que a pessoa
declarou e aquilo que provavelmente teria declarado se tivesse conhecimento que o
automóvel tinha a fuga de óleo. Não quer dizer que consiga anular porque também é preciso
considerar a posição do outro, do mentor, portanto não se está a dizer que com isto, com este
fundamento, este desconhecimento, com esta falta de esclarecimento consegue obter a
anulação. Para já só estamos a demonstrar que o erro tem certa relevância pois se o B
soubesse não teria feito o que fez nos mesmos moldes em que fez.

Ex: O A celebrou uma escritura de doação a favor do B porque o B o ameaçou de que caso
porventura não fizesse a escritura o denunciava á policia. Quando fez a escritura de doação,
quis declarar o que declarou e foi pretendido. Mas agora que se consegue provar que foi
ameaçado, temos que fazer o raciocino seguinte: comparar aquilo que declarou ao que teria
declarado caso não tivesse sido ameaçado. Se não tivesse sido ameaçado teria na mesma
efetuado a doação ou não? Teria efetuado na mesma? A ameaça não tem relevância, portanto
o medo não foi significativo. Ao contrário, se conseguisse comprovar que não teria efetuado a
doação nos termos em que a efetuou, o medo tem relevância por que a coação também ela foi
relevante para o efeito. Não quer dizer que consiga anular, mas eventualmente está
demonstrado que a falta de liberdade foi significativa.

Tomem atenção que esta deve ser a parte mais difícil de todas.

Para anular não basta só afirmar é preciso comprovar que se não fosse isto ou aquilo não teria
acontecido daquela maneira. Claro que no caso da ameaça, ai é mais fácil porque o raciocínio é
o raciocínio de uma pessoa normal. O normal é que se não tivesse sido ameaçado não teria
feito a doação do imóvel, avaliação pela normalidade no caso do erro não é assim. No caso do
erro só a normalidade não chega.

No caso do erro, seguindo o ex anterior, o raciocínio é: o A só detetou a fuga de óleo um ano


depois, teria comprado na mesma se soubesse que tinha a fuga? Depende de várias
circunstancia, vai ter que provar algo do género, se é uma fuga que pode ter implicações
graves o normal ´e que não compraria. Mas o outro lado diz assim: se esta pessoa é
colecionadora compra carros em 2ª mão desta marca e portanto não se importa com isso. Só
caso a caso é que se vai conseguir saber. Como estamos a afalar de probabilidades há uma
indefinição logo á partida, temos de convencer o tribunal se seria assim ou se seria assado.

De um modo geral, as coisas são assim: (é por isso que um caso de medo é mais fácil
demonstração), se o vicio decorre de uma má atuação de outra pessoa, se decorre de coação
moral ou de decorre de dolo é mais fácil a anulação porque do outro lado há uma atitude
censurável.

No caso do erro, quando o erro é espontâneo ninguém o causou, ninguém o motivou, em


regra geral é o que acontece nos todos os dias. Agora aguenta-te. Qd compramos algo que
achamos que serve para isto ou para aquilo e depois não serve e então e agora? Não vamos
anular pois não dá, pois a pessoa tinha o dever de se esclarecer antes de fazer o que fosse, se
bem que hoje em dia permitisse a devolução dentro do prazo, já para salvaguardar essa
hipótese. Sendo que somente funciona para bens de consumo. Não funciona para a compra de
um terreno. Se comprou um terreno pensando que poderia construir e depois não pode, azar
do comprador, em geral, a menos que os requisitos de anulação estejam preenchidos.

Espécies de erro: espécie de erro que se podem encontrar, está entre o art 251 e o art 252.

Estão numeradas 4 espécies de erro: Erro sobre o objeto, erro sobre pessoa do declaratório,
erro sobre motivos em geral e erro sobre a base do negocio.

Art 251 os 2 primeiros, art 252 os outros 2.

O erro sobre o objeto precisamos de uma explicação, pois a lei também tem conceções
teóricas por trás. No CC na parte da teoria geral, está construído segundo sob o esquema da
relação jurídica que diz assim: 2 sujeitos, 1 facto que deu origem a uma relação entre esses 2
sujeitos, 1 objeto ao qual a relação se refere e depois eventualmente a chamada hierarquia,
portanto os elementos da relação jurídica são: sujeitos, facto, objeto, garantia.

A lógica disto tudo é que qualquer situação jurídica se enquadre/cabe no esquema da relação
jurídica. Aqui está o exagero não vale a pena estar a insistir muito nisto, há muitas situações
que se poem em uma relação jurídica mas não todas. A falsidade, vamos chamar assim, resulta
do facto de pensar que isto vale para tudo. Vale para muita coisa, sem duvida.

O ponto é: a propósito do objeto da relação jurídica distinguem-se 2 espécies de objeto. Existe


o chamado objeto imediato, e o objeto mediato.

O objeto imediato, há quem chame para distinguir, conteúdo da relação jurídica, é constituído
pelos direitos e deveres, que resultam daquela relação jurídica. Ex: Se A e B celebram uma
compra e venda entre eles por causa desse contrato surge uma relação jurídica, dia resulta que
o vendedor tem o direito de exigir a entrega do preço e tem o dever de entregar a coisa
vendida. Do outro lado, resulta o inverso, o comprador tem o direito de exigir a entrega da
coisa vendida e tem o dever de pagar o preço. Nesta linguagem da relação jurídica estes
direitos e deveres são o objeto imediato da relação jurídica, o objeto imediato ou o conteúdo.

O objeto mediato da relação jurídica, é o bem, geralmente a coisa á qual essa relação se
refere, no ex da compra e venda o objeto mediato seria a coisa que foi comprada/vendida o
automóvel por exemplo.

Se este é o esquema geral que enquadra o negocio jurídico quando se fala em objeto e em
erro sobre o objeto cabem os 2, tanto é erro sobre o objeto, o erro sobre o objeto imediato
como é erro sobre o objeto mediato.

Exemplificando: O B comprou um automóvel que tinha uma fuga de óleo, desconhecendo isso,
o erro é sobre o objeto mediato, á coisa á qual a relação jurídica se refere. Se algum deles,
comprador ou vendedor, está em erro sobre os efeitos do negocio, se algum deles penda por
exemplo que o preço mão tem que ser pago já, ou mais tarde quando o automóvel for
entregue o erro é sobre o objeto imediato porque o que está em causa são os efeitos ou seja
os direitos e deveres resultantes daquele contrato. Tudo isso cabe no conceito de erro sobre o
objeto. Portanto para dizer que o conceito é bastante amplo. E agora acrescento ainda que é
muito importante, o erro sobre o objeto mediato, sobre o tal bem, a coisa, a qual a relação se
refere, pode ser relativo tanto quanto ás qualidades materiais dessa coisa, desse objeto, como
relativo ás suas qualidades jurídicas, quer dizer, outra vez no ex de há pouco: se há erro sobre
o defeito do automóvel, se se desconhece a fuga de óleo, o defeito é relativo ás próprias
qualidades matérias do objeto.
Outro ex: O A comprou um terreno pensando que poderia usar o terreno para construção mas
de acordo com o plano de urbanização não pode fazer qualquer construção. O terreno em si
serve para construção, acontece é que existe uma proibição legal de construir naquele local, o
erro aqui é sobre uma qualidade jurídica do terreno, a qualidade em falta não é material, o
terreno serve para aquilo, juridicamente é que não serve, ainda cabe sobre o conceito de erro
sobre o objeto.

Vamos aos requisitos, queria só explicar primeiro, a outra espécie de erro que cabe no 251, o
erro sobre a pessoa declaratário é o erro sobre as qualidades da outra parte, não se esqueçam:
num contrato supondo, num esquema normal proposta a aceitação, num contrato ambas as
partes são declarantes e são declaratários ao mesmo tempo. O proponente é declarante para a
proposta e o outro é declarante, para aceitação este outro é o declarante e o proponente
passa a ser o declaratário.

Quando se está a falar em erro sobre pessoa declaratário, está em causa o erro,
desconhecimento ou ignorância, sobre qualidades da outra pessoa, ou seja da outra parte.

Ex: O A proprietário de um imóvel, prometeu vender ao B, havendo um contrato promessa de


compra e venda entre o A e o B, juridicamente o B tem o direito de exigir ao A que este na
data marcada que o A cumpra a promessa e faça á venda. Enquanto haver só o contrato
promessa de compra e venda o B, promitente comprador ainda não é proprietário, em
principio se lo á no futuro, mas atualmente não o é. Como é normal, nessas situações, como a
coisa já está negociada, trata se de uma questão de tempo até chegar á compra e venda , o
promitente vendedor, o A, já entregou a coisa ao promitente comprador, o B, é digno do
conhecimento do não juristas já é meu, já é meu por aspectos materiais, juridicamente não é
meu. Mas já o tem em seu poder e está convencido que é uma questão de tempo, o B,
promitente comprador, dá esse apartamento, em arrendamento a C, não há nenhum
problema com isso, ou seja nada impede a validade do arrendamentos isto não é
impedimento. O problema é este: ou o B esclarece o C que está a dar de arrendamento um
imóvel que ainda não é seu, existe uma possibilidade da coisa não correr bem, e o C perante
esta informação ou seja toma conhecimento, e mesmo assim toma de arrendamento e
aquenta-se, não foi enganado, conhecia a realidade, portanto não é erro, ou o C tomado
conhecimento diz que não quer. Ou 2ª hipótese o B nada diz, não informa o C, e pode ser que
não seja má, fé, o B para saber que ainda não é proprietário tem que ter alguns conhecimentos
jurídicos, o cidadão vulgar não tem noção, o comprador acha que já é dele e escritura de
compra e venda é um papel para fazer depois. Portanto o B, promitente comprador dá de
arrendamento ao C, sem esclarecer que ainda não é dele, e entretanto o C toma de
arrendamento sem ter conhecimento disto. Quando o C toma conhecimento disto há erro
sobre pessoa declaratário, porquê?, Porque o C assumiu que o B, o senhorio, que dá de
arrendamento é o proprietário, agora que descobre que o B não é proprietário há um erro
sobre as qualidades jurídicas da outra pessoa, o C entendeu que o B era proprietário qd tomou
de arrendamento e descobre que afinal não é. Portanto está verificado o erro do art 251.Não
quer dizer que tenha relevância, e até o C não tem interesse prático algum de fazer alguma
coisa com isto, só se a coisa der para o torto, porque, enquanto houver a possibilidade da
promessa ser cumprida e do B ser proprietário, deve o C estar quieto e esperar que corra pelo
melhor. Mas para todos os efeitos há erro sobre pessoa declaratário, porque houve um erro
sobre as qualidades jurídicas da outra pessoa.
Também podem ser no absurdo qualidades materiais, estava convencido que o B chamava-se
Joaquim e afinal chamasse Flávia, mas para todos os efeitos é considerada a relevância que
possa ter no imediato.

Assim no absurdo poderemos por algo do género, o C consegue provar que só tomava de
arrendamento a coisa de alguém que se chamasse Joaquim e não a quem se chamasse flávio,
se se consegue provar isso, internamente é um problema entre eles, para a comunidade em
geral não há nenhuma vantagem prática em dizer que o C tem que aceitar o que for, chame-se
Joaquim ou chame-se flávio, por nós é igual, eles que se entendam.

A regra é de que o erro, não conduz á anulação. A regra é de que : a pessoa que invoca erro, a
pessoa que invoca falta de esclarecimento é que tinha o ónus de se esclarecer, é que tinha o
ónus de tomar conhecimento, portanto de se informar, isto num modo geral.

Há situações em que não é assim, há situações do chamado consentimento informado para


efeitos de intervenção medica ou cirúrgica mas isso é um caso particular.

De um modo geral, se alguém está em erro, é mesmo assim, está em erro, azar. Está em erro
não estivesse, porque cada um tem o dever de se esclarecer, não são os outros que têm o
dever de esclarecer os outros. A menos que se verifiquem os requisitos de anulação, que estão
previstos para cada especie de erro.

No caso do erro sobre o objeto, e no caso do erro da pessoa declaratario, esses requisitos, já
não dá para desenvolver mas ficam numerados: são a essencialidade e ( comunigibilidae????),

Se forem ver o 252 isto não está lá, porque o 251, nesta parte remete para o art 247, mas esta
é que é a parte importante, no 247 está previsto o erro mas não é nenhum destes erros, é
outro erro que não é vicio da vontade. Portanto a remissão que o 251 faz para o 247 é só
remissão para os requisitos de anulação.

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