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Urgencias Bruna Ferreira !

Introdução :
‣ Controle da dor e da ansiedade inadequadas em
unidades de emergência
‣ Pouco conhecimento sobre as medicações
‣ Analgesia pode mascarar caso clínico
‣ Medo de sedação excessiva ou de complicações
cardiorrespiratórias
‣ Dor e ansiedade → sistema nervoso autônomo
‣ Realização de procedimentos diagnósticos e
terapêuticos é comum no departamento de
emergência

‣ Analgesia e sedação em procedimentos:


✓ Melhora a qualidade do atendimento ‣ A única medicação que usamos para sedação
✓ Aumenta a chance de sucesso técnico dissociativa é a quetamina ( paciente com psicose
✓ Aumenta a satisfação do paciente e esquizofrenia, não devemos usar essa
medicação).
‣ É um direito fundamental do paciente.
Dor x Analgesia:
Analgesia e sedação :
‣ Sempre que formos sedar temos que analgesiar,
‣ Analgesia e sedação compreendem um continua inclusive faz sempre analgésico primeiro e depois
de situações que variam desde de sedação o sedativo → podemos ter situações graves ,
mínima e controle da dor leve até anestesia geral. iminência de uma parada, choque , instabilidade
‣ Analgesia → ausência ou supressão da sensação hemodinâmica → nessas situações , não temos
de dor essa opção de analgesiar\sedar o paciente → para
‣ Pode ocorrer alteração do nível de consciência fazer medicação precisamos de acesso…
dependendo do que for nosso paciente podemos
‣ Sedação envolve alteração do nível de perder isso → não é o ideal , porém é o que dá
consciência em diferentes graus: para fazer → tem que avaliar individualmente o
✓ Mínima paciente.
✓ Moderada ‣ Dor → experiencia sensorial e emocional.
✓ Profunda ‣ Dor é a causa mais comum de procura ao serviços
✓ Dissociativa de emergência.
‣ Uso de analgésicos → 30 a 63%
‣ Analgesia, rebaixamento do nível de consciência
e amnésia → realização de procedimentos Avaliação da dor:
desagradáveis.
‣ Fazer exame de imagem também é uma indicação
para sedar e analgesiar o paciente, é medicação ‣ Anamnese:
✓ Caracterização da dor
que não deprima o sistema respiratório.
‣ É uma indicação ampla no departamento de
emergência, depende do paciente, do seu limiar ‣ Exame físico:
✓ Exame neurológico e musculoesquelético : dor
de dor… desconforto…
crônica
‣ Não podemos só sedar, tem que sedar e analgesiar
✓ Inspeção

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✓ Palpação Tratamento da dor:
‣ Exames complementares
‣ Via preferencial:
‣ Considerado o quinto sinal vital ✓ Endovenosa → paciente chocado, não tem
‣ Escalas de dor: caráter de objetividade
como fazer via oral, nem idoso → para maioria
dos paciente no departamento de emergência.
✓ Gestante → paracetamol pode ser utilizado, e

dos sedativos será o propofol.

‣ Casos especiais:
✓ Hipovolemia ou hipotensão → alteração da
absorção GI e aumento do volume de
distribuição da droga;
✓ Gestantes → evitar AINES, principalmente no
3o trimestre, pois podem prolongar a gestação,
trabalho de parto, diminuir a contração do
miométrio, aumentar o risco de oligodrâmnio e
perdas sanguíneas.
✓ Idosos → alteração na absorção, distribuição,
metabolismo e eliminação→ aumenta o risco
de interações medicamentosas e efeitos
adversos.

‣ Dipirona :
✓ Pouco estudada nos EUA;
Tratamento da dor: ✓ Brasil → dor leve ou moderada e febre.

✓ Dose máxima 6g/d (ampolas 500mg/ml);


‣ Prioridade para médico emergencista ✓ Devemos evitar em gestantes

‣ Objetivos: ‣ Paracetamol:
✓ Analgesia completa
✓ Alérgicos a dipirona;
✓ Redução de 50% da dor inicial
✓ Apresentação oral;
✓ Risco de hepatoxicidade;
‣ Considerado sinal de qualidade do atendimento ✓ Dose máxima 4g/dia;
prestado ✓ Toxicidade com paracetamol o antídoto é a
‣ Dores fortes: analgesia forte (para evitar o acetilcisteína.
prolongamento do sofrimento do paciente se
utilizar analgesias simples) ‣ AINHs:
‣ Aplicação da escala de dor: analgésico simples + ✓ Componente inflamatório associado →
associação. Aumento da atividade analgésica, cefaleia aguda, cólica renal e biliar, gota, e
inimiza os efeitos adversos e possibilita o uso de outras;
doses menores. ✓ Cuidado: doença renal crônica; doença
Após a primeira dose de analgesia o paciente hepática e insuficiência cardíaca;
deve ser reavaliado com a escala de dor e ✓ Usar 50% da dose -> idosos (>65 anos).
medicado conforme a necessidade.
‣ Tramadol:
✓ Considerado opioide fraco;
✓ Boa opção como droga de manutenção da dor;
✓ Eventos adversos: redução do limiar convulsivo,

vertigem, náuseas, vômitos(principal) →


podem ser reduzidos com a diluição em pelo
menos 100 ml de SF e infusão lenta (30min)
✓ Dose máxima 300mg/d (ampolas 50mg/ml);

‣ Sedar → se formos realizar algum procedimento, ✓ 50% da dose → ClCr < 30ml/min ou em
seja ele invasivo ou não. cirróticos
‣ Aqui é só analgesiar, é aquele paciente que não ✓ Paciente consegue ficar analgesiado por um

precisa de nenhum procedimento. período maior.

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✓ Causa muita náusea → normalmente é feito um Monitorização :
antiemético antes e tenta diluir bem → depende
da tolerabilidade do paciente.

‣ Morfina :
✓ Bom perfil de segurança;
✓ Excelente potência analgésica;
✓ Baixo risco de dependência;
✓ Titulação da dose;
✓ Meia-vida curta (2h); inicio de ação em até 5

minutos e pico em 30 minutos.


✓ Pode ser administrada via SC em pacientes com

dificuldade de acesso;
✓ Efeitos adversos: prurido, retenção vesical;
Escalas para monitorização da sedação :
náusea, espasmo do esfíncter de Oddi,
broncoespasmo e depressão do centro
respiratório(doses elevadas);
✓ Não existe dose máxima preestabelecida –

posologia para dor intensa: 0,1mg/kg IV +


doses adicionais de 2-3mg de 5-15 min, até
efeito desejado;
✓ Ampolas 10mg/ml (diluir em 9 ml de agua

destilada para formar solução decimal de 1


ml=1mg) ou 2mg/2ml
✓ 75% da dose → ClCr < 50mg/min ou 50% →

ClCr < 10ml/min.


✓ Precaução com cirróticos.
✓ Antídodo - naloxone

Princípios, precauções e segurança do


procedimento :
‣ Analgesia e Indicar corretamente;
‣ Conhecer antecedentes do paciente, reações
prévias, medicações em uso, hábitos;
‣ Avaliar → cardiovascular, respiratório e
neurológico;
‣ Materiais e equipamentos de suporte; Medicamentos analgésicos:
‣ Monitorização adequada antes, durante e após o
procedimento (PANI, monitor cardíaco, ‣ Fentanil:
oximetria, capnografia se sedação moderada ou ✓ Pré-indutor (potente analgésico);

profunda); ✓ Lipossolúvel (maior potência; menor início de

‣ Determinar objetivo da sedação (mínima, ação e curto tempo de ação) -> opioide mais
moderada, profunda e dissociativa); indicado para procedimentos;
‣ Administrar o analgésico e em seguida osedativo; ✓ Não causa liberação de histamina e tem baixa

‣ Avaliar o efeito; incidência de depressão miocárdica.


‣ Doses adicionais → nível de sedação desejado; ✓ Dose inicial: 1 mcg/kg IV LENTO. (máx. 3 mcg/

‣ Observar e monitorizar paciente até a PLENA kg);


RECUPERAÇÃO ao estado mental prévio; ✓ Inicio de ação: < 1-2 min;

‣ Não há necessidade de jejum. ✓ Duração do efeito: 30min - 1h;


✓ Vantagens: não induz broncoespasmo; tem

Ordem : antidoto;
✓ Desvantagens: riscos de depressão respiratória

Otimiza → analsegia → seda o paciente com doses altas e infusão rápida;


✓ Gestantes: classe C/D;
✓ Efeitos adversos: rigidez muscular; hipotensão;

bradicardia; depressão respiratória.

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‣ Morfina: ✓ Gestantes: classe D;
✓ Bom perfil de segurança; ✓ Efeitos adversos: hipertensão, taquicardia e
✓ Excelente potência analgésica; “fenômeno emergência”(sensação ruim de
✓ Baixo risco de dependência; sonhos e alucinações após a recuperação).
✓ Titulação da dose;
✓ Meia-vida curta; ‣ Midazolam :
✓ Pode ser administrada via SC; ✓ Sedativo-hipnótico de curta ação;
✓ Efeitos adversos: prurido, retenção vesical; ✓ Amnésia, sedação e hipnose, sem analgesia

náusea, espasmo do esfíncter de Oddi, ✓ Metabolizado pelo fígado e rins, podendo

broncoespasmo e depressão do centro causar sedação prolongada em pacientes com


respiratório; DRC ou DRH.
✓ Não existe dose máxima preestabelecida -> ✓ Dose inicial: 0,05-0,1 mg/kg IV, em 1-2 min.

0,1mg/kg IV + doses adicionais; ✓ Inicio de ação: 30-60 seg;


✓ Ampolas 10mg/ml ou 2mg/2ml ✓ HIDROSSOLÚVEL, podendo ser diluído para
✓ 75% da dose -> ClCr < 50mg/min ou 50% -> uso IV ou administrado IM.
ClCr < 10ml/min. ✓ Duração do efeito: 30-60 min (1-2 h);
✓ Precaução com cirróticos. ✓ Vantagens: amnésia, efeito anticonvulsivante e

tem antídoto(FLUMAZENIL);
‣ Etomidato: ✓ Desvantagens: NÃO promove ANALGESIA.
✓ Sedativo-hipnótico de ação curta; Depressão miocárdica (hipotensão) e
✓ Intervenções de curta duração; respiratória (redução do drive respiratório);
✓ Dose inicial: 0,1 mg/kg IV, em 1-2 min. ✓ Gestantes: classe D;
✓ Inicio de ação: < 15-45 seg; ✓ Efeitos adversos: diminui volume corrente e
✓ Duração do efeito: 3-12 min; hipotensão.
✓ Bom para pacientes com aumento da pressão

intracraniana (PIC); ‣ Propofol :


✓ Va n t a g e n s : n ã o c a u s a i n s t a b i l i d a d e ✓ Sedação e amnésia de ultracurta ação;

hemodinâmica ou disfunção ✓ Intervenções de curta ação;

miocárdica; baixo custo, ampla disponibilidade ✓ Dose inicial: 0,5 mg/kg IV, em 1-2 min.

e segurança. ✓ Inicio de ação: 15-45 seg;


✓ Desvantagens: NÃO proporciona ANALGESIA; ✓ Duração do efeito: até 10 min;
✓ Gestantes: classe C; ✓ Muito utilizado em procedimentos rápidos
✓ Efeitos adversos: mioclonia; náuseas; vômitos; ✓ Mais útil em pacientes estáveis

supressão de hemodinamicamente , gestantes, pacientes em


adrenal. broncoespasmo e doenças neurológicas agudas.
✓ Vantagens: titulável e previsível sedação

‣ Quetamina: profunda; ação broncodilatadora, antiemética e


✓ Sedação dissociativa: potente analgesia, efeito anticonvulsivante; reduz PIC;
amnésia e sedação, sem alterar reflexos de vias ✓ Desvantagens: NÃO promove ANALGESIA.

aéreas ou ventilação; Disfunção miocárdica (hipotensão); depressão


✓ Dose inicial: 1-2 mg/kg IV, em 2-4 min. respiratória e instabilidade hemodinâmica
✓ Inicio de ação: 30-60 seg; (bolus);
✓ Duração do efeito: 10-20 min (recuperação 1-2 ✓ Gestantes: classe B;

h); ✓ Efeitos adversos: apneia e hipotensão.


✓ Va n t a g e n s : n ã o c a u s a i n s t a b i l i d a d e

hemodinâmica, proporciona analgesia e ‣ DEXMEDETOMIDINA:


broncodilatação (útil em pacientes com ✓ Sedativo e analgésico;

broncoespasmo), segurança e efeito previsível ✓ Intervenções de curta ação;

da droga. ✓ Dose inicial: 1 mcg/kg IV, em 10 min (100 mcg/


✓ Aumenta a liberação de catecolaminascom a ml). – não deve ser adm em bolus, se for
elevação da PA e taquicardia, conferindo necessário a manutenção (0,2 a 0,7 mcg/kg/h),
excelente perfil para paciente hipovolêmico, reduzir a dose em 30-40% na presença de
hipotenso e instável, incluindo pacientes insuficiência hepática.
sépticos. ✓ Inicio de ação: 5-10 min;
✓ Contra-indicado: síndrome coronariana aguda ✓ Duração do efeito: 1-2 h;

(SCA), emergências hipertensivas ou síndromes ✓ Vantagens: analgésico, inibe a salivação,

aórticas agudas (SAA). História prévia de psicose mínima depressão respiratória;


ou esquizofrenia.

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✓ Desvantagens: preço elevado. Hipotensão e maligna(rigidez, tremores, hipertermia,
bradicardia instabilidade autonômica e miólise).
✓ Contra-indicação: pacientes BAV 2° e 3° graus e ✓ Vantagem: não causa depressão respiratória.

na IC grave (FE < 30%); ★ Outros antipsicóticos:


✓ Gestantes: classe C; ✓ Risperidona;
✓ Efeitos adversos: bradicardia e hipotensão. ✓ Quetiapina;
✓ Olanzapina;

Antídotos: ✓ Ziprazidona.

‣ Flumazenil :
✓ Antagonista benzodiazepínico;
✓ Pode ocorrer “ressedação”;
✓ Duração do efeito: 20-50min;
✓ Dose inicial: 0,2 mg (ampola 0,4 mg/ml);
✓ Raramente necessita mais que 2 mg.

‣ Naloxone :
✓ Antagonista opioide;
✓ Dose inicial: 0,2 mg (0,5 mg/5ml);
✓ Raramente necessita mais que 1mg

Agitação psicomotora:
‣ Inicialmente avaliar nível de agitação psicomotora
(escala SAS);

‣ Benzodiazepínico :
✓ Agitação indiferenciada;
✓ Síndrome de abstinência;
✓ Intoxicações agudas.
★ Midazolam
✓ Dose inicial: 10 mg (IM). Ampola 5 mg/ml;
✓ Inicio de ação: 10-30 min;
✓ Desvantagem: pode causar depressão

respiratória.
★ Diazepam
✓ Dose inicial: 10mg (IV). Ampola 10 mg/ 2ml;
✓ Não diluir a medicação;
✓ Não deve ser utilizado IM.

‣ Antipsicóticos:
✓ Antecedentes psiquiátricos;
✓ Idosos;
✓ Delirium;
✓ Psicose ativa.
✓ Bzd pode ser associado em casos mais graves.
★ Haloperidol (de escolha);
✓ Dose inicial: 2,5-5 mg (IV ou IM). Ampola 5

mg/1ml. 1 -2,5 mg
(VO). Comprimidos 1 e 10 mg ou solução oral
2 mg/ml.
✓ Inicio de ação: 1-2 min (IV); 15-30 min (IM);

30-60 min (VO).


✓ Efeitos adversos: prolongamento do QT e

torsades de pointes.
✓ Sintomas extrapiramidais(acatisia, tremores ou

ataxia). Síndrome neuroléptica


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