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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO


LICENCIATURA EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS Iº ANO

Orientação vocacional no ensino médio: Percepção dos estudantes para o ingresso no


ensino superior". Caso da escola secundária de Napipine (2021-2022)

Hawa Arone Amagy

Nampula

Março de 2024
ii

UNIVERSIDADE ABERTA ISCED


FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO
LICENCIATURA EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS Iº ANO

Orientação vocacional no ensino médio: Percepção dos estudantes para o ingresso no ensino
superior". Caso da escola secundária de Napipine (2021-2022)

Hawa Arone Amagy

Trabalho de Campo da Cadeira de


Metodologia de Investigação Cientifica a ser
submetido na Coordenação do Curso de
Licenciatura Em Gestão De Recursos
Humanos da UnISCED.
Tutor: Felisberto Samuel

Nampula
Março de 2024
ii 3

Índice
Introdução --------------------------------------------------------------------------------------------------- 4
CAPITULO I: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA --------------------- 5
1.1. Delimitação do tema --------------------------------------------------------------------------------- 5
1.2. Problematização--------------------------------------------------------------------------------------- 5
1.3. Justificativa -------------------------------------------------------------------------------------------- 6
1.4. Objectivos ---------------------------------------------------------------------------------------------- 7
1.4.1. Objectivo Geral ------------------------------------------------------------------------------------- 7
1.4.2. Objectivos específicos ----------------------------------------------------------------------------- 7
1.5. Hipóteses ----------------------------------------------------------------------------------------------- 7
1.6. Metodologia ------------------------------------------------------------------------------------------- 8
1.6.1. Tipos de pesquisa ----------------------------------------------------------------------------------- 8
1.6.2. Universo e Amostra -------------------------------------------------------------------------------- 9
1.6.3. Técnica e estratégia de colecta de dados ------------------------------------------------------ 10
CAPÍTULO II: REFERENCIAL TEÓRICO -------------------------------------------------------- 11
2.1. Definição de conceitos ----------------------------------------------------------------------------- 11
2.2. Historial da Orientação vocacional--------------------------------------------------------------- 12
2.3. Importância da orientação vocacional ----------------------------------------------------------- 13
2.4.A orientação vocacional nas escolas particulares e públicas ---------------------------------- 13
2.5. O papel do orientador vocacional ---------------------------------------------------------------- 14
2.6. Os professores e o desenvolvimento vocacional dos estudantes ----------------------------- 15
2.7. O papel da escola na orientação vocacional dos estudantes ---------------------------------- 15
1. Conograma ------------------------------------------------------------------------------------------ 16

2. Orçamento ------------------------------------------------------------------------------------------- 17

Referências Bibliográficas ------------------------------------------------------------------------------ 18


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Introdução

Esse estudo tem como tema "Orientação vocacional no ensino médio: Percepção dos
estudantes para o ingresso no ensino superior". Caso da escola secundaria de Napipine (2021-
2022). Visando analisar as percepções que os estudantes do ensino médio têm acerca da
orientação vocacional para o ingresso no ensino superior.

Trata-se de um processo de tomada de decisões em relação a escolha sobre instituições a


seguir com os estudos, cursos a escolher e tipo de formação a optar o que faz com que essa
decisão seja cada vez mais complexa.

Na maioria das vezes os estudantes levam em consideração na hora da escolha do curso em


quais disciplinas são bons ou ruins. Porém está consideração Pode servir como um indicador,
mas não como base para sua opção, pois gostar de uma determinada disciplina Pode estar
associado a empatia ou antipatia que ao lunostem como professor.

Assim sendo, antes que se tire decisões precipitadas é necessário que se leve em consideração
as seguintes componentes: aptidão, interesse e potencialidades que o estudante tem em relação
ao curso que pretende escolher. Porém, um profissional capacitado em orientação Vocacional
Pode ajudar a descobrir e sugerir o caminho Certo para tal escolha.

A escolha desajustada de um curso pode comprometer na futura carreira profissional, o que


acarretará série de problemas em relação a satisfação com o próprio curso, dificultando assim
a saúde e o bem-estar do Estudante que efectua a escolha. Estudantes que enfrentam
dificuldades em relação ao curso que pretendem seguir tem menos chances de crescerem
intelectualmente do que aqueles que não enfrentam dificuldades nenhuma em sua escolha.
Isso porque estudantes que não enfrentam dificuldades presume-se que tenha consciência do
que pretende fazer ao passo que os com muitas dificuldades na sua escolha dá a enteder que a
probabilidade de ser influenciado por pessoas é maior.

O estudo apresenta a seguinte Metodologia: Quanto a abordagem será do tipo qualitativo,


quanto aos objectivos será descritiva e quanto aos procedimentos será estudo de campo,
estruturado da seguinte maneira Capítulo I, em que falar-se-á dos procedimentos
metodológicos, capitulo II que diz respeito ao referencial teórico, seguem-se também as
referências bibliográficas e apêndices.
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CAPITULO I: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA

1.1. Delimitação do tema

O estudo será realizado na Escola Secundária de Napipine, na cidade de Nampula. No espaço


temporal de 2021-2022, período que a autora realizará uma pesquisa, com vista a entender o
problema inerente a Percepção dos estudantes do ensino médio acerca da orientação
vocacional.

1.2. Problematização

Actualmente, o que tem acontecido é que nem todos os estudantes do ensino médio da Escola
Secundária de Napipine, têm alguma concepção quando se fala acerca da orientação
vocacional. Porém, se limitam e não vão á busca de serviços de orientação vocacional. Pois
estes pela pressão da escolha do curso superior e da decisão sobre qual carreira seguir,
acabam muitas vezes fazendo a escolha errada, envolvendo-se em cursos que nada tem a ver
com o que gostariam de trabalhar.

No nosso contexto a orientação vocacional ainda não é suficientemente reconhecida. Ainda


que, por parte de algumas instituições, já se constate uma preocupação por acompanhar os
estudantes no seu processo vocacional, este acompanhamento ainda se restringe
essencialmente, à sua vertente académica, deixando de lado outras dimensões tais como: A
dimensão psicológica, a dimensão auto-formativa, a dimensão e a dimensão de aprendizagem
ao longo da vida. No entanto a orientação propriamente dita não se faz sentir em instituições
de ensino criando, assim, dificuldades no direccionamento para o auto - conhecimento e
fazendo com que a maioria dos estudantes do ensino médio não apresentem um projecto de
vida que os levem a planejar acções relacionadas ao seu futuro profissional.

O objectivo de trabalhar a Orientação vocacional no nosso contexto não se concretizou ainda,


que é nesse caso de contribuir na formação de sujeitos críticos e conscientes. Pois, com a
percepção da Orientação vocacional os estudantes poderão desenvolver maturidade suficiente
e as habilidades necessárias para lidar com os obstáculos e fazer escolhas certas descobrindo
assim as suas habilidades, interesses e aptidões.
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Nota-se também a falta de integração das disciplinas curriculares do ensino médio e os


referidos programas por falta da definição de objectivos específicos e de metas comuns entre
as várias disciplinas.

No entanto, a autora chegou a seguinte pergunta de partida: Que percepções os estudantes do


ensino médio têm acerca da orientação vocacional para o ingresso no ensino superior?

1.3. Justificativa

A escolha do tema, deve-se pelo facto da pesquisadora ter notado que em alguns estudantes
do ensino médio da escola Secundária de Napipine a percepção acerca da orientação
vocacional para o ingresso no ensino superior não se faz sentir, devido a não divulgação do
processo de orientação vocacional nessa escola. Razão pela qual alguns deles tem dificuldade
de efectuar suas escolhas com precisão em relação ao curso superior que pretendem seguir.

O estudo será útil a todos os estudantes do ensino médio independentemente da escola em que
frequenta, para que estes percebam acerca da Orientação vocacional, bem como a sua
importância; A nível pessoal, o estudo vai permitir para que se tenha uma visão clara e um
conhecimento aprofundado com provas fiáveis acerca do tema, visto que o ambiente natural
será a fonte directa de colecta de dados; A nível académico o estudo despertará atenção a
todos os estudantes que de certa forma o tema constitui como sendo novo, assim como para
todos académicos que pretendam aprofundar o estudo. Facilitará também aos professores que
queiram tirar do trabalho algum conteúdo que acham relevante e passar aos estudantes para
que esses tenham uma noção básica acerca de como é percebido a orientação vocacional pelos
estudantes do ensino médio da escola Secundária de Napipine.

A escolha do tema olhou também sob uma vertente social, pretendendo fazer com que a
sociedade perceba que é importante que os estudantes do ensino médio independentemente da
classe tenham alguma concepção acerca da orientação vocacional para o ingresso no ensino
superior. Isso porque facilitará aos estudantes na escolha do curso superior, que de certa
forma ditará a futura profissão, visto que depois de formado o mesmo estudante de certa
forma vai actuar também na sociedade onde está inserido.
7

1.4. Objectivos

Segundo Pilletti (1991), o objectivo é a “descrição clara do que se pretende alcançar como
resultado da nossa actividade” (p.65).

1.4.1. Objectivo Geral

 Analisar as percepções dos estudantes do ensino médio acerca da orientação


vocacional para o ingresso no ensino superior.

1.4.2. Objectivos específicos

 Identificar as diversas concepções dos estudantes acerca da orientação vocacional para


o ingresso no ensino Superior;
 Fazer entender aos estudantes acerca do potencial da Percepção da orientação
Vocacional para o ingresso no ensino superior;
 Propôr actividades práticas de modo que os estudantes tenham uma visão clara sobre
sua escolha.

1.5. Hipóteses

Segundo Rúdio (1980), hipótese é uma suposição que se faz na tentativa de explicar o que se
desconhece. Esta suposição tem por característica o fato de ser provisória, devendo, portanto,
ser testada para a verificação de sua validade.

H1: O fraco acompanhamento da escola como instância formadora tende a contribuir para
uma fraca percepção dos estudantes acerca da orientação vocacional para o ingresso no ensino
Superior;

H2: A falta da integração dos serviços de orientação vocacional nas disciplinas curriculares
dos estudantes tende a contribuir para uma fraca percepção dos estudantes acerca da
orientação vocacional para o ingresso no ensino superior.
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1.6. Metodologia

Segundo Tomanik (1994 cit. em Zanella 2013), "a metodologia é um conjunto de regras fixas
sobre como fazer uma pesquisa.O termo Metodologia refere-se a um conjunto de
procedimentos traçados para elaboração de uma pesquisa ou seja, são vias, caminhos que
levam a alcançar um determinado Objectivo. Neste âmbito a metodologia Possibilitará assim
que a autora da Pesquisa faça escolha do melhor caminho, instrumentos, assim como
procedimentos que se vai adotar, tornando o estudo mais prático e cientifico.

1.6.1. Tipos de pesquisa

Os tipos de Pesquisa são aplicados de acordo com o Objectivo e abordagem que o


pesquisador deseja utilizar como método cientifico do seu estudo, Isto é varia de acordo com
a natureza de cada estudo. Seleccionar o tipo de pesquisa a se usar no presente estudo será útil
para autora da Pesquisa, na medida que vai possibilitar dentre muitos outros tipos de pesquisa,
escolher os tipos de Pesquisa que se adequam ao seu estudo. Assim sendo importa nesse item
Fazer menção dos seguintes tipos de pesquisa:

 Quanto a abordagem

Quanto à abordagem a pesquisa é qualitativa. Para Severino(1999), “pesquisa qualitativa


permitem e mergulhar na complexidade dos acontecimentos reais ,indaga não apenas a
evidente, mas também as contradições, os conflitos e as resistências a partirda interpretação
dos dados no contexto da sua produção”.

Será uma pesquisa qualitativa pelo facto do estudo não se baseiarem representações
numéricas nas análises de dados, mas principalmente com a compreensão em profundidade de
um fenómeno específico e porque também vai-se trabalhar com descrições, comparações e
interpretações com uma amostra mínima em que se fará a generalização dessa amostra. A
pesquisa será útil na medida em que vai permitir que se tenha respostas com base nas
perguntas abertas mais ricas e variadas, em que de certa forma permitirá que a autora da
pesquisa tenha respostas meramente fiáveis.
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 Quanto aos Objectivos

Quanto aos objectivos a pesquisa será Descritiva. Esse tipo de pesquisa, segundo Selltiz,
Wrightsman e Cook (1965), busca descrever um fenómeno ou situação em detalhe,
especialmente o que está ocorrendo, permitindo abranger, com exactidão, as características de
um indivíduo, uma situação, ou um grupo, bem como desvendar a relação entre os eventos.

A pesquisa será descritiva porque far-se-á a descrição do tema sob forma textual, descrevendo
concretamente o problema em causa. Portanto, ao descrever qualquer aspecto vai ser
necessário mostrar os seus pressupostos. Neste âmbito, não se pode fazer generalizações ou
dar um resultado antes que se vá ao campo e se faça a descrição do problema para apurar
resultados com base a realidade do problema.

 Quanto aos procedimentos

Quanto aos procedimentos a pesquisa será de campo. Segundo Gil (2008), o estudo de campo
procura o aprofundamento de uma realidade específica. É basicamente realizada por meio da
observação directa e de entrevista com informantes para captar as explicações e interpretações
do que ocorre na realidade.

O estudo será de Campo pelo facto do ambiente natural tornar-se fonte directa de colecta de
dados, mantendo-se o contacto directo e prolongado com a situação estudada, no local onde o
fenómeno estudado ocorre naturalmente. Em que permitirá que a autora da pesquisa, tenha um
conhecimento aprofundado da situação que se pretende estudar e esteja com a realidade do
problema em estudo.

1.6.2. Universo e Amostra

SegundoLakatos e Marconi (2002), “universo ou população é um conjunto de seres animados


ou inanimados que apresentam uma característica comum” (p.41). Cada elemento do
universo terá oportunidade de ser incluido na amostra baseando-se na selecção aleatória.
Assim sendo, constitui o universo desse estudo, todos os estudantes e Professores do ensino
médio da Escola secundária de Napipine.

Segundo Malhotra (2001 cit. em Oliveira 2011), "a amostra é um subgrupo de uma
população, constituído de n unidades de observação e que deve ter as mesmas características
da população, seleccionadas para participação no estudo.Assim sendo, constitui a amostra
10

desse estudo, duas turmas dos estudantes do ensino médio, da escola secundária de Napipine e
quatro professores da mesma escola em que dois professores serão do sexo masculino e dois
do sexo feminino.

1.6.3. Técnica e estratégia de colecta de dados

"A técnica de colecta de dados diz respeito a um conjunto de regras ou processos utilizados
por uma ciência, ou seja, corresponde à parte prática da colecta de dados" (Lakatos&
Marconi, 2001).

Para a colecta de dados usar-se-á a entrevista semi-estruturada. SegundoTriviños (1987), "a


entrevista semi-estruturada parte de questionamentos básicos, suportados em teorias que
interessam à pesquisa, podendo surgir hipóteses novas conforme as respostas dos
entrevistados". Esse tipo de entrevista vai permitir que a autora da pesquisa, para além das
questões presente no guião formule outras questões ao longo da entrevista.
11

CAPÍTULO II: REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Definição de conceitos


 Orientação

A orientação é um processo de acompanhamento do sujeito ao longo do seu desenvolvimento


para activar e acelerar o dito processo. A orientação deve acompanhar o sujeito no seu
processo de desenvolvimento, tratando de identificar as condutas que o sujeito manifesta e
definir as melhores tarefas que se adequam ao sujeito.

Segundo Ferreira (1986), "orientação consiste em “ato ou arte de orientar (-se) ”. A definição
sugere a possibilidade da pessoa ser orientada por profissionais qualificados e também a
possibilidade mais comum em nosso contexto, da própria pessoa se orientar”.

 Orientação vocacional

Segundo SEI (Centro de desenvolvimento e aprendizagem),(2014), A Orientação Vocacional


é uma área de intervenção que pretende dar resposta às necessidades e indecisões que surgem
em jovens ou adultos quanto à direcção a dar à sua carreira académica e/ou profissional. É
feita uma avaliação que permite analisar, por um lado, tudo aquilo que o motiva (ou seja, os
seus interesses), e por outro lado, tudo aquilo para o que tem maior facilidade em aprender
(ou seja, as suas aptidões), possibilitando que o jovem possa ser protagonista da própria vida e
activo na construção do seu destino.

A orientação vocacional auxilia os jovens a identificarem qual área ou carreira eles devem
seguir. O profissional especializado reúne técnicas, orientações e questionários que são
respondidos de maneira individual e que vão abrindo possibilidades para o estudante.

A orientação vocacional pretende, enfim, valorizar a visão que o estudante tem sobre si
mesmo, quais os seus aspectos que considera mais importantes, e as suas expectativas em
relação ao futuro. Enfatiza-se a ideia de que a construção do futuro depende das suas
vivências e escolhas do presente.
12

 A percepção

Segundo Matos (2006, cit. em Davidoff, (1983) "A percepção é o processo de organizar e
interpretar os dados sensoriais recebidos para desenvolver a consciência de si mesmo e do
ambiente. Trata-se de uma operação activa e complexa".

A percepção envolve várias actividades cognitivas:

 A atenção (uma enorme quantidade de estímulos compete por atenção e apenas


uma pequena porção deles é seleccionada, sendo que, no início do processo
perceptivo, decide-se para o que direccionar a atenção);
 A memória (armazenamento de informações que se apresentam, assim como
lembranças de experiências passadas);
 Processamento de informações (decisão sobre que dados prestar atenção a seguir,
comparação de situações passadas com a presente, interpretações e avaliações).

2.2. Historial da Orientação vocacional

O início oficial da orientação vocacional/profissional pode ser situado entre os anos 1907 a
1909, com a criação do primeiro centro de orientação profissional Norte-americano, o
vocationalBureauof Boston e a publicação do livro choosing a vocation, de Frank Parsons.
Considerado na literatura internacional o pai da orientação profissional, em função do seu
pioneirismo na sistematização dos primeiros trabalhos da área realizados em Boston, nos
estados unidos.

Levenfus (1997) refere que:

A psicologia vocacional tem seu segundo grande momento de


desenvolvimento a partir da II Guerra Mundial, quando os estados unidos
passam a captar recursos humanos para as forças armadas. Nessa época,
surge a “Teoria dos traços e factores”, que trata basicamente de interesses
voltados para as características individuais, embora o enfoque principal fosse
para a selecção do indivíduo para a função em que fosse mais produtivo:
“Therightmanintherightplace”.

A Orientação vocacional começou a ser implementada nas escolas com a finalidade de


adaptar os sujeitos às ocupações do mercado de trabalho conforme demanda da sociedade
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industrial. Com o passar do tempo os serviços de Orientação foram consolidando-se em


clínicas ou Instituições particulares de ensino. Sendo oferecidos aos jovens das classes média
e alta da população, os quais, apresentavam melhores condições para pagar por esses serviços.
Hoje a Orientação vocacional constitui-se como um importante trabalho a ser desenvolvido
com os alunos, considerando que esses jovens necessitam de informações e orientações que os
auxiliem na tomada de decisões quanto ao seu futuro profissional.

2.3. Importância da orientação vocacional

A orientação vocacional é uma área da Psicologia Importante, pois induz ao estudante a


desenvolver senso critico e buscar suas próprias opções por conta própria, de maneira
autónoma e significativa; Surge como uma estratégia-chave para acompanhar os processos de
transição num contexto crucial da vida dos estudantes. Visando promover o auto-
conhecimento, o conhecimento das profissões, assim como do mundo do trabalho. Percebe-se
que a acção orientadora se caracteriza como actividade educativa, preventiva e integrada no
currículo, baseada na abrangência do processo educacional; Auxilia o momento em que
acontece a escolha. É um processo no qual o jovem reflecte sobre o seu momento decisório na
profissão. Além de si mesmo o jovem leva em consideração os aspectos que estão à sua volta,
tais como: aspectos sociais, familiares e económicos.

Claparède (1992) refere que "a orientação vocacional, visa dirigir e guiar o estudante para
uma profissão que lhe ofereça mais possibilidades e probabilidades de sucesso,
correspondendo às suas atitudes psíquicas e físicas”(p.47).

2.4.A orientação vocacional nas escolas particulares e públicas


A escola do século XXI deve preparar o aluno para o mercado de trabalho, mas, também,
priorizar sua condição humana. Não basta apenas adaptá-lo aos diferentes tipos de funções,
mas fundamentalmente que este aluno não se esqueça de seus deveres e direitos enquanto
cidadão democrático.

Segundo Menezes (2001):

É preciso que a escola reconheça a sua pluralidade e esteja atenta às metas


individuais dos seus estudantes. Como exemplos, o autor cita o preparo do
ingresso no ensino superior, salientando que ignorá-las seria inaceitável, uma
vez que significaria o mesmo que deixar de cumprir algumas das missões da
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escola. A escola, ao deixar de lado seu papel de formação integral,


preocupando-se com a aprovação do aluno no vestibular, não estimula o
jovem tanto para desenvolver um comportamento exploratório vocacional
como para buscar projectos profissionais, levando-o a fazer escolhas
baseadas na fantasia e em estereótipos.

Em pesquisa realizada por Bastos (2005) com o objectivo de investigar os factores que
influenciaram as escolhas profissionais dos alunos egressos do Ensino Médio público,
constatou-se que em nenhuma das escolas pesquisadas ofereciam algum trabalho de
Orientação Profissional. Assim, segundo esta autora, as escolhas destes alunos eram pautadas
pelo aspecto estereotipado da profissão ou falsa informação sobre as mesmas.

Ribeiro (2003) sugere que a orientação vocacional tenha uma prática mais abrangente e que
não atenda apenas a uma parcela específica da população e, sim, a todos que busquem uma
orientação para a elaboração ou reelaboração do seu projecto de vida profissional. Em
consonância com a escola a orientação profissional deve desenvolver um pensamento crítico
que faça estes alunos pensarem por si mesmos.

2.5. O papel do orientador vocacional

Bohoslavsky (1971), afirma que o sujeito é capaz de realizar as próprias escolhas desde que
seja capaz de lidar com a ansiedade inerente ao processo. E considera que o orientador
vocacional tem um papel de facilitar o processo de escolha, não de determiná-lo.

Na instituição escolar, o orientador é um dos profissionais da equipe de gestão. Ele trabalha


directamente com os alunos, ajudando-os em seu desenvolvimento pessoal; em parceria com
os professores, para compreender o comportamento dos estudantes e agir de maneira
adequada em relação a eles; com a escola, na organização e realização da proposta
pedagógica; e com a comunidade, orientando, ouvindo e dialogando com pais e responsáveis.

O papel do orientador vocacional é fundamental no apoio a construção e o desenvolvimento


de carreira. Este processo contínuo apresenta um conjunto de desafios que necessita de ser
bem apoiado pelos vários agentes educativos e formativos, incluindo as famílias. Os
orientadores vocacionais atuam no sentido da capacitação dos alunos com as estratégias e as
competências necessárias a uma gestão eficaz do percurso educativo e profissional. As
15

intervenções de orientação capacitam os estudantes para a construção e gestão equilibrada dos


seus projectos de vida e de carreira através de:

 Desenvolvimento do auto-conceito: adoptar atitudes e comportamentos que


traduzem uma percepção adequada de si próprios;
 Apoiar os estudantes no processo de desenvolvimento da sua identidade;
 Preparar as transições ao longo do percurso educativo.

2.6. Os professores e o desenvolvimento vocacional dos estudantes

Diversos autores analisam e propõem contributos específicos dos professores para o


desenvolvimento vocacional dos estudantes, inseridos de forma progressiva e articulada, nas
matérias que leccionam nas suas aulas (exemplo: Law, 1996; Rodrigues Morreno, 1995;
Watts, 1985). Trata-se de uma abordagem intencionalmente integrada no processo de ensino,
atribuindo-se aos professores tarefas próprias em função de objectivos vocacionais bem
definidos.

Os jovens precisam de espaços para discutir sobre suas escolhas. A escola constitui-se como
espaço ideal onde tais discussões podem ocorrer. Visto que os profissionais da escola são
formadores de opinião, em seu trabalho quotidiano podem actuar de forma a colaborar nesta
escolha, discutindo sobre projecto de vida e futuro profissional com seus alunos.

Os profissionais da escola, actuando de forma intencional, podem contribuir para que os


alunos desenvolvam sua autonomia e responsabilidade levando-os a construir um projecto de
vida que contemple acções promotoras da continuidade do processo educativo. Ter um
projecto de vida significa levar o aluno a pensar e reflectir sobre “quem ele é; o que pretende
ser, o que quer conquistar”. Isso implica um conhecimento de si próprio e do mundo ao seu
redor.

2.7. O papel da escola na orientação vocacional dos estudantes

A escola, como instância formadora, tem um papel fundamental de proporcionar informações


aos alunos sobre as profissões existentes, conscientizar os jovens de que o momento de
escolha é um processo de aprendizado a ser levado para outros momentos e que tem muito a
contribuir na formação pessoal.
16

Segundo Canastra (2007) "o modelo da orientação vocacional que as instituições devem
promover, deve privilegiar uma abordagem integradora e holística, isto é, uma abordagem que
perspectiva orientação académica no Quadro de um desenvolvimento pessoal, social e
profissional e num dinâmico de autoformação narrativa e identitária. Por tanto o papel das
instituições educativas não deve basear-se apenas a componente académica, mas sim
privilegiar uma abordagem formativa onde o estudante se torna o sujeito do seu processo
vocacional. Pois é necessário que o programa escolar familiarize os estudantes com o mundo
de trabalho, para que elas possam desenvolver a atitude e o conhecimento necessário, a enfâse
deve residir na exploração das oportunidades de emprego, mais do que numa selecção
específica de emprego, através das áreas de interesses vocativo.

No contexto moçambicano, Ussene (2011 cit. em Agibo 2016). (d)enuncia a ausência de


programas sistematizados de Orientação Escolar e Profissional. O autor sugeredirectrizes para
a implantação de programas de intervenção sistematizados que integrem a avaliação entre
seus objectivos como forma de garantir tanto a oferta quanto a continuidade dos programas.

2.8. Conograma
Tabela 2: Cronograma de Actividades

Período

Actividades Ano 2020


Agosto Setembro Out. Nov. Dez. Jan. Fev..

Escolha do tema e elaboracao do


projecto

Revisao bibliografica

Colecta de dados

Analise de dados

Elaboracao da monografia

Revisao da monografia

Entrega da monografia
Fonte: adaptado pelo autor (2024)
17

2.9. Orçamento
A concretização das actividades de pesquisa constantes neste projecto compreenderá um
arrolamento de despesas descritas na tabela 3 a seguir:

Tabela 3: Orçamento do material necessário

Descrição de equipamentos e material Quantidade Custo unitário Valor


permanente (Mt) total

Resma 1 1,00 250,00

Lápis 1 10,00 10,00

Borracha 1 10,00 10,00

Esferográficas 2 10,00 20,00

Impressão /cópia - 5.00 1000,00

Transporte - - 500,00

Máquina calculadora 1 250,00 250,00

Flashde 4GB 1 1000 1000,00

Total - - 3.040,00

Fonte: Autor (2020)


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Referências Bibliográficas

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