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Nampula
Março de 2024
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Orientação vocacional no ensino médio: Percepção dos estudantes para o ingresso no ensino
superior". Caso da escola secundária de Napipine (2021-2022)
Nampula
Março de 2024
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Índice
Introdução --------------------------------------------------------------------------------------------------- 4
CAPITULO I: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA --------------------- 5
1.1. Delimitação do tema --------------------------------------------------------------------------------- 5
1.2. Problematização--------------------------------------------------------------------------------------- 5
1.3. Justificativa -------------------------------------------------------------------------------------------- 6
1.4. Objectivos ---------------------------------------------------------------------------------------------- 7
1.4.1. Objectivo Geral ------------------------------------------------------------------------------------- 7
1.4.2. Objectivos específicos ----------------------------------------------------------------------------- 7
1.5. Hipóteses ----------------------------------------------------------------------------------------------- 7
1.6. Metodologia ------------------------------------------------------------------------------------------- 8
1.6.1. Tipos de pesquisa ----------------------------------------------------------------------------------- 8
1.6.2. Universo e Amostra -------------------------------------------------------------------------------- 9
1.6.3. Técnica e estratégia de colecta de dados ------------------------------------------------------ 10
CAPÍTULO II: REFERENCIAL TEÓRICO -------------------------------------------------------- 11
2.1. Definição de conceitos ----------------------------------------------------------------------------- 11
2.2. Historial da Orientação vocacional--------------------------------------------------------------- 12
2.3. Importância da orientação vocacional ----------------------------------------------------------- 13
2.4.A orientação vocacional nas escolas particulares e públicas ---------------------------------- 13
2.5. O papel do orientador vocacional ---------------------------------------------------------------- 14
2.6. Os professores e o desenvolvimento vocacional dos estudantes ----------------------------- 15
2.7. O papel da escola na orientação vocacional dos estudantes ---------------------------------- 15
1. Conograma ------------------------------------------------------------------------------------------ 16
2. Orçamento ------------------------------------------------------------------------------------------- 17
Introdução
Esse estudo tem como tema "Orientação vocacional no ensino médio: Percepção dos
estudantes para o ingresso no ensino superior". Caso da escola secundaria de Napipine (2021-
2022). Visando analisar as percepções que os estudantes do ensino médio têm acerca da
orientação vocacional para o ingresso no ensino superior.
Assim sendo, antes que se tire decisões precipitadas é necessário que se leve em consideração
as seguintes componentes: aptidão, interesse e potencialidades que o estudante tem em relação
ao curso que pretende escolher. Porém, um profissional capacitado em orientação Vocacional
Pode ajudar a descobrir e sugerir o caminho Certo para tal escolha.
1.2. Problematização
Actualmente, o que tem acontecido é que nem todos os estudantes do ensino médio da Escola
Secundária de Napipine, têm alguma concepção quando se fala acerca da orientação
vocacional. Porém, se limitam e não vão á busca de serviços de orientação vocacional. Pois
estes pela pressão da escolha do curso superior e da decisão sobre qual carreira seguir,
acabam muitas vezes fazendo a escolha errada, envolvendo-se em cursos que nada tem a ver
com o que gostariam de trabalhar.
1.3. Justificativa
A escolha do tema, deve-se pelo facto da pesquisadora ter notado que em alguns estudantes
do ensino médio da escola Secundária de Napipine a percepção acerca da orientação
vocacional para o ingresso no ensino superior não se faz sentir, devido a não divulgação do
processo de orientação vocacional nessa escola. Razão pela qual alguns deles tem dificuldade
de efectuar suas escolhas com precisão em relação ao curso superior que pretendem seguir.
O estudo será útil a todos os estudantes do ensino médio independentemente da escola em que
frequenta, para que estes percebam acerca da Orientação vocacional, bem como a sua
importância; A nível pessoal, o estudo vai permitir para que se tenha uma visão clara e um
conhecimento aprofundado com provas fiáveis acerca do tema, visto que o ambiente natural
será a fonte directa de colecta de dados; A nível académico o estudo despertará atenção a
todos os estudantes que de certa forma o tema constitui como sendo novo, assim como para
todos académicos que pretendam aprofundar o estudo. Facilitará também aos professores que
queiram tirar do trabalho algum conteúdo que acham relevante e passar aos estudantes para
que esses tenham uma noção básica acerca de como é percebido a orientação vocacional pelos
estudantes do ensino médio da escola Secundária de Napipine.
A escolha do tema olhou também sob uma vertente social, pretendendo fazer com que a
sociedade perceba que é importante que os estudantes do ensino médio independentemente da
classe tenham alguma concepção acerca da orientação vocacional para o ingresso no ensino
superior. Isso porque facilitará aos estudantes na escolha do curso superior, que de certa
forma ditará a futura profissão, visto que depois de formado o mesmo estudante de certa
forma vai actuar também na sociedade onde está inserido.
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1.4. Objectivos
Segundo Pilletti (1991), o objectivo é a “descrição clara do que se pretende alcançar como
resultado da nossa actividade” (p.65).
1.5. Hipóteses
Segundo Rúdio (1980), hipótese é uma suposição que se faz na tentativa de explicar o que se
desconhece. Esta suposição tem por característica o fato de ser provisória, devendo, portanto,
ser testada para a verificação de sua validade.
H1: O fraco acompanhamento da escola como instância formadora tende a contribuir para
uma fraca percepção dos estudantes acerca da orientação vocacional para o ingresso no ensino
Superior;
H2: A falta da integração dos serviços de orientação vocacional nas disciplinas curriculares
dos estudantes tende a contribuir para uma fraca percepção dos estudantes acerca da
orientação vocacional para o ingresso no ensino superior.
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1.6. Metodologia
Segundo Tomanik (1994 cit. em Zanella 2013), "a metodologia é um conjunto de regras fixas
sobre como fazer uma pesquisa.O termo Metodologia refere-se a um conjunto de
procedimentos traçados para elaboração de uma pesquisa ou seja, são vias, caminhos que
levam a alcançar um determinado Objectivo. Neste âmbito a metodologia Possibilitará assim
que a autora da Pesquisa faça escolha do melhor caminho, instrumentos, assim como
procedimentos que se vai adotar, tornando o estudo mais prático e cientifico.
Quanto a abordagem
Será uma pesquisa qualitativa pelo facto do estudo não se baseiarem representações
numéricas nas análises de dados, mas principalmente com a compreensão em profundidade de
um fenómeno específico e porque também vai-se trabalhar com descrições, comparações e
interpretações com uma amostra mínima em que se fará a generalização dessa amostra. A
pesquisa será útil na medida em que vai permitir que se tenha respostas com base nas
perguntas abertas mais ricas e variadas, em que de certa forma permitirá que a autora da
pesquisa tenha respostas meramente fiáveis.
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Quanto aos objectivos a pesquisa será Descritiva. Esse tipo de pesquisa, segundo Selltiz,
Wrightsman e Cook (1965), busca descrever um fenómeno ou situação em detalhe,
especialmente o que está ocorrendo, permitindo abranger, com exactidão, as características de
um indivíduo, uma situação, ou um grupo, bem como desvendar a relação entre os eventos.
A pesquisa será descritiva porque far-se-á a descrição do tema sob forma textual, descrevendo
concretamente o problema em causa. Portanto, ao descrever qualquer aspecto vai ser
necessário mostrar os seus pressupostos. Neste âmbito, não se pode fazer generalizações ou
dar um resultado antes que se vá ao campo e se faça a descrição do problema para apurar
resultados com base a realidade do problema.
Quanto aos procedimentos a pesquisa será de campo. Segundo Gil (2008), o estudo de campo
procura o aprofundamento de uma realidade específica. É basicamente realizada por meio da
observação directa e de entrevista com informantes para captar as explicações e interpretações
do que ocorre na realidade.
O estudo será de Campo pelo facto do ambiente natural tornar-se fonte directa de colecta de
dados, mantendo-se o contacto directo e prolongado com a situação estudada, no local onde o
fenómeno estudado ocorre naturalmente. Em que permitirá que a autora da pesquisa, tenha um
conhecimento aprofundado da situação que se pretende estudar e esteja com a realidade do
problema em estudo.
Segundo Malhotra (2001 cit. em Oliveira 2011), "a amostra é um subgrupo de uma
população, constituído de n unidades de observação e que deve ter as mesmas características
da população, seleccionadas para participação no estudo.Assim sendo, constitui a amostra
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desse estudo, duas turmas dos estudantes do ensino médio, da escola secundária de Napipine e
quatro professores da mesma escola em que dois professores serão do sexo masculino e dois
do sexo feminino.
"A técnica de colecta de dados diz respeito a um conjunto de regras ou processos utilizados
por uma ciência, ou seja, corresponde à parte prática da colecta de dados" (Lakatos&
Marconi, 2001).
Segundo Ferreira (1986), "orientação consiste em “ato ou arte de orientar (-se) ”. A definição
sugere a possibilidade da pessoa ser orientada por profissionais qualificados e também a
possibilidade mais comum em nosso contexto, da própria pessoa se orientar”.
Orientação vocacional
A orientação vocacional auxilia os jovens a identificarem qual área ou carreira eles devem
seguir. O profissional especializado reúne técnicas, orientações e questionários que são
respondidos de maneira individual e que vão abrindo possibilidades para o estudante.
A orientação vocacional pretende, enfim, valorizar a visão que o estudante tem sobre si
mesmo, quais os seus aspectos que considera mais importantes, e as suas expectativas em
relação ao futuro. Enfatiza-se a ideia de que a construção do futuro depende das suas
vivências e escolhas do presente.
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A percepção
Segundo Matos (2006, cit. em Davidoff, (1983) "A percepção é o processo de organizar e
interpretar os dados sensoriais recebidos para desenvolver a consciência de si mesmo e do
ambiente. Trata-se de uma operação activa e complexa".
O início oficial da orientação vocacional/profissional pode ser situado entre os anos 1907 a
1909, com a criação do primeiro centro de orientação profissional Norte-americano, o
vocationalBureauof Boston e a publicação do livro choosing a vocation, de Frank Parsons.
Considerado na literatura internacional o pai da orientação profissional, em função do seu
pioneirismo na sistematização dos primeiros trabalhos da área realizados em Boston, nos
estados unidos.
Claparède (1992) refere que "a orientação vocacional, visa dirigir e guiar o estudante para
uma profissão que lhe ofereça mais possibilidades e probabilidades de sucesso,
correspondendo às suas atitudes psíquicas e físicas”(p.47).
Em pesquisa realizada por Bastos (2005) com o objectivo de investigar os factores que
influenciaram as escolhas profissionais dos alunos egressos do Ensino Médio público,
constatou-se que em nenhuma das escolas pesquisadas ofereciam algum trabalho de
Orientação Profissional. Assim, segundo esta autora, as escolhas destes alunos eram pautadas
pelo aspecto estereotipado da profissão ou falsa informação sobre as mesmas.
Ribeiro (2003) sugere que a orientação vocacional tenha uma prática mais abrangente e que
não atenda apenas a uma parcela específica da população e, sim, a todos que busquem uma
orientação para a elaboração ou reelaboração do seu projecto de vida profissional. Em
consonância com a escola a orientação profissional deve desenvolver um pensamento crítico
que faça estes alunos pensarem por si mesmos.
Bohoslavsky (1971), afirma que o sujeito é capaz de realizar as próprias escolhas desde que
seja capaz de lidar com a ansiedade inerente ao processo. E considera que o orientador
vocacional tem um papel de facilitar o processo de escolha, não de determiná-lo.
Os jovens precisam de espaços para discutir sobre suas escolhas. A escola constitui-se como
espaço ideal onde tais discussões podem ocorrer. Visto que os profissionais da escola são
formadores de opinião, em seu trabalho quotidiano podem actuar de forma a colaborar nesta
escolha, discutindo sobre projecto de vida e futuro profissional com seus alunos.
Segundo Canastra (2007) "o modelo da orientação vocacional que as instituições devem
promover, deve privilegiar uma abordagem integradora e holística, isto é, uma abordagem que
perspectiva orientação académica no Quadro de um desenvolvimento pessoal, social e
profissional e num dinâmico de autoformação narrativa e identitária. Por tanto o papel das
instituições educativas não deve basear-se apenas a componente académica, mas sim
privilegiar uma abordagem formativa onde o estudante se torna o sujeito do seu processo
vocacional. Pois é necessário que o programa escolar familiarize os estudantes com o mundo
de trabalho, para que elas possam desenvolver a atitude e o conhecimento necessário, a enfâse
deve residir na exploração das oportunidades de emprego, mais do que numa selecção
específica de emprego, através das áreas de interesses vocativo.
2.8. Conograma
Tabela 2: Cronograma de Actividades
Período
Revisao bibliografica
Colecta de dados
Analise de dados
Elaboracao da monografia
Revisao da monografia
Entrega da monografia
Fonte: adaptado pelo autor (2024)
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2.9. Orçamento
A concretização das actividades de pesquisa constantes neste projecto compreenderá um
arrolamento de despesas descritas na tabela 3 a seguir:
Transporte - - 500,00
Total - - 3.040,00
Referências Bibliográficas
Bohoslavsky, R. (1971). Orientação vocacional: A estratégia clínica (8ª ed). São Paulo:
Gil, A. C. (2008). Como elaborar projecto de pesquisa. (4ª ed.). São Paulo: Atlas.
intervenção. Coimbra. pp. 185
Menezes, L. C. (2001). O novo público e a nova natureza do ensino médio.Estud. Av., São
Paulo, v. 15, n. 42.
Rúdio, F.V. (1980). Introdução ao projecto de pesquisa científica. (4ª ed.). Petrópolis: vozes.
Taveira, M.C. & Silva, J.T. (coord.).(2008). Psicologia vocacional: perspectivas para a
Triviños, A.N.S. (1987). Introdução à Pesquisa em CiênciasSociais-A Pesquisa qualitativa
UNESCO. (2009). World conference on Higher education: the new Dynamics of higher and
research for societal change and development. Paris: Unesco.
Zanella, L.C.H. (2013). Metodologia de pesquisa (2.ed). Florianópolis: Departamento de
ciências de administração UFSC.