TRATAMENTO DOS

TRANSTORNOS DE
PERSONALIDADE
Wendy Behary e Daniela Di Giorgio Schneider

Sabe-se que é da relação terapêutica que

depende o sucesso do tratamento.

William Gomes
 Conheça
c o livro da disciplina
-
CONHEÇA SEUS PROFESSORES 3

Conheça os professores da disciplina.​

EMENTA DA DISCIPLINA 4

Veja a descrição da ementa da disciplina. ​

BIBLIOGRAFIA DA DISCIPLINA 5

Veja as referências principais de leitura da disciplina.​

O QUE COMPÕE O MAPA DA AULA? 6

Confira como funciona o mapa da aula.

MAPA DA AULA 7

Links de artigos científicos, informativos e vídeos sugeridos.

RESUMO DA DISCIPLINA 38

Relembre os principais conceitos da disciplina.​

AVALIAÇÃO 39

Veja as informações sobre o teste da disciplina.​

2
 Conheça
c seus professores

-
WENDY BEHARY
Professora Convidada

Wendy é psicóloga especialista em tratar narcisistas e

as pessoas que convivem com eles. Ela faz clínica, treina
profissionais e supervisiona psicoterapeutas há décadas.
Também é a fundadora e diretora do Centro de Terapia
Cognitiva de Nova Jersey e dos Institutos de Terapia de
Esquema de NJ-NYC-DC, nos Estados Unidos. Bolsista-
fundadora e supervisora-consultora da Academia de Terapia
Cognitiva (Instituto Aaron T. Beck), Wendy atuou como
presidente do Conselho Executivo da Sociedade Internacional
de Esquema Terapêutica (ISST) e também trabalhou como
coordenadora de treinamento e certificação do Conselho
Executivo do ISST. Atualmente, é presidente do Subcomitê de
Programas de Desenvolvimento de Esquemas Terapêuticos
para o ISST. Wendy ainda é autora do best-seller internacional,
“Disarming the narcissist: surviving and thriving with the
self-absorbed”, que na sua 2ª edição já foi traduzido para
12 idiomas. Também é coautora de vários capítulos e artigos
sobre Schema Therapy e Cognitive Therapy.

DANIELA DI GIORGIO SCHNEIDER

Professora PUCRS

Possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade

Católica do Rio Grande do Sul (2001), Mestrado em Psicologia
pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2005) e
Doutorado em Psicologia pela Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (2008), com Pós-doutorado em Psicologia
pela Universidade Estadual de Londrina (2016). Leciona em
cursos de especialização e formação em Terapia Cognitivo-
Comportamental e Terapia de Esquemas em diversas regiões do
Brasil. Atualmente ministra a disciplina de “Terapia Cognitivo-
Comportamental para os Transtornos da Personalidade” na
Especialização em Terapia Cognitivo-Comportamental da
PUCRS e é uma das supervisoras do atendimento em terapia
cognitivo-comportamental na Especialização em Terapia
Cognitivo-Comportamental do INTCC. Tem experiência na área
de psicologia clínica e pesquisa, com ênfase em Psicoterapia
Cognitivo-Comportamental e Terapia de Esquemas.

3
 Ementa da Disciplina
Estudo de modelos cognitivo-comportamentais para o entendimento e
tratamento dos transtornos da personalidade, com ênfase no modelo da Terapia
do Esquema. Caracterização da avaliação, elaboração de plano de tratamento e
principais intervenções usadas com esta população.

4
 Bibliografia da Disciplina
As publicações destacadas têm acesso gratuito.

Bibliografia básica

BECK, A. T.; DAVIS, D. D.; FREEMAN, A. Terapia cognitiva dos transtornos de

personalidade. Porto Alegre: Artmed, 2017.

WAINER, R.; PAIM, K.; ERDOS, R.; ANDRIOLA, R. Terapia cognitiva focada em
esquemas: Integração em Psicoterapia. Porto Alegre: Artmed, 2016.

YOUNG, J. E.; KLOSKO, J. S.; WEISHAAR, M. E. Terapia do Esquema: guia de técnicas

cognitivo-comportamentais inovadoras. Porto Alegre: Grupo A, 2008.

Bibliografia complementar

DUARTE, A. L. C.; NUNES, M. L. T.; KRISTENSEN, C. H. Esquemas desadaptativos:

revisão sistemática qualitativa. Rev. bras.ter. cogn., Rio de Janeiro , v. 4, n. 1,
jun.2008.

RANGÉ, B. Psicoterapias cognitivo-comportamentais: um diálogo com a psiquiatria.

Porto Alegre: Artmed, 2011.

BACH, B.; BERNSTEIN, D. P. Schema therapy conceptualization of personality

functioning and traits in ICD-11 and DSM-5.Current Opinion in Psychiatry, v.32, n. 1, p
38-49, 2019.

SOUZA, L. H. D. Adaptação e validação do questionário de esquemas de Young-

versão breve (ysq-s3) para uso no Brasil, 2019.

SANTOS, M. B. D. Evidências psicométricas da versão brasileira do Inventário de

Evitação de Young-Rygh (YRAI) e do Inventário de Compensação de Young (YCI),
2020. Dissertação (Mestrado em Psicologia), Programa de Pós-graduação em
Psicologia da PUCRS.

5
 O que compõe
o o

s
Mapa da Aula?
MAPA DA AULA
São os capítulos da aula, demarcam
momentos importantes da disciplina,
servindo como o norte para o seu FUNDAMENTOS
aprendizado.
Conteúdos essenciais sem os quais você
pode ter dificuldade em compreender a
matéria. Especialmente importante para
alunos de outras áreas, ou que precisam
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
relembrar assuntos e conceitos. Se você
estiver por dentro dos conceitos básicos
Questões objetivas que buscam
dessa disciplina, pode tranquilamente
reforçar pontos centrais da disciplina,
pular os fundamentos.
aproximando você do conteúdo de
forma prática e exercitando a reflexão
sobre os temas discutidos.​Na versão CURIOSIDADES
online, você pode clicar nas alternativas.
Fatos e informações que dizem
respeito a conteúdos da disciplina.
PALAVRAS-CHAVE
Conceituação de termos técnicos,
expressões, siglas e palavras específicas
do campo da disciplina citados durante DESTAQUES
a videoaula.
Frases dos professores que resumem
sua visão sobre um assunto ou situação.​
VÍDEOS
Assista novamente aos conteúdos
expostos pelos professores em vídeo.
Aqui você também poderá encontrar ENTRETENIMENTO
vídeos mencionados em sala de aula.
Inserções de conteúdos para tornar
a sua experiência mais agradável e
PERSONALIDADES significar o conhecimento da aula.​

Apresentação de figuras públicas

e profissionais de referência
mencionados pelo(a) professor(a).
CASE
Neste item, você relembra o case
analisado em aula pelo professor.​
LEITURAS INDICADAS
A jornada de aprendizagem não
termina ao fim de uma disciplina. Ela
segue até onde a sua curiosidade MOMENTO DINÂMICA
alcança. Aqui você encontra uma lista
de indicações de leitura. São artigos e Aqui você encontra a descrição detalhada
livros sobre temas abordados em aula.​ da dinâmica realizada pelo professor.

6
 Mapa da Aula
Os tempos marcam os principais momentos das videoaulas.

AULA 1 • PARTE 1

PALAVRAS-CHAVE
02:13

Narcisismo: O narcisismo, também

conhecido pelo nome técnico de
transtorno de personalidade narcisista,
é uma condição mental que afeta a
percepção das pessoas sobre si e o
mundo. Pessoas narcisistas possuem LEITURAS INDICADAS
02:50
uma necessidade de atenção e
admiração em demasia, senso de Livro: Ele se acha o centro do
grandiosidade sobre si e falta de universo
empatia.

Nós precisamos ser capazes 03:44

de ficar na nossa cadeira
no modo mais resistente,
mais forte, mais adulto e
saudável possível.

ENTRETENIMENTO
04:43 Escrito por Wendy Behary, a obra fornece
Filme: Malícia um prático guia passo a passo, com dicas
e técnicas importantes, para aprender a
conviver melhor com narcisistas.

Filme de suspense sobre um cirurgião que vai

morar com um reitor de universidade e sua
esposa. Com o tempo, o casal passar a ter
medo do novo inquilino.

7

Lidando com narcisistas
Após apresentar uma cena do filme
“Malícia”, no qual o personagem de Alec
Baldwin demonstra ter um complexo de
Deus, a professora Wendy estabelece
alguns pontos e contextualiza possíveis
cenários emocionais que terapeutas
podem ter ao se deparar com alguém com
tais características.
Um paciente com complexo de Deus pode
agir com intensa arrogância e menosprezo,
e lidar diretamente com um indivíduo com
esta condição pode ativar o terapeuta.
Dessa forma, quando somos ativados,
podemos acabar permitindo que eles
façam o que fazem, explica Wendy.
Então, quando os terapeutas são
ativados e não conseguem se recuperar
a tempo, podem se sentir rebaixados a
uma sensação de total vulnerabilidade
e desamparo, sentindo certa ameaça
emocional. Pode haver sentimentos de
raiva, medo, intimidação, aturdimento,
frustração, entre outros.
Os narcisistas são alguns dos pacientes
mais complexos e difíceis de se trabalhar.
Ainda assim, é possível ter resultados
efetivos de tratamento.
Esquemas são estruturas
essenciais da vida, mais
profundamente enraizadas,
provenientes de experiências
da primeira infância
combinadas a temperamento
e constituição biológica.
VÍDEO
05:33
God Complex (Complexo de
Deus)
06:50
Cena do filme “Malícia”, de 1993. Para
assistir completa, clique aqui.
08:23
Pode ser muito desestabilizador
quando nós somos ativados
pelos nossos pacientes
mais complexos e difíceis,
principalmente os narcisistas.
09:05 Terapia do esquema
Quando fala-se em esquemas, ressalta-
se que esse termo existe há tempos. E o
termo “esquemas” vem do latim schemata,
que significa basicamente um tema,
ou um roteiro ou significado de algo.
Quando olhamos para os esquemas iniciais
desadaptativos no perfil narcisista, estamos
falando de um modelo descoberto pelo Dr.
Jeffrey Young, com 18 esquemas iniciais
desadaptativos. Estes esquemas iniciais
foram testados, estudados e pesquisados
por anos. O que a análise de fato mostrou
é que cada um funciona sozinho como
10:40 esquema inicial desadaptativo, o que
significa que trata-se de uma árvore.
A terapia dos esquemas evoluiu da terapia
cognitivo-comportamental, sobre a qual
o Dr. Jeffrey Young foi um dos principais
pesquisadores nos estudos de depressão
orientados por Aaron Beck. Ele descobriu
que, além da beleza da terapia cognitiva -
que busca formas alternativas e adequadas
de se enxergar uma situação em que
há viéses e distorções - esquemas são
estruturas essenciais da vida.
8
Todos temos esquemas
iniciais desadaptativos.
12:03
O narcisismo acontece de
formas altamente agressivas
e o narcisismo acontece de
formas mais discretas, também.
13:30
Quando alguém demonstra
interesse, ou te elogia, é para
te manipular. É assim que o
narcisista entende as coisas.
Os esquemas se tornam,
em muitos casos, processos
automáticos que acontecem
nos bastidores e dos quais nós
nem sempre somos conscientes.
11:08
PALAVRAS-CHAVE
Transtorno de personalidade
antissocial: É caracterizado por um
padrão generalizado de descaso com
as consequências e também com
os direitos dos outros. Entre alguns
12:40 traços presentes em indivíduos com
o transtorno, estão a impulsividade,
tendência a mentir e desconsideração
pela própria segurança e dos demais.
Esquemas iniciais desadaptativos
A professora Wendy cita e explica
alguns dos esquemas iniciais
desadaptativos, contextualizando a
possibilidade destes esquemas terem
ou não relação com o transtorno de
17:09 personalidade narcisista.
Os esquemas citados são:
• Desconfiança e abuso;
• Privação emocional;
• Defectividade e vergonha;
• Isolamento social;
• Busca de aprovação;
21:00 • Fracasso;
• Subjugação;
• Padrões inflexíveis;
• Arrogo/grandiosidade;
• Autocontrole insuficiente.
9
 É importante ser o melhor, 26:42
para os narcisistas, porque se
você não é o melhor, você não
é nada.

32:23
A nossa presença genuína na
sala, a relação entre o terapeuta
e o paciente, se torna uma
estratégia em si.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Analise as afirmações:

I. A terapia dos esquemas evoluiu da

terapia cognitivo-comportamental.

II. Esquemas são estruturas

essenciais da vida. 40:40
É difícil assumir um papel
Estão corretas: empático de valorizar seu
impacto sobre o outro.
Apenas I.

Apenas II.

I e II. 45:48
Então é a luta pela redenção
do pecador, porque o que o
Nenhuma das alternativas. narcisista quer é que parem de
culpá-lo.

47:11
Entender os esquemas
significa que você consegue
compreender a aparência
dessas necessidades não
atendidas.
Resposta desta página: alternativa 3.

10

Narcisismo e ecoísmo
Pensando na habilidade de ter agência e
facilitar, idealizamos alguém com certo
grau de independência, com a capacidade
de ser assertivo. Traços comunais
tratam da consideração com os outros e
sensibilidades interpessoais.
Narcisistas costumam ter agência
exagerada. Isso pode incluir realizações
pelo bem dos outros. Quando pensamos
num conceito como “narcisismo saudável”,
parece um oximoro. Todavia, quando
você pensa em alguém com narcisismo
saudável, é gente que vai “abrir caminho a
cotoveladas”, que age de forma implacável
- talvez não da mesma forma que
narcisistas clássicos, mas a missão deles
costuma ser pelo bem dos outros. Logo,
percebe-se uma combinação de agência
com motivação comunal.
Ecoísmo, popularizado pelo Dr. Craig
Malkin, remete muitas vezes aos
companheiros de narcisistas, ou até
mesmo aos terapeutas, que podem ficar
ecoístas no consultório devido ao medo
de rejeição, abuso, humilhação. Então,
ecoístas tendem a operar em grande
medida por impulsos motivadores de
culpa. Eles são suscetíveis ao sentimento
de culpa, e sensíveis aos sentimentos
dos outros. Muitos dos companheiros de
narcisistas continuam na relação porque
conseguem pressentir a vulnerabilidade
do parceiro narcisista. Ecoístas, nesse
sentido, têm uma enorme, talvez até
excessivamente generosa, capacidade de
empatia.
AULA 1 • PARTE 2
00:27
PALAVRAS-CHAVE
01:18
Ecoísmo: O termo, usado pela
primeira vez (no contexto de
contraponto ao narcisismo) por
Dean Davis, e popularizado por
Craig Malkin, designa pessoas que
temem ser narcisistas. São indivíduos
com grande receio de serem o
centro das atenções ou se tornarem
inconveniente para os outros.
03:16 Os tipos de narcisismo
Existem dois tipos de narcisistas: pessoas
com o narcisismo grandioso, e pessoas que
apresentam o narcisismo vulnerável.
O grandioso é a versão comercial, que
estamos acostumados a ver. São vistos nos
esportes, entre celebridades, na política, etc.
Você vê isso talvez até no seu chefe, ou no seu
vizinho, ou mesmo em alguém na sua própria
instituição clínica. Narcisismo grandioso é
caracterizado por extroversão elevada, senso
baixo de neurose. Ou seja, você não enxerga
a vulnerabilidade tão facilmente. Ela existe a
partir de expressões explícitas, sentimento de
superioridade, arrogo, sendo demonstrados
mais abertamente.
Ao mesmo passo, no narcisismo vulnerável
ou dissimulado temos um egocentrismo
mais introvertido, alto nível de neurose,
hipersensibilidade até a críticas leves, e
necessidade constante de reafirmação. Isso
constrói a ideia do narcisista como o campeão
do sofrimento. E isso não é vulnerabilidade.
Nele, há vulnerabilidade, e mais do que você
provavelmente verá na forma agressiva e mais
grandiosa de narcisismo. É mais dissimulado
porque se esconde por trás do mártir ou da
vítima. É mais comum em mulheres narcisistas,
embora elas possam atravessar para o outro
lado do espectro.
11
 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

O medo de ser narcisista está

presente no:

Narcisismo grandioso.

O que costuma estar por trás Narcisismo vulnerável.

07:27
dessa forma aparentemente
neurótica de narcisismo é Ecoísmo.
alguém que não é capaz de
admitir que tem medo. Transtorno de personalidade
antissocial.

09:20
Trabalhar com cada esquema
fica muito cansativo e coisa
demais para o paciente. E
não necessariamente captura
integralmente o que está
Nós ligamos pontos diferentes, 10:28 acontecendo, porque os
que são os esquemas, para esquemas não se manifestam
obter uma imagem integral um de cada vez.
dessa narrativa pessoal.

10:40 Temperamento e ambiente

Wendy explica que, através do Dr. Dan

Siegel, aprendeu sobre a importância
CURIOSIDADE de integrar a ciência no consultório,
11:03 principalmente com narcisistas. A
Dan Siegel professora diz que tinha uma intuição de
que, talvez, para se superar a vergonha e a
resistência no consultório, que costumam
ser bloqueadas por toda a vergonha
tóxica dos narcisistas, poderia utilizar a
credibilidade de um pouco de ciência,
visando a que seus pacientes relaxassem
Resposta desta página: alternativa 3.

mais na cadeira, cooperassem mais no

trabalho focado nas emoções, o que é uma
grande parte da terapia dos esquemas.
Dr. Siegel é Professor Clínico de Psiquiatria
Essa ideia de poder introduzir um
na Escola de Medicina da UCLA e co-diretor
pouquinho de ciência sobre memória,
fundador do Mindful Awareness Research
biologia e temperamento deu certo. Isso
Center da UCLA (Universidade da Califórnia
ajudou Wendy a mitigar a vergonha o
em Los Angeles). Dr. Siegel é o fundador da
suficiente para conseguir um pouco mais
neurobiologia interpessoal.
de cooperação e menos resistência nas

12
estratégias de foco nas emoções.
 Uma parte importantíssima
do nosso trabalho é tratar da
experiência à nível emocional
e compreender o enlace das
emoções com cognição e
trabalho comportamental.
16:08
Nós somos interessados e
guiados pela compreensão de
necessidades não atendidas.
24:04
O problema para a maioria
dos narcisistas é que eles
perderam a infância.
32:37
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Analise as afirmações:
I. Trabalhar com cada um dos
esquemas é essencial e um processo
tranquilo para o paciente.
II. Esquemas não se manifestam um
de cada vez.
Estão corretas:
Apenas I.
Resposta desta página: alternativa 2.
Apenas II.
I e II.
Nenhuma das alternativas.
12:05
PALAVRAS-CHAVE
Tensor de Difusão: A Técnica de
Imagens por Tensor de Difusão,
ou DTI (Diffusion Tensor Imaging),
possibilita estimar a direção do
movimento das moléculas de água na
17:15 microestrutura dos tractos cerebrais.
Os esquemas são estabelecidos
como traços. Por causa de
necessidades não atendidas,
temperamento, biologia e
vivências.
27:22
Necessidades não atentidas
As necessidades não atendidas são o
principal alvo quando se trabalha com
pacientes narcisistas. O alvo é atender
à necessidade de amor incondicional
e atenção, atender à necessidade de
contato, cuidado e afeto para aqueles que
não tiveram isso. O objetivo é atender
à necessidade de aceitação e elogios, e
não apenas por terem uma performance
extraordinária.
Segundo demonstrado na aula, nós
queremos apresentar a ideia de aceitação
e elogios para comportamentos comuns
- por boas maneiras simples, por ser
respeitoso, por demonstrar interesse
pelo mundo e pela vida de outra pessoa.
Nós começamos, à medida que eles
começam a crescer e evoluir, a elogiá-los
e demonstrar aceitação e admiração por
serem gente comum.
13
 Eu uso minha expertise 37:46
para basear minhas
palavras e observações, e
a minha compreensão do
relacionamento com os
outros com base na nossa
relação Mas eu faço isso de PALAVRAS-CHAVE
um jeito humano. 42:35

Reestruturação cognitiva: Trata-

Não podemos mudar o que
aconteceu, mas podemos
mudar a forma com que foi
organizado na sua memória.
Essa é a beleza da memória e
da imaginação.
se de uma técnica da Terapia
Cognitivo-Comportamental que visa
auxiliar os pacientes a identificar
os pensamentos automáticos
disfuncionais, possibilitando tecer
45:05
pensamentos alternativos, mais
apropriados.

46:45
Não podemos desaprender
a experiência real, mas
podemos desaprender a
mensagem e o significado
ligados à experiência.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Qual é o principal alvo quando se

trabalha com pacientes narcisistas?

Necessidades não atendidas.

Reestruturação cognitiva.

Esquemas.

A memória e a imaginação.
Resposta desta página: alternativa 1.

14
 AULA 1 • PARTE 3

Conceito de modos 00:27

É apresentado o conceito de modos,

que Wendy menciona como uma
forma de encarar os agrupamentos de
esquemas, e como eles são ativados
juntamente. Os esquemas não se mostram
individualmente, mas em cooperação
04:25
e conspiração uns com os outros. A A terapia dos esquemas é muito
abordagem de modos de esquema influenciada pela teoria do
começou com o trabalho de Jeffrey apego e teorias psicológicas do
Young sobre como trabalhar com mais desenvolvimento.
agilidade e efetividade com o transtorno
de personalidade borderline. Depois, foi
proposta uma abordagem para tratar o
transtorno de personalidade narcisista
também. 06:37
Se você não estiver nesse modo
No marco conceitual do narcisismo, há (adulto saudável), que é capaz
quatro tipos de modos de esquema. de cuidar de você, capaz de
Quando você pensa num modo, você convocar uma reação mais
pensa num estado de espírito, um saudável adaptativa, resta-lhe o
estado emocional, um jeito de estar. modo desadaptativo.
Já com esquemas, você pensa em
traços, em modos, você pensa em
estados. A diferença é que os traços
são estabelecidos, arraigados, verdades
inquestionadas e inflexíveis sobre
como o mundo funciona, sobre como 11:50 Modos específicos do narcisismo
nos relacionamos com o mundo, como
prevemos o futuro, como nos entendemos A professora Wendy cita modos
frente aos outros. Já os modos, nós os de esquema que são específicos
pensamos como estados. Pode ser o seu do narcisismo, contextualizando as
humor, o seu comportamento presente, características de cada um.
o seu estado de espírito em qualquer
• Criança solitária/envergonhada
momento.
• Criança impulsiva
Nesse contexto, quatro modos de
esquema são: criança inata; enfrentamento • Modo de hipercompensação
desadaptativo; cuidador internalizado e
• Modo distanciado/modo de fuga
adulto saudável.
• Crítico exigente

• Adulto saudável

15
 Todos nós temos modos. 16:18
Não somos um ser unilateral
e monolítico. Temos
dimensões diferentes na
nossa personalidade.

21:40
É muito desconfortável estar
num espaço em que você se
sente tão visível de forma crua
e vulnerável.

PALAVRAS-CHAVE
29:05

Questionário dos esquemas:

Instrumento avaliativo que possibilita
identificar e analisar esquemas
iniciais desadaptativos e modos
esquemáticos. Existem modalidades
deste questionário para buscar
informações específicas, como o 29:37
Os inventários são ferramentas
Questionário de Evitamento, por clínicas maravilhosas para
exemplo. compreender a narrativa de
forma mais robusta.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Qual é o modo capaz de estabelecer

um cuidado de si mesmo, de convocar
uma reação mais adaptativa?

Modo de hipercompensação.
35:11
Normalmente, o berço do
Modo distanciado.
esquema dos padrões altos
e inflexíveis é quando eles
Crítico exigente.
eram uma expectativa direta
de um cuidador.
Adulto saudável.
Resposta desta página: alternativa 4.

16
 37:42
A habilidade de se engajar
e permanecer de forma
continuada em um modo íntimo
é muito difícil para o narcisista.
Empatia não é compaixão.
Empatia é compreensão, é
entender alguma coisa. Em
suma, empatia é se colocar
no lugar do outro, se sentir na
pele de outra pessoa.
Relacionamentos íntimos
A professora explica que, se o terapeuta
estiver trabalhando com alguém
com traços narcisistas, seria bom se
encontrar com o parceiro da pessoa,
pelo menos uma vez. E talvez também
40:07
ter contato intermitente com o parceiro,
em que o terapeuta não revela o que
está acontecendo na terapia, mas
vai acompanhando, para observar o
progresso. Dessa forma, ter um senso
da realidade do que está acontecendo,
e não por que os narcisistas sejam
mentirosos patológicos, mas porque eles
têm dificuldade com a verdade. Eles a
41:54
distorcem, eles a colorem de diversas
formas.
Logo, é muito importante se encontrar
com companheiros, quando puder,
ou membros da família, para ter uma
perspectiva sobre a realidade do que
está acontecendo com essa pessoa.
A experiência dos outros ajuda na
elaboração das metas terapêuticas
com mais eficiência, e, claro, com a
colaboração do paciente e do que eles
acham melhor.
Em resumo, os relacionamentos íntimos
do narcisista são relações que costumam
ser vivenciadas, em primeiro lugar, como
fontes de aprovação e validação. Então,
mais uma vez, mesmo o parceiro, nos
primeiros encontros em que eles estão
conquistando e encantando, em que eles
estão tentando solicitar a companhia e
tentando seduzir, não significa que não
exista amor ou atração de verdade. Pode
existir. Mas a janela de atenção é muito
curta. A distração é muito grande. A
habilidade de se engajar e permanecer de
forma continuada em um modo íntimo é
muito difícil para o narcisista.
17
 AULA 1 • PARTE 4
00:25
CURIOSIDADE
John Gottman
John Mordecai Gottman é um professor,
pesquisador e clínico psicológico americano,
conhecido por seu extenso trabalho, ao longo
de quatro décadas, na previsão de divórcios
e estabilidade conjugal. John também é um
autor e palestrante premiado.
Os narcisistas costumam ser
muito bons em descobrir
como obter o que querem.
Então incentivos não
funcionam, mas vantagem
significa consequências.
PALAVRAS-CHAVE
Perguntas socráticas: São questões
intencionalmente estruturadas a partir
dos objetivos definidos ao longo da
terapia. São perguntas direcionadas
ao paciente visando facilitar seu
pensamento independente e sua auto-
exploração.
Relacionamentos íntimos II
Os narcisistas almejam parceiros que, de
alguma forma, faça com que eles tenham
benefícios, que impulsionem a imagem que
eles gostariam de projetar. Logo, o objeto
do seu amor costuma ser idealizado assim
02:30
no começo, porque receber a aprovação
de alguém perfeito, de um companheiro
perfeito, eleva o seu valor.
E, sim, é até importante, para os narcisistas,
que o parceiro escolhido seja alguém que
compartilhe alguns dos valores deles, mas
é muito importante que seja alguém que
irá se submeter à necessidade do narcisista
por controle e dominância. O parceiro é
gradualmente desvalorizado ao longo do
curso da relação.
03:40 Obstáculos
A falta de vantagem é um dos obstáculos
enfrentados ao tratar narcisistas. Incentivos
não trazem resultados efetivos, pois
narcisistas costumam ser bons em conseguir
o que querem. Então, incentivos não
funcionam, mas vantagem sim, pois implicam
04:01
consequências.
Se há algo em risco que eles não querem
perder, uma consequência que eles não
querem encarar, então você tem vantagem.
Eles não querem perder um companheiro, os
filhos ou o emprego - vantagem enquanto
consequência. Se eles não se tratarem, eles
vão enfrentar essa consequência. Em geral,
eles costumam ir para a terapia contra a
vontade, o que também dificulta as coisas.
06:40
Com o tempo, a vantagem pode existir no
vínculo criado no relacionamento terapêutico.
Outro obstáculo é que eles não gostam de
dever de casa, como preencher inventários,
por exemplo. Isto pode ser realizado durante
a sessão, se necessário. Além disso, existe
o obstáculo do desejo de controlar o
tratamento, tratando-se de uma disputa de
poder com o terapeuta.
18
Então nós estabelecemos uma
diferença entre ser uma pessoa
e ser um pai, e os efeitos na
criança, como resultado da
patologia dos pais.
14:32
Uma via de mão única não
funciona para as relações.
Quando a gente entende, a
gente pode agir. Porque não
estamos envolvidos com as
nossas dúvidas, decepções
e mágoas.
19:21
Um ser humano pode
interferir entre a ativação
do esquema e o impulso
de reagir. Nós podemos
interferir com os nossos
próprios impulsos.
O uso da empatia
para confrontar, para
responsabilizar e estabelecer
limites, é uma das estratégias
mais poderosas na terapia
dos esquemas e no
relacionamento terapêutico.
09:51
Empatia
A empatia é o elemento essencial,
explica Wendy. Ela é muito poderosa
para forjar nossa passagem por todos
esses obstáculos e rupturas. Há diversas
maneiras de se usar a empatia.
16:13
Há tantas formas com que nós podemos
usar a nossa presença empática,
nossa consciência empática e nossa
compreensão empática para confrontar e
responsabilizar alguém que está agindo
de determinada maneira.
18:47
A empatia oferece o benefício da
dúvida, nos permite descrever nossos
sentimentos, nos permite responsabilizar
e estabelecer limites. Através dela,
conseguimos não nos culpar ou levar as
coisas para o lado pessoal.
CURIOSIDADE
Marco Iacoboni
25:06
Marco Iacoboni, PhD e professor de Psiquiatria
e Ciências Biocomportamentais, é um
neurocientista da UCLA. Possui obras voltadas
ao estudo dos neurônios-espelho e seu
27:56 funcionamento no cérebro.
19
 Compreender e 37:32
responsabilizar precisam
andar lado a lado, mas não
em qualquer situação. Há
situações nas quais a empatia
pode ser substituída pelo
estabelecimento de limites.
40:26
Nós não podemos ser
maltratados dentro do
consultório. Nós não podemos
nos sentir inseguros.

AULA 2 • PARTE 1

Confrontação empática 01:08

A professora Wendy faz um breve apanhado

da primeira aula, retomando principais
pontos a respeito da confrontação empática,
da ideia do terapeuta numa postura, numa
instância de curiosidade. Essa postura pode
passar pela perceber a história, não só
fazendo perguntas e reunindo dados, mas
de fato buscando vivenciar e perceber a
01:26
história do outro, do paciente no consultório, É por isso que precisamos tanto
diferenciando o passado do presente. da parte do nosso cérebro
que é consciente, atenta,
A confrontação empática é utilizada sintonizada; a parte executiva
para fazer conexões e dar nome às do cérebro, para distinguir
reações desadaptativas e aos padrões passado de presente, períodos
de autossabotagem. É uma experiência de impotência e desamparo, em
compartilhada entre terapeuta e paciente. nosso self infantil.
O propósito primário da confrontação
empática é poder responsabilizar o narcisista
através da compreensão e reconhecimento.

A professora cita algumas estratégias que

11:42
utiliza na confrontação empática: É importante testar as
possibilidades com um narcisista.
Intenção transparente: Trata-se de
usar sempre a sabedoria acumulada, o
entendimento adquirido; compreensão e
consciência da pessoa sentada à sua frente.

Voz do narrador: Convidar o paciente a

levantar-se, fazer o mesmo, e questionar
sobre “a pessoa” que está sentada na
cadeira, fazendo com que ele possa narrar a
experiência que está ocorrendo com aquela
parte sua.

20
 Você pode ir um pouco mais
longe no trabalho com modos
e partes. Pode procurar a
vulnerabilidade, porque é ali
que podemos nos conectar
para oferecer segurança,
conforto e empatia.
VÍDEO
The still face experiment
Usando o Experimento “Still Face”, no
qual uma mãe nega a atenção do bebê
por um curto período de tempo, Tronick
descreve como a falta de atenção
prolongada pode levar um bebê de
uma boa socialização para períodos de
socialização ruim, mas reparável. Assista
ao vídeo completo aqui.
A maior parte do tempo
operamos com base em
funções implícitas.
É por isso que é difícil resolver
um trauma. Porque não há
nada que explique aquilo na
biblioteca de referência.
17:40
CURIOSIDADE
21:41
Edward Tronick
21:45
Edward Tronick é um psicólogo do
desenvolvimento americano, conhecido por
seus estudos sobre bebês e a conexão com
cuidadores, realizados na década de 1970.
24:16 Conceitos de neurobiologia
A ideia de integrar conceitos da
neurobiologia é como mitigar a vergonha,
como fazer o cérebro participar. Você
não precisa passar anos aprendendo
a anatomia do cérebro, virando um
neurocientista. Como psicoterapeutas,
o que podemos fazer é aprender o
suficiente, um tanto de informação que
26:44 pode ser integrado no nosso trabalho e
compartilhado de forma educativa com
nossos pacientes.
As memórias são ativadas em certas
condições, com base em nosso sistema
somático e sensorial. Só precisamos de
um pouco de informação sobre como a
27:20 memória é arquivada e recuperada para
ajudá-los a reconhecer o valor da terapia
dos esquemas. A terapia dos esquemas
é claramente alinhada com a ideia de
codificação e recuperação de memória
e com a ideia de funções implícitas no
cérebro.
21
 Não se trata de ter pena
dele (paciente). Trata-se
de ter compaixão por suas
partes vulneráveis.
AULA 2 • PARTE 2
Flashcards de áudio
Wendy explica a utilização de áudios como
flashcards, visando diversos benefícios
para o tratamento, tais como:
• Antecipar gatilhos e condições que
ativam o paciente;
• Identificar o que “nós” (terapeuta e
paciente) estamos enfrentando;
• Elogiar bom trabalho - coragem de
sentir;
• Engajar emoções;
Resposta desta página: alternativa 2.
• Prática de exercícios com a criança
vulnerável;
• Fortalecer o modo adulto saudável.
35:38
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
A intenção transparente e a voz do
narrador são estratégias:
Dos narcisistas.
Da confrontação empática.
Da terapia do esquema.
Da reestruturação cognitiva.
00:34
06:22 Objetivos da terapia
A professora explica os objetivos da terapia
com narcisistas em termos de modos.
Devemos pensar na terapia dos esquemas
e nos objetivos gerais para o narcisismo em
termos de modos. O que, de fato, estamos
tentando fazer é ensinar o modo do adulto
saudável a ajudar a criança solitária e
impulsiva a sentir-se cuidada e entendida, a
aprender a tolerar a frustração, para então
entender e cuidar de outros.
Temos que atender às necessidades e
corrigir a experiência emocional enviesada
para que possam ser capazes de cuidar,
entender e acolher as necessidades de
outros. Esse é o objetivo geral.
22
 Tentamos ao máximo criar 11:39
essa base segura. Assim eles
podem eliminar esse crítico
interno demandante.

13:23
Sobre a progressão da terapia,
como eu disse, estabeleça a
qualidade e o respeito, tenha
clara sua conduta desde o início.

Progressão da terapia 13:25

Sobre a progressão da terapia, Wendy

explica que é necessário estabelecer
a qualidade e o respeito, deixando
clara a conduta desde o início. Isso é
fundamental com todos os pacientes, mas 18:47
Eu sou muito transparente e
especialmente com os narcisistas.
acho que, como terapeuta de
Alguns dos pontos principais da esquemas, nós acreditamos
progressão da terapia incuem: no poder da transparência no
nosso trabalho.
• Estabelecer igualdade e respeito em
primeiro lugar, na relação terapêutica;

• Ser firme e assertivo;

22:09
Há muitos recursos na teoria
• Explorar origens de desapego dos esquemas em que
de outras pessoas, e de auto- você pode ler sobre como
engrandecimento; usar imagens mentais com
• Introduzir o conceito da criança efetividade no contexto de
solitária; enfrentar a resistência às acesso à criança vulnerável.
imagens ao explorar os obstáculos;

• Utilizar imagens para acessar a criança

solitária.

23:08 Progressão da terapia II

Continuando com a progressão da terapia,

após identificar os modos, o terapeuta
tenta dialogar com eles, para ter uma ideia
de sua força relativa e do que está, de fato,
sendo enfrentado.

Esse é o momento de estabelecer

perguntas buscando identificar, com
precisão, o padrão desses modos,
visando identificar as origens. Um passo
importante é negociar com os modos
desadaptativos para superar bloqueios à
intimidade.

23
 Estratégias 30:18

A professora apresenta estratégias

para lidar com narcisistas na relação
terapêutica. Uma dessas estratégias
é confrontar o comportamento de
busca de aprovação sem desvalorizar
o paciente. Além disso, Wendy sugere
também confrontar o comportamento
autoritário sem desvalorizar o paciente, 35:41
Nós confrontamos o
estabelecendo limites. comportamento de arrogo
Também é uma estratégia necessária sem desvalorizar o paciente. A
confrontar as críticas do paciente contra questão nunca é desvalorizar, é
o processo terapêutico, assim como sempre empatia e compreensão.
auxiliar o paciente a identificar sentimento
de solidão, ou sensação de vazio, para
motivá-lo a buscar mudanças.

Se o seu paciente estiver 38:03

numa crise, claro que você vai
ser flexível. Nós sempre vamos
ser flexíveis em crises.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Enquanto explica a progressão

da terapia, Wendy cita pontos
fundamentais dela. Analise e diga
quais das opções abaixo fazem parte
destes pontos cruciais:

I. Ser firme e assertivo.

II. Utilizar imagens para acessar a

criança solitária.

III. Estabelecer igualdade e respeito

na relação terapêutica.

Apenas I e II.

Apenas I e III.
Resposta desta página: alternativa 4.

Apenas II e III.

I, II e III.

24

Estratégias II
A professora continua apresentando
novas estratégias importantes para lidar
com os narcisistas ao longo da relação
terapêutica:
• Identifique os modos e esquemas
conforme eles aparecem,
desenvolvendo designações que auxilie
a identificar, junto com o paciente, nos
momentos em que se manifestam;
• Eleve-se acima de incidentes
específicos: não ataque ou se defenda;
• Mantenha a visão do narcisista como
vulnerável no cerne, mas sem esquecer
de responsabilizar o narcisista por suas
ações.
A gente só começa
com quebra de padrões
comportamentais se houver
alguma urgência.
Para engajar as emoções,
é preciso uma ótima
conceitualização do caso,
é preciso fortalecer o
relacionamento terapêutico
para realizar o trabalho
focado nas emoções.
AULA 2 • PARTE 3
02:29
03:58 Estratégias integradas
Mais uma vez, destaca-se que a terapia
dos esquemas é uma terapia integrada
deliberadamente integrando trabalho
cognitivo-comportamental, trabalho
vivencial, o relacionamento terapêutico,
e quebra de padrões comportamentais,
entre outros. A terapia cognitiva age
para reestruturar o pensamento ligado
aos esquemas. Trabalhamos para
desenvolver a voz saudável que cria um
distanciamento de crenças geradas por
esquemas e das crenças inerentes aos
modos.
O trabalho vivencial inclui o uso de
08:04 imagens mentais e mesmo os diálogos
de modos, que podem ser muito
evocativos. Qualquer coisa pode ser
evocativa para sentir uma emoção,
até apenas olhar fotos e contar
histórias. O próprio relacionamento
terapêutico pode evocar muita emoção
no consultório quando percebemos e
pedimos ao paciente para se entregar a
08:46 uma experiência ou sensação presente.
10:19
O protetor desligado é mais
proeminente por causa da
vergonha e medo do fracasso.
25
PALAVRAS-CHAVE
17:09

Cadeira vazia: Técnica que busca

reproduzir um encontro com um
momento específico da vida ou uma
pessoa, visando estabelecer um
diálogo e entrar em contato emocional
com este evento. MOMENTO DINÂMICA
22:48
A professora propõe instruções para uma
dinâmica que busca apresentar aos alunos
como funciona a prática de imagens
mentais.

AULA 2 • PARTE 4

Raiva 00:37

A professora ressalta que terapeutas de

esquema escutam a raiva com atenção,
de modo a ela assumir muitas formas.
Além disso, existem muitas funções e
muitos propósitos quando lidamos com
a raiva. Quando você lida com a raiva 09:35
Há uma diferença entre
de uma criança, você ouve uma voz que receptividade e reatividade.
normalmente possui um sentimento de Queremos adotar uma postura
estar indefesa, um silenciamento ligado a receptiva e ficamos nessa
ela. postura receptiva até quando
estamos impondo limites.
A raiva de um adolescente, geralmente,
possui uma voz atribuída a um sentimento
de rebeldia e ressentimento. Nos adultos, a
raiva costuma se manifestar com uma voz
que remete ao comportamento defensivo,
e também postura de ataque. 10:29 Sessão simulada

A professora apresenta um vídeo em que

ocorre uma sessão simulada, com um
colega chamado Jeff Conway. Trata-se de
um vídeo de treinamento para destacar
o trabalho com pacientes narcisistas.
Temos que ficar no nível 24:08 Ao longo do vídeo, a professora tece
pessoal. O segredo é sempre comentários sobre a dinâmica que se
retornar ao pessoal. estabelece.

26
 Qualquer uma dessas 33:12
estratégias, desde que
fiquemos com a emoção,
pode ser muito poderosa.

40:39
O que o narcisista precisa fazer é
trazer essa vulnerabilidade, essa
afetuosidade, essa parte íntima e
pessoal para a relação segura.

AULA 3 • PARTE 1

Teoria cognitiva dos transtornos de

03:02
personalidade

A personalidade, segundo a teoria

cognitiva, é baseada na estabilidade de
seus esquemas, robustos e firmes. Os
esquemas são a estrutura central da
personalidade. Os esquemas são grandes
filtros de percepção interna do ambiente
03:28
externo. A matriz de criação de significado, A personalidade é estável
logo, bebe tanto em critérios genéticos ao longo do tempo. Ela vem
quanto de conceitualização cognitiva sendo construída desde a tenra
própria, com crenças individuais. infância. Ela é composta por
sistemas e modos.
Em seguida, destaca-se que as
manifestações comportamentais iniciam-
se na personalidade, nos esquemas. Ao
mesmo tempo, os esquemas sofrem
alterações ao longo do desenvolvimento. 04:35
O esquema é essa grande
Estruturas centrais dos esquemas, em estrutura que vai estar filtrando
casos disfuncionais, tendem a distorcer todos esses estímulos que vêm
questões do ambiente para confirmar do ambiente.
crenças próprias.

Em casos de transtornos de personalidade,

um dos desafios do terapeuta é
realizar uma costura em relação a
disfuncionalidades da vida do paciente e
crenças centrais que o prejudicam. Assim,
há uma grande relação entre esquemas e
construção de sentido percebido.

27
Pacientes narcisitas podem ter esquemas
hipercompensatórios. Assim, por trás de 06:34
Tudo o que a gente tem de
todas as tentativas de se mostrar como
conceitos a respeito de nós
o melhor, dar sua palavra, mostrar sua
próprios, do mundo e dos
opinião, trazer a atenção para si, podem
outros está armazenado
haver crenças disfuncionais de insuficiência
nessas estruturas
e não valorização de si.
chamadas esquemas.
Ao mesmo tempo, conforme a economia
cognitiva, tenderemos na maior parte
das vezes a buscar ambientes e relações
que confirmem nossas crenças e
esquemas. Destaca-se que os padrões 08:25
Conforme o estágio
comportamentais são traços de
desenvolvimental, a gente
personalidade que funcionam por meio
começa a ter capacidades
da interação dialógica entre disposições
de um tipo de memória,
inatas e estímulos do ambiente.
depois, de armazenar
informação autobiográfica;
memórias de longo prazo,
memórias implícitas, depois,
mais explícitas.
Quando eu digo que o 10:30
esquema produz julgamentos
tendenciosos e erros
cognitivos que levam a
sentimentos e condutas
disfuncionais, eu estou falando
de um sistema disfuncional. 14:16
O paciente com transtorno da
personalidade, é como se, na
terapia, a gente sugerisse para
ele que a maneira como ele
constantemente está filtrando
a realidade é enviesada.
Ser feliz não é fácil nem 20:12
indolor: é difícil, e dói. Então,
a gente, para conseguir
mudar e construir esses novos
caminhos, a gente tem que
primeiro se desconstruir.
23:38
A gente tem a tendência
de reforçar aqueles
conceitos já formados. A
gente tem a tendência de
manter os estímulos, as
ideias, os esquemas que já
A terapia, quando eu digo 25:51
nos são familiares.
que ela é uma renarrativa,
não deixa de ser um convite
que a gente faz à pessoa
para a gente reviver alguns
momentos da vida dela e
poder pensar, juntas, se teria
uma outra forma de entender
aquilo que ela viveu.

28
 Relação com a psicopatologia 29:53

Certos esquemas disfuncionais estão

presentes mesmo em pessoas que não
possuem transtorno de personalidade.
A singularidade é que, em pacientes
com transtornos de personalidade,
32:42
esses esquemas são mais compulsivos, Os esquemas da personalidade
abrangentes, generalizados, inflexíveis, são muito parecidos com os
interativos, preponderantes e resistentes das síndromes somáticas.
à mudança. O mesmo esquema também
pode pertencer a duas diferentes
psicopatologias, o que deve ser analisado
e diagnosticado pelo clínico.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Assinale a alternativa incorreta

conforme o conteúdo apresentado:

Segundo a teoria cognitivo-

comportamental, os esquemas são
estruturas interiores de filtragem
dos estímulos exteriores.

Um esquema disfuncional é aquele

que confirma sua própria ideia, e
não a realidade.

Pacientes com transtorno de

personalidade tendem a ter
mais crenças funcionais do que
disfuncionais. Suas crenças
disfuncionais tendem a ser
preponderantes, estáveis e
inflexíveis.

Esquemas hipercompensatórios
tendem a criar mecanismos que
visam compensar características
negativas.
Resposta desta página: alternativa 3.

29
 AULA 3 • PARTE 2

Perfis cognitivos dos transtornos

00:10
da personalidade

Cada personalidade possui um perfil

cognitivo específico a ela correspondente,
apesar de ser necessário considerar a
especificidade de cada caso clínico de
02:50
acordo com sua trajetória e sua biografia. São dois pacientes com o
Tendo consciência da singulariedade de mesmo transtorno, mas com
cada paciente, apresentam-se logo em perfis distintos. Então, a
seguida os comportamentos manifestos gente precisa conhecer e se
de alguns transtornos de personalidade. aprofundar no conhecimento
do nosso paciente.
Os pacientes do grupo “A” tendem a ter
comportamentos de esquiva, vendo a
si mesmos como inaptos, insuficientes
e incapazes. Para eles, os outros são
sinais de ameaça, agindo sob o regime
06:59
do julgamento e da humilhação. Nesse Quando a gente tem um
sentido, esses pacientes tendem a não se paciente com esquema de
expor, evitando situações de avaliação, na abandono porque ele tem
medida em que vive diante da constante medo de perda, ser trocado,
ameaça disfuncional dos outros - que, na ser rejeitado, mas ele não tem
realidade, parte de uma crença individual esquema de dependência, é
de inferiorização de si. muito diferente de quando a
gente tem um paciente com
O paciente com transtorno da esquema de abandono com
personalidade dependente também medo de perder, de ser trocado.
irá se achar incapaz e frágil, mas vê os
outros como apoiadores. Ele depende
excessivamente dos outros, não
conseguindo viver sozinho de forma
plena.
07:27
Nós somos biologicamente
Já o transtorno da personalidade
ultra-sensíveis à rejeição,
obsessivo-compulsiva tem um senso
porque nós dependemos do
obsessivo de ordem, controle e atribuição
outro para sobreviver.
de responsabilidade. Esse paciente tende
a enxergar os outros como incompetentes,
frouxos. Normalmente, ele possui diversos
sintomas de ansiedade, pois precisa o
tempo inteiro estar controlando os outros 09:11
Quando acontece uma perda,
em seu funcionamento desgastante.
ou a pessoa em que eu busco
apoio se torna indisponível por
algum motivo, [...] aparece esse
sintoma daquilo que eu não
sei fazer, que é o sobreviver
sozinha, sem essa figura forte.

30
O estilo cognitivo central na
personalidade paranoide é a percepção
de uma má intenção ou má índole dos
outros. A pessoa acha que está sempre
sendo manipulada ou tratada de forma
enganadora. Assim, há uma dificuldade
de exposição.
A personalidade antissocial tende a ver
a si mesma como forte e autônoma,
enxergando os outros como fracos
ou exploradores que merecem ser
explorados. O antissocial age por meio do
engano, da manipulação e da trapaça.
Já os narcisistas tendem a desqualificar
e a humilhar os outros, se colocando
como superiores. Eles tendem a ser
pessoas muito egocêntricas, que buscam
admiradores nos outros, que devem lhe
render cotidianamente dando um retorno
para sua superioridade. Ele busca uma
excessiva atenção, símbolos de poder
dentro da hierarquia de seus ambientes.
O paciente borderline tem uma visão
de self muito deteriorada, com uma
grande instabilidade emocional. Ou os
outros são perfeitos, ou são potenciais
abandonadores. Ele vê a si próprio como
deteriorado, sendo geralmente vulnerável.
A personalidade histriônica tem uma
grande necessidade de chamar a atenção,
de ser visto como impressionante,
dramático. Os outros são vistos como
uma espécie de plateia, constantemente
seduzida pelo drama do histriônico.
Ele também tende a ser mais volátil
emocionalmente que o narcisista.
O esquizoide é uma pessoa muito
autossuficiente, enquanto o esquizotípico
sente mais falta de vínculos afetivos.
Muitos transtornos da
personalidade coocorrem. Eu
posso ter o narcisismo e um
traço antissocial, posso ter os
dois transtornos.
09:50
Nós temos personalidades, não
necessariamente um transtorno
da personalidade, mas
personalidades que mesclam
esquemas de vários transtornos.
13:12
A crença de que, se eu sou
vulnerável, então eu não posso
confiar em ninguém. E aí, quais
são os comportamentos de uma
pessoa paranoide? Ela fica sempre
hipervigilante no ambiente. É
um paciente que dificilmente vai
chegar e se expor.
17:53
Se eu não me conecto com
essa criança tão empobrecida,
tão não atendida, eu consigo
lidar com aquela estratégia
de enfrentamento de arrogo
de uma maneira muito mais
eficiente. Fica muito mais fácil
eu ter esse interesse.
19:48 Essa frustração diante crítica,
da perda, da rejeição é o
que algumas vezes vai abrir
espaço para uma busca
terapêutica. Porque, em
alguns momentos, eu não
vou conseguir usar as minhas
estratégias, vou me deprimir,
ou vou ficar muito chateado,
não vou conseguir lidar com
aquilo, e vou buscar ajuda.
21:51
31
 Desamparado, fora de
controle, defeituoso e ruim,
mau: a paciente borderline
tem isso de sentir muito esse
defeito. É uma visão de si
extremamente deteriorada.
AULA 3 • PARTE 3
Da TCC à terapia do esquema
Já vimos que a personalidade é formada
por uma série de sistemas em diálogo
uns com os outros, tendo na base
crenças sobre si e sobre o mundo. Desde
a mera percepção, o comportamento é
conceitualizado por meio de certos perfis
cognitivos, de acordo com a TCC.
Ressalta-se o olhar clínico do terapeuta na
compreensão de certas dificuldades que
possam ocorrer ao longo do processo, pois
elas fazem parte das questões implícitas
do paciente. Estratégias tanto emocionais
quanto cognitivas são essenciais nesses
casos.
A terapia do esquema trouxe a ideia de
refletir sobre a origem dos esquemas na
infância, assim como as necessidades
não atendidas. De acordo com Di
Giorgio, a terapia do esquema baseou-se
preponderantemente na terapia cognitivo-
comportamental, além de ter certos
conceitos da gestalt e da psicanálise.
25:17
32:31
O narcisista é um paciente
que acaba desenvolvendo
muitas habilidades para
chamar a atenção, para ser o
centro das atenções, para se
sentir superior.
00:25
01:32
Não tem tantos estudos
quanto a gente gostaria.
Estudos com transtorno da
personalidade são bem difíceis
de serem operacionalizados.
São estudos caros. São
tratamentos que tem de ser
longos para terem resultado.
05:22
A relação terapêutica é uma
estratégia de mudança. Não é
só algo importante para que a
terapia funcione. Ela é, em si,
uma das principais estratégias
de mudança.
32
Terapia do esquema 06:56

A terapia do esquema entende que

Esquemas Iniciais Desadaptativos
envolvem diferentes conceitos para
compor padrões de vivências: memórias,
sensações, pensamentos automáticos, 10:46
Por isso a importância de
etc. Os EID’s podem se desenvolver tanto fazer a terapia na infância,
na infância quanto na adolescência, e porque é quando os esquemas
continuam sendo elaborados ao longo ainda estão um pouquinho
da vida de acordo com o ambiente. Eles maleáveis. Fica muito mais
podem ser tanto condicionais quanto fácil trabalhar uma mudança
incondicionais. de perspectiva, de sensação,
uma reorganização na
Os esquemas são formados tanto por
memória, na vivência.
meio de base biológica quando por meio
da base ambiental. Eles também existem,
progridem e se criam de acordo com as
temporalidades e momentos específicos
na vida, na medida em que a liberdade e
12:00
a autonomia estão em constante conflito Novos esquemas vão surgindo
no decorrer da existência. Descobrir os como resultado de novas
caminhos da linguagem através dos quais experiências. Logo, além da
a orientação biográfica se desenvolve e família, outras pessoas, como
se origina, é um dos grandes pontos da pares e escola, também são
própria psicoterapia. importantes à medida em que
o indivíduo vai amadurecendo.
Sobre os domínios esquemáticos, destaca-
se sua relação com as necessidades
fundamentais do desenvolvimento
humano. De acordo com o apresentado
em aula, há cinco diferentes tipos de 12:56
Quando existe uma frustração
domínios, que variam entre a aceitação,
importante das necessidades
o pertencimento, a autonomia, o respeito
básicas, essa é uma das
aos desejos, os limites realistas e o prazer
formas daquilo se tornar um
e a expressão emocional legítima. Logo,
padrão disfuncional na vida do
por trás dos comportamentos há sistemas
ser humano.
de ativação de esquemas, trabalho de
análise psicoterápica. Nesse sentido,
as faltas e os vazios ocorridos na vida
infantil do paciente serão centrais para
14:21
a formação de suas condutas, ponto de Em algum momento da
atenção central para a relação terapêutica. minha infância, dependendo
do momento, eu vou ter
alguns esquemas que vão
se formar; dependendo do
momento, outros.

33
Existem períodos críticos
ao longo da infância, nos
quais algumas demandas
psicológicas específicas tem
de ser providas.
Quase todos os pacientes
que vocês atenderem vão ter,
relacionados aos sofrimentos
mais intensos deles, às
emoções desreguladas ou
problemáticas, esquemas do
primeiro domínio.
Em alguns momentos, eu vou
ter, sim, que fazer algumas
coisas que não me dão
só prazer: coisas que são
desagradáveis e que frustram.
O terapeuta precisa percorrer
isso. Não nos basta só ver
o comportamento final,
manifesto. A gente tem que
entender toda a dinâmica de
um funcionamento cognitivo-
comportamental.
14:42
18:03
Essas questões do apego
realmente são numa fase
anterior, muitas vezes, à
gente ter o desenvolvimento
da linguagem. Às vezes,
o paciente nem tem o
21:11
registro de um esquema
de abandono, mas ele tem
memórias implícitas que
aparecem em situações em
que ele sofre abandono,
sensações corporais.
22:31
Quando a gente começa
a ver o estilo de família do
paciente, o estilo de criação
que ele teve, a gente já vai
fazendo algum caminhozinho
traçando os esquemas que
24:12
podem estar presentes.
26:21
Hipercíticos, negativistas
muitas vezes têm essa
visão mais pesada da vida,
mais negativa.
29:32
31:00
Muito do que vai ser trabalhado
na terapia, do que vai ser
proporcionado no ambiente
terapêutico vai ser esse
acolhimento, essa escuta, esse
afeto, esse apoio. A relação
terapêutica é uma estratégia
central no tratamento.
34
 A forma como eu vou me 31:19
relacionar com o meu
paciente vai ser curativa, vai
ajudar nessa necessidade não
contemplada que ele tem, e
que ele ainda busca até hoje.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Assinale a alternativa que não

corresponde a uma influência na
aquisição de esquemas disfuncionais
a partir de Young:

Aprendizagem de habilidades
socioemocionais.

Frustração nociva das necessidades.

Traumatização.

Internalização seletiva.

AULA 3 • PARTE 4

Estilos de enfrentamento 00:25

Os estilos de enfrentamento, na terapia

do esquema, baseiam-se em três
principais tipos evolutivos de estratégias
biológicas de sobrevivência: luta, fuga
e paralisação. Logo, são formas de lidar
01:30
com a dor da ativação do esquema, ou [Os estilos de enfrentamento]
mesmo do sofrimento, o que depende são respostas
do temperamento e da personalidade comportamentais ou cognitivas
Resposta desta página: alternativa 1.

individual. Normalmente as pessoas e emotivas às ameaças

possuem um estilo preponderante vivenciadas na infância.
de enfrentamento. Nesse cenário, a
hipercompensação seria a luta; a evitação
seria a fugra; a paralisação seria a
resignação.

35
A resignação faz a pessoa agir como
uma espécie de entrega, de rendição ao 02:58
esquema disfuncional da paranoia e do Normalmente a gente vê no
engano. Já a evitação é uma estratégia de estilo da pessoa a tendência
escapar tanto sentimentalmente - evitar que ela tem de ter um jeito
o sentimento e o afeto de hipervigilância ou outro de lidar. Mas não
- quanto comportamentalmente - evitar quer dizer que a pessoa que
confiar nas pessoas.
hipercompensa não possa
também evitar, também manter.
A terceira estratégia citada - a
hipercompensação - age a partir de uma
luta, uma forma de lidar que tenta trazer
o conceito oposto para si. Esses estilos de
enfrentamento, em última análise, acabam
07:05
por ser formas de manutenção dos [Na hipercompensação] eu vou
esquemas disfuncionais, sendo maneiras hipercompensar, eu vou criar
da própria autorreprodução dos EID’s. uma ideia oposta ao que a ideia
do abandono me diz, e vou
Uma psicoeducação que foque na
começar a agir no sentido de
manutenção de tais estratégias pode
colocar isso em prática.
ser uma boa forma de refletir sobre a
proposição de outras alternativas de
enfrentamento.

11:55
O paciente desconsidera
outras possibilidades, outras
explicações alternativas. E isso
é justamente o que a terapia
vai fazer.
A gente vai ajudar essa 12:22
pessoa, esse paciente, a ver
que existe uma interpretação
equivocada. O estilo de
enfrentamento vem junto.
15:40 O paciente narcisista

A privação emocional e o sentimento

de defeito são preponderantes nos
pacientes narcisistas, que possuem
crenças solitárias em decorrência de uma
falta de valorização dos pais na infância.
A privação emocional e o 16:00 É um paciente que se sente muito
defeito são os esquemas desamparado em conexões saudáveis,
mais comuns do paciente num sentido de importância. Apoio, afeto
narcisista. O paciente e carinho tendem a ser ausentes para os
narcisista, na verdade, narcisistas.
intimamente falando, é um
Já sobre os principais modos,
paciente inseguro.
destacam-se três: criança solitária,
autoengrandecedor e autoconfrontador
desligado.

36

Um modo é um esquema
que eu ativei em
determinado momento,
juntamente com o estilo de
enfrentamento que eu usei.
Então, ele é um estado.
O ser humano é muito
complexo. É muito difícil
a gente, didaticamente,
organizar um funcionamento
de alguém, uma dinâmica de
uma personalidade.
É isso que a gente precisa, a
gente tem que acessar esse
núcleo do paciente, que é o
núcleo da dor. Na verdade,
com quase todo paciente,
não só com o narcisista, a
gente precisa chegar nesse
modo infantil: quais são
os esquemas desse modo
infantil? Qual é o domínio?
Também destaca-se a complexidade
19:56 do ser humano em termos de análise e
características, o que deve ser apurado
por meio do olhar específico do terapeuta
de acordo com cada história de vida.
A criança solitária seria o lado do
paciente não amado, não merecedor,
desconectado e rejeitado. O modo
autoengrandecedor é o lado do paciente
que se coloca acima dos outros de forma
competitiva, buscando status, querendo
22:08 uma atenção obsessiva.Já o esquema de
defeito funciona a partir da constante
inferiorização da pessoa, que possui um
grande medo e um alto rejeição.
23:13
Normalmente, o paciente
narcisista está se
autoengrandecendo,
mostrando que ele se acha
superior, que as pessoas têm
que estar admirando ele.
26:05
30:57
O facebook ajuda as
crianças a chorar por
atenção desde 2004.
37
 Resumo da disciplina
Veja, nesta página, um resumo dos principais conceitos vistos ao longo da disciplina.

AULA 1

Esquemas são estruturas essenciais da

vida, profundamente enraizadas.

Nós somos interessados e guiados

pela compreensão de necessidades
não atendidas.
Um ser humano pode interferir entre
a ativação do esquema e o impulso
de reagir.

AULA 2

Usamos a parte executiva do

cérebro para distinguir passado de
presente, períodos de impotência e
desamparo, em nosso self infantil.
É difícil resolver um trauma porque não
há nada que o explique na biblioteca de
referência.

É importante estabelecer a
qualidade e o respeito, deixar clara
sua conduta, desde o início da
relação terapêutica.

AULA 3

Pessoas narcisistas tendem a depender

excessivamente da aprovação dos
outros para sua segurança.

A relação terapêutica é uma

poderosa estratégia de mudança
para o paciente.
Cada personalidade possui um
perfil cognitivo específico, e deve-se
considerar a especificidade de cada
caso clínico.

38
 Avaliação
ca-

-
Veja as instruções para realizar a avaliação da disciplina.

Já está disponível o teste online da disciplina. O prazo para realização

é de dois meses a partir da data de lançamento das aulas. ​

Lembre-se que cada disciplina possui uma avaliação online.

A nota mínima para aprovação é 6. ​

Fique tranquilo! Caso você perca o prazo do teste online, ficará aberto
o teste de recuperação, que pode ser realizado até o final do seu curso.
A única diferença é que a nota máxima atribuída na recuperação é 8. ​