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Beira
2022
Arnança Ringo Gravata
Hilário Bitone
Beira
2023
Índice
1. Introdução ............................................................................................................................... 3
2. Conceitos ................................................................................................................................ 5
3. Conclusão ............................................................................................................................. 16
1. Introdução
O presente trabalho com o tema Métodos e técnicas de selecção permite com que as
organizações escolham os candidatos com maior afinidade de expectativas e potencialidades
com as expectativas e necessidades previstas para o cargo ou posição em processo de
preenchimento. Isso significa aqueles que mais convém a determinado plano de acção, pois
em muitos casos os escolhidos não são os mais talentosos e sim os mais adequados a uma
função em uma situação predeterminada. As exigências de selecção baseiam-se nas
especificações do cargo, cuja finalidade é dar maior objectividade e precisão à selecção do
pessoal para aquele cargo. A entrevista de recolha aprofundada de informação é muito
utilizada por profissionais de comunicação social, investigadores, especialistas de marketing e
publicidade, e consultores e formadores organizacionais. O seu principal objectivo é a recolha
de informação sobre determinado assunto, processo ou indivíduo. Caracteriza-se pelas
questões planeadas e espontâneas e, quando bem realizada, constitui-se como uma
conversação fluída, inteligente e informal. Uma das características mais interessantes do
domínio desta técnica é que as competências que exige são facilmente transpostas para as
conversações interpessoais
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
1.2. Método
Segundo GIL (2002: 68), “a palavra método é de origem grega e significa o conjunto
de etapas e processos a serrem vencidos ordenadamente na investigação dos factos ou na
procura da verdade’’. Assim, na presente pesquisa, se foi privilegiado o seguinte método:
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2. Conceitos
Santos (1973) definem selecção “como um processo pelo qual são escolhidas pessoas
adaptadas a determinada ocupação ou esquema operacional”. Primeiramente se faz uma busca
e escolha, separando os currículos que satisfaçam o perfil da vaga.
A selecção de pessoas funciona como uma espécie de filtro que permite que apenas
algumas pessoas possam ingressar na organização: Aquelas que apresentam
características desejadas pela organização. Há um velho ditado popular que afirma
que a selecção constitui a escolha certa da pessoa certa para o lugar certo.”
Chiavenato (1999, p107).
No que tange à selecção, o entrevistador prediz que ele desempenhará com eficiência o
cargo a ser preenchido. Segundo Chiavenato (1999, p.100), “a entrevista é o processo de
comunicação entre duas ou mais pessoas que interagem entre si”.
Os métodos e técnicas de selecção referem-se aos caminhos que são usados pelas
equipas de selecção para apurar se as características dos candidatos se encaixam fielmente nos
requisitos do cargo em disputa.
Vários autores consideram que os métodos de selecção devem ser portadores de certos
requisitos de qualidade. Para SOUSA, ET ALL (2006), os requisitos da qualidade dos
métodos de selecção são os seguintes:
CUNHA, ET ALL (2012), usam uma linguagem diferente, preferindo tratar essas
características de preditores de sucesso do candidato ao exercício das funções a desempenhar.
Para esses autores, na generalidade, são utilizados dois grandes critérios de avaliação da
validade preditiva: o desempenho profissional e o desempenho na aprendizagem. Ou seja,
pretende-se saber em que medida esses métodos e técnicas ajudam a compreender como os
candidatos (a) virão a desempenhar a função; e (b) aprenderão a desenvolver as suas
capacidades e competências, tanto para as funções de curto como de longo prazo.
comunicação, a entrevista sofre todos os males – como ruído, omissão, distorção, sobrecarga
e, sobretudo, barreiras. Para reduzir essas limitações, pode-se introduzir alguma negentropia
no sistema. São necessárias duas providências para melhorar o grau de confiança e de
validade da entrevista: melhor construção do processo de entrevista (entrevista totalmente
padronizada; entrevista padronizada apenas nas perguntas; entrevista directiva; entrevista não
directiva) e treinamento dos entrevistadores (treinar na habilidade de entrevistar candidatos).
2.2. As Biodatas
Estes autores, parafraseando SCHULTZ E SCHULTZ (1998) afirmam que muitos dos
nossos comportamentos, valores e atitudes se mantém ao longo da vida, por isso, não é
despropositado considerar que o nosso comportamento no futuro será baseado no nosso
comportamento passado.
disso, não parece legítimo entende-lo como método de selecção. Será antes um método de
pré-selecção e consiste mais numa análise do que numa avaliação curricular.
a) Título do cargo;
b) Localização da unidade da empresa onde está localizado cargo;
c) Descrição sumária do cargo;
d) Descrição detalhada das tarefas que compõem o cargo;
e) Máquinas, equipamentos e materiais utilizados no exercício do cargo;
f) Requisitos mentais exigidos do ocupante do cargo;
g) Nível de instrução exigido para o desempenho das funções do cargo;
h) Aptidões necessárias para o exercício pleno do cargo;
i) Responsabilidades inerentes ao cargo;
j) Outras informações concernentes ao cargo.
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Para Chiavenato (1999, p.102), dependendo das habilidades dos entrevistados pode-se
dar lhes menor ou maior liberdade na condução da entrevista, isto é, pode-se estruturar e
padronizar a entrevista, como se pode deixá-la inteiramente livre a sua vontade. Assim, as
entrevistas podem ser classificadas em função do formato das questões e das respostas
requeridas em quatro tipos, a saber:
vantagem reside no fato de que o entrevistador não precisa preocupar-se quanto aos
assuntos que irá pesquisar junto ao candidato, nem com sua sequência, pois todos eles
já estão preparados de antemão. É o tipo da entrevista planejada e organizada para
ultrapassar as limitações dos entrevistadores. Em muitas organizações, o Pedido de
Emprego (ou Solicitação de Emprego), que é preenchido pelo candidato serve de base
e sequência para conduzir a entrevista padronizada;
b) Entrevista padronizada apenas quanto às perguntas ou questões. As perguntas são
previamente elaboradas, mas permitem resposta aberta, isto é, resposta livre. O
entrevistador recebe uma listagem (check-list) de assuntos a questionar e colhe as
respostas ou informações do candidato. O Pedido de Emprego funciona bem como
listagem de itens para entrevistar candidatos de forma padronizada.
c) Entrevista directa. Não especifica as questões, mas o tipo de resposta desejada.
Aplicada apenas para conhecer certos conceitos espontâneos dos candidatos. O
entrevistador precisa saber formular as questões de acordo com o andamento da
entrevista para obter o tipo de resposta ou informação requerida.
d) Entrevista não directiva. Não especifica nem as questões, nem as respostas requeridas.
São denominadas entrevistas não estruturadas, não directiva, exploratórias, informais
etc. São entrevistas totalmente livres e cuja sequência e orientação fica a cargo de cada
entrevistador. São criticadas em virtude de sua baixa consistência, por não haver um
roteiro ou itinerário preestabelecido para cada entrevista. O entrevistador caminha
dentro da linha de menor resistência ou da extensão de assuntos, sem se preocupar
com a sequência, mas com o nível de profundidade que a entrevista pode permitir. O
entrevistador, contudo, pode esquecer ou omitir desapercebidamente alguns assuntos
ou informações.
Chiavenato (1999, p.104) mostra que a entrevista de selecção merece alguns cuidados
especiais que podem promover seu aperfeiçoamento. Seu desenrolar passa por cinco etapas, a
saber:
Preparação da entrevista
A entrevista não deve ser improvisada. Nem deve ser feita às pressas. A entrevista,
seja com hora marcada ou não, precisa ter algum tipo de preparação ou de planejamento que
permita determinar os seguintes aspectos:
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Essa preparação é vital para que o entrevistador possa, com relativa precisão, verificar
e comparar a adequação dos requisitos necessários ao cargo e as características pessoais do
candidato. Com isso, o entrevistador pode funcionar como uma espécie de instrumento de
comparação entre o que o cargo exige e o que o candidato oferece.
Preparação do Ambiente
a) Físico: o local físico da entrevista deve ser privado e confortável. Sem ruídos, sem
interrupções e de natureza particular. Uma pequena sala isolada e livre da presença de
outras pessoas que possam interferir em seu andamento.
b) Psicológico: o clima da entrevista deve ser ameno e cordial, sem receios ou, temores,
sem pressões de tempo, sem coações ou imposições.
Processamento da entrevista
perguntas (estímulos), realimentando o processo, e assim por diante. Por outro lado, da
mesma forma que o entrevistador obtém as informações que deseja, deve também prestar as
informações que o candidato necessita para tomar suas decisões. Parte considerável da
entrevista consistirá em prestar ao candidato informações sobre a oportunidade existente e
sobre a organização, com o intuito de transmitir-lhe uma imagem favorável e positiva e
reforçar seu interesse.
Encerramento
A entrevista deve ser aberta e fluir livremente, sem acanhamentos e sem embaraços.
Ela é uma conversação polida e controlada. E seu encerramento deve ser elegante: o
entrevistador deve fazer algum sinal claro para demonstrar o fim da entrevista. E, sobretudo
proporcionar ao entrevistado algum tipo de informação quanto à acção futura, como será
contratado para saber o resultado ou quais serão os desdobramentos daquele contacto.
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Avaliação do candidato
O cuidado com a produtividade da entrevista é vital, mas não deve ser imperativo. Isto
significa que a entrevista deve ser tão objectiva quanto possível para que com certo recurso de
tempo despendido se possa obter um razoável panorama, a respeito de cada candidato.
Entretanto, isto não significa que cada entrevista tenha obrigatoriamente de durar certa
quantidade limitada de tempo para cada candidato. A entrevista deve durar o tempo suficiente
e este varia de candidato para candidato.(CHIAVENATO, 1999, p.106 - 107)
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3. Conclusão
Referência bibliográfica
CARVALHO, Antônio Vieira de. Treinamento: princípios, métodos e técnicas. São Paulo:
Pioneira, 2000.
Chiavenato, I. (1999). Gestao de pessoas; o novo papal dos recursos humanos nas
organizações – Rio de Janeiro: Campus.
CUNHA, M. P., REGO, A., CUNHA, R. C., CARDOSO, C. C., MARQUES, C. A. &
GOMES, J. F. S. Manual de gestão de pessoas e do capital humano. 2ª Edição, Lisboa, Silabo.
2013.
GIL, António Carlos. Projecto de Pesquisa. 4ª Edição, São Paulo. Atlas, 2002.
SOUSA, M. J., DUARTE, T., SANCHES, P. G. & GOMES, J. Gestão de Recursos Humanos
– Métodos e práticas. Lisboa, Edições Técnicas, Lda. 2006