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Na estatuição, encontra-
se estabelecida a pena que corresponde à prática daquele crime
O retributivismo clássico é o “olho por olho”. Kant terá sido o seu principal teorizador.
Defende-se que areação deve espelhar ou fazer refletir no agente o mal que ele fez (o desvalor
da sua conduta): a sua finalidade é a de retribuir o mal do crime. E isto alcança-se fazendo-o
sofrer exatamente (ou o mais aproximadamente possível) o que fez sofrer. Isto é
retributivismo em sentido estrito, puro e duro.
Retributivismo de Duff: não se deve fazer o mesmo que o criminoso fez (o juiz não se
distinguirá do criminoso) mas somente o necessário e suficiente para sinalizar o desvalor do
comportamento.
Dir-se-á que a pena, assim entendida, de nada serve: de que serve dizer ao agente que se
portou mal se ele continuar a fazer o mesmo? É precisamente aqui que as teorias
retributivistas se demarcam das teorias preventivistas (ou teorias relativas): o Estado pode
usar a norma penal e a pena para prosseguir fins políticos, como o de combater o crime, mas
isso já não é Direito Penal, é Política Criminal. Poder - se - á chegar à conclusão, então, que o
Direito Penal é inútil para combater o crime: mas isso apenas significa que é um mau
instrumento de Política Criminal, não que é inválido. Na sua lógica interna, está tudo certo:
proíbe - se o comportamento ofensivo de bens jurídicos (crime), deve - se censurar esse
comportamento caso ocorra (pena).
Pela adequação, determina-se que a gravidade da pena não pode ser inferior à gravidade do
crime: não se estará a fazer o suficiente para que haja justiça. Numa fórmula: se há crime, há
pena; se o crime tiver gravidade elevada, a pena terá de ser igualmente elevada
.Pela necessidade, determina-se que a gravidade da pena não pode ser superior à gravidade do
crime: estar-se-á a fazer o desnecessário para que haja justiça. Numa fórmula: se não há
crime, não há pena; se o crime tiver gravidade reduzida, a pena terá de ser igualmente
reduzida.
Pela proporcionalidade, determina-se que o mal que a reação ao crime possa criar não pode
superar o bem que é realizar a justiça
Proporcionalidade: a justiça da pena não é ultrapassada pelo seu desvalor (como prisão)
Pena
Nexo causal entre estatuição da pena e garantia do direito fundamental
Necessidade: é preciso a estatuição da pena para garantir o respeito pelo direito fundamental