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sabemos que medidas cautelares vêm participando cada vez mais, a ponto de candidatarem-se
Mas é buscando evitar justamente condições inconscientes que trazemos a lume um olhar mais
qualquer decisão cautelar – seja ela um simples uma simples medida de afastamento, ou
pelo instituto da jurisdicionalidade e, nos demais encontros, daremos sequências aos demais.
Vejamos, então.
DA JURISDICIONALIDADE
O princípio da jurisdicionalidade está previsto no artigo (art.) 5º, inciso LXI, da Carta Maior, que
aduz que “ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada
Assim, toda prisão cautelar deve partir de uma decisão fundamentada oriunda de um
que a prisão em flagrante não é uma exceção no tocante a esse procedimento, ao contrário do
que aduzem outros doutrinadores[1], tendo em vista ser uma medida “pré-cautelar”.
Trata-se de um instituto repressivo precário, podendo ser efetuado, segundo o artigo 301 do
CPP[2], pelas autoridades policiais e seus agentes, bem como, inclusive, qualquer um do povo.
fundamentada, o juiz deve ser imediatamente comunicado após a detenção do suspeito, tendo
o magistrado, então, o prazo máximo de 24 horas para decidir acerca do relaxamento ou
flagrante, o julgador deverá optar entre conceder a liberdade provisória ou decretar a prisão
preventiva do agente, decisão essa que deverá ser motivada, nos moldes do artigo 315 do
CPP[4].
Outrossim, como leciona LOPES JUNIOR[5], o presente princípio está relacionado intimamente
com o due process of law[6], pois ninguém terá sua liberdade ou seus bens privados sem o
devido processo legal, prevalecendo a máxima nulla poena sine praevio iudicio, que nada mais
Portanto, pertinente o seguinte questionamento: é possível o suspeito ser preso por ordem
A resposta só pode ser negativa. O caput do artigo 283 do CPP[8] é claro e taxativo no sentido
de que a competência para decretar a prisão por ordem escrita e motivada é apenas da
autoridade judiciária. Ademais, como bem frisado por TOURINHO FILHO[9], será competente o
Relator, e não o juiz a quo, quando o processo for de competência originária dos Tribunais,
Há de se fazer uma diferenciação entre competência para deter o suspeito em flagrante delito –
medida pré-cautelar – e para decretar uma ordem fundamentada de prisão – medida cautelar
ou não[10]. Aquela está ligada à precariedade da modalidade do flagrante, não fazendo parte
do monopólio da jurisdição penal, pois ainda não iniciado o processo. Já esta, agora sob o
prisma do magistrado, compete tão-somente ao julgador, sendo o único legitimado a emitir tal
ordem.
Aliás, em consonância com o raciocínio de SILVA[11], no momento em que o juiz for motivar a
modalidade das hipóteses previstas no artigo 302 do CPP está presente, com base no teor
da notitia criminis
Demais disso, não se deve olvidar que o princípio da legalidade possui um papel
legislação (artigo 312 do CPP) devem ser invocadas para ensejar a prisão preventiva.