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Sensório Motor Propriedades Rítmicas

Aula 2 - Sábado 29 de Abril na Reabilitação

O ritmo oferece uma estrutura A percepção auditiva ajuda na


temporal para organizar regulação do timing motor e
exercícios motores através de coordenação, tanto na presença
padrões, métricas que oferecem ou ausência da percepção interna
previsibilidade do ritmo no cérebro
FINGER TAPPING/ PRIMING

O estímulo rítmico oferece pistas


e coordena a função através do
mecanismo do entrainment

Pacientes parkinsonianos

Aumenta ou reduz a variabilidade temporal/ Antes e depois da reabilitação

Verificaram melhora na Variabilidade de marcha e do tapping/ Regulação do


movimento

Identificaram novas informações sobre as bases neurais da estimulação auditiva


na DP

Foi verificado que também haviam mudanças na captação de glicose em várias


áreas cerebrais envolvidas no processamento sensório-motor.
Reabilitação
NEUROLÓGICA
● A combinação das três técnicas sensório-motoras da NMT pode ser
usada para melhorar a marcha e outras atividades rítmicas na
reabilitação da DP. ● MARCHA FUNCIONAL
● Melhora significativa na maioria dos parâmetros espaço-temporais da ● EQUILÍBRIO
marcha
● VELOCIDADE DE
● Melhora da propriocepção
MOVIMENTO
● Nova estratégia compensatória para o movimento e controle postural por
meio do uso do sistema auditivo. ● QUEDAS
● ADAPTAÇÃO/ASSISTIVOS

TEM Terapia de entonação melódica

BALANCE https://open.spotify.com/playlist/24W5uZOnjDLIrrpW6x2O67?si=7b55dba354d34b78&pt=e24426f83232adbdca3ffbf06770f8e0

RAS 40 https://open.spotify.com/playlist/4OetHv306Y86IAzJarFNwe?si=bd58ed5eda8441b0&pt=12ab6c4fca72e1a634a892099f1cbc97

RAS 50 https://open.spotify.com/playlist/5un8jxx3rxwgeCEXrjDoEl?si=81d251f4eedd42ea&pt=97beca4f952a1c8ffe40dc9ae6a906ac

RAS 60 https://open.spotify.com/playlist/3xuvpR1yTOma3YAfbzRxNa?si=d06b5a53aa934db2&pt=62fcf2bf6f9177a49527f11c672d1532

RAS 70 https://open.spotify.com/playlist/2Wqafd0CRqaz5MUuedYYqt?si=96f15ee33d4f4342&pt=495470f0074158ad2d5259e4506d84a6

RAS 80 https://open.spotify.com/playlist/4ctugz3BlUxDZWL4SCpBqL?si=0433205463b547f9&pt=2987d11fe3eb8944412a159837c4046c

RECURSOS RAS 90 https://open.spotify.com/playlist/6hDDSGaWAAHl5qBU4SAZwT?si=ce6cea84a5774199&pt=33b55f1611e48511819a9e20fcb4b1


14

RAS 100 https://open.spotify.com/playlist/77vPpE9hFxPNBqXDcamHH2?si=6bbb3f1bf94c4d79&pt=12103aef234f2f4dc37286365361da21

RAS 110 https://open.spotify.com/playlist/7r7US5t1N71vhGnqYaaEXo?si=TPU0YrPlTTGXhN3OPKrcLQ&pt=cb7225a1a95348e07a6e4108


35798c64

RAS 120 https://open.spotify.com/playlist/33MeG4tIQSdH7MqyBv2LVX?si=286d1ea7971740ea&pt=1a494670bf201b7898c21457fecb42fb

RAS 130 https://open.spotify.com/playlist/2h3MkUIYlZ6YdhNNUIqopI?si=6d0be5dec574493c&pt=5e4ceaa5ad7c4965b3562c0bf3f769e3


65Hz

EVIDÊNCIAS

POPULAÇÕES
BENEFICIADAS
ENTENDENDO AS
POPULAÇÕES E DOENÇA DE PARKINSON
BENEFÍCIOS ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

PRÁTICA BASEADA EM TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO


EVIDÊNCIA LESÃO MEDULAR

PARALISIA CEREBRAL

ESPECTRO DE ESQUIZOFRENIA
Características da Doença de Parkinson
● Lentamente Progressiva
● Degenerativa

DOENÇA DE ● Sintomas: tremores em repouso, rigidez muscular, bradicinesia (lentidão),


instabilidade postural e de marcha
● Diagnóstico clínico
PARKINSON ● Tratamento: restaurar a função dopaminérgica (medicamentoso); estimulação
cerebral profunda (sem demência)

MARCHA NA DOENÇA DE PARKINSON (DP) Neuroanatomia funcional

● Festinação na marcha – vários passos curtos com


● Perda de neurônios pigmentados da substância negra
● Postura flexionada ou encurvada em pé e na
maneira de andar
inclinação para a frente do corpo e aumento da ● Grupos de células dopaminérgicas se degeneram no tronco
velocidade para evitar cair para a frente e peso
● Diminuição do movimento do tronco e da pelve
geralmente para a frente nos dedos dos pés encefálico
● Menor oscilação do braço
● Diminuição do impacto do calcanhar ● O distúrbio motor é decorrente da depleção da dopamina no aspecto
● Dificuldade em iniciar a marcha (acinesia)
● Comprimento do passo reduzido dorsal do putamen (parte dos gânglios da base)
● Episódios de Congelamento (freezing) –
● Cadência aumentada ou diminuída (passos/min),
incapacidade súbita de se mover
mas a velocidade é diminuída secundária à
diminuição do comprimento da passada ● Bradicinesia – velocidade de movimento reduzida
e amplitude (hipocinesia extrema)
● Padrão de marcha arrastado, pode ser
excessivamente lento ou muito rápido ● Falta de Equilíbrio e risco de quedas
Doença de Parkinson—Distúrbios neurológicos. ([s.d.]). Manuais MSD edição para profissionais. Recuperado 11 de março de 2023, de
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/transtornos-de-movimento-e-cerebelares/doen%C3%A7a-de-parkinson?query=doen%C3%A7a%20de
DISPONÍVEL EM: Doença de Parkinson—Distúrbios neurológicos. ([s.d.]). Manuais MSD edição para profissionais. Recuperado 11 de março de 2023, de
%20parkinsons https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/transtornos-de-movimento-e-cerebelares/doen%C3%A7a-de-parkinson?query=doen%C3%A7a%20de%20parkinsons

POPULAÇÃO - DOENÇA DE
PARKINSON (15 estudos)

- DP idiopático
+ Passos curtos + núm. de passos em um determinado tempo
- Pós cirurgia DBS (estimulação
cerebral contínuo)
- Homens e mulheres
- Fase On e Off (medicamento)
- Idade entre 62 a 82 anos
- Tempo médio de doença 3,6 anos
+ Passos longos - número de passos em um determinado tempo

Nombela et al (2013)
POPULAÇÃO - DOENÇA DE
PARKINSON (15 estudos) OBJETIVOS TERAPÊUTICOS
NA DP
- Estágio 2 a 4 da Escala de Estadiamento ● Reduzir o risco de queda
Hoen & Yahr ● Melhorar os parâmetros da marcha (velocidade e comprimento da
- Com ou sem freezing ou festinação passada, balanço, ciclo da marcha - pacientes com DBS)
- Com pelo menos 2 quedas no último ano
- Capacidade de deambular independente ● Melhorar o equilíbrio estático e em movimento
por pelo menos 50 metros ou com ● Melhorar a postura (sentar, levantar, deambular)
dispositivo de assistência ● Melhorar a confiança
- Capacidade de diferenciar pistas auditivas
● Reduzir a frequência do freezing
(Como está a audição?)
- Sem demência ● Manter a continuidade da marcha regular (festinação)
- Frequência: semanal de 2 a todos os dias
- Segmento (follow-up): 2 a 24 semanas

OBJETIVOS TERAPÊUTICOS
NA DP
ELEMENTOS DA AÇÃO
● Melhorar as funções motoras dos MMSS e MMII
● Melhorar a assimetria na marcha MUSICOTERAPÊUTICA
● Melhorar os parâmetros espaço-temporais
● Diminuir a bradicinesia (lentificação) ● OBJETIVO TERAPÊUTICO
● Melhora a amplitude de movimento
● AVALIAÇÃO/REAVALIAÇÃO
● Melhorar a cadência na marcha
● Melhorar movimento de flexão e extensão do quadril ● RECURSO
● Melhorar o sistema basal de ritmo (aspectos temporais) ● ADEQUAÇÃO
● Melhora da propriocepção
REDUZIR O RISCO
DE QUEDAS

Thaut, M. H., Rice, R. R., Braun Janzen, T., Hurt-Thaut, C. P., & McIntosh, G. C. (2019). Rhythmic auditory stimulation for
reduction of falls in Parkinson’s disease: A randomized controlled study. Clinical Rehabilitation, 33(1), 34–43.
https://doi.org/10.1177/0269215518788615

EX. Objetivo Avaliação


Terapêutico
Intervenção Resultado Esperado

1 REDUZIR RISCO DE QUEDA Berg Balance Scale, Timed Up and Go, Falls Efficacy Scale, e o
Índice de Queda. As avaliações foram concluídas na linha de base e Nas primeiras oito semanas, os indivíduos tinham Reduzir significativamente o número de
nas semanas 8, 16 e 24. As métricas avaliadas foram: velocidade, três taxas de metrônomo disponíveis para quedas e modificar os principais parâmetros
comprimento do passo, cadência, dorsiflexão do tornozelo (intervalo escolher: 100%, 105% e 110% de cadência
de movimento em graus angulares),
de marcha, como velocidade e comprimento
interna, durante as segundas oito semanas: da passada.
105%, 110% e 115%, e nas últimas oito semanas:
110%, 115% e 120% com protocolo do Handbook
MELHORAR A
MARCHA Como fazer?
FUNCIONAL
A RAS tem três fases:

1) Exercícios antes da marcha

Inclui transferências de peso frente-trás e esquerda-direita na posição de pé, estando o


paciente apoiado em barras paralelas. Adicionalmente são executados exercícios na posição
sentado para extensão dos joelhos, marcha e levante da posição sentado.

HANDBOOK OF NEUROLOGIC MUSIC


THERAPY, THAUT et al.

Como fazer? Como fazer?


2) Treino de marcha A intervenção processa-se da seguinte forma:

(1) análise da cadência do passo (número de passos por minuto);


O treino de marcha é executado em cinco etapas: a) avaliação, b) treino da frequência,
(2) escolha da RAS que iguale a cadência;
c) modulação da frequência, d) retirada do estímulo e) reavaliação.
(3) treino desta cadência durante cerca de um quarto da sessão;
3) Treino avançado de marcha
(4) alteração da frequência (aumento da velocidade) em 10% durante cerca de um quarto da
sessão;
Implica que o paciente ande em várias superfícies, suba e desça escadas, contorne
(5) retirada da RAS durante o último quarto da sessão, encorajando a manutenção da cadência;
obstáculos, alterne direção e inicie e pare a marcha.
(6) reavaliação da cadência sem RAS.
Importante considerar AMPLITUDE DE
MOVIMENTO

As músicas escolhidas devem ser as que melhor igualem a cadência de marcha do


paciente tendo também em conta as suas preferências musicais.

O paciente deve ser encorajado a praticar a marcha com pistas rítmicas, fora das
sessões de musicoterapia, utilizando música gravada para o efeito.

A RAS deve ser utilizada em conjunto com o fisioterapeuta, pois o paciente pode ter
condições físicas que necessitem de algum apoio (ex: falta de força muscular, equilíbrio,
postura, etc).

POPULAÇÃO (8 estudos) EXEMPLOS


AVC - Acidente Vascular Cerebral

- Isquêmico subagudo (3 semanas)


- Acidente Vascular Crônico
- Média de 67 anos de idade
- Homens e Mulheres
- Hemiplégicos
- Com capacidade de caminhar independente por uma distância de 10m com e sem
dispositivo auxiliar
- Pré-requisitos: Sem déficit auditivo, Entender comandos, Seguir a pista auditiva
- Independe local da lesão, hemisfério ou idade
MARCHA NO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC) Objetivos ● Andar funcional, controle de tronco, uso de

● Diminuição da fraqueza do tom/ms em LE e UE unilaterais e tronco


Terapêuticos dispositivos assistivos e independência
funcional (associada com fisioterapia)
● Aumento do tônus em LE e UE unilaterais ● Equilíbrio
● Equilíbrio e propriocepção deficientes
Todos são ● Funções Motoras
● Má postura e controle do tronco ● Melhorar o Equilíbrio em Pé
● Comprimento de passada irregular entre a esquerda e a direita (diminuição do peso no lado afetado)
associados ● Melhorar funções motoras de extremidade
● Cadência e comprimento da passada diminuídos com superior (hemiparesia)
● Hemiparesia (mais avanços) Hemiplegia
● Velocidade diminuída fisioterapia? (menos)
● Balanço do braço diminuído unilateralmente

● Batida do calcanhar diminuída unilateralmente, pode precisar de AFO

Pesquisa 1. Comparar o RAS com protocolos PROTOCOLO DE ATENDIMENTO


tradicionais de fisioterapia
2. Avaliar resposta às pistas auditivas em DIAGNÓSTICO/PROGNÓSTICO (Aprofundamento)
relação ao hemisfério lesionado, à idade e,
local da lesão
3. Relação entre habilidades rítmicas na Reunião interdisciplinar fisioterapeuta:
responsividade ao estímulo rítmico Articulação - Sim ou Não?
4. Eficácia em Esteira
Tônus - adequado, aumentado, diminuído

Exames - Laudo, RX, Relatórios

Evolução - Melhora ou piora


PULL TEST

AVALIAÇÃO

Time Up and Go Caminhada de 10 metros


O teste Timed Up and Go mede funções como equilibrio e risco de queda.
O sujeito deve levantar-se de uma cadeira, andar três metros, virar, voltar Cadência=60/ tempo x qt passos
para a cadeira e sentar. Um tempo mais rápido indica um melhor Velocidade= 60/ tempo x 10 metros
desempenho funcional.
Comprimento da passada= v/cx 2

Thaut MH, Rice RR, Braun Janzen T, Hurt-Thaut CP, McIntosh GC. Rhythmic auditory stimulation
for reduction of falls in Parkinson’s disease: a randomized controlled study. Clinical
Rehabilitation. 2019;33(1):34-43. doi:10.1177/0269215518788615
Parâmetros Espaciais e Temporais

Velocidade, comprimento do passo, cadência, dorsiflexão do tornozelo


(intervalo de movimento em graus angulares)
RECOMENDAÇÕES
MONITORAMENTO DE PRESSÃO ARTERIAL

PSE

A Estimulação Sensorial Padronizada (PSE) é uma técnica que usa todos os


componentes musicais, como tempo ou modo, para sugerir movimentos,
Movimentos Baseados em fornecendo pistas espaciais, temporais e de força que facilitam e estruturam
padrões funcionais de movimento.
Pistas externas
A oportunidade de repetição de movimentos funcionais padrão facilitados
pelo PSE permite a reciclagem, o fortalecimento e a repetição do movimento
pretendido seguindo os princípios da aprendizagem motora.

A Medida da Função Motora


Grossa (GMFM)
A Estimulação Sensorial Padronizada (PSE, do inglês "Patterned Sensory Enhancement") é uma técnica usada na Terapia Neurológica pela Música (NMT) para facilitar
o movimento e a função motora em pacientes com comprometimento neurológico. A PSE utiliza padrões musicais (como ritmo, melodia e harmonia) para fornecer
pistas sensoriais (auditivas, visuais e táteis) que apoiam e guiam o movimento. Esta técnica baseia-se na ideia de que a música pode melhorar a coordenação motora e
o tempo através da estimulação sensorial padronizada, aproveitando a habilidade do cérebro para se sincronizar com estímulos externos, como o ritmo musical.

### Como Funciona a PSE

A PSE é projetada para fornecer estímulos sensoriais que correspondem e suportam os padrões naturais do movimento humano. Por exemplo, a música pode ser
usada para indicar a direção, a força, o tempo e a duração dos movimentos, com diferentes elementos musicais representando diferentes aspectos do movimento:
- **Ritmo e Tempo**: Usados para guiar a velocidade e a cadência do movimento.
- **Dinâmica (intensidade)**: Indica a força ou energia necessária para o movimento.
- **Altura (melodia)**: Pode ser usada para representar a direção do movimento (por exemplo, notas mais altas para movimentos ascendentes e notas mais baixas para
movimentos descendentes).

### Exemplo Prático Passo a Passo

Vamos considerar a aplicação da PSE na reabilitação de um paciente que está aprendendo a caminhar novamente após um AVC.

**Passo 1: Avaliação das Necessidades do Paciente**


- Avalie o paciente para entender suas capacidades motoras atuais, limitações e objetivos específicos de movimento. Por exemplo, se o paciente luta com a cadência e
a simetria da marcha.

**Passo 2: Desenvolvimento de um Plano de Tratamento Baseado na PSE**


- Crie um plano de tratamento que incorpore músicas com ritmos claros e marcados para ajudar o paciente a melhorar a cadência da marcha. A música escolhida deve
refletir o ritmo alvo para a marcha do paciente.

**Passo 3: Implementação da Música Durante as Sessões de Terapia**


- Durante a terapia, toque a música selecionada enquanto o paciente pratica a caminhada. A música serve como um metrônomo auditivo, ajudando o paciente a
sincronizar seus passos com o ritmo.
- Use instrumentos musicais ou aplicativos que permitam ajustar o tempo da música em tempo real para se adaptar ao ritmo ideal para o paciente.

**Passo 4: Feedback e Ajuste**


- Observe o movimento do paciente em relação à música e forneça feedback imediato para ajudar a ajustar e melhorar a qualidade do movimento. Ajuste o ritmo
musical conforme necessário para desafiar o paciente de maneira adequada.

**Passo 5: Integração com Movimentos Específicos**


- À medida que o paciente progride, introduza variações na música (mudanças de dinâmica, melodia) para representar e incentivar diferentes aspectos do movimento,
como alterar a altura do passo ou a força aplicada ao caminhar.

**Passo 6: Avaliação e Evolução do Plano de Tratamento**


- Avalie regularmente o progresso do paciente e ajuste o plano de tratamento conforme necessário, introduzindo músicas novas ou modificando as estratégias de PSE
para atender aos objetivos em evolução do paciente.

### Utilização na Musicoterapia

Na musicoterapia, a PSE pode ser utilizada para:


- **Reabilitação Motora**: Auxiliar na recuperação de movimentos em pacientes com AVC, Parkinson, lesão cerebral traumática, entre outros.
- **Desenvolvimento de Habilidades Motoras**: Apoiar o desenvolvimento de habilidades motoras finas e grossas em crianças com atrasos no desenvolvimento.
- **Melhoria da Coordenação e Equilíbrio**: Usar a música para melhorar a coordenação e o equilíbrio em idosos ou pessoas com condições que afetam estas
capacidades.

A PSE, por meio da musicoterapia


, oferece uma abordagem rica e multifacetada para a reabilitação e o desenvolvimento motor, explorando a intrínseca conexão
entre música, movimento e cognição. Essa técnica não apenas facilita a recuperação física, mas também promove bem-estar
emocional e cognitivo, tornando-a uma ferramenta poderosa na caixa de ferramentas de terapeutas e profissionais de saúde.

Benefícios Cognitivos e Emocionais

Além dos benefícios motores, a PSE na musicoterapia apoia a função cognitiva e o bem-estar emocional. A música tem a
capacidade de evocar emoções, o que pode ser extremamente motivador para os pacientes. Essa motivação é crucial para a
reabilitação, pois incentiva o paciente a se engajar ativamente na terapia e persistir diante dos desafios. Além disso, o
envolvimento com a música pode melhorar a atenção, a memória e outras funções cognitivas, essenciais para o processo de
aprendizagem e reabilitação.

Exemplos de Aplicação da PSE

Reabilitação de Acidente Vascular Cerebral (AVC): Para um paciente recuperando-se de um AVC, a PSE pode ser utilizada para
melhorar a sincronização e a força dos movimentos dos membros afetados. Por exemplo, a terapia pode incluir o uso de
tambores ou teclados para estimular a coordenação mão-olho e a força dos dedos, com a música fornecendo o feedback
auditivo necessário para orientar e ajustar o movimento.

Doença de Parkinson: Pacientes com Parkinson podem se beneficiar da PSE para melhorar a fluidez e a precisão dos
movimentos. A utilização de ritmos musicais pode ajudar a superar a bradicinesia (lentidão do movimento), facilitando uma
caminhada mais rítmica e estável.

Desenvolvimento Infantil: Em crianças com atrasos no desenvolvimento motor ou condições neurológicas, a PSE pode ser
usada para apoiar o desenvolvimento de habilidades motoras através de atividades como bater palmas seguindo um ritmo,
movimentar-se ao ritmo da música ou tocar instrumentos musicais simples, promovendo a coordenação e a força muscular.

Implementação Prática

A implementação eficaz da PSE requer uma abordagem personalizada, adaptada às necessidades e objetivos específicos de
cada paciente. O terapeuta deve selecionar cuidadosamente os elementos musicais (ritmo, melodia, harmonia) para
corresponder e suportar os movimentos terapêuticos alvo. Além disso, é crucial incorporar feedback regular e ajustes baseados
na resposta do paciente à terapia, garantindo que a intervenção permaneça desafiadora, porém alcançável.

Conclusão

A PSE na musicoterapia representa uma união entre arte e ciência, oferecendo uma abordagem holística para a reabilitação
neurológica e o desenvolvimento motor. Ao utilizar a música como uma ferramenta terapêutica, a PSE aproveita o poder da
música para estimular o cérebro, promover a reabilitação motora e enriquecer a vida dos pacientes através da melhoria do
movimento, cognição e bem-estar emocional. Essa abordagem destaca a importância da criatividade e da inovação no campo
da reabilitação, oferecendo novas esperanças e possibilidades para pacientes em busca de recuperação e melhoria da
qualidade de vida.
ENTENDENDO AS
POPULAÇÕES E
BENEFÍCIOS
PRÁTICA BASEADA EM
EVIDÊNCIA - PSE

POPULAÇÃO OBJETIVOS TERAPÊUTICOS


● Apraxia Ideomotora ● Membros Superiores
● Sarcopenia ● Cruzamento de Linha Média
● Pacientes internados de longo-termo (que ● Movimentos Funcionais
necessitam se exercitar) (Atividade da Vida Diária)
● Programa de exercícios de um centro de ● Programa de motricidade
reabilitação (idosos). Múltiplos distúrbios físicos e
grossa, força física, mobilidade,
psicossociais
velocidade de marcha
● Paralisia Cerebral/Diplegia espástica (crianças)
● Flexibilidade, função
cardiovascular
INTERVENÇÃO RESULTADOS
● Caracteriza-se como programas de exercícios ● Os resultados revelaram que as crianças que participaram do grupo PSE
● Em grupo tiveram melhorias significativas na capacidade motora grossa do que aqueles
● Envolvem exercícios de levantar e sentar, levantar os braços, levantar e que participaram do grupo sem música.
baixar as pernas ● É uma prática viável em diversos settings

Duração/Frequência
● Os estudos apresentam diversas propostas
● Durante 6 semanas, três vezes por semana
● Semanal

https://journals.sagepub.com/doi/epub/10.1177/1545968313491001
● Programa para casa
● Auxílio dos cuidadores
● cadeira, uma corda na altura
do corpo da criança, um colete
e pesos. O regime de
exercícios foi semelhante ao
descrito por Liao et al.
● alongamento muscular suave
de 10 minutos e aquecimento
dinâmico. A sessão terminou
com um alongamento de
relaxamento.

● Idosos
● Enfrentam barreiras ao exercício, o que ● Exercícios pré-gravados de PSE não
pode impedir a recuperação aumentaram a performance dos
● O uso de música ao vivo pode ser exercícios e a aderência
particularmente benéfica para atender às
necessidades do paciente e melhorar a ● Adesão 78.2% em relação ao grupo
participação e o humor dos idosos durante controle of 78.6%/ Não houve
os exercícios encorajamento da equipe
● Verificar a adesão, avaliações de esforço
● Não houve melhora da performance/ As
percebido e humor para 24 idosos
internados em um centro de reabilitação sessões experimentais ocorreram um
que frequentam um programa de dia após a sessão de fisioterapia, sem
exercícios em grupo tempo para recuperação
Porém, houveram argumentos como

● Os participantes relataram que eles preferiram sessões com música, pois


forneceu estímulo para movimento e tornou as sessões de exercícios mais
‘‘agradáveis’’ e ''vivaz''
● Os participantes se divertiram com a música durante a atividade
● O teste de humor não apresentou diferença entre os grupos comparados

● As sessões consistiram em 19 exercícios restauradores, que os participantes


INTERVENÇÃO realizavam sentados.
● Três a quatro repetições de prática sem música precederam cada exercício
● 19 COMPOSIÇÕES NO TECLADO/ L. Schipper,2009/ CD de Big Band

● Setting: pacientes em semi círculo; sentados em diferentes assentos (cadeira de


roda; cadeiras com/sem braços; espaço amplo; grupos de 4 a 8 pessoas

● O facilitador fica sentado em frente ao grupo oferecendo modelo para os movimentos


● Duração de 20 minutos
● Incluíram movimentos da parte superior do corpo de ombros, braços,
mãos e cabeça; e movimento da parte inferior do corpo das pernas,
tornozelos e pés.

https://youtu.be/ou2P7JBNhWM?si=iK_42yjVcfMEVXM4
https://youtu.be/WW7KGQOzcSk?si=RtwvYmSKiO0KC4vq

https://youtu.be/GeI2jO-LSM8?si=BGq5f7sn28fI8mQu
TIMP

A TIMP é utilizada para facilitar o exercício físico e consiste no uso


de instrumentos musicais para definir espacialmente e otimizar os
Utilizando instrumentos padrões de movimento funcional através da execução de
musicais instrumentos musicais, proporcionando oportunidades para múltiplas
repetições de movimento no intuito de melhorar a força e resistência
do movimento, reforçando a aprendizagem motora.

TIMP POPULAÇÃO
A prática instrumental terapêutica (TIMP) fornece estimulação da sensação e Recuperação de cirurgia ortopédica
percepção nos aspectos auditivos, visuais, táteis e propriocetivos do controle do
Apraxia Ideomotora
movimento em que os instrumentos musicais são selecionados para detectar e
eliminar estratégias compensatórias prejudiciais, aumentar a amplitude de Distúrbios Neurológicos
movimento, equilíbrio, resistência e força muscular, movimentos funcionais das
mãos, destreza dos dedos e coordenação dos membros.

Durante o TIMP, os instrumentos normalmente não são tocados da maneira


tradicional, mas são colocados em locais diferentes para facilitar a prática dos
movimentos funcionais desejados (Thaut 2005).
OBJETIVOS

ENTENDENDO AS
POPULAÇÕES E Membros Superiores

Cruzamento de Linha Média


BENEFÍCIOS
Coordenação motora fina e grossa
PRÁTICA BASEADA EM
Fadiga, resistência e esforço
EVIDÊNCIA - TIMP

INTERVENÇÃO
● Tambores Suspensos
● Peso nos punhos
● Música familiar de fundo
● Adequação ao andamento
INTERVENÇÃO

Objetivo Estratégia Musical

rosca de bíceps com o braço em platinelas


posição neutra, flexionando o ombro e
as costas Tambores ou pandeiros Para delimitar a Tocar címbalos de
podem ser utilizados para amplitude de movimento dedo para treinar o
flexão do ombro com o cotovelo baqueta, tambores de conga e um peso criar movimentos pode utilizar-se pequena polegar oponível.
estendido na linha média, de volta ao no pulso direita-esquerda ou
neutro, para o lado oposto e depois de percussão para, por
estimular o atravessamento exemplo, extensão do
volta ao neutro
da linha média do corpo Baker, F. Music
joelho na posição
pelo braço. therapy Methods in
flexão/extensão do cotovelo com o baqueta apontando para um pandeiro sentado até que o pé Neurorehabilitation
ombro totalmente flexionado entre em contacto com o
instrumento que está no
chão

Casos CASO 1
Dados Gerais Objetivos Terapêuticos

● 98 anos Sensório-Motor

● Hidrocefalia idiopática
● Demência (consequência da hidrocefalia) ● Aumentar a responsividade motora
● Distúrbio de Fala (prejudicado após a hidrocefalia/ ● Coordenação motora
● Capacidade de Espelhamento
retornou em partes) ● Favorecer a marcha
● Dispraxia

Hidrocefalia Consciência Corporal


O distúrbio da marcha no hidrocéfalo de pressão normal normalmente é
instabilidade inespecífica e equilíbrio prejudicado, embora a marcha magnética (o
O paciente não responde a
pé parece grudado no chão) seja considerada o transtorno característico da comandos como bater os
marcha. pés, bater palmas, tem uma
Demência só pode ocorrer tardiamente na doença. Os sintomas iniciais mais pobre percepção do próprio
comuns são transtornos na função executiva e atenção; o comprometimento da
memória tende a ser mais tardio.
corpo. É capaz de imitar
batendo palmas, mas com
mais dificuldade de bater os
pés.
Condição da Marcha
Análise da neurofuncional da condição do pacte

● SISTEMA PERIFÉRICO
● CÓRTEX
MOTOR/CEREBELO
● Oscilação da Marcha: ora anda
ora não anda/ necessidade de
● MEMÓRIA HIPOCAMPO
guindaste
● AMÍGDALA
● Medos: cair, não sustentar o peso
do corpo

● Posição corporal, importância de


manter o corpo reto, o uso de
dispositivo

Adicionando ritmo com Andador Condição Musical

Adicionando ritmo Interferência do aspecto ● Excelente Percepção do Ritmo


com o andador. (falhas cognitivo
É capaz de acompanhar o ritmo da música gravada e ao vivo, sem
e sucessos)
instrução.
O paciente confunde a
função do andador ● Formas como acompanha o ritmo (palmas, tambor,
com um instrumento pandeiro, castanhola, chocalho).
musical
Dados Gerais

● Mulher
● 82 anos
● Doença de Parkinson
CASO 2 ● Demência
● Distúrbio de Fala (em algumas ocasiões) - Disartria,
Disfonia Hipocinética, Lentificação e Jatos de Fala,
Disfluência e Afasia de Expressão (demência)

Atendimento Musicoterapia
Início em 2018 Avaliação Inicial de Marcha: Apresenta
festinação, mas é capaz de se locomover
Pausa (período entre 2020 a 2022/quarentena)
sozinha pelo ambiente, se apoia nos móveis.
Antecedentes Musicais: Participou por pouco Apresentou 1 ou 2 episódios de queda
tempo de coral, mas sempre gostou muito de
música, especialmente de cantar
Avaliação no Retorno: Após aumento na
frequência de quedas, começou a caminhar Intervenção para reduzir crises
Interesse musical/Repertório: Samba somente com assistência da cuidadora. Passou
a ter crises de tremor 2 vezes por dia
PROTOCOLO
● INICIAR COM CASTANHOLAS NA MÃO DO PACIENTE JUNTO COM O
METRÔNOMO DE FUNDO (as castanholas com elásticos)
● TROCAR O INSTRUMENTO PARA QUE SEJA FEITO UM BATIMENTO DE PALMAS
SOBRE A PERNA
● ASSOCIAR COM O CANTO (de preferência uma música já trabalhada antes e de fácil


execução ex. marchas de carnaval ou infantil)
CAMINHAR com a paciente
Caso 3
● REAVALIAR

RECURSOS
Dados Gerais
Idade: 8 meses (inicial), 2 anos 7 meses (atual)
Síndrome de Down
Nasceu a termo, Hipertensão Pulmonar, Icterícia Neonatal (fototerapia),
Taquipnéia Transitória (oxigenioterapia), Megacólon Congênito (Colostomia/sonda
nasogástrica)
Hipotonia
Estágios: a) movimento de cabeça/ localização sonora b) sustentação de tronco
c) propriocepção
PROTOCOLO
Avaliação Multiprofissional- Observacional

Objetivos: Perceber som e silêncio, atentar-se aos sons, usar ambas as mãos,
virar a cabeça para os dois lados, sorrir, balbuciar, pegar objetos PRÁTICA DE GRUPO

CASO 1
● Sexo Masculino
● Doença de Parkinson Idiopático
● 65 anos
● Diagnosticado há 5 anos
● Sem queixa cognitiva
● Apresenta freezing
● 3 quedas no último ano
● Atualmente faz 2 sessões semanais de fisioterapia
CASO 2
● 70 ANOS
● AVC ISQUÊMICO
● MULHER
● AFASIA DE BROCA
● HEMIPLÉGICA

Caso 3
● Masculino
● 30 anos
● Traumatismo Crânio Encefálico
● Sem comprometimento cognitivo
● Deambula de forma lentificada com dispositivo assistivo
Caso 4
● Feminino
● 12 anos
● Atraso de Marcha
● Paralisia Cerebral Atáxica
● Sustenta o tronco
● Dispraxia Global
● Não verbal
● Cognitivo levemente comprometido
● Compreende ordens simples

Caso 5
● 92 anos
● Hidrocefalia de pressão normal
● Demência
● Dificuldade em sustentar a postura ortostática

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