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Gripe – Influenza (vírus)

- doença do trato respiratório superior maioritariamente autolimitada, mais frequente no inverno


– podem ocorrer epidemias

- capacidade de disseminação muito elevada

- sintomas sistémicos: febre; mialgias; mal-estar; fraqueza; odinofagia; rinorreia; conjuntivite;


tosse produtiva (porque se perdeu a capacidade ciliar) – pode durar mais apesar de já não
estarmos doentes.

- resolve-se em 5-7 dias

A gravidade de uma epidemia depende:

- virulência

- transmissibilidade

- estirpe (conhecendo a do ano anterior num certo hemisfério permite criar vacinas)

- suscetibilidade populacional

- adaptação viral

- grau de match antigénico com vacina

INFEÇÃO:

1. contacto dos vírus aerossolizados com o trato respiratório superior (nariz e boca) – na
grande maioria das pessoas a infeção não chega aos pulmões
2. células inicialmente infetas são ciliadas o que leva à destruição do epitélio e perda da
função ciliar (mobilização de secreções)
3. sintomatologia devido à perda da função ciliar – há acumulação de ranho e
EXPETORAÇÃO
4. apesar de a gripe ser viral e não bacteriana, a perda da função ciliar pode levar a uma
infeção bacteriana
5. caso o sistema imunitário não consiga combater o vírus a infeção espalha-se para os
pulmões e a sintomatologia agrava – sintomas sistémicos

NOTA: o período de incubação é de 2-3 dias (48-72h)

RESPOSTA IMUNE: ocorre a nível sistémico e local

- resposta direcionada aos epítopos (proteínas que os microrganismos expressão à sua


superfície)– neuraminidase e hemaglutinina

- o organismo reconhece os epítopos, nomeadamente a hemaglutinina, e, ao perceber que são


estranhos ao corpo, cria anticorpos inibidores da hemaglutinação

- estes anticorpos tornam-se uma medida de suscetibilidade à infeção – o corpo fica com a
informação do vírus protegendo-nos de futuras infeções – induzido por vacinação
GLICOPROTEÍNAS DA SUPERFÍCE DO VÍRUS:

• Hemaglutinina

- liga-se ao epitélio respiratório

• Neuraminidase

- permite a libertação do vírus para dentro das nossas células

Se formos infetados por dois vírus pode haver recombinação genómica das estirpes – grande
problema da Gripe A (Pode levar a uma Pandemia)

EXAME OBJETIVO: ver presença de

- diaforese

- tosse

- conjuntivite não purulenta

- eritema (vermelho) orofaríngeo

- crepitações (através da auscultação respiratória)

- roncos (através da auscultação respiratória)

- broncospasmo

GRUPOS COM MAIS RISCO DE COMPLICAÇÕES:

- pessoas com +65 anos

- grávidas

- condições crónicas

- imunossupressão

- obesidade mórbida

QUAL A COMPLICAÇÃO MAIS COMUM? (pergunta de teste)

Pulmonar – pneumonia (inflamação do parênquima pulmonar que pode ou não ser infeciosa)

PNEUMONIA VIRAL PRIMÁRIA:

- doentes desenvolvem dispneia progressiva nos primeiros dias de febre que se pode
acompanhar de cianose, taquipneia, crepitações bilaterais e leucocitose (aumento dos
leucócitos)

- na radiografia vemos congestão pulmonar

NOTA: tem uma importante taxa de mortalidade


PNEUMONIA SECUNDÁRIA BACTERIANA OU MISTA:

- melhora e depois piora a febre em 4-10 após a melhoria; pode ser acompanhada de tosse
produtiva, achados uni/bilaterais e leucocitose

COMPLICAÇÕES EXTRAPULMUNARES

- miosite – complicação extrapulmonar mais frequente (sai no teste); risco de mioglobinúria e


insuficiência renal

- miocardite/pericardite

- encefalomielite desmienilizante aguda pós infeciosa

TERAPÊUTICA ANTIVIRAL:

- pouco eficaz

- ajuda nos sintomas

COMO CONTROLAR/MELHORAR:

- controlo da febre

- fluidoterapia (para evitar insuficiência renal)

- controlo hidroeletrolítico

- O2 suplementar

- antibioterapia adequada

VACINAÇÃO:

- principal intervenção para limitar a infeção

- vacinas de vírus inativo

- permite criar anticorpos contra a hemaglutinina

- serve para diminuir mortalidade e diminuir a doença grave com complicações

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