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THAYSA CAVALCANTE

LÍNGUA PORTUGUESA

Aluno (a):_______________________________________________________________________________________

FICHA
GÊNEROS TEXTUAIS E TIPOS TEXTUAIS
Definições:
 Tipo textual: sequências linguísticas definidas pela natureza de sua composição. Em geral, abrangem a narração, a
argumentação, a descrição e a injunção.
 Gênero textual: tipos relativamente estáveis de enunciados, determinados por sua função sociocomunicativa, a qual
estabelece padrões característicos de estrutura composicional, conteúdo e estilo.
 Domínio discursivo: esfera da atividade humana que dá origem a diversos gêneros.

Resumindo...
“Todas as esferas da atividade humana, por mais variadas que sejam, estão sempre relacionadas com a utilização da língua. Não é
de surpreender que o caráter e os modos dessa utilização sejam tão variados como as próprias esferas da atividade humana (...) A
utilização da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos), concretos e únicos, que emanam dos integrantes duma ou
doutra esfera da atividade humana. O enunciado reflete as condições específicas e as finalidades de cada uma dessas esferas (...)
cada esfera de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados, sendo isso que denominamos
gêneros do discurso”. (Bakhtin, 1997, p. 290)

Maingueneau (2004) propõe uma classificação de regimes de gêneros, de acordo com o contexto. São estes:
 Gêneros conversacionais: de menor estabilidade e sem uma organização temática previsível, como as conversações.
 Gêneros instituídos: textos comuns no dia a dia, com papéis fixados a priori. Não mudam muito em decorrência da situação,
possuindo ou características institucionais bem definidas (como no caso das receitas, dos prontuários, dos artigos de jornal,
das notícias, etc.), ou revelam traços fortes de autoria e estilo pessoal (como em textos literários, filosóficos, políticos, etc.).

Tipos de texto ou sequências tipológicas


Os gêneros não são opostos ao tipos textuais, mas complementares a estes, no sentido em que “todos os textos realizam um gênero
e todos os gêneros realizam sequências tipológicas diversificadas” (Marcuschi, 2008, p. 160).

Vejamos uma carta pessoal, observando-lhe as sequências tipológicas subjacentes.


Sequências tipológicas Gênero textual: carta pessoal
Descritiva Rio, 11/08/1991
Injuntiva Amiga A.P.
Oi!
Descritiva Para ser mais preciso, estou no meu quarto, escrevendo na escrivaninha, com um Micro System
ligado na minha frente (bem alto, por sinal).
Expositiva Está ligado na Manchete FM – ou rádio dos funks – eu adoro funk, principalmente com passos
marcados.
Aqui no Rio é o ritmo do momento...
Injuntiva e você, gosta?
Expositiva Gosto também de house e dance music, sou fascinado por discotecas! Sempre vou à K.I,
Narrativa ontem mesmo (sexta-feira) eu fui e cheguei quase quatro horas da madrugada.
Expositiva Está tocando agora o “Melô da Mina Sensual”, super demais!
Injuntiva E você, curte o quê?
Você sabia que eu estava namorando?
Expositiva Ela mora aqui mesmo no condomínio. A gente se gosta muito. Às vezes eu acho que a gente nunca
vai terminar, depois eu acho que o namoro não vai durar muito, entende?
Argumentativa O problema é que ela é muito ciumenta, principalmente porque eu já fui a fim da B., que mora aqui
também. Nem posso falar com a garota que S. já fica com raiva.
Narrativa É, acho que vou terminando.
Injuntiva Faz um favor? Diga pra M., A., P. e C. que esperem, não demoro a escrever.
Adoro vocês!
Narrativa Do amigo P.P.

Composição, conteúdo, estilo e suporte


Texto I – Pecado
Que raiva que dá Ela que é toda assanhada Queria ter um carro igual
Quando a Chica se pinta toda Ele que come qual urso (Moysés Elias Neto)
Só pro Neno Eu que deitado na sombra

Texto II
THAYSA CAVALCANTE
LÍNGUA PORTUGUESA

Texto III - Tirinha

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Explique as diferenças entre os textos abaixo com base nas características do gênero a que cada um pertence (função
comunicativa, composição, conteúdo, estilo e suporte).

2. Destaque, no texto abaixo, as sequências tipológicas que o constituem. Ao final, diga a que tipo textual ele pertence.
Era uma vez o garoto Pedro Álvares Cabral Quando finalmente partiram
Adorava barcos, navios Ventos terríveis... e por causa disso, ao invés de virar à direita,
E queria ser marinheiro viraram à esquerda
20 anos se passaram E, assim, Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil.
E o sonho do garoto se realizou Não vá pensando que esta história acabou.
Garoto não, ele tinha crescido Pedro passou essa história de geração em geração.
Bom, Dom Manuel chamou Pedro Álvares Cabral Esta história tem vários jeitos de contar, como este de João
Para ser capitão do navio para a Índia Marcelo da Silva Elias.
Mas o que eles não sabiam era que, para ir para a Índia, era
preciso passar por um país inimigo.

3. Machado de Assis – Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista,
crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português,
Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um
mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o
matricula na escola pública, única que frequentou o autodidata Machado de Assis.

Considerando os seus conhecimentos sobre os gêneros textuais, o texto citado constitui-se de


a) fatos ficcionais, relacionados a outros de caráter realista, relativos à vida de um renomado escritor
b) representações generalizadas acerca da vida de membros da sociedade por seus trabalhos e vida cotidiana.
c) explicações da vida de um renomado escritor, com estrutura argumentativa, destacando como tema seus principais feitos.
d) questões controversas e fatos diversos da vida de personalidade histórica, ressaltando sua intimidade familiar em detrimento de
seus feitos públicos.
e) apresentação da vida de uma personalidade, organizada sobretudo pela ordem tipológica da narração, com um estilo marcado por
linguagem objetiva.

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