Diferenças salariais. Promoção. Período de treinamento.
Indevidas as diferenças salariais do
Período em que o empregado se submeteu a treinamento. O treinamento serve tanto para preparar o empregado como também para avaliar se tem aptidão para o exercício da função, o que significa dizer que, a depender do desempenho, pode ou não ser promovido. Somente com a efetiva promoção é devido o salário correspondente à nova função. Diferenças salariais indevidas. Recurso da autora a que se nega provimento. (TRT-2 - RO: 15969220125020 SP 20130011550, Relator: EDUARDO DE AZEVEDO SILVA, Data de Julgamento: 12/03/2013, 11ª TURMA, Data de Publicação: 19/03/2013)
DESVIO FUNCIONAL. INOCORRÊNCIA. A figura do desvio funcional exige que a obreira
submetida a ele exerça a totalidade das atividades específicas do cargo outro para o qual afirma ter sido desviado. O exercício parcial de tais atividades, ocorrido em período de treinamento e sob a supervisão direta de um outra trabalhadora que exerce na plenitude tal função não é suficiente para configurar o desvio funcional. Recurso da reclamante conhecido e desprovido. (TRT-10 - ROPS: 899200601010007 DF 00899-2006-010-10-00-7, Relator: Juiz PAULO HENRIQUE BLAIR, Data de Julgamento: 14/03/2007, 3ª Turma, Data de Publicação: 23/03/2007)
PRELIMINAR. NULIDADE DA SENTENÇA. CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. Os artigos
130 do CPC e 765 da CLT autorizam o magistrado a conduzir o processo com ampla liberdade (arts. 130 do CPC e 765 da CLT), determinando as diligências que entender importantes e indeferindo a produção de provas que julgar desnecessárias ou impertinentes ao deslinde da controvérsia, mormente quando o conjunto probatório mostra-se suficiente a formar sua convicção para decidir. Preliminar rejeitada. DIFERENÇAS SALARIAIS. EXERCÍCIO DE NOVA FUNÇÃO. PERÍODO DE TREINAMENTO. Nos termos dos artigos 818 da CLT e 333, II, do CPC, incumbe ao Autor provar o fato constitutivo de seu direito e, ao Réu, os fatos modificativos, impeditivos e extintivos do direito postulado. Confessado pela Autora que, no interregno em que apontou serem devidas as diferenças salariais, ainda estava em treinamento para a nova função, não faz jus à remuneração do respectivo cargo, porquanto se trata de período em que a empregada não executa com a mesma perfeição técnica e responsabilidades as atribuições conferidas ao novo posto. Nega-se provimento. JORNADA DE TRABALHO. HORAS EXTRAS. TRABALHO AOS DOMINGOS E FERIADOS. CARTÕES DE PONTO. VALIDADE. Ao apresentar os cartões de ponto e recibos de pagamento assinados pelo empregado, a Ré desvencilha-se do ônus probatório no que atine à jornada de trabalho (Súmula 338, I do TST), presumindo-se verdadeiras as informações registradas nos aludidos expedientes, conforme prevê o art. 368 do CPC. Na hipótese, a existência de manipulação nos controles suscitada pela Autora não ultrapassou o campo das alegações, porquanto não produziu qualquer prova nesse sentido. Por tal razão, consideram-se válidos os registros nos cartões apresentados, os quais apontam não existir diferenças de horas extras favoráveis à Obreira, nem mesmo pelo labor aos domingos e feriados, tendo em vista que aqueles foram compensados com dia de folga na semana e estes, adimplidos corretamente pela Ré. Nega-se provimento. Recurso da Autora ao qual se nega provimento. (TRT-23 - RO: 1487201100523005 MT 01487.2011.005.23.00-5, Relator: DESEMBARGADORA MARIA BERENICE, Data de Julgamento: 25/07/2012, 2ª Turma, Data de Publicação: 26/07/2012)