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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

CENTRO DE RECURSO DE GURUÉ

Avaliação da Gestão de Resíduos Sólidos no Conselho Autárquico da Cidade de Gurué

Joana João Nfino Zimbawe

708190880

Gurué, Fevereiro 2024


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

CENTRO DE RECURSO DE GURUÉ

Avaliação da Gestão de Resíduos Sólidos no Conselho Autárquico da Cidade de Gurué

Joana João Nfino Zimbawe

708190880

Monografia cientifica a ser entregue no


Instituto de Educação à Distância -
Supervisor: dr. David Felisberto Januário
Universidade Católica de Moçambique
como requisito parcial para obtenção do
grau de licenciatura em Ensino de
Geografia.

Supervisor: dr. ...........................................

Gurué, Fevereiro 2024


Índice

Declaração de honra.................................................................................................................. v
Agradecimento ......................................................................................................................... vi
Dedicatória ............................................................................................................................... vii
Lista de abreviaturas ............................................................................................................... viii
Índice de tabelas....................................................................................................................... ix
Índice de Gráficos ..................................................................................................................... x
Resumo .....................................................................................................................................xi
Abstract ................................................................................................................................... xii
Capítulo I
1.1. Introdução ..........................................................................................................................13
1.2 Delimitação do tema ...........................................................................................................14
1.3. Problematização
.................................................................................................................14
1.4. Justificativa ........................................................................................................................15
1.5. Objectivos: .........................................................................................................................16
1.5.1. Geral:...............................................................................................................................16
1.5.2. Específicos: .....................................................................................................................16
1.6. Hipótese .............................................................................................................................17
Capítulo II
2. Fundamentação teórica .........................................................................................................18
2.1. Conceptualização ...............................................................................................................18
2.2. Classificação dos resíduos sólidos .....................................................................................21
2.3. Resíduos sólidos versus saúde ...........................................................................................24
2.4. Métodos de tratamento e destino final de resíduos
............................................................25
2.5. Técnicas de minimização de resíduos
................................................................................26
Capítulo III
3. Metodologias.........................................................................................................................30
3.1. Tipos de pesquisa
...............................................................................................................30
3.2. Técnicas de recolha de dados.............................................................................................30
3.4. Universo
.............................................................................................................................32
3.5. Amostra..............................................................................................................................32
Capítulo IV
4. Análise e presentação dos dados
...........................................................................................33
4.1. Idade dos funcionários .......................................................................................................33
4.2. Descriminação sexual dos funcionários
.............................................................................33
4.3. Nível de escolaridade .........................................................................................................34
4.4. Tempo de trabalho no sector de remoção de resíduos sólidos ...........................................35
4.5. Condições de equipamento de protecção individual no trabalho.......................................36
4.6. Formação ou capacitação sobre como manusear os resíduos sólidos ................................37
4.7. As principais dificuldades que tem ao longo do trabalho ..................................................37
4.8. A colaboração dos munícipes no processo de gestão de resíduos sólidos .........................38
4.9. A rotina de recolha de lixo.................................................................................................38
4.10. Tratamento final dos resíduos após remoção do local de deposição ...............................40
Capítulo V
5. Conclusão e sugestões...........................................................................................................41
5.1. Conclusão...........................................................................................................................41
5.2. Sugestões............................................................................................................................42
Bibliografia ...............................................................................................................................44
Apêndices..................................................................................................................................46
Anexos ......................................................................................................................................50
v
v

Declaração de honra
Eu Joana João Nfino Zimbawe, Declaro por minha honra, que este trabalho é meramente original
e é fruto de uma pesquisa por mim realizada.

Declaro de modo igual que este trabalho, nunca foi apresentado em nenhum estabelecimento de
ensino público e/ou privado para aquisição de um certo grau académico, e, todas obras citadas
nesta pesquisa, foram devidamente referenciadas no final deste texto, nas referências
bibliográficas.

Gurué, aos….…….. de……......……… 2024

……………………………………………………

(Joana João Nfino Zimbawe)

Supervisor

……………………………………………………

(David Felisberto Januário)


vi
vi

Agradecimentos
Agradeço em primeiro lugar a Deus pela sua luz divina sobre mim, aos meus pais, que tanto
lutaram para me educar e ensinar a alcançar um objetivo para resolver um problema com força,
sacrifício e paciência que são os principais vectores de conduta para o ser humano que quer viver
e criar caminhos da vida.

O meu muito obrigado vai também para o meu marido, os meus familiares e meus irmao em
particular que tanto me sustentaram psicologicamente, eticamente e moralmente, acreditando e
crendo em meus ideais quando decidi para aquisição de mais um grau académico.

Finalmente, agradeço em meu nome pessoal ao meu supervisor dr David Felisberto pelas suas
sugestões, críticas, contribuições sempre oportunas para a produção desta monografia. De forma
similar não deixo de prestar agradecimentos a todos docentes do centro do ensino à distância do
curso de Ensino de Geografia e outros de quem aprendi a vencer o medo e a edificar-me no
mundo académico.

Reconheço pela paciência e abertura deles. Por este gesto vai o meu muito obrigado.
vii

Dedicatória
Dedico este trabalho, aos meus pais já falecidos e meu irmão Domingos João Nfino Zimbawe
pelo apoio, pela compreensão e carinho e me auxiliaram, estimularam a prosseguir mesmo
quando tudo parecia impossível.
viii
viii

Lista de Abreviaturas

DTAS…….………… Directiva Técnica para a Implantação e Operação de Aterros Sanitários

RSU……………………………………………………………........Resíduos Sólidos Urbanos

GRSU………………………………………………........Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos

3R’s ……………………………………………...............…........ Reduzir, Reutilizar, Reciclar


ix
ix

Índice de tabelas
Tabela 1 – relativo a idade dos funcionários ............................................................................33
Tabela 2 – relativo ao nível de escolaridade dos funcionários .................................................34
Tabela 3 – relativo a tempo de serviço dos funcionários ..........................................................35
Tabela 4 – relativo ao equipamento de protecção no trabalho..................................................36
Tabela 5 – relativo a formação ou capacitação dos trabalhadores sobre como manusear os
resíduos sólidos .........................................................................................................................37
Tabela 6 – relativo a colaboração dos munícipes na gestão dos resíduos sólidos ....................38
x
x

Índice de Gráficos

Gráfico 1 – idade dos funcionários ........................................................................................... 33

Gráfico 2 – nível de escolaridade dos funcionários ..................................................................34

Gráfico 3 – tempo de serviço dos funcionários ........................................................................35

Gráfico 4 – equipamento de protecção no trabalho ..................................................................36

Gráfico 5 – formação ou capacitação dos trabalhadores sobre como manusear os resíduos sólidos
...................................................................................................................................................37

Gráfico 6 – colaboração dos munícipes na gestão dos resíduos sólidos ...................................38


xi
xi

Resumo
A procura de um modelo que atenda de forma adequada à gestão de resíduos sólidos, capaz de promover
a sustentabilidade ambiental, social e económica e que possa ser implementado nas cidades de países em
desenvolvimento, como de Moçambique tem sido um grande desafio para gestores que actuam na área.
As soluções até então encontradas, e praticadas, tratam somente de método convencional, de colectar o
lixo e jogar em lugares distantes sem tratamento adequado. A presente pesquisa aborda a avaliação de
gestão de resíduos sólidos na Cidade de Gurué, visto que a gestão de resíduos esta relacionado com a
questão ambiental, que nas últimas décadas tem preocupado bastante a população do mundo e em
particular em Moçambique, caso concreto Cidade de Gurué. Este estudo baseia - se nas averiguações do
autor ao observar e vivenciar factos de deficiente gestão de resíduos sólidos no Conselho Autárquico de
Gurué. Como método de observação directa, este foi pertinente para a investigação e tendo o suporte do
método bibliográfico, possibilitaram a efectivação deste trabalho. A pesquisa identificou que existem
problemas sérios no que tange ao tratamento de resíduos sólidos, ou seja os sistemas de recolha e
eliminação destes são precários, sofrem de faltas de meios suficientes para a efectivação de uma gestão
eficiente de resíduos sólidos e a falta de colaboração com a população, para depositarem no local
preconizado para o depósito dos resíduos sólidos. Nesta perspectiva, os passos a seguir para uma eficiente
gestão de resíduos sólidos que são os clássicos desde a incineração, a compostagem e os aterros sanitários
até aos mais modernos que se resumem na regra dos 3R’s que consistem na redução da produção dos
resíduos sólidos, a sua reutilização e reciclagem de forma a garantir a uma eficiente gestão de resíduos
sólidos.

Palavras-chave: Resíduos sólidos, Tratamento, Deposição Final.


xii

Abstract
The search for a model that adequately meets the management of solid waste, capable of promoting
environmental, social and economic sustainability and that can be implemented in cities in developing
countries, such as Mozambique, has been a great challenge for managers who act in the area. The
solutions found so far, and practiced, deal only with the conventional method, of collecting the garbage
and throwing it in distant places without proper treatment. The present research addresses the evaluation
of solid waste management in the Gurué City, since waste management is related to the environmental
issue, which in the last decades has been of great concern to the population of the world and, in particular,
in Mozambique, in specific case of Gurué City. This study is based on the author 's findings when
observing and experiencing facts of deficient solid waste management in the Municipal Council of Gurué.
As a method of direct observation, this was relevant for the investigation and having the support of the
bibliographic method, made possible the accomplishment of this work. The research identified that there
are serious problems with regard to the treatment of solid waste, that is, the collection and disposal
systems of these are precarious, suffer from lack of sufficient means to carry out an efficient management
of solid waste and the lack of collaboration with the population, to deposit in the recommended place for
the deposit of solid waste. In this perspective, the steps to be followed for an efficient management of
solid waste, which are the classic ones from incineration, composting and landfills to the most modern
ones, which are summarized in the 3R's rule, which consist of reducing the production of solid waste, the
its reuse and recycling in order to guarantee an efficient solid waste management
Keywords: Solid waste, Treatment, Final deposition.
13
CAPÍTULO I

1.1. Introdução
O presente trabalho que tem como tema “Avaliação da Gestão de Resíduos Sólidos no Conselho
Autárquico da Cidade de Gurué”, visa desenvolver um estudo com o intuito de contribuir para a
gestão de resíduos sólidos com propostas e sugestões metodológicas de gestão dos resíduos
garantindo deste modo para a sustentabilidade ambiental da cidade.

O conceito de resíduo é percebido neste trabalho como complexo, pois por um lado esta
complexidade se verifica no tipo dos resíduos e por outro lado na diversidade de fontes geradoras
dos mesmos. É importante ressaltar que o conceito de resíduo é relativo dependendo de quem o
utiliza, porque o que constitui resíduos para um pode não ser para outro.

O aumento da população acompanhado com o consumo exagerado de produto descartáveis ou


pouco duráveis e a sua deposição em locais inapropriados vem contribuído de certa forma para
que o Conselho Autárquico da Cidade de Gurué enfrente dificuldades na gestão dos resíduos
sólidos aliados a ausência de responsabilização dos munícipes. Com o crescimento
acelerado da população nota-se um aumento na produção de resíduos sólidos que precisam
uma gestão cada vez maior. E estes resíduos são colectados, na maior parte das vezes,
inadequadamente, trazendo significativos impactos à saúde pública e ao meio ambiente.

Por outro lado, o destino final desses resíduos na Cidade de Gurué é muito problemático visto
que estes são depositados a céu aberto sobre o solo.

A gestão dos resíduos sólidos refere-se à remoção, transporte, tratamento, reciclagem,


valorização de recursos e eliminação de resíduos sólidos produzidos em áreas urbanas.
Apresentar-se-á também a classificação dos resíduos sólidos, a relação existente entre os resíduos
sólidos e a saúde pública da Cidade de Gurué, os métodos de tratamento e técnicas de
minimização de resíduos sólidos.

O maneio inadequado de resíduos sólidos de qualquer origem gera ameaça constante à saúde
pública e agrava a degradação ambiental, comprometendo a qualidade de vida da população. O
tratamento e destino dos resíduos precisam ser feitos de forma integrada para que soluções
adequadas sejam propostas. Diariamente são encaminhados para a lixeira municipal, todos os
resíduos produzidos na cidade (lixo doméstico, industrial e hospitalar), sem qualquer tratamento
14
adequado, afectando de forma directa ou indirecta na saúde, a segurança e o bem-estar 14
da
população, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente.
O trabalho de pesquisa obedece a seguinte estrutura: Capítulo i: Introdução que abarca a
problematização, justificativa, relevância do estudo, objectivos da pesquisa bem como as hipóteses,
Capítulo ii : Fundamentação teórica, onde são abordados conteúdos que versam visões de vários autores
sobre o problema em causa e Capítulo iii: Metodologia, diz respeito a questões metodológicas da
pesquisa onde são descritos todos os procedimentos técnicos e metodológicos efectuados para a pesquisa
incluindo o processo de compilação do relatório final do estudo; Capítulo iv: fala sobre apresentação e
análise de dados e o Capítulo v: que apresenta conclusões e sugestões.

1.2. Delimitação do tema


Considerando a complexidade do tema, o estudo está focado na gestão de resíduos sólidos e dos
problemas que dele derivam, com o proposito de perceber as acções levadas a cabo pelo Conselho
Autárquico da Cidade de Gurué para melhorar a Gestão de resíduos sólidos da Urbe.

1.3. Problematização

A Cidade de Gurué actualmente apresenta tendências de evolução diversificadas, reveladoras de


significativas transformações na organização do espaço, da emergência de novos bairros de
expansão, de modificações nas velhas infra-estruturas e na dinâmica social, justificando um
significativo crescimento populacional bem como expansão do comércio assim como sectores
industriais e um dos problemas resultante deste crescimento populacional tem sido o aumento da
quantidade de resíduos sólidos produzidos em todos sectores de actividades incluindo a
actividade doméstica.

Um dos grandes problemas levantados pela civilização moderna tem a ver com a produção em
massa dos resíduos sólidos e a sua deposição em locais inadequados, isto acontece por diversos
motivos, um dos quais o crescente custo da aquisição de recipientes assim como a construção e
manutenção de infra-estruturas para a gestão de resíduos sólidos.

A busca de um modelo que atenda de forma adequada à gestão dos resíduos sólidos, capaz de
promover a sustentabilidade ambiental, social e económica e que possa ser implementado na cidade
de Gurué tem sido um grande desafio para o Município de Gurué. As soluções até então
encontradas e praticadas, tratam somente de método convencional, de colectar os resíduos e
depositar na lixeira municipal sem tratamento adequado (Samper, 2018, p:102).
15
A deposição de resíduos pela população em horários não preconizados pelo Município e a falta15de
meios suficiente para a recolha dos mesmos, está a comprometer com a gestão dos resíduos sólidos
na Cidade de Gurué e este facto preocupa bastante a população.

Estima-se que nas cidades moçambicanas a média de geração de lixo por habitante é de 0,5 a 0,8kg
por dia, variando conforme a região. E quanto mais rica e urbanizada a cidade, mais lixo é gerado e
só 20% dos resíduos recebem tratamento adequado e 80% são descartados em espaços abertos
(Bernardo, 2008, p: 69).

Os resíduos sólidos urbanos são responsáveis por vários impactos ambientais, estes poluem o solo,
a água e transmitem doenças, no caso concreto do nosso estudo como acontece na Cidade de Gurué.

A ausência de acções e a negligência por parte dos munícipes também contribuem


consideravelmente para o agravamento da situação dos resíduos sólidos urbanos. Com isto se
coloca a seguinte questão de reflexão:

 Que acções estão sendo levadas a cabo pelo Conselho Autárquico da Cidade de Gurué
para a Gestão de resíduos sólidos Urbanos?

1.4. Justificativa
A escolha do tema para monografia baseou-se nos estudos feitos na cadeira de Estudos Ambientais
I e II, que abordam conteúdos sobre a gestão de resíduos sólidos para um meio ambiente saudável
com vista a mitigar os impactos negativos advindos da acção humana, contribuindo deste modo
para a melhoria da qualidade de vida da sociedade.

As abordagens das cadeiras acima trouxeram motivação para o autor em perceber como funciona o
sistema de gestão de resíduos sólidos na Cidade de Gurué em que cada dia cresce o número de
habitantes, a actividade comercial, as indústrias de transformação de bens alimentares,
consequentemente o aumento de consumo de produtos que geram resíduos.

Com isso, há necessidade de se fazer um estudo que contribuía para a melhoria do funcionamento
do sistema de gestão dos resíduos sólidos, preservando o meio ambiente e gerando boa qualidade de
vida aos cidadãos.

Para além disso, o problema de gestão de resíduos sólidos tornou-se um dos temas mais discutido
actualmente em diversas áreas de conhecimento, pois é considerado um grande causador de
impactos ao meio ambiente.
16
16
O crescimento populacional da cidade, aliado ao aumento de consumo de bens descartáveis ou
pouco duráveis conjugados ao financiamento limitado para a prestação dos serviços de limpeza
urbana e a baixa capacidade técnica para a operação desses serviços, demonstram a necessidade de
uma intervenção urgente para minimizar os impactos à saúde pública e à degradação do meio
ambiente.
Actualmente, os resíduos continuam sendo considerados como importantes fontes de contaminação
do ambiente, ocasionando um efeito desagradável para o próprio homem e ainda, este tema esta
sendo tópico de debate a nível dos cientistas, daí a necessidade de dar um contributo de inserção
destes conteúdos na ciência.

O tema torna-se relevante, primeiro na medida em que constitui um desafio para o autor como
estudante do curso de Geografia e a necessidade de contribuir com os conhecimentos adquiridos ao
longo do curso para solucionar problemas na sociedade em que se encontra inserido, que é um dos
objectivos do estudo da Geografia.

1.5. Objectivos:

Os objectivos definem o que se pretende alcançar com a realização da pesquisa, isto é, quais são
os resultados que se esperam obter, constituem a acção que conduz a questão abordada no problema
da pesquisa.

1.5.1. Geral:

 Analisar a gestão de resíduos sólidos no Conselho Autárquico da Cidade de Gurué.


1.5.2. Específicos:

 Identificar os problemas decorrentes na gestão de resíduos sólidos no Conselho Autárquico


da Cidade de Gurué;
 Descrever as formas de tratamento de resíduos sólidos urbanos;
 Explicar a relação existente entre a gestão de resíduos sólidos e os problemas ambientais na
cidade;
 Sugerir medidas que contribuíam para melhoria da gestão de resíduos sólidos no Conselho
Autárquico da Cidade de Gurué.
17
1.6. Hipótese 17

1.6.1 Hipótese primária

 Fraca gestão financeira do município concorre para a limitação do manuseamento dos


resíduos sólidos.
1.6.2 Hipótese secundária

 Fraca Educação ambiental aliada à negligência por parte dos munícipes concorrem para a
neutralização dos esforços evidenciado pelo Consenho Autárquico na gestão dos residos
sólidos.
18
18

CAPÍTULO II
2. Fundamentação teórica

Fundamentação teórica é apresentar os principais conceitos teóricos necessários para desenvolver


um trabalho, é suporte científico para estudo, análise e reflexão sobre informações. A
fundamentação teórica não deve ser um resumo mas sim um detalhamento complexo do assunto a
ser tratado.

Todo trabalho precisa estar fundamentado em alguma teoria, por tanto, é o suporte para o estudo
realizado.

2.1. Conceptualização

Resíduo

Na perspectiva de Lombard et al (1992) citado por Ferrão (2006, p:205):

“Resíduo é tudo aquilo não aproveitado nas actividades humanas, proveniente das
indústrias, comércio e residências. Como resíduos encontramos o lixo, produzido de
diversas formas, e estes podem ser provenientes da matéria orgânica (restos de alimentos,
plantas, resto de animais, fezes) e resíduos inorgânicos (plásticos, vidros, metais)”.

Sidegum (2011, p:19), define resíduo como:

“Qualquer matéria ou objecto requerendo eliminação ordeira para proteger o bem-estar


público como restos de alimentos, embalagens descartadas, objectos inservíveis, material
industrial e comercial cujo seu destino passa a ser, na melhor das hipóteses, o aterro
sanitário”.

Para Ferrão (2006), resíduo:

“É qualquer material que é especialmente perigoso para a saúde humana, ar ou água ou


que seja explosivo, inflamável ou cause doença; que é venenoso, nocivo ou poluente e
cuja presença no solo é responsável de dar origem para um ambiente perigoso; resíduo
perigoso é material residual que não é conveniente para tratamento ou eliminação nos
sistemas municipais de tratamento, incineradoras ou aterros sanitários e, por isso,
requerem tratamento especial”.

Do acima citado pode-se ver que há várias abordagens em torno da definição de resíduo e todas
elas comungam a ideia de que o resíduo é qualquer substância ou objecto que o Ser Humano
desfaz por não lhe ser útil, e que deve ser eliminado para não degradar o meio ambiente
salvaguardando a saúde dos homens. Na perspectiva dos autores essa eliminação deve ser através
de aterros sanitários, na qual Ferrão (2006) assim como Sidegum (2011) se alicerçam e que
19
19
é nossa posição, visto que é a técnica que elimina os resíduos sem que estes contribuíam na
degradação ambiental, apesar de os resíduos serem tratados também através da regra dos 3Rs,
onde há possibilidades de se reutilizar e reciclar dando origem a novos produtos.

Ainda, nas definições acima nota-se a complexidade ou variedade dos resíduos, segundo sua
perigosidade, suas características físicas, químicas e variando de acordo a actividade ou a fonte
geradora, pelo que possamos apontar: resíduos perigosos ou não perigosos, secos ou molhados,
orgânicos ou inorgânicos e domésticos ou industriais.

Resíduos sólidos

Segundo Costa e Cavalcante (2019:17), resíduos sólidos são:

“Materiais heterogéneos, (inerte, minerais e orgânicos) resultantes das actividades


humanas e da natureza, os quais podem ser parcialmente utilizados, gerando, entre outros
aspectos, protecção à saúde pública e economia de recursos naturais. Os resíduos sólidos
constituem problemas sanitários, económicos e principalmente estéticos”.

Na visão de Ferrão (2006),“resíduos sólidos são todos os restos sólidos ou semi-sólidos das
actividades humanas ou não humanas, que embora possam não apresentar utilidade para a
actividade fim de onde foram gerados, podem virar insumos para outras actividades”.

Na óptica de Júnior (2015), “resíduos sólidos são partes de materiais que são gerados após a
produção, utilização ou transformação de bens de consumo que podem ser de origem residencial,
escolar, industrial e construção civil, podendo ser constituídos de materiais recicláveis ou não”.

Nas definições acima, observam-se várias fontes ou actividades geradoras de resíduos sólidos,
como também, a possibilidade dos resíduos sólidos apresentarem-se em diferentes estados físicos
e serem ou não úteis à actividade humana, e ainda podendo estes serem ou não perigosos para a
saúde humana dependendo da sua origem e propriedades físicas, químicas e infecto-contagiosas.

A produção de resíduo é causadora de poluição e tem vindo a aumentar com o desenvolvimento


socioeconómico e tecnológico das sociedades.
20
20
Lima (2001) citado por Costa e Cavalcante (2019, p:17), consideram que os resíduos sólidos
são constituídos de várias substâncias tais como:

(i) Facilmente degradáveis: são resíduos de fácil degradação, ou seja, o período de sua
degradação é relativamente curto, a destacarmos resto de comida, sobra de cozinha, folhas,
capim, cascas de frutas, animais mortos e excrementos;

(ii) Moderadamente degradáveis: são aqueles resíduos requerem um período pouco longo para
sua degradação, tais como papel e papelão;

(iii) Dificilmente degradáveis: estes tipos de resíduos levam muitos anos para a sua degradação,
ou seja, o período de sua degradação é relativamente longo, podendo levar milhares de anos,
podemos destacar trapo, pano, madeira, borracha, cabelo, pena de galinha, osso e plástico como
exemplos desses tipos de resíduos;

(iv) Não degradáveis: são resíduos que não se degradam, como exemplo temos metal não
ferroso, vidro, pedras, cinzas, terra, areia e cerâmica.

Contudo, segundo os autores acima, sua composição varia de comunidade para comunidade, de
acordo com os hábitos da população, número de habitantes local, poder aquisitivo, variações
sazonais, clima, desenvolvimento económico, nível educacional, variando ainda para a mesma
comunidade com as estações do ano.

Gestão de resíduos sólidos

Para Lombard et al (1992) citado por Ferrão (2006), “gestão de resíduos sólidos é um exercício
multidisciplinar e requer participação de uma equipa com um largo campo de experiência de
modo a tratar compreensivelmente com as múltiplas facetas do problema da gestão de resíduos”.

Segundo Júnior (2015), gestão de resíduos sólidos:

“Envolve a remoção, transporte, acondicionamento, tratamento, valorização e eliminação


de resíduos; também a soma de todas as medidas para evitar os resíduos, tratamento não
prejudicial, valorização, ré uso e eliminação final de resíduos de todo tipo enquanto
dando devida consideração a aspectos ecológicos e económicos”.
21
Na perspectiva de Bruna et al (2009), gestão de resíduos sólidos refere-se: 21

“À remoção, transferência, tratamento, reciclagem, valorização de recursos, e eliminação


de resíduos sólidos produzidos em áreas urbanas; é a maior responsabilidade do governo
local e um serviço complexo envolvendo organização apropriada, capacidade técnica e de
gestão e cooperação entre numerosos parceiros em ambos sectores público e privado”.

O autor Júnior (2015) assim como Bruna (2009), com quem nos baseamos, são unânimes na
medida em que referenciam que a gestão de resíduos sólidos envolve desde a remoção, o
transporte, o acondicionamento, o tratamento, a reciclagem, a valorização e a eliminação dos
resíduos sólidos. Enquanto que Ferrão (2006) diz que a gestão dos resíduos requer a participação
de uma equipa com uma vasta gama de experiência para que se possa alcançar os resultados
esperados, que no nosso entender refere-se aos resultados do alcance dum meio ambiente
saudável.

Nessa ordem de ideias, a gestão de resíduos sólidos na Cidade de Gurué deve ser feita duma
forma organizada, planificada e supervisionada sendo um exercício multidisciplinar que requer o
envolvimento de uma equipa com grande campo de experiência, que envolve a remoção, o
transporte, a eliminação e a valorização de recursos ou reciclagem e acondicionamento de
resíduos sólidos, e isso implica obtenção de veículos apropriados, recursos financeiros, formação
e capacitação do pessoal bem como a periodicidade e o horário de recolha e a sensibilização dos
munícipes de modo a cumprirem com os horários preconizados na deposição dos resíduos.

2.2. Classificação dos resíduos sólidos

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) citado por Costa e Cavalcante,


2019:18-21), classifica os resíduos em quatro categorias, que a seguir apresentamos:

(i) Quanto à perigosidade

Resíduos classe I (perigosos): os resíduos classe I, considerados pela norma como perigosos, são
aqueles que apresentam periculosidade ou características como:

a) Inflamabilidade;

b) Corrosividade;

c) Reactividade;
22
22

d) Toxicidade;

e) Patogenicidade.

Resíduos classe II (não perigosos): os resíduos classe II não perigosos, são descritos como:

a) Resíduo de restaurante (restos de alimentos);

b) Sucata de metais ferrosos;

c) Resíduo de madeira;

d) Bagaço de cana.

Resíduos classe II A (não inertes): são aqueles que não se enquadram nas classificações de
resíduos classe I (perigosos) ou de resíduos classe II B (inertes), e que podem ter propriedades,
tais como:

a) Biodegradabilidade;

b) Combustibilidade ou solubilidade.

Resíduos classe II B (inertes): são de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores


aos padrões de potabilidade de água, exceptuando-se aspecto, cor, turvidez, dureza e sabor.

(ii) Quanto às características físicas

Seco: papéis, plásticos, metais, couros tratados, tecidos, vidros, madeiras, guardanapos e tolhas
de papel, pontas de cigarro, lâmpadas, cerâmicas e porcelana.

Molhado: restos de comida, cascas e bagaços de frutas e verduras, ovos, legumes e alimentos
estragados.

(iii) Quanto à composição química

Orgânico: composto por pó de café e chá, cabelos, restos de alimentos, cascas e bagaços de
frutas e verduras, ovos, legumes, alimentos estragados, ossos e podas de jardim.

Inorgânico: composto por produtos manufacturados como plásticos, vidros, borrachas, tecidos,
metais (alumínio, ferro), lâmpadas, velas, cerâmicas e porcelana.
23
23
(iv) Quanto à origem

Doméstico: originado da vida diária das residências, constituído por restos de alimentos tais
como cascas de frutas e verduras, produtos deteriorados, jornais, revistas, garrafas, embalagens
em geral, papel higiénico, fraldas descartáveis e uma grande diversidade de outros itens que
podem conter alguns resíduos tóxicos.

Comercial: originado dos diversos estabelecimentos comerciais e de serviços, tais como


supermercados, estabelecimentos bancários, lojas, bares e restaurantes.

Público e de serviços de saúde: originados dos serviços de limpeza urbana, incluindo todos os
resíduos de varrição das vias públicas, limpeza de praias, restos de podas de plantas, limpeza de
feiras livres, constituído por restos de vegetais diversos e embalagens.

Hospitalar: descartados por hospitais, farmácias, clínicas veterinárias (algodão, seringas,


agulhas, restos de remédios, luvas, curativos, sangue coagulado, órgãos e tecidos removidos,
meios de cultura e animais utilizados em testes, resina sintética, filmes fotográficos de raios X).
Em função de suas características, merece um cuidado especial em seu acondicionamento,
manipulação e disposição final. Deve ser incinerado e os resíduos levados para aterro sanitário.

Portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários: resíduos sépticos, ou seja, que


contém ou potencialmente podem conter germes patogénicos. Basicamente originam-se de
material de higiene pessoal e restos de alimentos, que podem hospedar doenças provenientes de
outras cidades, províncias ou países.

Industrial: originado nas actividades dos diversos ramos da indústria, tais como: o metalúrgico,
o químico, o petroquímico, o de papelaria, da indústria alimentar. O lixo industrial é bastante
variado, podendo ser representado por cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos,
plásticos, papel, madeira, fibras, borracha, metal, escórias, vidros e cerâmicas. Nesta categoria,
inclui-se grande quantidade de lixo tóxico. Esse tipo de lixo necessita de tratamento especial pelo
seu potencial de envenenamento.

Agrícola: resíduos sólidos das actividades agrícolas e pecuária como embalagens de adubos,
defensivos agrícolas, ração, restos de colheita. O lixo proveniente de pesticidas é considerado
tóxico e necessita de tratamento especial.
24
24
Entulho: resíduos da construção civil: demolições e restos de obras e solos de escavações. O
entulho é geralmente um material inerte, possível de reaproveitamento.

A necessidade em minimizar os impactos ambientais e salvaguardar a saúde pública, tem sido um


dos factores em estudo no mundo inteiro. A deposição desordenada dos resíduos sólidos são
apontadas como os responsáveis pela degradação ambiental, à libertação de maus odores e a
poluição das águas superficiais e subterrâneas (Nagali, 2001 citado por Morais, 2015).

A deposição inadequada dos resíduos sólidos urbanos que muita das vezes são associadas aos
surtos responsáveis por milhares de mortes nos centros urbanos, leva a muitos Municípios a
evidenciar esforços para o desenvolvimento de métodos sanitários adequados na deposição final
dos resíduos produzidos pelos munícipes. Na Cidade de Gurué, a deposição de resíduos sólidos é,
em geral, feita em lixeiras a céu aberto, sem qualquer instalação técnica para reduzir impactos
negativos e sem qualquer controlo, com todos os inconvenientes de ordem estética e ambiental,
pondo em causa a saúde pública e o ambiente.

2.3. Resíduos sólidos versus saúde

A principal dificuldade na definição das populações expostas aos efeitos directos ou indirectos da
gestão inadequado dos resíduos sólidos urbanos está no facto dos sistemas de informação e
monitoramento sobre saúde e meio ambiente não contemplarem, em geral, o aspecto colectivo
das populações, não dispondo de dados epidemiológicos suficientes e confiáveis, ainda que seja
difícil estabelecer uma relação de interferência na saúde desta população pelos resíduos sólidos
urbanos, diante da ausência de qualquer tipo de saneamento, não há razões para se imaginar que
não haja uma contribuição significativa dos mesmos neste quadro negativo.

Doenças como malária, cólera, diarreias, poliomielite e hepatites, estão associadas à degradação
ambiental e à ausência de condições sanitárias mínimas (Ferreira e Anjos, 2016). Organismos
patogénicos e seus vectores encontram nos resíduos sólidos substâncias de alto teor energético,
disponibilidade de água e abrigo. Alguns destes organismos habitam nos resíduos durante toda
sua existência, outros apenas em certos períodos.

Esse fenómeno migratório pode constituir-se num grande problema, pois o resíduo passa a ser
uma fonte contínua de agentes patogénicos e uma ameaça real à sobrevivência humana.
25
25
2.4. Métodos de tratamento e destino final de resíduos

A escolha dos métodos de tratamento e disposição final deve considerar factores técnicos, legais
e financeiros. A seguir estão descritos os principais métodos de tratamento final dos resíduos
sólidos.

Aterros sanitários

Sidegum (2011:38), define aterro sanitário como:

“Local onde os resíduos são dispostos dentro de valas, forradas com lonas plásticas,
compactado em camadas sobre um terreno adequado e previamente preparado, para
depois ser coberto com material inerte, geralmente, a própria terra. Com o passar do
tempo, todo o material se decompõe e integra-se ao solo. O terreno é impermeabilizado
para permitir que os líquidos e os gases resultantes da decomposição que esses resíduos
sofrem em baixo da terra, pela acção principalmente de bactérias, sejam drenados e
tratados, para evitar contaminação do ambiente”.

Para Manahan (1999) citado por Morais (2015):

“Aterro sanitário corresponde à forma de deposição onde deve haver um controlo dos
impactos, através da impermeabilização do solo, o recobrimento dos resíduos, sistema de
drenagem de águas pluviais, sistema de drenagem e de tratamento dos efluentes líquidos
e gasosos produzidos durante o processo de degradação dos resíduos”.

Entre as soluções sanitárias e ambientalmente adequadas, os aterros sanitários são considerados a


forma mais ideal e barata, no curto prazo, para depositar os resíduos sólidos urbanos.

Segundo Bruna et al (2009), “as formas de disposição nas quais não há qualquer cuidado para
redução de impactos são normalmente chamadas lixões e não podem a rigor serem considerados
formas de disposição final, já que dispor significa colocar de forma ordenada”.

A lixeira da Cidade de Gurué não se pode considerar de aterro sanitário, visto que, não se faz o
tratamento para a eliminação dos resíduos sólidos e se encontra localizado em zona de
expansão urbana, além disso, não existe nenhuma construção para proteger o solo do local da
deposição dos resíduos como forma de torná-lo impermeável de modo que não contamine os
efluentes líquidos, e ainda, a lixeira é a céu aberto.

Compostagem

A compostagem é feita com material orgânico, pode ser feita através de um tratamento realizado
pela actividade de micro-organismos e em condições controladas, das partes biodegradáveis dos
26
26

resíduos orgânicos, com produção de resíduos orgânicos estabilizados (composto) ou de biogás


(mistura de metano e dióxido de carbono).

O processo de compostagem é desenvolvido por uma população diversificada de micro-


organismos e envolve duas fases em que na primeira, quando acontecem as reacções bioquímicas
de oxidação mais intensas e na segunda que também chama-se fase de maturação, quando ocorre
o processo de humificação dos materiais orgânicos compostados (Nascimento, 2007).

Após algumas dezenas de horas o resíduo é transformado em um material isento de bactérias e


que se assemelha ao húmus do solo e que após um período, pode ser usado na agricultura
melhorando a qualidade do solo.

Incineração

A incineração consiste na queima de resíduos sólidos provenientes principalmente de hospitais,


clínicas, portos e materiais apreendidos, onde acontece a redução desses materiais a cinzas ou
escória, que deve ser encaminhada a aterros sanitários. A não ser em processos que geram energia
eléctrica a queima de resíduos significa desperdício de materiais reaproveitáveis.

Em escala mundial a incineração é o segundo método mais difundido para a gestão de resíduos,
perdendo somente para os aterros sanitários (Carvalho, 2017).

A incineração é definida nesse contexto, como um processo onde há a redução de massa e de


volume dos resíduos por combustão controlada.

As vantagens da incineração são inúmeras tais como: redução drástica do volume a ser
descartado e redução do impacto ambiental (quando bem operado). Por outro lado, a incineração
apresenta as seguintes limitações: custo elevado, exige mão-de-obra qualificada e manutenção
intensa (Brasil, 2014).

2.5. Técnicas de minimização de resíduos

O sistema visa optimizar as qualidades e propriedades de um produto ao servir-se dele com o


objectivo de prolongar seu tempo de uso ou aproveitá-lo ao máximo, evitando sempre o
desperdício e o desgaste precoce. No momento do descarte, a intenção é privilegiar os processos
de reciclagem, preparando os detritos para a colecta selectiva. Desta forma é possível transformar
27
27

materiais aparentemente inúteis em produtos novos ou em matéria-prima, diminuindo a


quantidade de resíduos. O emprego desse sistema na gestão de resíduos sólidos permite a redução
das quantidades geradas de resíduos, trabalha o reaproveitamento desses materiais e finalmente
busca-se a reciclagem.

Essa técnica segue a ordem dos 3Rs, o princípio que causa menos impacto evitando a geração dos
resíduos reutilizando no mesmo estado em que se encontram e só então partindo para a
reciclagem (Naime, 2005).

A gestão sustentável dos resíduos sólidos pressupõe uma abordagem que tenha como referência o
princípio dos 3Rs, apresentado na Agenda 21 que são: redução (do uso de matérias-primas e
energia e do desperdício nas fontes geradoras), reutilização directa dos produtos e reciclagem de
materiais. A hierarquia dos 3Rs segue o princípio de que causa menor impacto. A redução,
reutilização, reciclagem, como também o tratamento reduz a quantidade e altera a qualidade dos
resíduos a serem dispostos no solo. Com menos resíduos, minimiza-se os impactos ambientais e
sanitários. A reutilização e reciclagem de resíduos minimizam o consumo de recursos naturais e
promove a valorização dos resíduos (Bernardo, 2008).

A técnica de minimização de resíduos sólidos que, é uma das formas de gestão de resíduos
sólidos, prioriza a regra dos 3Rs que consiste em:

(i) Reduzir

Significa estabelecer padrões de consumo que diminuam a produção de resíduos nas fontes
geradoras. A redução da quantidade de resíduos produzidos tem efeito directo nos custos de
colecta e de disposição final de resíduos, além da economia de água, energia e outros recursos
naturais apontam-se alguns exemplos possíveis tais como: utilizar engradados reutilizáveis em
vez de saquinhos plásticos para transporte de compras em supermercados, imprimir trabalhos por
computador somente quando necessário, preferir o correio electrónico ao papel para
correspondência, escolher produtos mais duráveis, consertar ou actualizar tecnologicamente
equipamentos antigos em vez de comprar novos. Mas para tal deve se tomar cuidado ao realizar
essas escolhas, verificar se não há outros aspectos ambientais envolvidos que possam resultar em
outros danos ambientais.
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28
(ii) Reutilizar

Significa utilizar o produto novamente para a mesma finalidade ou para outra, sem necessidade
de transformação do material como é o caso das garrafas retornáveis, ou a utilização da face em
branco de papéis já utilizados de um lado. Da mesma forma proporciona economia de colecta e
disposição final de matéria-prima e geralmente também de água e energia. A reutilização de
resíduos gerados em uma indústria como matéria-prima para outra indústria através de um
processo de pré-selecção é uma das formas consideradas para se chegar a um desenvolvimento
sustentável (Bernardo, 2008).

Sendo assim, o conceito de desenvolvimento sustentável traduz-se num modelo de


desenvolvimento que incorpora os aspectos de desenvolvimento ambiental, no qual implica
procurar satisfazer as necessidades da geração actual sem no entanto comprometer a capacidade
das gerações vindouras satisfazerem as suas necessidades. O que quer dizer as pessoas de hoje e
do futuro devem atingir um nível satisfatório de desenvolvimento social e económico através do
uso racional dos recursos da Terra. O desenvolvimento sustentável é compreendido como um
processo que engloba as variáveis físicas, social, económica e política capaz de possibilitar a
conservação da biodiversidade dos recursos naturais.

(iii) Reciclar

Segundo Calderoni (2013), “reciclar é o reprocessamento de materiais seleccionados de


forma a permitir novamente sua utilização. Trata-se de dar aos descartes uma nova vida. Nesse
sentido, reciclar é “ressuscitar” materiais, permitir que outra vez sejam aproveitados”.

Para Bernardo (2008, p:18):

“Reciclagem é um conjunto de técnicas que tem por finalidade aproveitar os detritos e


reutilizá-los no ciclo de produção de que saíram. É o resultado de uma série de
actividades, pelas quais materiais que se tornariam lixo, ou estão no lixo, são desviados,
colectados, separados e processados para serem usados como matéria-prima na
manufactura de novos produtos”.

Contudo, na ordem de ideia dos autores, o termo reciclar é utilizado para indicar o
reaproveitamento ou a reutilização de um resíduo que fora rejeitado, devendo este passar por
processos de transformação para um novo produto.
29
29
Pelos benefícios ambientais que a reciclagem proporciona, é considerada uma das soluções
prioritárias, no entanto o acto de não reciclagem dos resíduos sólidos pode contribui para o
aumento de resíduos no local produzido, apesar de que no processo de reciclagem não se
consegue reaproveitar a 100% do material, mas pode contribuir para a redução de resíduos
sólidos urbanos, para além de que esta forma de gestão de resíduos baseia-se na sustentabilidade
ambiental.

A reciclagem do material é possível com a colaboração do consumidor. A reciclagem do material


é muito importante, não apenas para diminuir a quantidade de resíduos, como também para
poupar a natureza da extracção inesgotável de recursos.
30
CAPÍTULO III 30

3. Metodologias
Segundo Lakatos e Marconi (2002, p:27) Método científico é o conjunto de processos ou operações
mentais que se devem empregar na investigação. É a linha de raciocínio adoptada no processo de
pesquisa. Sendo assim, os métodos usados para a concretização do trabalho são:
3.1. Tipos de pesquisa
3.1.1. Quanto à abordagem

Quanto a abordagem trata-se de uma pesquisa quantitativa. De acordo com Gil (2007), a pesquisa
quantitativa traduz-se em números, as opiniões e informações são analisadas utilizando as técnicas
estatísticas. Tem como objetivo verificar estatisticamente uma hipótese a partir da coleta de dados
concretos e quantificáveis. Para isso, se baseia em questionários e outras formas de entrevista
estruturadas para coletar opiniões e informações que serão posteriormente agrupadas e analisadas
de maneira estatística.

3.1.2. Quanto aos objectivos


Quanto aos objectivos trata-se de uma pesquisa exploratória, pois em pesquisas do tipo a
informação despoletada pelos informantes é de capital importância.
Gil (2007:106), explana que:
“A pesquisa exploratória é entendida como aquela que tem como principal finalidade
desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, na qual habitualmente utiliza-se um
levantamento bibliográfico e documental, fazendo uso de entrevistas e o estudo de caso.”
Na óptica do autor da pesquisa, pode se aflorar que, a pesquisa possibilita explorar com muita
profundidade, os manuais, os documentos e artigos científicos que versam a temática em
abordagem.

3.1.3. Quanto aos procedimentos


No que diz respeito aos procedimentos, adoptou-se a pesquisa bibliográfica e estudo de caso: no
primeiro caso, importa aclarar que, a pesquisa é bibliográfica sendo feita à partir do levantamento
de referenciais teóricos já analisadas, e publicadas por meios escritos e electrónicos.
3.2. Técnicas de recolha de dados
A colecta de dados é a busca por informações para a elucidação do fenómeno ou facto que o
pesquisador quer desvendar. Toda pesquisa necessita de instrumentos e técnicas que possibilitam o
pesquisador a colectar as informações de forma facilitada e harmoniosa. Assim, nesta pesquisa para
a colecta dos dados, serão usadas técnicas como: pesquisa bibliográfica, observação directa e
entrevista estruturada.
31
3.2.1. Inquérito 31
Esta técnica de colecta de dados, foi feita a partir de perguntas mistas (abertas e fechadas) á
população residentes na Cidade de Gurué sobre os problemas mais comuns que advém das
condições da fraca gestão dos resíduos sólidos e que afectam directa ou indirectamente os
residentes desta Cidade.

3.2.2. Entrevista
Com esta técnica foi possível a recolha de dados não documentados sobre o tema. Foi entrevistada
ao Conselho Autárquico da Cidade de Gurué na pessoa do vereador de Limpeza e salubridade
pública, sobre a gestão de resíduos sólidos e os problemas que podem trazer a saúde pública. Foram
entrevistados ainda alguns residentes da Cidade e alguns comerciantes e industriais sobre os
conhecimentos e cuidados que devem tomar com os resíduos sólidos.

3.2.3. Observação Directa


Esta foi utilizada para a obtenção de informações reais, isto é, o pesquisador foi observar a
realidade da natureza dos resíduos sólidos na Cidade de Gurué e a sua deficiente gestão. Com esta
técnica, o pesquisador obteve informações sobre o tema, e que ajudou muito na observação e
registo de fenómenos que aparecem na realidade, sendo um recurso importante para a realização da
pesquisa.

3.2.4 Método bibliográfico

Este constitui o suporte científico que possibilitou esta pesquisa. Consistiu na leitura de toda
bibliografia publicada em relação ao tema em estudo, o que permitiu a aquisição de pressupostos
teóricos sobre a gestão de resíduos sólidos.

A pesquisa bibliográfica, abrangeu algumas bibliografias já tornadas públicas em relação ao tema


em estudo, desde as publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, monografias, teses, até
meios de comunicação oral: gravações em fita electromagnéticas, e audiovisuais: filmes e
televisões, com finalidade de colocar o pesquisador em contacto directo com tudo o que foi escrito,
dito ou filmado sobre o tema, inclusive conferências seguidas de debate, que tenham sido escritos
por alguma forma, quer publicadas, quer gravadas. Portanto, com este método foi realizado o
levantamento de dados de diversas referências bibliográficas os quais foram analisadas e
compiladas no trabalho.
32
3.3. Universo 32
A população é entendida por Marconi e Lakatos (2003) como sendo a totalidade de indivíduos que
apresentam pelo menos uma característica de interesse para o estudo. Nesta pesquisa a população é
composta por 142 Trabalhadores e funcionarios do Conselho Autárquico da Cidade de Gurué.

3.4. Amostra
Minayo (1994:26) afirma que a amostragem boa é aquela que possibilita abranger a totalidade do
problema investigado em suas múltiplas dimensões.
Por seu turno, Gil (2007:88), assevera que a amostra é entendida como uma fracção de uma
população sobre a qual se faz o estudo, um subconjunto dos elementos ou sujeitos tirados da
população que são convidados a participar no estudo.
Entretanto, existindo variedade de tipo de amostra, nesta pesquisa utilizou-se a amostragem
probabilística e aleatória.
Na visão de Mattar (2001:32), a amostragem probabilística ou aleatória é aquela em que cada
elemento da população tem uma possibilidade conhecida e diferente de zero de ser seleccionado
para compor a amostra.
Nesta pesquisa a amostra será composta por 68 elementos discriminados da seguinte forma: 1
Vereador de saúde e saneamento do meio, 2 funcionários do sector da saúde e saneamento do meio,
2 motoristas e 63 trabalhadores do Conselho Autárquico da Cidade de Gurué
33
33
Capítulo IV
4. Análise e presentação dosdados

Os dados apresentados foram fornecidos pelos trabalhadores do Conselho Autárquico da Cidade


de Gurué, afectos ao sector de remoção de resíduos sólidos e espelham a realidade segundo o nível
de satisfação e insatisfação destes, e que a sua análise foi feita de forma descritiva.
A seguir apresenta-se os dados e faz-se a discussão das respostas fornecidas pelos intervenientes
do presente estudo.

4.1. Idade dos funcionários

Tabela e gráfico 1 – A idade dos funcionários

Idade dos funcionarios


Idade Número de (%)
funcionários

18 à 30 18 26% 32% 26% 18 a 30 anos


31 à 45 28 41% 35 a 45 anos
Mais de 46 anos
Mais de 46 22 32% 42%
anos
Total 68 100%

Fonte: autora

Com relação a idade dos funcionários do sector de remoção de resíduos sólidos, constata-se
que 18 destes na ordem de 26 % tem idade compreendida entre os 18 aos 30 anos, 28 funcionários
que representam 41 % do total tem idade entre 31 aos 45 anos, e por último, 25 dos funcionários
na ordem de 32 % tem mais de 46 anos de idade.

O maior número de funcionários como pode-se notar, tem mais de 28 anos, seguida da faixa
etária de 35 à 45 anos, o que quer dizer as respostas obtidas do questionário são de extrema
veracidade uma vez que o nível de responsabilidade dos funcionários é maior, visto que quanto
maior é a idade do indivíduo, maior é a sua responsabilidade principalmente em questões de
trabalho.
4.2. Descriminação sexual dos funcionários
Dos 68 funcionários questionados, 58 destes que representam 85 % do total são do sexo
masculino e 10 funcionários na razão de 15 % são do sexo feminino, facto que demonstra
claramente que as informações colhidas são fidedignas, o que permite à conclusões correctas
sobre o tema em questão uma vez que os indivíduos do sexo masculino tem mais informação em
relação as do sexo oposto a nível mundial.

E esta diferença é mais acentuada nos países em via de desenvolvimento como é o caso do nosso
país (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 2010 apud RUSSO, 2011).

As informações aqui referidas dizem respeito as formas de remoção e tratamento dos resíduos
sólidos em todos níveis, ou seja, remoção, transporte, deposição e tratamento.

4.3. Nível
de escolaridade
Tabela e gráfico 2 –relativo ao nível de escolaridade dos funcionários

Nivel de escolaridade
Nível Número de (%)
funcionários
Primário 28 41 % 2%
9% 23%
Básico 30 44 %
Primário
Médio 8 12 %
Primario
Superior 2 3%
Básico
Total 68 100% 34% Médio
Superior
32%

Fonte: autora
Com relação ao nível de escolaridade dos funcionários o gráfico mostra que 30 dos funcionários
que representam cerca de 44 % são do nível básico, 28 funcionários do nível primário recaem na
ordem de 41 %, 8 funcionários têm o nível médio representados por cerca de 12%, e ultimamente,
2 funcionários correspondente a 3% tem o nível superior.

Com isso, as respostas obtidas dos questionários mostram serem de relevância já que a maioria
dos funcionários inqueridos sabem ler e escrever, facto que é fundamental para a percepção das
questões colocadas. Daí que as informações fornecidas revelam serem um importante
instrumento de estudo visto que as perguntas foram elaboradas para responderem os objectivos
do trabalho.
4.4. Tempo de trabalho no sector de remoção de resíduos sólidos
Tabela gráfico 3 – relativo a tempo de serviço dos funcionários

Tempo de Serviço
Tempo de Número de (%)
serviço funcionários 0%
Menos de 1 0 0%
ano Menos de 1 ano
47% 1 à 5 anos
1 à 5 anos 32 47 % 53%
Mais de 5 anos
Mais de 5 36 53 %
Total 68 100%

Fonte: autora

O tempo de serviço dos funcionários no sector de remoção de resíduos sólidos mostra a


experiência que os funcionários têm na actividade que desenvolvem. E o gráfico demonstra que
36 dos funcionários na ordem de 53%, trabalham no sector acima referido a mais de 5 anos o que
significa grande número dos funcionários têm experiência nas actividades que desempenha,
sendo assim, estes têm informações suficientes sobre o sistema de gestão de resíduos e
consequentemente pouca limitação têm em responder as questões apresentadas no questionário.

O resto dos funcionários, ou seja, 32 destes que representa 47% está afecto no sector de remoção
de resíduos entre 1 à 5 anos e como nota-se no gráfico, nenhum funcionário tem uma experiência
de menos de 1 ano.

Fazendo uma apreciação pode-se dizer que todos funcionários afectos no sector de remoção de
resíduos sólidos possuem uma mínima experiência para poder manusear os resíduos sólidos com
eficiência e eficácia o que quer dizer são poucas dificuldades que os funcionários possuem no
manuseamento de resíduos daí que não se justifica que estes tenham dificuldades ao longo do
trabalho no que diz respeito ao manuseamento de resíduos.
4.5. Condições de equipamento de protecção individual no trabalho
Tabela e gráfico 4 – equipamento de proteção individual no trabalho

Equipamento de protecçao
Designação N° de (%)
funcionários 0%
Más 40 59% Más Suficientes
Suficientes 18 26 % 15% Suficientes anos
Boas 10 15 % Boas
59%
Muito boas 0 0% Muito boas
Total 68 100% 26%

Fonte: autora
Nos serviços de remoção de resíduos sólidos a empresa deve fornecer “kit” de protecção
individual sem custos ao funcionário que deve ser responsável pelo uso e cuidados com os
equipamentos. A empresa também deve fornecer um treinamento sobre uso correcto do
equipamento, evitando dessa forma que os funcionários trabalhem sem protecção. (Associação
brasileira de engenhariasanitaria e ambiental, 2006).

Num número de 35 funcionários que representa cerca de 46% do total afirma que as condições
dos equipamentos de protecção são más porque alguns não possuem equipamentos de protecção e
quando possuem é de forma incompleta, ou seja, sempre tem algum equipamento em falta, ou
botas, luvas, mascaras e fardamento, o que pode contribuir a um ambiente não favorável de
trabalho acabando por ocorrer sabotagem no trabalho proporcionando deste modo existência de
grande quantidade de resíduos não removidos dia após dia. Estes funcionários são coadjuvados
pelos 29 funcionários que correspondem cerca de 38% que dizem os equipamentos são suficientes
apesar de por vezes faltar um e outro equipamento e que as luvas têm sido descartáveis sem
durabilidade acabando por se danificar alguns minutos pós início do trabalho.

Como pode-se notar, o maior número de funcionários salientam falta de equipamento de


protecção individual no trabalho, o que não garante segurança aos funcionários no que diz
respeitos aos acidentes de trabalho assim como estes podem adquirir alguma doença vistos que
dia-a-dia manipulam diferentes tipos de resíduos (hospital, tóxicos, orgânicos e químicos).

O equipamento de protecção individual pode deduzir ou até eliminar os riscos em caso de


acidentes, preservando a saúde e bem-estar do funcionário, reduzindo o custo de ausência e
proporcionar mais tranquilidade aos funcionários para além de melhorar a qualidade de trabalho
37
37
já que o trabalhador sente-se mais seguro e menos preocupado com a sua segurança e sua atenção
fica focada na sua atarefa.

4.6. Formação ou capacitação sobre como manusear os resíduos sólidos

Tabela e gráfico 5 - Formação ou capacitação sobre como manusear os resíduos sólidos

Formaçao ou Capacitaçao
3%

Designação N° de (%)
funcionários
Sim 2 3%
Sim
Não 66 97%
Total 68 100% Não

Fonte:autora

97%

Na questão acima 66 entrevistados correspondente a 97 % dos trabalhadores afirmam que nunca


receberam qualquer tipo de formação ou capacitação para obtenção de conhecimentos sobre o
processo de manipulação de resíduos sólidos o que mostra que os trabalhadores não têm
conhecimento sobre como manipular os resíduos sólidos muito menos sobre a importância do uso
de equipamento de protecção que apesar de existir uma deficiência no fornecimento do mesmo
por parte das autoridades municipais, deveriam usar os equipamentos existentes, tais como botas
e luvas como forma de evitar que os trabalhadores previnam-se de diversos acidentes de trabalhos
ou mesmo doenças assim como os trabalhadores poderão ter conhecimentos sobre a higiene
individual no trabalho. Tambem 2 dos entrevistados equivalentes a 3% dizem sim , tiveram alguma
capacitação.

4.7. As principais dificuldades que tem ao longo do trabalho

Na questão acima 100% dos inqueridos convergem no mesmo ponto apontando dificuldades
como falta de equipamento de protecção individual, avarias constantes dos carros que
transportam resíduos sólidos, a não separação dos resíduos sólidos por parte dos munícipes visto
que estes depositam todo tipo de resíduo no mesmo local e na maioria das vezes os resíduos são
depositados fora dos contentores de lixo existentes em diferentes pontos da cidade. Este a s p e c t
o segundo os entrevistados tem causado grandes transtornos na remoção dos resíduos uma vez que
o pessoal da remoção tem tido grandes dificuldades na remoção dos mesmos.
38
38
Aliado a questão acima, os inqueridos assim como os entrevistados dizem para ultrapassar esses
transtornos é necessário que os munícipes sejam sensibilizados para aquisição de práticas que
possam facilitar o trabalho dos funcionários do sector de remoção como também deve-se evidenciar
esforços para aquisição de mais carros para transporte de resíduos sólidos. De facto é necessário
que os munícipes contribuam no sistema de gestão de resíduos sólidos da cidade.

4.8. A colaboração dos munícipes no processo de gestão de resíduos sólidos


Tabela e gráfico 6 – relativo a colaboração dos munícipes na gestão dos resíduos
sólidos

Colaboraçao dos municipes

Designação N° de (%) 0%
funcionários
Sim 0 0%
Não 68 100 % Sim
Total 68 100%
Não

100%

Fonte: autora

O gráfico acima mostra claramente que não há colaboração dos munícipes na gestão dos resíduos
sólidos uma vez que 100% dos funcionários responderam que os munícipes pouco contribuem
para a gestão dos resíduos sólidos. As razões que levam a esta conclusão é de que os munícipes
fazem o depósito dos resíduos sólidos fora dos lugares indicados e fora da hora preconizada pelas
autoridades municipais que é das 17:30 à 20:00 horas para além de depositar diversos tipos de
resíduos no mesmo local uma vez que cada tipo de resíduo merecem um tratamento especial de
acordo com a sua composição.
Este comportamento dos munícipes pode estar relacionado a factores como hábitos e costumes da
população, uma vez que maior número da população residente prove das áreas rurais
característicos destes hábitos para além da fraca educação ambiental, daí que torna-se necessário
que as autoridades municipais organizem campanhas de sensibilização de modo a comunicar a
população para fazer o depósito dos resíduos sólidos nos lugares indicados e na hora preconizada.

4.9. A rotina de recolha de lixo


Quanto a essa questão todos funcionários responderam que a recolha de resíduos sólidos é
efectuada uma vezes ao dia, logo, não se justifica a existência de resíduos sólidos nas vias
39
públicas visto que o número de recolha é suficiente o que mais uma vez vem confirmar que39
os
resíduos sólidos verificados nas vias públicas pode estar relacionado com a não colaboração dos
munícipes que depositam resíduos a qualquer hora do dia. E ainda este fenómeno está
relacionado com falta de meios por parte das autoridades municipais em responder a demanda
visto que a quantidade de resíduos produzida pelos munícipes é bastante variável e em
quantidades enormes.

O Município funciona com um total de 3 carros e 1 tractore, numa cidade em que diariamente
produz-se mais de 90 toneladas de resíduos sólidos. Esses meios demonstram claramente que
não são suficientes para a remoção dos resíduos como afirma 88% dos funcionários, e ainda, o
tractore não é meio que podem ser utilizado para o transporte de resíduos uma vez que estes podem
espalhar os mesmos ao longo das vias públicas dando mau aspecto a cidade.

Tratando-se que a primeira etapa do processo de remoção dos resíduos sólidos corresponde à
actividade de acondicionamento do lixo, esta pode ser feita utilizando-se diversos tipos de
vasilhames como por exemplo vasilhas domiciliares, tambores, sacos plásticos, sacos de papel e não
apenas depositar num lugar indicado como nota-se na Cidade de Gurué. E estes vasilhames podem
ser adquiridos a um baixo preço, o que também permitirá a separação dos resíduos aquando da sua
deposição por parte dos munícipes.

A colecta normalmente engloba desde a partida do veículo de sua garagem compreendendo todo
o percurso gasto na viagem para remoção dos resíduos nos locais onde foram acondicionados aos
locais de descarga, até o retorno ao ponto de partida, razão pela qual torna-se imperioso a
aquisição de mais carros basculantes porque o tractore para além de deixar cair resíduos podem
também criar mau cheiro aquando o transporte de resíduos visto que transportam diversos tipos de
resíduos. Como a colecta normalmente pode ser classificada em dois tipos de sistemas, sistema
especial de colecta, ou seja, resíduos contaminados, e sistema de colecta de resíduos não
contaminados. O tractore pode ser usado apenas no transporte de resíduos não contaminados como
por exemplo ramos de árvores (Cunha e Filho, 2002).

São utilizados contentores como meios de deposição de resíduos, porém também a capacidade
limitada desses recipientes gera quase sempre resíduos no chão entre os intervalos de colecta
acabando sendo comprometida eficiência do trabalho, apesar de Gurué não possuir.

No que diz respeito ao número de trabalhadores afectos no sector de remoção de resíduos sólidos,
58 dos inqueridos que corresponde cerca de 76% afirma que o sector não tem problemas de
trabalhadores, ou seja, o número dos trabalhadores afecto neste sector é suficiente razão pela qual
40
a recolha dos resíduos é efectuada em dois turnos, período da manha e da tarde. 40

4.10. Tratamento final dos resíduos após remoção do local de


deposição

A destinação ou disposição final, como o próprio nome sugere, é a última fase de um sistema de
gestão de resíduos sólidos urbanos, geralmente esta operação é efectuada imediatamente após a
colecta. Em alguns casos, entretanto, antes de ser disposto o lixo é processado, isto é, sofre algum
tipo de beneficiamento visando melhores resultados económicos, sanitários e ou ambientais.

Todos os funcionários, ou seja, 100% dos inqueridos afirma que removidos os resíduos, estes não
têm tido algum tratamento no destino final, isto na lixeiras municipal que cita nos Bairro de Reis e
aerodromo, o único tratamento que tem tido é a incineração que acaba criando poluição atmosférica
apesar de este método ter vantagens como a redução significativa do volume dos dejectos
municipais e a diminuição do potencial tóxico dos dejectos. Ou pode-se procurar adquirir-se
meios que permitam a reciclagem dos resíduos para sua posterior utilização como matéria-prima na
manufactura de bens normalmente elaborados como matéria-prima virgem para além de permitir a
preservação dos recursos naturais, a redução da poluição do ar, a diminuição da quantidade de
resíduos a ser incinerada e a geração de emprego com a criação de usinas de reciclagem (Cunha e
Filho, 2002).

Outro método de redução de resíduos na cidade é a compostagem, ou seja, a fabricação de


compostos orgânicos a partir do lixo, é um método de decomposição do material orgânico
putrescível (restos de alimentos, aparas e podas de jardins, folhas) existente no lixo, sob
condições adequadas, de forma a obter um composto orgânico (húmus) para uso na agricultura .

De referir que a melhor forma de um bom destino final de resíduos é em aterro sanitário visto que
este reúne maiores vantagens, considerando a redução dos impactos ocasionados pelo descarte de
resíduos sólidos urbanos. Outro método de disposição final dos resíduos é o aterro controlado, é
menos prejudicial que os lixões a céu aberto sem mínimas condições como é o caso da lixeira
Municipal de Gurué, isto porque os resíduos dispostos no solo são posteriormente recobertos com
terra o que acaba por reduzir a poluição local. Daí que a lixeira constitui uma forma
inadequada de descarte final dos resíduos sólidos o que provoca inconveniências como
depreciação da paisagem, presença de vectores de doenças, degradação ambiental e mau cheiro,
isto é o que se verifica na lixeira Municipal de Gurué, no qual não há qualquer espécie de
tratamento inibidor ou redutor dos efeitos poluidores de resíduos sólidos.
41
Capítulo V: Conclusão e sugestões 41

5.1. Conclusão

Este trabalho abordou sobre a necessidade de adoptar-se estratégias que possibilitam a gestão
adequada dos resíduos sólidos na Cidade de Gurué, considerada como instrumento
importante para a promoção do desenvolvimento sustentável e que se chega as seguintes
conclusões:

 A falta de recursos financeiros por parte das autoridades municipais para um Sistema de
Gestão de Resíduos Sólidos, esta na origem do inadequado maneio e tratamento final de
resíduos sólidos de qualquer origem que acaba gerando ameaça constante à saúde pública
e a degradação ambiental, comprometendo a qualidade de vida das populações.

 Isto pode ser observado pelo insuficiente meio de recolha e deposição tais como
contentores, vasilhas domiciliares, tambores, sacos plásticos e sacos de papel para
permitir a separação dos resíduos aquando a sua deposição por parte da população até aos
meios de transporte e por fim tratamento final dos resíduos sólidos, uma vez que esta é
feita a céu aberto sem muitos cuidados a se ter com os resíduos além da incineração, não
observando-se outras formas de tratamento como a reciclagem dos resíduos para sua
posterior utilização, a compostagem para a fabricação de compostos para o uso na
agricultura.

 Há falta de capacitação dos funcionários do sector de remoção de resíduos sólidos do


Conselho Autárquico da Cidade de Gurué, e é um dos factores que concorre para
inadequada gestão de resíduos sólidos, visto que estes (funcionários) não têm
conhecimentos técnicos e científicos para a manipulação de resíduos sólidos.

 A falta de equipamentos de protecção para os trabalhadores é outro factor que contribui


para o deficiente funcionamento do sistema de gestão de resíduos sólidos uma vez que os
funcionários não trabalham motivados receando riscos de acidentes de trabalho
preservando a saúde e bem-estar do funcionário.
42
42

 A falta de colaboração dos munícipes na gestão dos resíduos sólidos, acabando também
por serem responsáveis pela inadequada gestão de resíduos sólidos na medida em que
fazem depósito de resíduos sólidos fora das horas preconizadas pelas autoridades
municipais assim como acondicionamento inadequado do lixo nos locais a ser colectado.
Isto demonstra a falta de conhecimento que cada munícipe tem um papel preponderante
na gestão de resíduos sólidos na cidade.

5.2. Sugestões

Das conclusões tiradas através da análise dos dados apresentados, estes revelam uma fraca
capacidade financeira do Conselho Autárquico da Cidade de Gurué aliado a falta de colaboração
dos munícipes no sistema de gestão de resíduos sólidos que exige à busca de soluções que
permitam uma gestão adequada. Logo, constam em forma de propostas as seguintes estratégias:

 Que o Conselho Autárquico de Gurué promova campanhas de sensibilização da


população para uma mudança de atitudes em relação a deposição correcta dos resíduos
assim como o cumprimento do horário preconizado pelo Município previamente
publicado. Essa campanha deve incluir disseminação de informação sobre a regra de 3Rs
(reduzir, reutilizar e reciclar) como forma de se evitar a produção de grandes quantidades
de resíduos sólidos. Esta estratégia pode ser através da rádio, televisão, panfletos e na
internet através de redes de comunicação sociais como “Facebook, WhatsApp”.

 Que o Município capacite os seus funcionários do sector de remoção de resíduos sólidos


em matéria de manuseamento dos resíduos pelo menos uma vez por ano, com vista a se
obter profissionais qualificados a fim de se obter maior rendimento na actividade que
desempenham.

 Que o Município faça cooperação com empresas nacionais ou estrangeiras para aquisição
de fundos que permitam a construção de um aterro sanitário a fim de se efectuar um
tratamento adequado dos resíduos sólidos.
43
43

 Que o Conselho Autárquico da Cidade de Gurué colocar contentores de forma à


responder a demanda da produção de resíduos sólidos. E ainda a aquisição de diferentes
tipos de recipientes para permitir a separação dos resíduos visto que nem todos os resíduos
sólidos merecem o mesmo tratamento.

 Que fortaleçam o fornecimento de equipamento de protecção individual aos funcionários e


o seu respectivo uso e fiscalização pela empresa de modo a disciplinar o não uso de
equipamentos o que pode contribuir negativamente no rendimento dos funcionários em
caso de contracção de um acidente de trabalho.

 Que seja criada uma equipa de fiscalização municipal para o controle rotineiro de locais
de deposição dos resíduos sólidos para que caso de observância do não cumprimento do
horário assim como o depósito incorrecto dos resíduos que haja responsabilização dessa
acção através de aplicação de multas.
44
Referências Bibliográfica 44

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46
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Apêndices
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Questionário dirigido aos trabalhadores do Conselho Autárquico da Cidade de Gurué no
Sector de Recolha de Resíduos Sólidos

Este questionário tem como objectivo recolher dados que vão corporizar a Monografia ciêntífica.
Assim sendo, gostaríamos de pedir a colaboração e sinceridade do caro cidadão nas respostas que
é solicitado a dar de acordo com a questão. Todos os dados fornecidos estarão apenas na posse
do pesquisador e somente serão usados para fins de investigação, garantimos anonimato da
participação.

1. Idade: 18 à 30 anos ( ) 31 à 45 anos ( ) mais de 46 anos ( )

2. Sexo: Masculino ( ) Feminino ( )

3. Qual seu nível de escolaridade? Primário ( ) Básico ( ) Médio ( ) Superior ( )

4. A quanto tempo trabalha nos serviços municipais na remoção dos resíduos sólidos na cidade?
Menos de 1 ano ( ) 1 à 5 anos ( ) mais de 5 anos ( )

5. Como são as condições de equipamento de protecção individual no trabalho?

Más ( ) Suficientes ( ) Boas ( )

Se não são boas diga porquê.

6. Quais são as principais dificuldades que têm tido ao longo do trabalho?

7. O que acha que deve melhorar para tornar mais fácil o processo de remoção do lixo?
48
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8. Os munícipes colaboram no processo de gestão do lixo na cidade? Sim ( ) Não ( )

Se não colaboram, diga como.

9. Quantas vezes faz-se a recolha de lixo por dia? Uma ( ) Duas ( ) Mais de duas ( )

10. Os resíduos sólidos depois de removidos tem algum tratamento no destino final?

11. O número de trabalhadores da área de recolha de lixo é suficiente? Sim ( ) Não ( )

12. O número de carros de recolha de lixo é suficiente? Sim ( ) Não ( )

13. Já recebeu algum tipo de formação ou capacitação sobre como manusear os resíduos sólidos?
Sim( ) Não ( )

Se sim qual?

14. Tem alguma opinião que possa ajudar na melhoria do processo de gestão dos resíduos sólidos
na cidade?

15. Tem alguma coisa a acrescentar?

Muito obrigado
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Guião de entrevista para Vereador de Saneamento do Meio e Salubridade,
e responsável do Sector de Remoção de Resíduos Sólidos

Esta entrevista tem o objectivo recolher dados que vão corporizar a Monografia ciêntífica. Assim
sendo, gostaría de pedir a colaboração e sinceridade nas respostas que é solicitado a dar de
acordo com a questão. Todos os dados fornecidos estarão apenas na posse do pesquisador e
somente serão usados para fins de investigação, garante-se anonimato da participação.

1. Quais são as estratégias usadas pelas autoridades municipais na gestão dos resíduos sólidos
urbanos?

2. Atendendo ao número de habitantes do Município, são suficientes os meios usados para a


recolha dos resíduos sólidos urbanos? Sim ( ) Não ( )

Se não que mecanismo tem-se feito de forma responder a demanda.

3. O número de trabalhadores da área de recolha de lixo é suficiente? Sim ( ) Não ( )

4. Gostaria de saber se o pessoal do sector de remoção tem alguma capacitação para o


manuseamento de resíduos sólidos.

5. Queria saber se o número de carros de recolha de lixo é suficiente e se estes são apropriados
para a remoção de resíduos sólidos.

6. Gostaria de saber da periodicidade da recolha dos resíduos sólidos da cidade.

7. Gostaria de saber se há colaboração dos munícipes no processo de gestão dos resíduos sólidos.

8. Gostaria de saber se os resíduos sólidos depositados na lixeira Municipal têm tido algum
tratamento.

9. Tem alguma coisa a acrescentar?

Muito obrigado
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50

Muito obrigado
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51

Muito obrigado
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52

Muito obrigado

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