Dietas Hospitalares

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Saide Cassimo

Saidecassimo@gmail.com
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Introdução
O trabalho em alusão tem como tema Classificação das dietas hospitalares. Constitui objectivo
geral deste trabalho analisar a classificação das dietas hospitalares. A par deste objectivo,
apresentam-se os seguintes objectivos específicos: (i) conceiptuar as dietas hospitalares; (ii)
apresentar a classificação das dietas hospitalares;

As dietas hospitalares visam atender às determinações referentes ao cuidado nutricional dos


indivíduos enfermos. Neste caso, os serviços de alimentação e nutrição institucionais orientam-se
para a oferta de refeições nutricionalmente equilibradas e seguras do ponto de vista da qualidade
higiênico-sanitária e, adicionalmente, para a recuperação ou manutenção da saúde dos mesmos.

Conforme defende Isosaki et al., (2009), a padronização das dietas tem como objetivo manter um
atendimento nutricional seguro, eficiente e de qualidade ao paciente. Para isso, as dietas são
classificadas em três grupos, dietas de rotina, modificadas, especiais.

De igual modo, são várias as dietas, mas as dietas aqui sugeridas são as que são prescritas de
acordo as indicações do profissional de saúde que acompanha o doente, não necessitam de ser
complementadas por alimentos fornecidos por familiares ou outros, provenientes de fora do
hospital.

Quanto a metodologia usada para a consecução do trabalho, vale referir que se usou uma
pesquisa bibliográfica, isto é, o trabalho foi elaborado a partir de material já publicado que
abordam sobre o tema. Quanto a sua organização, o trabalho apresenta a seguinte estrutura: a
presente introdução, onde o grupo faz uma breve contextualização acerca do tema a ser discutido;
O desenvolvimento onde se apresentam pormenores acerca do tema em alusão, a conclusão e a
sua respectiva referência bibliográfica, onde consta a lista de todos os autores citados no corpo do
trabalho.

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1. Conceito de dieta hospitalar

Para Garcia (2006), a dieta hospitalar é importante para prover o aporte de nutrientes ao paciente
internado e assim preservar seu estado nutricional pelo seu papel co terapêutico em enfermidades
agudas e crônicas.

Segundo Dias, et al. (2009), as dietas hospitalares têm como principal objetivo oferecer uma
alimentação que atenda às necessidades fisiológicas decorrentes do estado físico, nutricional e
patológico, contribuindo, portanto, para manutenção e/ou recuperação da saúde do doente. A
dieta hospitalar deve garantir o aporte adequado de nutrientes ao paciente internado, preservando
seu estado nutricional, além de servir como fator terapêutico em diferentes situações clinicas.

Portanto, o conhecimento das características, indicações e, em especial, dos alimentos que devem
ser incluídos e excluídos das dietas é de fundamental importância para a assistência nutricional de
excelência. O cuidado nutricional deve compreender um conjunto demedidas voltadas a
promoção, recuperação e manutenção dasaúde, proporcionando satisfação sensorial e psicológica
dopaciente. Desta forma, o cuidado nutricional é incorporado aoprocesso de humanização dos
hospitais.

2. Classificação das dietas hospitalares

Segundo Garcia (2006), todos os hospitais possuem dietas básicas de rotina, elaboradas de
acordo com o padrão básico específico, como forma de facilitar o serviço das unidades de
alimentação e nutrição, sendo classificadas, de acordo com sua característica física, em dieta
normal (geral), branda, pastosa, semilíquida (leve) e líquida.

2.1. Dietas do 1º nível de prescrição


2.1.1. Dieta padrão geral e ligeira

Correspondem às dietas hospitalares que se destinam a: doentes que apresentam um diagnóstico


ou situação clínica que não requerem necessidades nutricionais e alimentares específicas (Dieta

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Geral) e doentes que apresentam uma situação clínica que requeira apenas alterações ao nível da
confeção e ligeiras adaptações ao nível da composição (Dieta Ligeira).

2.1.2. Dieta líquida

Segundo Machado e Simões (2008, p. 51), a dieta líquida é comumente indicada para favorecer a
hidratação e facilitar o trabalho digestório de pacientes com problemas no processo de
mastigação, em alguns pré e pós-operatórios e preparo de alguns exames. Esta dieta deve ser
prescrita por um breve período em função de sua inadequação em relação aos nutrientes. Quanto
as suas características envolvem uma consistência líquida ou alimentos que se liquefazem na
boca. Relativamente as restrições deve-se evitar todos os alimentos sólidos.

2.1.3. Dietas pastosa


Vale destacar que esse tipo de dieta pode ser chamada também de pastosa, que é uma dieta de
transição entre a dieta leve e a dieta branda. Indicada para indivíduos que apresentem dificuldade
para a mastigação e deglutição de alimentos. A dieta deve conter alimentos no grau máximo de
subdivisão e cocção, apresentando-se na consistência pastosa.

Quanto as suas características, Machado e Simões (2008, p. 51) afirma que esse tipo de dieta é
feita com alimentos bem cozidos, de fácil mastigação e deglutição, sem alteração de nutrientes.
Quanto as suas restrições – alimentos crus (exceto alguns com textura mais suave) e alimentos
fermentescíveis, doces concentrados, frituras, leguminosas (servir apenas o caldo), embutidos,
conservas, enlatados e condimentos fortes.

2.1.4. Dieta leve


Machado e Simões (2008, p. 51) afirma que a dieta leve é uma dieta de transição entre a dieta
branda e a dieta líquida. Tem por finalidade favorecer a digestão e o esvaziamento gástrico dos
alimentos, sendo utilizada em alguns pré e pós- operatórios preparo de exames e problemas de
deglutição ou mastigação.
Relativamente as suas características, esse tipo de dietapromove mínimo trabalho digestório. As
restrições envolvem alimentos crus (exceto alguns comtextura mais suave ex. pêra, banana prata

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e mamão), frituras,doces concentrados, alimentos fermentescíveis, leguminosas,enlatados,
conservas e arroz, conforme abaixo se apresenta:

Refeição Alimento Quantidade


Café da manha Leite c/café, ou achocolatado ou iogurte; 1 Copo
Mingau; 1 Copo
Lanche da noite Bolacha doce ou salgada ou torrada com 5 Unidades ou
enriquecedor; 2 Unidades
Fruta cozida ou macia, ou creme de fruta. 1 Unidade ou porção

2.2.Dietas do 2º nível de prescrição


2.2.1. Dietas Terapêuticas

É hiperenergética, restrita em energia, restrita em açúcares simples e gordura saturada,


hipoproteica, restrita em fibra dietética e resíduos, restrita em sal, isenta de lactose, isenta de
glúten, restrita em potássio, restrita em fósforo e baixo teor microbiano. Geralmente, constituem
dietas ajustadas a doentes que apresentam um diagnóstico ou situação clínica que requer
necessidades nutricionais específicas, nomeadamente restrições de macro e micronutrientes.

2.2.2. Principais Características e indicações das Dietas Terapêuticas

Dietas Terapêuticas Características Indicações Principais


Dieta com restrição de hidratos Destina-se a doentes que
Restrita em açúcares simples e de carbono de absorção rápida e apresentem Diabetes,
gordura saturada gordura saturada. Hiperglicemia associada à
Corticoterapia, Obesidade ou
Dislipidemia.
Dieta com restrição de proteína. Destina-se a doentes que
Hipoproteica apresentem insuficiência renal
sem necessidade de diálise.
Dieta com restrição de sódio e Destina-se ao controlo de
sem adição de sal. edemas e hipertensão e a doentes
Restrita em sal que apresentem falência hepática
ou renal, insuficiência cardíaca
congestiva ou que utilizem
adrenocorticóides.

Isenta de lactose Dieta com reduzida ingestão de Destina-se a doentes com


lactose. intolerância à lactose.
Fonte:

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Das dietas acima apresentadas, no momento da sua prescrição, deverão ser consideradas as
alergias, intolerâncias e aversões alimentares, assim como os costumes étnicos e religiosos do
doente, registados no momento da admissão. Se nenhuma das dietas acima apresentadas satisfizer
as necessidades do doente, elabora-se uma dieta personalizada, mediante a intervenção do
Nutricionista do Serviço de Nutrição.

Conclusão

A redução da ingestão alimentar é frequentemente relatada entre os pacientes hospitalizados, fato


esse que pode estar relacionado à doença, a mudanças de hábitos alimentares e à insatisfação com
as preparações oferecidas. Assim, apos as principais considerações acima apresentadas constatou-
se que nos hospitais é importante o fornecimento de uma alimentação adequada nos pacientes de
modo a proporciona-los simultaneamente uma oportunidade para os doentes adotarem hábitos
alimentares saudáveis, particularmente no caso de doentes com patologias crónicas associadas à
alimentação.

Efectivamente, importa reiterar que uma ma prescrição de dieta a esses pacientes poderá resultar
a factores como a desnutrição hospitalar, e por essa razão, chama-se atenção a toda a comunidade
académica a questão da uniformização das dietas hospitalares com o objectivo de uniformizar e
padronizar as várias dietas, adaptadas às necessidades nutricionais dos doentes, bem como de
informar e melhorar a comunicação entre toda a equipa técnica envolvida nos cuidados de saúde
dos doentes e os serviços de fornecimento alimentar, relativamente à nomenclatura, às indicações
e às características principais de cada dieta padronizada.

A terminar, vale referir que quando se trata de um paciente enfermo e que a sua alimentação
precisa de uma dieta controlada, é imperioso que o acompanhamento seja feito por um
profissional de saúde, e que consequentemente, não deve ser permitida a entrada de alimentos
vindos do exterior a não ser que estes sejam permitidos em situações excecionais com a respetiva
autorização da equipa de saúde responsável pelo tratamento do doente.

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