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Sofrimento Infantil e Psicopatologia e

infância – Transtornos do
Neurodesenvolvimento
Prof. Francisco Francinete Leite Junior
Criança Sofre?
Sofrimento
Infantil O que caracteriza o
sofrimento Infantil ?
• Percepções sobre o Sofrimento
Infantil ( p.377 e 378 – Artigo: A
CRIANÇA PORTADORA DE
SOFRIMENTO PSÍQUICO
Para pensar ENQUANTO SUJEITO DE PESQUISA
um pouco.... DO SEU PROCESSO DE ADOECER)
Luto na infância e as suas
consequências no
desenvolvimento psicológico
(Fernanda Lucena Louzette e Ana
Lúcia Gatti)
A morte como perda nos fala em primeiro lugar de um vínculo
que se rompe, de forma irreversível, sobretudo quando ocorre
perda real e concreta. Nesta representação de morte estão
envolvidas duas pessoas: uma que é ‘perdida’ e a outra que
lamenta esta falta, um pedaço de si que se foi. O outro é em
parte internalizado nas memórias e lembranças. A morte como
perda evoca sentimentos fortes, pode ser então chamada de
‘morte sentimento’ e é vivida por todos nós. É impossível um ser
humano que nunca tenha vivido uma perda. Ela é vivida
conscientemente, por isso é, muitas vezes, mais temida do que a
própria morte. Como esta ultima não pode ser vivida
concretamente, a única morte é a perda, quer concreta, quer
simbólica.
(Maria Júlia Kovács)
• Na definição de Mazorra (2001,
p. 1), “[...] o luto é o processo de
reconstrução, de reorganização,
diante da morte, desafio
emocional e cognitivo com o
qual o sujeito tem de lidar”, ou
seja, processos mentais que
ocorrem após essa experiência
com que o sujeito tem que lidar.
Tanto o adulto como a criança têm o desejo de reunir-se com o falecido. No entanto,
constatando-se que a criança, especialmente com menos de 6 anos de idade, tem maior
dificuldade que o adulto de compreender e de aceitar a irreversibilidade da morte, esta
fantasia pode ser vivida pela criança não somente como um desejo, do qual se tem consciência
que não se pode realizar, mas como uma possibilidade, afirma Luciana Mazorra, 2001.

Enfrentar a morte de alguém que você ama é um processo difícil em qualquer idade,
principalmente quando ainda não se possuem recursos internos para superar esse momento.
Segundo Raimbault (1979), quanto mais jovem é a criança, os efeito que essa morte acarretará
serão maiores.

Os sentimentos da duração da unidade subjetivos do tempo não são os mesmos na criança e


no adulto. Quando o luto acontece, não é só a pessoa que morre que é perdida, mas todo o
universo interno da pessoa identificada fica destruído (Simon, 1986, p. 82).

Principalmente se a perda de um dos pais acontecer em um momento em que a criança


depende, para a construção de sua identidade, de modelos para a constituição de sua
personalidade.
Entre os fatores que influenciam o luto dos adolescentes e crianças,
destacam-se o conhecimento que eles têm das causas e circunstâncias
da perda, especialmente o que lhes é dito sobre a perda e as
oportunidades que têm de compartilhá-la, os padrões de
relacionamento familiar anterior e a mudança desses padrões e
reestruturações do sistema familiar em consequência da perda, nos
casos em que o objeto da perda é um dos pais (Bowlby, 1993).
A forma pela qual a criança agirá diante da morte é particular de cada
uma. A duração e a intensidade dos sentimentos dependerá tanto de
sua personalidade quanto de seu vínculo afetivo com a pessoa falecida.

Não falar da dor não significa não a sentir, e muitas vezes as crianças
podem estar sofrendo e não lidando com a perda de modo saudável.
Para que isso ocorra é necessário que a criança vivencie os sentimentos
do luto. Elas devem ser encorajadas a falar sobre o que estão sentindo,
para conseguir elaborá-lo, impedindo que o luto mantenha-se
indefinidamente (Mazorra, 2001).
Cartilhas
PSICOPATOLOGIA E INFÂNCIA
• Aspectos que devemos considerar:
1. Prevalência
2. Diferenças em virtude da idade ( Marcos de
Desenvolvimento
3. Status socioeconômico
4. Diferenças em virtude do Gênero
5. Raça e Cultura
6. Comorbidade
• Um dos maiores desafios é estabelecer
um limite válido e apropriado entre o
que constitui um funcionamento
normal versus um anormal.
PATOLOGIA/
NORMALIDA • Os transtornos infantis foram
DE considerados, normalmente, como
desvios que implicam uma diminuição
do funcionamento adaptativo, um
desvio estatístico, mal-estar ou
incapacidade e/ou deteriorização
biológica.
Transtornos do Neurodesenvolvimento
• Os transtornos do neurodesenvolvimento são um grupo de condições
com início no período do desenvolvimento.
• Os transtornos tipicamente se manifestam cedo no desenvolvimento,
em geral antes de a criança ingressar na escola, sendo caracterizados
por déficits no desenvolvimento que acarretam prejuízos no
funcionamento pessoal, social, acadêmico ou profissional.
• Os déficits de desenvolvimento variam desde limitações muito
específicas na aprendizagem ou no controle de funções executivas
até prejuízos globais em habilidades sociais ou inteligência.
• É frequente a ocorrência de mais de um transtorno do
neurodesenvolvimento ( Comorbidade)
1. A deficiência intelectual (transtorno do desenvolvimento intelectual)
• O atraso global do desenvolvimento
2. Os transtornos da comunicação incluem:
• O transtorno da linguagem,
• o transtorno da fala,
• o transtorno da comunicação social (pragmática)
• o transtorno da fluência com início na infância (gagueira).
3. O Transtorno do espectro autista (TEA)
4. O Transtorno Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
5. O transtorno específico da aprendizagem
6. Os Transtornos Motores do neurodesenvolvimento incluem:
• O transtorno do desenvolvimento da coordenação,
• o transtorno do movimento estereotipado
• os transtornos de tique
7. Outro Transtorno do Neurodesenvolvimento Especificado
8. Transtorno do Neurodesenvolvimento Não Especificado

Atentar para os transtornos que estão fora deste Bloco, como:


Transtornos Depressivos, Transtornos de Ansiedade, Psicose na
Infância, etc.

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