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DOENÇAS RESPIRATÓRIAS
(parte 1)
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Fisiopatologia(Princípios e objetivos)
Fisiologia de um estado de saúde alterado
Mudanças funcionais que acompanham lesões, síndromes ou doenças
Baseada no conhecimento da fisiologia humana
Impacto das doenças na função pulmonar
Correlação de exames e patologias
Rotinas de avaliação na função pulmonar
Espirometria
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CLASSIFICAÇÃO
1)DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA
Fisiopatologia → ↑ da Resistência das VA (lei de Poiseulle)
Locais de obstrução:
Na luz da via área: secreção, corpo estranho
Nas vias aéreas: edema, broncoespasmo, hipertrofia das glândulas mucosas
Fora das vias aéreas: perda de elasticidade, compressão extrínseca(tumor)
Fase da ventilação acometida → Expiração > Inspiração
Parâmetros: VEF1 e VEF1/CVF(índice de Tiffeneau)
Alteração → Taxa de fluxo
EX: DPOC, Asma, Bronquite crônica, bronquiectasias
Reversibilidade da obstrução: parcial
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CLASSIFICAÇÃO
1)DOENÇA PULMONAR RESTRITIVA
ASPECTOS FISIOPATOLÓGICOS
• ↓Complacência pulmonar → Doenças do parênquima
pulmonar
• ↓ Complacência da caixa torácica → Doenças da caixa
torácica
• Alterações da pressão pleural → Doenças da pleura
• Alteração neuromuscular → Doenças neuromusculares
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DPOC
Doença com limitação ao fluxo aéreo lentamente progressiva e que não é
totalmente reversível. Na maioria das vezes, determinada pela inalação da fumaça do
cigarro.
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DPOC - ETIOLOGIA
Tabagismo ativo e passivo ( a exposição ao fumo do tabaco contribui com
uma estimativa de 80 a 90% dos casos de DPOC)
Exposição ambiental(Poluição do ar e poeira)
Anormalidade genética Deficiência de α-1 antitripsina
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DPOC - FISIOPATOLOGIA
Agentes irritantes
(fumaça do cigarro)
Resposta inflamatória(recrutamento de neutrófilos
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DPOC – FISIOPATOLOGIA
(eventos)
Poluentes → Inflamação crônica → Hiperatividade das células
produtoras de muco → excesso de secreção → Hiperinsuflação +
Atelectasia por absorção
↓ da função ciliar + alteração reológica do muco → ↑obstrução
Mucosa danificada e inflamada → ↑sensibilidade dos receptores
irritantes → hiperreatividade brônquica
Destruição pulmomar → perda de elastância → air-trapping
Destruição da membrana alvéolo-capilar → hipoxemia/hipercapnia →
vasoconstrição reflexa → ↑ resistência vascular → Hipertrofia de VD(Cor
pulmonale)
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DPOC - FISIOPATOLOGIA
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DPOC – ACHADOS
DIAGNÓSTICOS
Provas de função pulmonar
Espirometria: Avalia a obstrução ao fluxo de ar (VEF1 – Volume expiratório forçado no
primeiro segundo e a relação VEF1/CVF)
GRAVIDADE DO DPOC
Estágio 1(Leve): VEF1 >80% do valor previsto
Estágio 2 (Moderado): VEF1 50% a 79% do valor previsto
Estágio 3 (Grave): VEF1 30% a 49% do valor previsto
Estágio 4 (Muito Grave): VEF1 < 30% do valor previsto
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DESCOMPENSAÇÃO DO DPOC
Infecções viróticas pulmonares ou bacterianas(Ex:pneumonias)
Fadiga dos músculos respiratórios
Obstrução das VAS(hipersecreção, edema de mucosa ou broncoespasmo)
Depressão do SNC
Pneumotórax
Tromboembolismo pulmonar
Insuficiência Ventricular Direita(cor pulmonale)
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DPOC – QUADRO CLÍNICO
Tosse crônica, expectoração e dispnéia
Tórax em tonel(aumento do diâmetro AP), hipertimpanismo, Ausculta rude(sibilos)
Hipertrofia de músculos acessórios, cianose, baqueteamento digital
Gasometria: Hipoxemia(inicial), Hipercapnia(crônico)
Perda de peso
Aumento do trabalho ventilatório
Hipocinesia do diafragma
Hiperinsuflação pulmonar
Limitação ao fluxo aéreo pela perda
de tração radial e do recolhimento elástico
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DPOC – CARACTERÍSTICAS
RADIOLÓGICAS
Hipertransparência
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DPOC - ENFISEMA
Caracteriza-se pelo aumento dos espaços aéreos distais com destruição de suas
paredes
Patologia: Perda de paredes alveolares, destruição de partes do leito caapilar,
pequenas vias aéreas estreitadas, tortuosas e reduzidas em número, perda de
maiores vias aéreas
TIPOS DE ENFISEMA PULMONAR
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DPOC - ENFISEMA
2)Centroacinar: Destruição limitada à parte central
de lobos pulmonares(inicia nos ápices podendo
progredir para todo o pulmão). No enfisema
centroacinoso, a destruição é limitada aos
bronquíolos terminais e respiratórios (BT e BR)
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ENFISEMA – APRESENTAÇÃO
CLÍNICA(SOPRADOR ROSADO)
Homem com idade aproximada de 50anos Falta de ar cada vez maior
nos últimos 3 a 4 anos
Tosse pode estar ausente ou produtiva com expectoração branca
Tórax hiperdistendido com sons respiratórios diminuídos ou ausentes
Rx com hiperinsuflação, diafragma baixos achatados, mediastino estreito
com transparência retroesternal maior, estreitamento dos vasos
pulmonares periféricos
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BRONQUITE CRÔNICA
É uma doença da árvore brônquica com excessiva produção de muco, suficiente para
causar a expectoração excessiva de catarro
PATOLOGIA:
Hipertrofia e hiperplasia das glândulas mucosas bronquiais(secretoras)
Inflamação crônica nas pequenas vias aéreas
Infiltrado celular
Vias aéreas estreitadas, edema de paredes
Início nas pequenas VA, progredindo para brônquios de maior calibre
ÍNDICE DE REID: Quociente entre a espessura das glândulas submucosas e a
espessura da parede brônquica desde a cartilagem até a luz da via aérea(mede a
hiperplasia)
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BRONQUITE CRÔNICA
(INCHADOR AZUL)
Homem – 50anos
Tosse crônica com expectoração de vários anos
Expectoração purulenta
Fumante de anos
Falta de ar com esforço com piora gradual
Limita-se ao exercício gradativamente
Cianótico
Ausculta pulmonar → Estertores e roncos
Pode haver retenção líquida com pressão jugular aumentada, edema de tornozelo
Rx com algum aumento da área cardíaca, campos pulmonares congestionados
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DIAGNÓSTICO
DPOC
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DIAGNÓSTICO
DPOC
DPOC – MRC
AVALIAÇÃO DA DISPNEIA
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DIAGNÓSTICO
DPOC
DPOC – CAT
AVALIAÇÃO DO IMPACTO NA QUALIDADE
DE VIDA
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DPOC
TRATAMENTO
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DPOC - VNI
Estudos demonstram que a VNI tem alta eficiência na prevenção da intubação e na
redução do risco de mortalidade de DPOC’s e infecções nosocomiais.
Quando intubar?
Contra indicação ou falha da VNI (25% dos casos)
Na intubação utilizar TOT > 8mm, para reduzir a Raw e auxiliar na remoção de
secreções
GOLIGHER, E. C.; FERGUSON, N. D.; BROCHARD, L. J. Clinical challenges in mechanical ventilation. The Lancet, v. 387, p. 1856-1866, 2016.
BARBAS, C. S. V.; ISOLA, A. M.; FARIAS, A. M. C. Diretrizes brasileiras de ventilação mecânica. 2013. Associação de Medicina Intensiva Brasileira e Sociedade Brasileira de Pneumologia e
Tisiologia, p. 1-140, 2013
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ASMA
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
Doença inflamatória crônica das vias aéreas caracterizada por hiperreatividade
brônquica, edema de mucosa, hipersecreção e broncoespasmo
Obstrução ao fluxo aéreo reversível com ou sem uso de medicamentos.
Manifesta-se clinicamente por episódios recorrentes de sibilância, aperto no peito,
dispnéia e tosse(particularmente a noite e pela manhã ao despertar)
Processo inflamatório crônico com períodos de agudização
Resulta da interação entre genética, exposição
ambiental a alérgenos e irritantes
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ASMA
EPIDEMIOLOGIA
Prevalência: A asma acontece em todas as idades, raças, sexos e classes sociais em todos os países
do mundo somando um total de 300 milhões de pessoas
Idade:
Infância: 8 a 10% da população; Adulto / Jovem: 8 a 6%; Melhor idade: 7 a 9%
Raça: Hospitalização em negros 240% > brancos
Sexo:
Sexo Masc. 3:2 ou 2:1 dos 50% das crianças < 10 anos
Sexo Fem. 25% > 40 anos
Classe Social: inferiores tem > nº de casos e de mortes.
DATASUS:
O Brasil é o 8º país em prevalência de asma no mundo
10% da população brasileira tem asma:
¼ forma moderada / grave
Maioria: leve / moderada
400.000 internações / ano por asma ( 3ª causa de hospitalização no Brasil )
Incontáveis atendimentos ambulatoriais e de emergência
.
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ASMA - ETIOLOGIA
Fatores hereditários
Alérgenos domiciliares, pólem e irritantes
Ácaros, pêlos de cães e gatos, alérgenos de barata e os fungos ( mofo )
encontrados em travesseiros, colchões ( 2 mihões de ácaros ), cobertores, cortinas,
carpetes, pelúcia, poeira.
Fumaça de cigarro ( irritante )
Queima de madeira para aquecimento de lareiras
Odores fortes ( perfumes, produtos de limpeza, frituras, tinturas)
Infecções de vias aéreas ( Rinovírus )
Mudanças climáticas e poluição
Exercício físico
Refluxo gastro-esofágico
Certas medicações e alimentos
Emocionais: ansiedade e stress
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ASMA - FISIOPATOLOGIA
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ASMA - FISIOPATOLOGIA
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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
ASMA x DPOC
ASMA DPOC
• Manifestação inicial • Manifestação inicial
geralmente precoce geralmente tardia
• Associada a outras • Espectro do enfisema e
manifestações alérgicas bronquite crônica
• Testes cutâneos positivos • Associada a tabagismo
• Sintomas desaparecem • Testes cutâneos negativos
fora da crise • Sintomas permanecem fora
• Pode evoluir para DPOC das crises
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TIPOS DE ASMA
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ASMA - CLASSIFICAÇÃO
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TABAGISMO E ASMA
Tabagismo materno
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QUADRO CLÍNICO DA ASMA
Dispneia
Tosse
Sibilância
Hiperinsuflação pulmonar
Diminuição da expansibilidade
Taquipneia
Tiragens
Hipersonoridade a percussão
Diminuição do murmúrio vesicular
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QUADRO CLÍNICO DA ASMA
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DIAGNÓSTICO DA ASMA
Investigação Inicial
Condições da moradia / trabalho
Impacto da doença
História familiar
Tratamentos anteriores
História Clínica
Padrão de Sintomas
Contínuos, episódicos ou exacerbações freqüentes
Instalação, duração e freqüência dos sintomas
Variação circadiana dia-noite
Exame Físico
Avaliação Funcional
Espirometria
Peak Flow
Gasometria – insuficiência respiratória
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DIAGNÓSTICO DA ASMA
Teste Broncoprovocação;
Raio X de Tórax e Seios da Face;
Hemograma;
Testes Cutâneos e Antígenos;
Dosagem de IgE;
Citologia de Escarro para Eosinófilo.
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TRATAMENTO DA ASMA
AMBULATORIAL
Manter o controle da asma
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TRATAMENTO DA ASMA –
EDUCAÇÃO E SAÚDE
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FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DA
ASMA
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BRONQUIECTASIA
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BRONQUIECTASIA - Localização
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BRONQUIECTASIA –
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Tosse crônica, expectoração abundante, purulenta e fétida
Múltiplas infecções, surtos febris e hemoptise
Nas obstruções graves, há possibilidade de haver cianose central
causada por hipoxemia gerada pela obstrução brônquica
Dispnéia, fadiga e perda ponderal
Ausculta pulmonar compatível com a presença de secreção: Estertores
bolhosos, roncos e/ou sibilos podendo ser difusa ou não
Expansibilidade torácica diminuída com retração da parede torácica
Hipocratismo digital (casos mais avançados)
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BRONQUIECTASIA – CORRELAÇÕES
RADIOLÓGICAS
Há uma acentuação da trama vascular na área do doença com densidade pneumônica
associadas onde observam-se imagens lineares paralelas ou circulares em anel. Em
alguns casos, é possível acompanhar um brônquio dilatado com paredes espessadas
até a periferia. Em geral, há diminuição do volume do lobo ou segmento, associado com
inflamação crônica a qual produz fibrose e atelectasia.
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FIBROSE PULMONAR
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FIBROSE PULMONAR -
FISIOPATOLOGIA
FIBROSE
PULMONAR
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FIBROSE PULMONAR – QUADRO
CLÍNICO
Acomete homens/mulheres(igual proporção), raça branca, faixa
etária(50-60 anos)
Apresentação insidiosa, normalmente com mais de 06 meses antes do
diagnóstico , com dispnéia progressiva e tosse seca
Presença de estertores crepitantes em bases
Baqueteamento/hipocratismo digital
Taquipnéia
Hipoxemia/hipercapnia/cianose
Sinais de hipertensão pulmonar
O óbito ocorre cerca de 05 anos após o início dos sintomas e 02 anos
após o diagnóstico
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FIBROSE PULMONAR – RX
Infiltrado reticular difuso com predomínio nas bases pulmonares, imagem em “trilhos de
trem”, linhas septais de Kerley, áreas de atelectasias/hipotransparentes
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