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Cap 01 PDF
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Exame clínico
ANAMNESE
Na anamnese são pesquisados os sintomas por meio do relato livre e
espontâneo do paciente, podendo-se orientá-lo a manter a cronologia
dos fatos durante a descrição.
É fundamental criar um clima de tranquilidade, de modo que o
paciente se sinta à vontade para relatar da maneira mais fiel possível
sua queixa e seus sintomas. Em princípio, a narração não deve ser
interrompida, pois muitas vezes a sequência ou a livre associação
de ideias é importante para a elaboração do diagnóstico,
principalmente no que diz respeito à avaliação de aspectos
emocionais.
LEMBRETE
Deve-se levar em conta a personalidade e o nível intelectual e cultural
do paciente para promover uma interação empática, procurando Os dados obtidos durante a
estabelecer confiança mútua e demonstrando sincero interesse em anamnese devem ser anotados em
prontuário apropriado. Após a
seus problemas. Também se deve considerar que o paciente vem
exposição, o clínico pode intervir
apreensivo e angustiado à procura de alguém que o ampare, o com a finalidade de complementar
compreenda e o livre dos sintomas que o incomodam. certos detalhes, se necessário.
• identificação do paciente;
• queixa principal/duração;
• história da doença atual;
• antecedentes hereditários;
• situação familiar;
• antecedentes mórbidos pessoais;
• hábitos e vícios.
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
QUEIXA PRINCIPAL/DURAÇÃO
ANTECEDENTES HEREDITÁRIOS
SITUAÇÃO FAMILIAR
HÁBITOS E VÍCIOS
saliva, como ocorre com a saliva viscosa causada pelo uso de maconha
e a xerostomia provocada por certos medicamentos.
De maneira geral, em razão do tipo de comportamento, os aditos
podem ter alteradas as suas funções básicas, como alimentação, sono,
entre outras, provocando queda de resistência. Além disso, as drogas
injetáveis podem ser veículo de transmissão de doenças como a aids.
EXAME FÍSICO
Urgência Qualquer que seja o motivo da consulta, o exame físico deve ser
completo e feito ordenadamente após a anamnese. Exceção se faz
Situação em que o paciente deve aos casos de urgência, em que se deve ter o bom senso de realizar
ser atendido com a maior rapidez, uma anamnese sucinta e um exame físico dirigido ao distúrbio que
ou seja, no mais curto espaço
ocasionou a urgência ou emergência.
de tempo possível, pois existe
algo de gravidade variável O exame físico deve cobrir todas as regiões anatômicas em busca
que está por acontecer. de alterações clínicas compatíveis, em princípio, com a queixa do
paciente. Os sinais são obtidos fundamentalmente por meio dos
órgãos dos sentidos do examinador, direta ou indiretamente, sendo
necessário conhecer as estruturas normais como parâmetro em
relação às alterações apresentadas.
Emergência Como foi visto, o exame clínico é didaticamente dividido em duas
partes: anamnese e exame físico. É difícil, e muitas vezes impossível,
Situação em que o paciente deve obedecer a essa divisão, principalmente nessa ordem, pois, ao entrar
ser atendido no ato, pois algo de no consultório, alguns dados clínicos já podem ser observados.
grave já está acontecendo.
Frequentemente, ao iniciar o exame clínico, o paciente aponta uma
lesão que é forçosamente evidenciada. Todavia, deve-se, mesmo
assim, efetuar um exame completo e sequencial, independentemente
de já se ter percebido uma lesão em determinada área. Não é
improvável haver outras lesões não percebidas pelo paciente, às vezes
até com maior gravidade do que a apontada. Para tanto, devem-se
examinar todas as estruturas utilizando as manobras de semiotécnica
por meio dos sentidos inspeção (visão), palpação, auscultação e olfato.
REQUISIÇÃO CLÍNICA
(PREPARO DO EXAMINADOR)
MANOBRAS DE SEMIOTÉCNICA
Os linfonodos são uma barreira de defesa; por isso, passam por eles
microrganismos e células tumorais, podendo provocar linfadenopatia
infecciosa ou tumoral, respectivamente. Normalmente, um nódulo
linfático saudável não é palpável; mede cerca de 0,5 cm de diâmetro
e é flácido.
As principais cadeias linfáticas que drenam a boca são:
• submandibular;
• mentoniana;
• bucinatória;
• pré-auricular;
• pós-auricular;
• cervical
§§ anterior
§§ posterior
§§ transversa.
QUADRO 1.1 – D
IFERENÇAS ENTRE LINFONODO
INFLAMATÓRIO E TUMORAL
Linfonodo inflamatório Linfonodo tumoral
Dolorido Indolor
Pouco consistente Consistente
Fugaz Fixo
Liso Superfície irregular
E) Ossos
Os ossos maxilomandibulares, assim como os outros ossos da face,
devem ser palpados à procura de aumentos, depressões e assimetrias
de modo geral. Ao mesmo tempo que se inspecionam e se palpam os
ossos, também se palpam os músculos estática e dinamicamente,
solicitando que o paciente realize movimentos.
É muito comum confundir hipertrofia do músculo masseter com outras
alterações, como parotidite epidêmica (caxumba). Para diferenciá-las,
solicita-se que o paciente, em oclusão, force ainda mais a compressão
das arcadas dentárias, quando se observa pela inspeção e se confirma
pela palpação bilateral o aumento do tônus muscular do masseter uni
ou bilateralmente.
F) Inervação
Palpando-se uni ou bidigitalmente, desde a emergência até
o longo dos nervos motores e sensitivos da face, pode-se avaliar
a sensibilidade dolorosa ao toque.
Em casos de nevralgia do nervo trigêmeo, classicamente a dor se
intensifica quando pressionamos a região do forame infraorbitário –
também chamada ponto-gatilho (trigger point). Isso desencadeia
dor na hemiface desse mesmo lado.
Pode-se ainda testar a condução nervosa mediante a estimulação por
choques elétricos de baixa amperagem, observando-se a contratura
muscular decorrente.