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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Debate filosófico entre o Cepticismo e o Dogmatismo em torno do conhecimento

CURSO: Português

Disciplina: Introdução a Filosofia

2o Ano

Docente: dr. Adelino Cláudio

Quelimane, Março, 2021


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Debate filosófico entre o Cepticismo e o Dogmatismo em torno do conhecimento

CURSO: Português

Disciplina: Introdução a Filosofia

2o Ano

Docente: dr. Adelino Cláudio

Quelimane, Março, 2021


Índice

Introdução...................................................................................................................................4

1.0. Debate filosófico entre o Cepticismo e o Dogmatismo em torno do conhecimento...........5

1.1. O cepticismo........................................................................................................................5

1.1.1. Origem etimológica..........................................................................................................5

1.1.2. Divisão do cepticismo.......................................................................................................6

1.1.3. As formas do cepticismo...................................................................................................8

1.4. Crítica do cepticismo...........................................................................................................8

1.2. O dogmatismo......................................................................................................................9

1.2.1. Origem etimológica..........................................................................................................9

1.2.2. O dogmatismo (concepção religiosa)................................................................................9

1.2.3. Outras formas de definir o dogmatismo..........................................................................10

1.3. Cepticismo e Dogmatismo.................................................................................................11

Conclusão..................................................................................................................................13

Bibliografia...............................................................................................................................14
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Introdução

A discussão relativa a possibilidade de conhecimento é de extremo interesse, e perante esta


situação nos deparamos com duas teorias que falam da possibilidade de conhecimento, que o
caso do Cepticismo e o dogmatismo. Estas teorias divergem no sentido geral de percepção em
relação a possibilidade de conhecimento, e sendo consideradas opostas uma da outra, uma das
discussões em torno do problema do conhecimento diz respeito à possibilidade ou não de o
espírito humano atingir a certeza. O trabalho em destaque, tem como foco no Debate
filosófico entre o Cepticismo e o Dogmatismo em torno do conhecimento, este que é o assunto
geral a se concretizar, e que por objectivo principal é identificar a essência de cada teoria,
porque ambas as teorias relatam o conhecimento e sabendo a essência de cada uma delas,
saberemos as suas controvérsias em termos ideias mediante a possibilidade de conhecimento.
Portanto, na elaboração do trabalho baseou-se no método de pesquisa bibliográfico, e o
trabalho compõe-se de: Capa, Contra-capa, Introdução, Desenvolvimento, Conclusão e
Bibliografia.
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1.0. Debate filosófico entre o Cepticismo e o Dogmatismo em torno do conhecimento

O debate filosófico reside numa concepção teoria relativa a disparidade de duas ou mais
teorias filosóficas, que defendem ideias controversas. Partindo de bases concretas de alguns
filósofos defensores das teorias divergentes, poderá originar-se o debate e se chegar há uma
conclusão que possa ser satisfatória para ambas as teorias. Entretanto, tem-se o debate
filosófico entre o Cepticismo e o Dogmatismo:

1.1. O cepticismo

1.1.1. Origem etimológica

A palavra cepticismo vem do grego, sképtikós, que significa: olhar à distancia, examinar,
observar, que considera. O céptico tanto observa e tanto considera que conclui, nos casos mais
radicais, pela impossibilidade do conhecimento, e nas tendências moderadas, pela suspensão
provisoria de qualquer juízo.

Pirro de Elis (360-275 a.C.) é considerado o fundador do ceticismo. Segundo ele, não
podemos ter posições definitivas sobre determinado assunto, pois mesmo pessoas muito
sábias podem ter posições absolutamente opostas sobre um mesmo tema e ótimos argumentos
para fundamentar suas posições. Nesse caso, Pirro nos aconselha a suspensão do juízo e a
mantermos nossa mente tranquila (ataraxia). Ao invés de enfrentarmos o desgaste de
acalorados debates que não produzirão certeza alguma, devemos manter silêncio (apraxia) e
preservar uma atitude de suspeita diante de qualquer tipo de dogmatismo. Concepção segundo
a qual o conhecimento do real é impossível à razão humana. Portanto, o homem deve
renunciar à certeza, suspender seu juízo sobre as coisas e submeter toda afirmação a uma
dúvida constante. Oposto a dogmatismo. Ter relativismo.

Numa perspectiva histórica comprimida, o ceticismo surge na filosofia grega com Pirro de
Elis. Há, no entanto, várias vertentes no ceticismo clássico. Sexto Empírico, seu principal
sistematizador, defendem a posição da Nova Academia, segundo a qual se a certeza é
impossível renunciar às tentativas de conhecimento do ceticismo pirrônico, o qual embora
reconhecesse a impossibilidade da certeza, achava necessário continuar buscando.

Depois de Pirro, muitos outros filósofos tornaram o ceticismo uma das mais importantes
correntes filosóficas até os dias de hoje. Atualmente, alguns céticos defendem o probabilismo
ou falibilíssimo, ou seja, na impossibilidade de encontrarmos verdades absolutas, seja pelas
limitações de nossos sentidos e intelecto, seja pela complexidade da realidade, devemos tratar
nossas crenças sempre como provisórias, como quem anda em gelo fino.
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Para Pirro de Elida, o ceticismo é um procedimento intelectual de dúvida, onde o espírito não
pode atingir nenhuma certeza a respeito da verdade, ou seja, não dá para saber o que é certo e
o que é errado. A teoria cética do modelo de interpretação traz como um ato de vontade e de
escolha decorrente da análise do texto legal. Para a teoria cética não existe sentido próprio nas
palavras todo significado decorre da atividade do interprete e não do eminente legislador.
(https://jus.com.br/artigos/77825/relacao-entre-cognitivismo-e-ceticismo-e-seus-limites-no-
ordenamento-juridico-contemporaneo)

Ou seja, o cepticismo filosófico é procurar saber, não se contentando com a ignorância


fornecida atualmente pelos meios públicos, por meio da dúvida. Opõem-se ao dogmatismo,
em que é possível conhecer a verdade.

Na visão de ROSA (p.76), o cepticismo é a doutrina que afirma que não se pode obter
nenhuma certeza a respeito da verdade, o que implica numa condição intelectual de duvida
permanente e na admissão da incapacidade de compreensão de fenómenos metafísicos,
religiosos ou mesmo da realidade.

Pode-se considerar que o ceticismo inspira em grande parte a atitude crítica e questionadora
da filosofia contemporânea. Por exemplo, as questões da relatividade do conhecimento e dos
limites da razão e da ciência, que a epistemologia contemporânea trata, têm raízes no
cepticismo clássico e no moderno.

1.1.2. Divisão do cepticismo

o cepticismo tem se divido em duas correntes:

O cepticismo filosófico

O cepticismo filosófico, defende que uma postura filosófica em que pessoas escolhem
examinar de forma critica se o conhecimento e percepção que possuem são realmente
verdadeiras, e se alguém pode ou não dizer se possui o conhecimento absolutamente
verdadeiro.

O ceticismo filosófico de Pirro teve origem no helenismo e se expandiu como a “Nova


Academia”. No século XVIII essa ideia seria em parte recuperada pelos
filósofos Montaigne e David Hume.

O cepticismo filosófico é exatamente esse que começa com a escola de Pirro e que se
expandiu pela chamada “Nova Academia” que ampliou as perspectivas teóricas, refutando
verdades absolutas e mentiras. Seus seguidores alegavam a impossibilidade de alcançar o total
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conhecimento e adotaram métodos empíricos para afirmar seus conhecimentos. Assim, o


Ceticismo Filosófico se dedicou a examinar criticamente o conhecimento e a percepção sobre
a verdade (https://www.infoescola.com/filosofia/ceticismo/).

O cepticismo cientifico

O cepticismo cientifico, defende que uma postura cientifica e pratica, em que alguém
questiona a veracidade de um alegacão, e procura prová-la ou desaprová-la usando o método
cientifico.

O termo ceticismo científico foi cunhado por Carl Sagan em suas obras Contato, de 1985 e


depois em Bilhões e Bilhões, de 1997.

O ceticismo científico difere do ceticismo filosófico, que questiona nossa capacidade de obter
qualquer conhecimento sobre a natureza do mundo e como esta é percebida. Já o ceticismo
metodológico é um processo sistemático de manutenção de uma postura cética, ou de dúvida,
sobre a veracidade de alguma ideia é um conceito semelhante, mas também distinto do
ceticismo científico.

O ceticismo científico engloba também o empiricismo e, por isso, as ciências


sociais consideram que tende para um extremo positivista no espectro da disputa do
positivismo; no entanto, tal crítica normalmente ignora a definição precisa de positivismo.

O ceticismo científico tem relação com ceticismo filosófico, mas eles não são idênticos.
Muitos cientistas e doutores que são céticos quanto às demonstrações paranormais não são
adeptos do ceticismo filosófico clássico. Quando críticos de controvérsias científicas ou para
normalidades são ditos céticos, isto se refere apenas à postura cética científica adotada
(https://www.coladaweb.com/filosofia/ceticismo).

O termo cético é usado atualmente para se referir a uma pessoa que tem uma posição
crítica em determinada situação, geralmente por empregar princípios do pensamento crítico e
métodos científicos (ou seja, ceticismo científico) para verificar a validade de ideias. Os
céticos veem a evidência empírica como importante, já que ela provê provavelmente o melhor
modo de se determinar a validade de uma ideia
(https://www.coladaweb.com/filosofia/ceticismo).

Geralmente, podemos afirmar que o ceticismo:

 Defende que a felicidade consiste em não julgar coisa alguma;


 Mantém uma postura de neutral em todas as questões;
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 Questiona tudo o que lhe é apresentado;


 Não admite a existência de dogmas, fenômenos religiosos ou metafísicos.

1.1.3. As formas do cepticismo

As formas do cepticismo são:

Cepticismo absoluto (radical ou sistemático)

é a que afirma que é impossível todo e qualquer tipo de conhecimento. Rigorosamente, é


única espécie de cepticismo possível, porque perante o problema da possibilidade da relação
sujeito-objecto, ou se afirma ou se nega esta possibilidade. O cepticismo absoluto ou pirrónico
nega-a. Foi defendido na antiguidade, por Pirron de Elis, que para evitar cair em contradição,
recomenda que nada se afirme nem negue, isto é, recomenda a suspensão do juízo.

Ceticismo absoluto ou radical, é impossível ao sujeito apreender o objeto, não sendo, por
conseguinte, possível qualquer conhecimento.

O ceticismo sistemático, total ou radical, é o duvidar de tudo.

O cepticismo radical se contradiz ao se afirmar, pois concluir que “toda a certeza é impossível
e a verdade é inacessível” não deixa de ser uma certeza, e tem valor de verdade.

Cepticismo moderado

Entende que o sujeito atinge o objecto, porém, de modo não total, mas limitado.
Rigorosamente, não é cepticismo, porque afirma a possibilidade da relação, mas uma forma
mitigada do cepticismo. Apresenta duas modalidades: o probabilismo e o relativismo.

O ceticismo metódico ou moderado utiliza a dúvida como um modo de aferir ou propor novas
ideias.

O probabilismo entende que é possível um conhecimento provável, mas não um


conhecimento certo; que podemos formular uma opinião, mas não garantir uma certeza. Os
seus principais defensores foram na antiguidade: Arcesilau e Carneades.

O relativismo sustenta que as nossas verdades são relativas que e não absolutas. Esta posição
pode resultar do sujeito ou do objecto.

No geral, os cépticos moderados admitem uma forma relativa do conhecimento (relativismo),


reconhecendo os limites para a apreensão da verdade. Para outros moderados, mesmo que seja
impossível encontrar a certeza, não se deve abandonar a busca. Mas para o cepticismo radical,
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como o pirronismo, se a certeza é impossível, é melhor renunciar ao conhecimento, o que traz,


como consequência prática, a indiferença absoluta em relação a tudo.

No pensamento moderno, sobretudo com Montaigne e os humanistas do Renascimento, o


ceticismo é retomado como forma de se atacar o dogmatismo da escolástica, o que leva à
adoção de uma concepção de conhecimento relativo. Há também nesse período uma corrente
do chamado ceticismo fideísta, que argumenta que, sendo a razão incapaz de atingir a
verdade, deve-se então apelar para a fé e a revelação como fontes da verdade. A duvida
cartesiana pode ser considerada como tendo se inspirado na noção cética de suspensão de
juízo, a epoché, noção esta também retomada mais tarde pela fenomenologia.

1.4. Crítica do cepticismo

O cepticismo conclui, pela impossibilidade de qualquer conhecimento (cepticismo absoluto)


ou dum conhecimento de validade universal (cepticismo moderado).

Mas, o cepticismo não tem justificação: porque, os sentidos não erram: os sentidos são
simples instrumentos de captação de estímulos, instrumentos limitados, que a técnica humana
vai ampliando, e nunca capacidade interpretáveis. Porque, se a razão erra, e na verdade, erra,
porque só ela interpreta, é suscetível de corrigir o erro.

Por conseguinte, não há motivo para uma descrença total no valor dos sentidos e da razão. Por
outro lado, é evidente que, quer o cepticismo absoluto quer o cepticismo moderado, se
contradizem, porque ambos têm a certeza da verdade absoluta das suas posições.

No entanto, se seguimos o ceticismo ao pé da letra, teríamos que duvidar do próprio


ceticismo. Ao mesmo tempo, não poderíamos emitir nenhuma opinião sobre o ceticismo. Será
que é possível negar tudo que está a nossa volta? Se negarmos tudo, negaremos a própria
negação e a dúvida que nos fez questionar o objeto.

1.2. O dogmatismo

1.2.1. Origem etimológica

A palavra dogmatismo vem do grego dogmatikós, significa, “que se funda em princípios”, ou


“relativo a uma doutrina”. Dogmatismo é doutrina segundo a qual o homem pode atingir a
certeza.
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O dogmatismo filosófico pode ser entendido como a possibilidade de conhecer a verdade, a


confiança nesse conhecimento e a submissão a essa verdade sem questionamento. No século
XVIII, o dogmatismo racionalista prega confiança na razão a fim de se chegar a verdades. Em
crítica à razão, o filósofo Immanuel Kant faz oposição entre o criticismo, o dogmatismo e o
empirismo que se diferencia por reduzir o conhecimento à experiência. Para ele o dogmatismo
é toda atitude de conhecimento.

Filosoficamente é uma atitude que consiste em admitir que a razão humana tem a
possibilidade de conhecer a realidade.

1.2.2. O dogmatismo (concepção religiosa)

Do ponto de vista religioso, chamamos dogma a uma verdade fundamental e indiscutível da


doutrina. Na religião cristã, por exemplo, há o dogma da Santíssima Trindade, segundo a qual
as três pessoas (Pai, Filho e Espirito Santo) não são três deuses, mas apenas um. Deus é uno e
trino. Não importa se a razão consegue entender, já que é um principio aceito pela fé e o seu
fundamento é a revelação divina. (ROSA, p.78)

Quando transpomos a ideia de dogma para o campo não-religioso, ela passa a designar as
verdades inquestionáveis. Só que, nesse caso, não se estando no domínio da fé religiosa, o
dogmatismo torna-se prejudicial, já que o homem, de posse de uma verdade, fixa-se nela e
abdica de continuar a busca.

O mundo muda, os acontecimentos se sucedem e o homem dogmático permanece petrificado


nos conhecimentos dados de uma vez por todas. Nietzsche dizia que “as convicções são
prisões”. Refratário ao diálogo, o homem dogmático teme o novo e não raro se torna
intransigente e prepotente. Quando resolve agir, o fanatismo é inevitável, e com ele, a
justificação da violência.

Também chamamos dogmáticos, os seguidores de “escolas” e tendências quando se recusam a


discutir suas verdades, permanecendo refratários às mudanças.

Quando o dogmatismo atinge a politica, assume um caracter ideológico que nega o pluralismo
e abre caminho para a imposição da doutrina oficial do Estado e do partido único, com todas
as infelizes decorrências, como censura e repressão. Em nome do dogma da raça ariana,
Hítler cometeu genocídios dos judeus e ciganos nos campos concentração.

1.2.3. Outras formas de definir o dogmatismo

O dogmatismo pode ser definido como:


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 Toda doutrina ou toda atitude que professa a capacidade do homem atingir a certeza
absoluta; filosoficamente, por oposição ao ceticismo, o dogmatismo é a atitude que
consiste em admitir a possibilidade, para a razão humana, de chegar a verdades
absolutamente certas e seguras.
 No sentido vulgar, atitude que consiste em afirmar alguma coisa, de modo
intransigente e contundente, sem provas nem fundamento.
 Toda atitude de conhecimento que consiste em acreditar estar de posse da certeza ou
da verdade antes de fazer a crítica da faculdade de conhecer.

No entanto, a tradição marxista utiliza o termo dogmatismo para qualificar a tendência de se


congelar uma teoria em fórmulas estereotipadas, cortando-as da prática e da concreta: "O
marxismo não é um dogma. mas um guia para a ação.

Observemos que, desde a Antiguidade, existem os filósofos céticos e os filósofos dogmáticos.


Os primeiros se recusam a crer nas verdades estabelecidas, enquanto os segundos defendem
as verdades de sua "escola". E com a representação kantiana da história da filosofia que o
termo dogmatismo adquire um sentido novo: o criticismo só se define opondo-se aos dois
perigos inversos, o empirismo e o dogmatismo. O dogmatismo consiste em crer que a razão
pode edificar sistemas sólidos sem ter sido antes depurada pela crítica (cf. sentido 3). Kant
visa às filosofias de Leibniz e de Wolf, nas quais o conhecimento se desenvolve a priori, sem
recorrer à experiência: visa também ao empirismo, que reduz tudo à experiência, sem se
interrogar sobre as formas a priori.

O dogmatismo pode entender-se principalmente em três sentidos:

1. Como a posição própria do realismo, ou seja, disposição ingénua que admite não só
possibilidade de conhecer as coisas no ser verdadeiro mas também a efetividade deste
conhecimento no uso diário e direto com as coisas.

2. Como confiança absoluta num determinado órgão de conhecimento, principalmente a


razão.

3. Como a completa submissão, a determinados princípios ou à autoridade que os impõe ou


revela. Em geral, é uma atitude assumida no problema da possibilidade do conhecimento e,
portanto, compreende as duas primeiras acepções. Contudo, a ausência do exame crítico
revela-se também em certas formas de cepticismo e por isso diz-se que certos cépticos são, a
seu modo, dogmáticos. O dogmatismo absoluto do realismo ingénuo não existe propriamente
na filosofia, que começa sempre com a pergunta acerca do ser verdadeiro e, portanto, procura
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este ser mediante um exame crítico da aparência. Isso acontece não só no chamado
dogmatismo dos primeiros pensadores gregos, mas também no dogmatismo racionalista do
século XVIII, que desemboca numa grande confiança na razão, embora a submeta a algumas
críticas.

1.3. Cepticismo versus Dogmatismo: conflitos ideias

O ceticismo e o dogmatismo são duas correntes filosófica opostas.

O ceticismo questiona tudo e reconhece na dúvida a única atitude do sábio. Para o cético, a
renúncia a qualquer certeza é condição para a felicidade.

Por sua vez, o dogmatismo é fundamentado:

 Na verdade absoluta;
 Na capacidade do homem de obter a verdade sem questionamento;
 Aceitar sem discussão o que afirmam ou alegam.

Ou seja, o dogmatismo é uma corrente filosófica que se fundamenta nas verdades absolutas.
Consiste em acreditar em algo, por imposição e de forma submissa, sem questionar a sua
veracidade.

Por isso, o dogmatismo é aceitar como verdade de tudo que existe e está em sua volta como
nos diz a percepção natural humana.

Podemos afirmar que Em vez de pregar a verdade absoluta, outra corrente filosófica era
responsável por questionar a existência de todas as coisas, não se baseando na dúvida
(https://www.todamateria.com.br/dogmatismo/).
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Conclusão

Podemos inferir que as teorias de possibilidade de conhecimento são, o Cepticismo e o


Dogmatismo. O cepticismo é uma teoria que procura saber, e defende que não se pode obter
nenhuma certeza à respeito da verdade, ou seja, só se pode obter a verdade pelo método de
duvida e que posteriormente será seguida de uma investigação cientifica ou filosófica. A
teoria do cepticismo distingue-se de duas formas, o cepticismo absoluto (radical ou
sistemático) e o cepticismo moderado (metódico), onde o cepticismo sistemático, total ou
radical, é o duvidar de tudo, e o ceticismo metódico ou moderado utiliza a dúvida como um
modo de aferir ou propor novas ideias. E a teoria dogmática, ou seja, o Dogmatismo defende a
existência da verdade sem nenhum questionamento, ou por outra, o dogmatismo é uma atitude
que consiste em admitir que a razão humana tem a possibilidade de conhecer a realidade sem
questionar. Portanto, podemos notar que ambas as teorias tem ideias próprios e que são
divergentes em torno da possibilidade de conhecimento, e que podemos considerar uma ser
oposta da outra.
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Bibliografia

ROSA, António Luís. Manual de Tronco Comum: Introdução à Filosofia. Universidade


Católica de Moçambique (UCM), Centro de Ensino à Distância, Beira – Sofala.

Acesse os sites:

 https://www.todamateria.com.br/dogmatismo/
 https://www.apontamentosnanet.com/tag/ceticismo-absoluto/
 https://www.coladaweb.com/filosofia/ceticismo
 https://www.infoescola.com/filosofia/ceticismo/
 https://jus.com.br/artigos/77825/relacao-entre-cognitivismo-e-ceticismo-e-seus-
limites-no-ordenamento-juridico-contemporaneo

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