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Meios de ensino-aprendizagem
Planificação do processo de ensino-aprendizagem
Níveis de Planificação do processo de ensino-aprendizagem
Componentes de planificação do processo de ensino-aprendizagem
Etapas do processo de planificação
Código: 708215573
Turma: F
Classificação
Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafa, espaçamento
entre linhas
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Objectivo Geral
Compreender os Meios de Ensino e Aprendizagem
Objectivos Específicos
Definir meios de ensino-aprendizagem;
Classificar os meios de ensino-aprendizagem;
Explicar a Planificação do processo de ensino-aprendizagem.
Metodologia de trabalho
A metodologia usada neste trabalho, foi o método de revisão de literatura, consulta de livros, a
internet, onde baixou-se artigos relevantes ao tema, em seguida o uso do computador para a sua
execução.
ANALISE E DISCUSSÃO
Meios de Ensino e Aprendizagem
I. Meios de ensino-aprendizagem
Conceito de meios de ensino-aprendizagem;
Os recursos de ensino são componentes do ambiente da aprendizagem que dão origem a
estimulação para o aluno (Piletti, 2004). Esses componentes podem ser, o professor, os livros, os
mapas, os objectos físicos, as fotografias, as fitas gravadas, as gravuras, os filmes, os recursos da
comunidade, os recursos materiais e assim por diante.
Para Libâneo, (1994), meios de ensino são meios e recursos materiais utilizados pelo professor e
pelos alunos para a realização e condução metódica do processo de ensino-aprendizagem. O
material didáctico é uma exigência daquilo que está sendo estudado por meio de palavras, a fim
de torná-lo concreto e intuitivo.
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gerais necessários para todas as disciplinas (exemplo, carteiras ou mesas, quadro - negro,
projector de slides ou filmes, gravador, flanelógrafo etc.).
Piletti (2004), explica que tradicionalmente os meios de ensino são classificados em visuais
(projecções, cartazes, gravuras) auditivos (rádio, gravação) e audiovisuais (cinema, televisão),
apesar de se reconhecer que, na prática, as expressões verbais, sonoras e visuais se
complementam, fazendo com que os recursos/meios visuais, auditivos e audiovisuais muitas
vezes sejam funcionais quando se utilizam de forma complementar. Uma outra classificação de
meios de ensino considera existirem:
Meios/recursos humanos
Professores
Alunos
Pessoal escolar
Comunicante
Para além da classificação acima, uma outra que podemos registar apresenta as seguintes
categorias de meios de ensino-aprendizagem:
Categoria/tipo Exemplos
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buretas, alambique, etc)
Meios visuais, auditivos e audiovisuais Veja a classificação anterior
1 % - Através do gosto
1.5 % - Do tacto
11 % - Através do ouvido
83 % - Através da vista
E retemos:
10 % Que lemos
20 % Que escutamos
30 % Que vemos
50 % Que vemos e escutamos
70 % Que ouvimos e logo discutimos
90 % Do que ouvimos e logo realizamos, (Piletti, 2004: 156)
A partir destes dados concluímos que os cinco sentidos não têm a mesma importância para a
aprendizagem. Concluímos também que a percepção através de um sentido isolado é menos
eficaz do que a percepção através de dois ou mais sentidos. Por isso é importante utilizar método
e ensino que utilizem simultaneamente os meios orais e visuais. Para reforçar esta importância
dos recursos audiovisuais, apresentamos os dados do quadro abaixo que nos ilustra de que retêm
mais informações/dados por muito mais tempo se tiverem sido assimilados através de método de
ensino que combinem a estimulação da visão e da audição dos alunos.
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A importância do uso dos meios de ensino-aprendizagem
A partir dos conceitos de “meios de ensino-aprendizagem”, que vimos anteriormente, facilmente
podemos chegar a conclusão de que os meios de ensino-aprendizagem são usados com vista a
determinadas finalidades, dentre as quais:
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II. Planificação do processo de ensino-aprendizagem
Os elementos constantes nos modelos de plano de aula que normalmente são utilizados
pelos professores;
Nos modelos de plano de aula que normalmente são utilizados pelos professores comporta
actividades do professor e dos alunos (traduzindo os métodos “ variantes métodicas básicas “ de
ensino a utilizar), os meios de ensino, o tempo, o conteúdo, os objectivos e as funções didácticas
(na sua integralidade, incluindo momentos de introdução e motivação, mediação assimilação,
domínio e consolidação e, finalmente, controlo e avaliação).
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Os diferentes níveis de planificação no PEA
Conceito
➢ Nível Central - Neste nível faz-se a planificação curricular a nível da nação que abrange a
todos os níveis e graus de ensino-aprendizagem e, na base disso, procede-se a definição do
perfil de saída do nível, grau, curso, disciplina, ano, a partir do qual se faz:
A definição dos objectivos gerais, conteúdos e métodos;
A distribuição destes pelos anos, semestres ou trimestre e pelas unidades do PEA;
Elaboração dos programas detalhados por disciplina. Com base nos programas detalhados
elabora-se o livro dos alunos, o manual do professor e outros meios de ensino-
aprendizagem.
➢ Nível do Professor - A planificação do professor começa juntamente com os outros colegas,
com a elaboração do plano anual da disciplina (Dosificação). Em seguida o professor
individualmente ou em grupo elabora o seu plano de aula, métodos e técnicas de ensino,
objectivos e meios; isto é, das condições concretas que se realiza o ensino aprendizagem.
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inacessíveis aos alunos. Os exemplos que se dão, os exercícios a que se vão propor, as
motivações que se utilizam, a linguagem que se usa, tudo têm de ser adequado ao meio. E
evidentemente, esta adequação tem muito a ver com as limitações e com os recursos quer
materiais quer humanos que a escola e o meio oferecem. Com efeito, as condições em que se
trabalha são por vezes tão fortemente imitantes que será utópico não se tomar em consideração.
E assim, frequentemente o professor é forçado, por exemplo, a mudar de estratégia porque não é
mesmo possível concretiza-la com o material e que dispõe.
b. Recursos/meios de ensino existentes
É importante conseguir o aproveitamento óptimo dos recursos existentes. Desde o quadro preto a
árvore do pátio da escola, a mão do professor que pousa amigavelmente no ombro do aluno, as
experiências vividas podem contribuir para que a aprendizagem se torne mais rica e gratificante.
O facto de a escola ter ou não máquina de projectar, filmes, slides, retroprojectores, ter
laboratórios bem ou mal equipados, o facto de a região ter ou não indústrias, explorações
mineiras, etc, abertas a uma colaboração com a escola, ou ainda mercados ou feiras, artesanatos
característicos que se possam explorar, irá ser decisivo na escolha de estratégias. Há pois que
contar com a riqueza de que são portadores os professores, os alunos, os familiares dos alunos,
bem como os elementos da comunidade.
Finalmente, pensando nos recursos, é importante que o professor pense também que ele constitui
um excelente recurso de ensino, pois tudo depende do seu “empenhamento, das atitudes, da
natureza e da qualidade de relação pedagógica investida no processo educativo”. O professor ao
planificar a sua acção tem, pois de estar bem consciente dos seus aspectos positivos e das suas
limitações como pessoa e como profissional, a fim de que possa delas tirar o maior partido
possível.
c. O aluno
Qualquer criança, adolescente ou jovem é portador de uma experiência de vida, de um saber,
cujo aproveitamento é um recurso económico e eficaz (a compreensão de um determinado
assunto é muitas vezes mais fácil se esse assunto for tratado por um colega em vez do professor),
é o facto de permitir ao aluno trazer o contributo do seu próprio mundo ao PEA permite-lhe
sentir que é um dos protagonistas desse processo e fá-lo-á sentir-se digno de crédito, confiante
em si mesmo e nos outros.
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Por outro lado, uma componente importante na planificação do PEA é a sua adequação ao aluno.
Realmente, para além da compreensão das características próprias do nível etário do aluno e das
características da população escolar, certamente tidas na elaboração dos programas, é
fundamental que o professor conheça as características pessoais do aluno.
O conhecimento do comportamento da turma irá ainda ter uma influência decisiva no tipo de
trabalho que se irá propor: a uma turma irrequieta será preciso fazer propostas mais dinâmicas
que canalizam aquela energia excessiva para actividade produtiva. Para alunos excessivamente
competitiva terá de insistir em propostas assentes no trabalho de grupo.
d. Conteúdos
Os conteúdos a se ter em conta na planificação do PEA pelo professor já vêm indicados, em
linhas gerais, pelos programas de ensino que se baseiam nos esquemas conceptuais que os
presidem e os temas organizadores.
Neste sentido, quando os professores duma mesma escola não trabalham em conjunto sobre um
mesmo programa pode haver diferenças de interpretação. Este facto poderá aparentemente não
ser importante, mas a discrepância de situações em que inevitavelmente aos alunos se
encontrarão ao enfrentarem os exames, naturalmente, a nível da classificação.
Neste sentido, o importante consiste em perceber que para além da organização do conhecimento
em si, com base nas sua regras, o conteúdo abrange todas as experiências educativas do
conhecimento, devidamente seleccionadas e organizadas pela escola. E na selecção da matéria
deve-se ter em conta o valor funcional que mais se liga aos problemas da actualidade e tenha
valor social. A selecção deve ter em conta os interesses regionais bem como as necessidades e
fases do desenvolvimento do aluno.
e. Objectivos
Os objectivos consistem na descrição clara do que se pretende alcançar como resultado da nossa
actividade. Os objectivos nascem da própria situação (comunidade, da família, da escola, da
disciplina, do professor e, principalmente, do aluno).
f. Procedimentos de ensino
Trata-se de acções, processos ou comportamentos planeados pelo professor para colocar o aluno
em contacto directo com coisas, factos e fenómenos que possibilitam modificar sua conduta, em
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funçõ dos objectivos previstos. Eles se relacionam com os recursos didácticos, teóricos e
materiais que o professor tem de utilizar para alcançar os objectivos da aprendizagem dos seus
alunos: compreende método e técnicas de ensino e de todos os recursos auxiliares usados para
estimular a aprendizagem do aluno.
g. Avaliação
A avaliação se justifica como componente essencial do plano de ensino pelo facto de ajudar na
determinação do grau e quantidade de resultados alcançados em relação aos objectivos definidos.
Nesta ordem de ideias, quando terminam os trabalhos previstos para o ano lectivo, para aquela
unidade de ensino ou para aquela lição, bem como as actividades que, por se ter de atender a
qualquer acontecimento inesperado substituíram ou complementaram o que estava planificado, a
próxima etapa são avaliar o plano executado, referindo determinadas perspectivas: a sua eficácia,
o seu rendimento e optimização, a sua maximização
O ambiente escolar. Esse sim, é o elemento primordial a considerar para a planificação do PEA.
O Professor, qualquer disciplina que seja, não poderia dar aula indistintamente quer esteja nesta
unidade naquela escola, neste ou naquele ponto do pais, sobretudo em função das condições de
que dispõe: é uma questão de pragmatismo e de adequação as condições locais, para que,
efectivamente o plano seja funcional sob o ponto de conseguir levar ao alunos a atingirem os
objectivos de aprendizagem que se desejam.
Igualmente diríamos para o caso doutros componentes de que acabamos de retratar: meios ou
recursos de ensino, conteúdos e aluno. E como poderemos ver na aula que se segue, o exercício
tem que ser sempre o mesmo em relação a outros componentes, nomeadamente objectivos,
procedimentos (métodos) de ensino e a avaliação do plano de ensino.
➢ Sondagem
➢ Elaboração
➢ Execução
➢ Avaliação
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A essência de cada etapa no processo de planificação;
Sondagem
Essa etapa é crucial, para começar qualquer tipo de planeamento, trata-se do conhecimento da
realidade, realidade em que esse plano vai ser realizado; sobre a pertinência desta etapa, Schmitz
(1993:105), observa que “conhecendo o aluno em seu ambiente, com seus elementos integrantes,
com suas aspirações, frustrações, necessidades e possibilidades pode-se planificar para ele. A
falta de sondagem e diagnóstico, muitas vezes se propõe ou o que é impossível alcançar, ou o
que não interessa, ou até o que já foi alcançado”. A observação deste autor é importante para a
compreensão da necessidade de olhar sempre para o destinatário desse processo de planificação,
incluindo as condições ambientais e materiais, bem como os métodos, os recursos didácticos
necessários para o cumprimento das actividades de aprendizagem planificadas.
Elaboração
Comecemos a distinguir o plano da planificação. A planificação refere-se ao processo em que o
professor ou os profissionais da educação, senta para esse exercício em que prevém o que deverá
acontecer na prática, no terreno pensando nas condições físicas, sociais e mentais dos alunos, nas
condições da sala de aula ou da escola, condições da comunidade, no conteúdo que será
trabalhado, nos objectivos a atingir, nos procedimentos a empregar, na forma de avaliação, isso
tudo faz parte da planificação.
Essas actividades serão colocadas a disposição sob forma de um documento escrito, a esse
documento é que se chama de plano. Quer dizer, um é processo (planificação) e o outro é
produto deste processo (plano). Penso que o nosso estudante, já compreendeu a diferença, agora
vamos explicar em que consiste a elaboração do plano.
Execução
Essa etapa faz a transposição da teoria para a prática, isto é, das idealizações para a concretização
das acções previstas, é colocar em prática as ideias esboçadas nas etapas anteriores. Aqui a
semelhança da elaboração há sempre um elemento não previsto desde que não coloque em causa
os objectivos planificados daí que se refere que a planificação exige flexibilidade, uma das
características do plano. Ao longo deste processo é sempre importante ter em conta a avaliação
dessas actividades.
Avaliação
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Igualmente importante na planificação, pois é a garantia dos resultados Schmitz (1993), importa
referir, que a avaliação dos resultados da planificação exige também estabelecimento de critérios
claros para não correr o risco de pensarmos que tudo anda bem quando na verdade estamos longe
de cumprir com os objectivos previstos.
Essa etapa envolve todo o processo de planificação. As etapas aqui descritas não podem ser
consideradas de forma separada porque sendo um processo, elas são dinâmicas e interligadas,
quer dizer o processo não para na avaliação, pois a avaliação vai permitir a replanificação,
tornando um ciclo vicioso
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Conclusão
Um ensino activo, participativo requer inevitavelmente o só de meios de ensino-aprendizagem.
Será com base nestes meios que o professor facilmente guiará as experimentações, a observação
e a manipulação dos alunos, podendo, estes, descrever os factos e fenómenos representados pelos
meios de ensino-aprendizagem. De facto, eles constituem um grande suporte para a actividade do
professor, no sentido de, através da intuição, dos órgãos de sentido, aproxima-se o aluno a
realidade do que se pretende aprender, visto que estes meios representam sempre um conteúdo
específico.
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Referência bibliográfica
1. Bento, J. O. Planeamento e avaliação em educação física. Lisboa, 2003.
2. Libâneo, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994 (Coleção magistério 2° grau. Série
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3. Libâneo, José Carlos. Didáctica, São Paulo, Cortez Editora, 2008.
4. Nivagara, D. Daniel, Didáctica Geral. Aprender a ensinar. Ensino a distância, UP-Maputo
s/d.
5. Piletti, C. Didáctica; Cortez editora; SP, 1990.
6. Piletti, N. Sociologia da Educação. São Paulo: Ática, 2004.
7. Schmitz, Egídio Francisco. Fundamentos da Didáctica, São Leopold, RS: Ed.UNISINOS,
1993.
8. Universidade Católica de Moçambique (UCM) (s/d) Manual de Curso de licenciatura
em Ensino de Português – 1ᵒ ano. Didáctica Geral .Código A0008. Moçambique –
Beira;
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