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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA

DEPARTAMENTO DE CIENCIAS E TECNOLOGIA-DCT

CURSO: BACHARELADO EM FARMÁCIA

COMPONENTE CURRICULAR: BIOQUÍMICA 1

DOCENTE: LUCIANA AMARAL DE FARIAS SILVA

RELATÓRIO

DETERMINAÇÃO DE PROTEÍNAS PELO MÉTODO DE BIURETO

JEQUIÉ – BAHIA

ABRIL, 2023
ANDREZA LIMA SANTOS (202020317)

FABIANA DOS SANTOS SABINO (202020321)

GUSTTAVO SAMYR FERNANDES MOURA (202020328)

IASMIN AMARAL SANTOS SILVA (202020325)

ISANNA DOS SANTOS CARVALHO (202020318)

NATAN SARAIVA DE OLIVEIRA (202020254)

RELATÓRIO

DETERMINAÇÃO DE PROTEÍNAS PELO MÉTODO DE BIURETO

JEQUIÉ – BAHIA

ABRIL, 2023
1. INTRODUÇÃO

As origens do método do biureto podem ser traçadas desde a proposta inicial de


Autenrieth, em 1915; posteriormente diversos autores propuseram modificações do
mesmo, sendo, atualmente, a proposta metodológica de Gornall e cols, a mais utilizada.
O método se baseia na reação do reativo do biureto, que é constituído de uma mistura de
cobre e hidróxido de sódio com um complexante que estabiliza o cobre em solução,
sendo o tartarato de sódio o recomendado por Gornall e cols. O cobre, em meio alcalino,
reage com proteínas formando um complexo quadrado planar com a ligação peptídica.
A intensidade da coloração violeta varia de acordo com a concentração de proteínas na
amostra analisada.

O produto de reação apresenta duas bandas de absorção, uma em 270 nm e outra


em 540 nm. Apesar da banda na região de 270 nm aumentar em seis vezes a
sensibilidade do método do biureto14, a banda na região de 540 nm é a mais utilizada
para fins analíticos, porque diversas substâncias, normalmente presentes na maioria dos
meios analisados, absorvem na região de 270 nm causando muita interferência no
método. O método de biureto tem sido aplicado para determinar a concentração de
proteínas totais em diversos meios, sendo eles: soro ou plasma sangüíneo, líquido
cérebro espinhal (líqüor), urina, alimentos, saliva, fibrinogênio e tecido animal. O
método de biureto tem sido, também, utilizado em análise por injeção em fluxo, assim
como em alguns métodos cinéticos.

Apesar de ser rápido, utilizar reagentes de baixo custo e não apresentar grande
variação da absortividade específica para diferentes proteínas, este método não é muito
sensível, como foi destacado por diversos autores, colocando-o em grande desvantagem,
em relação a outras metodologias, e por isto tem sido, ao longo dos anos, substituído por
métodos mais sensíveis. Mesmo assim, o método de biureto continua sendo
recomendado para a determinação da concentração de proteínas totais em plasma
sangüíneo pela Associação Americana de Análises Clínicas e por diversos autorew.
2. OBJETIVO

 Observar a quantidade de proteína através da mudança e intensidade da


coloração, por meio do método do biureto.

3. MATERIAL

 Água destilada;
 Clara de ovo (ovoalbumina): diluir 1:10 com água destilada;
 Suco de soja;
 Leite;
 Glicina;
 Carne (Extrato de carne);
 Iogurte natural;
 Béquer;
 Tubo de ensaio;
 Pipeta.

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Utilizou-se 8 tubos de ensaio numerados e com o auxílio de uma pipeta adicionou-se


1 mL de cada composto em tubos separados. Após isso, colocou- 1mL do reagente de
biureto, que já estava pronto, agitando-se continuamente e observou-se a mudança de
coloração em cada um dos tubos.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Inicialmente é fundamental destacar que, o biureto, reagente de coloração azul,


torna- se violeta na presença de proteínas e peptídeos com três ou mais resíduos de
aminoácidos. A reação é também positiva para as substâncias que contém 2 grupos
carbamínicos (-CO- NH2) ligados diretamente ou através de um único átomo de
carbono ou nitrogênio. O hidróxido de potássio ou sódio não participa na reação, mas
meramente provê um meio
alcalino no qual a reação ocorre. Sabendo disso, a coloração resultante consta na tabela e
imagem abaixo:

Tabela 1: Coloração encontrada após a utilização do reagente de biureto.

Tubos Componentes Solução de Biueto Coloração encontrada

Tubo 1 Água destilada- 1mL 1mL Azul claro

Tubo 3 Suco de soja- 1mL 1mL Lilás

Tubo 4 Iogurte - 1mL 1mL Violeta

Tubo 5 Glicina- 1mL 1mL Azul claro

Tubo 7 Carne – 1mL 1mL Marrom

Tubo 8 Amido – 1mL 1mL Azul claro

Figura 1: Compostos sem adição do reagente de biureto.

Fonte: arquivo pessoal


Figura 2: compostos após a utilização do reagente de Biureto.

Fonte: arquivo pessoal

Com base nos dados a cima, salienta-se que a água destilada (tubo 1) foi utilizado
como solução negativa, visto que não contém proteína, logo, não reagiu com o biureto e
a coloração permaneceu azul, assim como a glicerina no tubo 5 e o amido no tubo 8.
Isso se deve ao fato de que, a glicina é um aminoácido, ou seja, apenas uma estrutura
das proteínas, já o amido consiste em um carboidrato, consequentemente ambos não
possuem cadeias peptídicas, dessa forma, o método de biureto não irá detecta-los. Já o
extrato de carne (tubo 7) apresentou coloração amarronzada o que pode definir presença
de proteínas em baixo teor nesse composto.

Com base na literatura, 200 mL do suco Ades de soja (tubo 3) tem em média 1,2g de
proteínas, já em 170 gramas de iogurte desnatado contém em média 5.8 gramas de
proteína. Dessa forma, ambos reagiram com o biureto devido o controle positivo e
consequentemente apresentaram coloração lilás em tons diferentes, pois evidentemente
a quantidade de proteína no iogurte (tubo 4) é maior, tornando a solução mais violeta.
6. CONCLUSÃO

Portanto, apesar do método de Biureto não ser tão sensível como alguns outros,
evidencia-se que, nossos objetivos foram devidamente alcançados pois pudemos
analisar a quantidade de proteínas através da mudança de coloração no meio e comparar
positivamente com a literatura, obtendo resultados satisfatórios. Além disso, a prática
foi bastante atrativa para os discentes por se tratar de alimentos consumidos no dia a dia
e promover uma discussão sobre o senso comum relacionado a proteínas nos alimentos.
Ademais, o método de biureto tem sido aplicado para a determinação da concentração
de proteínas totais como soro, urina e alimentos, fazendo com que esse conhecimento
seja extremamente importante para o curso a área farmacêutica.
7. REFERÊNCIAS

Bradford, MILÍMETROS. Um método rápido e sensível para a quantificação de


quantidades de microgramas de proteína utilizando o princípio da ligação
proteína- corante. Bioquímica Analítica, 1976.

Stoscheck, CM. Quantificação de Proteína. Métodos em Enzimologia. 1990.

LICHTIG, zaia. Determinação de proteínas totais via espectrofometria: vantagens e


desvantagens dos métodos existentes. São Paulo, 1998.

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