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Exercícios para Turma da 2ª Fase do Exame de Ordem

Enunciados. Leia com atenção identifique e produza a peça que entender


adequada.

Direito para OAB

Professora Patricia Santos Martins

XV EXAME DE ORDEM UNIFICADO –

Tramita perante a 89ª Vara do Trabalho de Curitiba a RT nº 000153


80.2012.5.09.0089, ajuizada em 06/05/2012 por Sérgio Camargo de Oliveira,
assistido por advogado particular, contra o Supermercado Onofre Ltda.
Nela foi proferida sentença que, em síntese, assim julgou os pedidos
formulados a seguir.
(i) Foi reconhecida a ilicitude da confessada supressão das comissões, que
eram pagas desde a admissão, ocorrida em 13/10/2005, mas abruptamente
ceifadas pelo empregador em 25/12/2006. Entendeu o magistrado que a
prescrição, na hipótese, era parcial, alcançando os últimos 5 anos, e não total
como advogado na peça de bloqueio, já que se tratava de rubrica assegurada
por preceito de lei, além de se tratar de alteração prejudicial ao empregado,
vedada pelo Art. 468, caput, da CLT.
(ii) Foi deferido o pagamento de duas cotas mensais de salário-família para os
filhos capazes do reclamante, que, na admissão do obreiro, contavam com 15
e 17 anos, respectivamente. Enfatizou o magistrado que não foi solicitada a
documentação pertinente quando do ingresso do demandante, gerando
prejuízo financeiro para o trabalhador.
(iii) Foi concedida indenização por dano moral pela humilhação sofrida pelo
reclamante na saída. É que, por determinação do empregador, ele foi
comunicado de sua dispensa por intermédio de um colega de trabalho que
exercia a mesma função, que o chamou em particular numa sala, para lhe dar
a fatídica notícia.
Encampou o magistrado o entendimento do reclamante, no sentido de que
somente um superior hierárquico poderia informar acerca da ruptura contratual,
e que a forma eleita pela ré seria indigna e vexatória.
Uma vez que o autor foi contratado em substituição ao Sr. Paulo, dispensado
em 05/10/2005, foi deferida a diferença salarial, porque o antecessor auferia
salário 20% superior ao do reclamante, o que, segundo a decisão, violaria os
princípios constitucionais da isonomia e da dignidade da pessoa humana. Foi
deferida a reintegração ao emprego, porque na dispensa, ocorrida em
06/04/2012, o autor não foi submetido a exame demissional, conforme previsto
no Art. 168, II, da CLT, gerando então, na ótica do reclamante e do magistrado,
garantia no emprego. Contudo, a tutela antecipada foi indeferida, pois foi
constatado por perícia judicial que o autor encontrava-se em perfeito estado de
saúde. Foi concedida verba honorária na razão de 15% sobre a condenação.
A sentença foi proferida de forma líquida, com valor de R$ 60.000,00 e custas
de R$ 1.200,00. Considerando que todos os fatos apontados são verdadeiros,
e não cabendo Embargos de Declaração, visto que a decisão foi clara em
todos os aspectos, apresente a peça pertinente aos interesses da empresa,
sem criar dados ou fatos não informados. (Valor: 5,00)
A peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser
utilizados para dar respaldo à pretensão.

XVI Exame de Ordem –


A sociedade empresária Pedreira TNT Ltda. foi condenada em 1º grau na
reclamação trabalhista movida pelo ex-empregado Gilson Cardoso de Lima
(Processo 009000-77.2014.5.12.0080), oriundo da 80ª Vara do Trabalho de
Florianópolis. Na sentença, depois de reconhecido que o reclamante trabalhou
na pedreira por 6 meses, o juiz deferiu adicional de periculosidade na razão de
50% sobre o salário básico, pois a perícia realizada nos autos detectou a
existência de risco à vida (contato permanente com explosivos); determinou o
depósito do FGTS no período de 2 meses em que o empregado esteve
afastado por auxílio-doença previdenciário (código B-31); deferiu a multa do
Art. 477, § 8º, da CLT, porque o pagamento das verbas devidas pela extinção
do contrato foi feito na sede da empresa, não tendo sido homologado no
sindicato de classe ou autoridade do Ministério do Trabalho e Emprego; deferiu
dano moral, determinando que juros e correção monetária fossem computados
desde a data do ajuizamento da ação, e deferiu, com base no Art. 1.216 do
Código Civil, indenização pelo frutos de má-fé percebidos pela sociedade
empresária porque ela permaneceu com dinheiro que pertencia ao trabalhador.
Diante do que foi exposto, elabore a medida judicial adequada para a defesa
dos interesses da sociedade empresária.
As custas foram fixadas em R$ 200,00 sobre o valor arbitrado à condenação de
R$ 10.000,00. (Valor: 5,00)
Responda justificadamente, empregando os argumentos jurídicos apropriados
e a fundamentação legal pertinente ao caso.

XVII Exame de Ordem –


Você foi procurado pelo Banco Dinheiro Bom S/A, em razão de ação trabalhista
nº XX, distribuída para a 99ª VT de Belém/PA, ajuizada pela ex-funcionária
Paula, que foi gerente geral de agência de pequeno porte por 4 anos, período
total em que trabalhou para o banco. Sua agência atendia apenas a clientes
pessoa física. Paula era responsável por controlar o desempenho profissional e
a jornada de trabalho dos funcionários da agência, além do desempenho
comercial desta. Na ação, Paula aduziu que ganhava R$ 8.000,00 mensais,
além da gratificação de função no percentual de 50% a mais que o cargo
efetivo. Porém, seu salário era menor que o de João Petrônio, que percebia R$
10.000,00, sendo gerente de agência de grande porte atendendo contas de
pessoas físicas e jurídicas. Requer as diferenças salariais e reflexos. Paula
afirma que trabalhava das 8h às 20h, de segunda a sexta-feira, com intervalo
de 20 minutos. Requer horas extras e reflexos. Paula foi transferida de São
Paulo para Belém, após um ano de serviço, tendo lá fixado residência com sua
família. Por isso, ela requer o pagamento de adicional de transferência. Paula
requer a devolução dos descontos relativos ao plano de saúde, que assinou no
ato da admissão, tendo indicado dependentes. Requer, ainda, multa prevista
no Art. 477 da CLT, pois foi notificada da dispensa em 02/03/2015, uma
segunda-feira, e a empresa só pagou as verbas rescisórias e efetuou a
homologação da dispensa em 12/03/2015, um dia após o prazo, segundo sua
alegação.
Redija a peça prático-profissional pertinente ao caso. (Valor: 5,00)
Obs.: o examinando deve fundamentar suas respostas. A mera citação do
dispositivo legal não confere pontuação.

XVIII Exame de Ordem –

Nos autos da reclamação trabalhista 1234, movida por Gilson Reis em face da
sociedade empresária Transporte Rápido Ltda., em trâmite perante a 15ª Vara
do Trabalho do Recife/PE, a dinâmica dos fatos e os pedidos foram articulados
da seguinte maneira:
O trabalhador foi admitido em 13/05/2009, recebeu aviso prévio em
09/11/2014, para ser trabalhado, e ajuizou a demanda em 20/04/2015. Exercia
a função de auxiliar de serviços gerais. Requereu sua reintegração porque, em
20/11/2014, apresentou candidatura ao cargo de dirigente sindical da sua
categoria, informando o fato ao empregador por e-mail, o que lhe garante o
emprego na forma do Art. 543, § 3º, da CLT, não respeitada pelo ex-
empregador. Que trabalhava de segunda a sexta-feira das 5:00h às 15:00h,
com intervalo de duas horas para refeição, jamais recebendo horas extras nem
adicional noturno, o que postula na demanda. Que o intervalo interjornada não
era observado, daí porque deseja que isso seja remunerado como hora extra.
Contratado como advogado (a), você deve apresentar a medida processual
adequada à defesa dos interesses da sociedade empresária Transporte Rápido
Ltda., sem criar dados ou fatos não informados. (Valor: 5,00)
Obs.: A peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser
utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do
dispositivo legal não pontua.

XIX Exame de Ordem –


Você foi contratado(a) como advogado(a) pela sociedade empresária Sandália
Feliz Ltda., que lhe exibe cópia de sentença prolatada pelo juízo da 50ª Vara
do Trabalho de Vitória/ES (processo 123, movido por Valentino Garrido,
brasileiro, solteiro, auxiliar de estoque) e publicada no dia anterior, na qual o
juiz reconheceu que, após o pagamento das verbas resilitórias, houve acordo e
outro pagamento de R$ 2.000,00 perante uma Comissão de
Conciliação Prévia (CCP) criada na empresa, sem ressalva, mas rejeitou a
preliminar suscitada pela ré, compreendendo que a realização do acordo na
CCP geraria como efeito único a dedução do valor pago ao trabalhador.
Sobre o pedido de duas horas extras diárias, o juiz as deferiu porque foi
confessada a sobrejornada pelo preposto, determinando, ainda, a sua
integração nas demais verbas (13º salário, férias, FGTS e repouso semanal
remunerado), e, em relação ao repouso semanal majorado pelas horas extras
deferidas, sua integração no 13º salário e nas férias.
O juiz deferiu outros 15 minutos de horas extras pela violação a artigo da CLT,
que garante esse intervalo antes do início de sobrejornada.
O juiz deferiu indenização por dano estético de R$ 5.000,00 porque o
trabalhador caiu de uma alta escada existente no estoque e, com o violento
impacto sofrido na queda, teve a perda funcional de um dos rins, conforme
Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) emitida. O magistrado
determinou que os juros observassem a Taxa Selic, conforme requerido na
prefacial. Diante do que foi exposto, elabore a medida judicial adequada para a
defesa dos interesses da sociedade empresária. As custas foram fixadas em
R$ 200,00 sobre o valor arbitrado à condenação de R$ 10.000,00. (Valor: 5,00)
Obs.: O examinando deve fundamentar suas respostas. A mera citação do
dispositivo legal não confere pontuação.
Obs.: O examinando deve indicar todos os fundamentos e dispositivos legais
cabíveis. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação.

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